segunda-feira, 23 de maio de 2011

Aumenta a diversificação da carteira de recebíveis

Valor Econômico - São Paulo/SP - EMPRESAS CITADAS - 23/05/2011 - 01:05:25D

 

Adriana Aguilar | Para o Valor, de São Paulo

 

O volume de operação com Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs) entre janeiro e abril de 2011 é 76,4% superior ao mesmo período de 2010. Foram 23 emissões que somaram R$ 6 bilhões em 2011, contra 27 emissões no valor de R$ 3,4 bilhões em 2010, segundo dados da Integral Investimentos, gestora de recursos independente, especializada em operações de crédito estruturado e securitização. Em 2009, os fundos de recebíveis estiveram concentrados apenas em precatórios e factorings. Em 2010, a diversificação entre setores aumentou e, em 2011, a expectativa de entrada de mais segmentos se confirma.

 

"A diversificação de empresas e qualidade das emissões são superiores às do ano passado", afirma o sócio diretor da Integral, Bruno Amadei Junior. Nas operações, os fundos foram estruturados com recebíveis comerciais, crédito pessoal e crédito pessoa jurídica em carteira. Os recursos captados por meio dos fundos de recebíveis são usados para o refinanciamento do passivo financeiro das companhias em prazos e condições mais favoráveis ou para a ampliação dos investimentos das empresas.

 

Na avaliação do sócio da Integral, uma eventual redução dos recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na concessão de empréstimos em 2011 estimularia ainda mais o acesso das empresas ao mercado de capitais. Na busca por crédito, uma primeira opção costuma ser o financiamento bancário, depois a emissão de debêntures. Na sequência, as operações estruturadas. "O FIDC tem pouca representatividade no total da carteira de investimentos, mas em função da economia aquecida, a tendência é que a demanda pelos FIDCs seja ampliada", diz Amadei.

 

Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), entre os instrumentos de renda fixa emitidos no mercado, de janeiro a abril, os FIDCs representaram 9,6% do total de ofertas (renda fixa e variável). As emissões com debêntures corresponderam a 38,8% do total, enquanto as notas promissórias ficaram com a fatia de 13,1% e os CRIs, 3%.

 

Para o investidor, os fundos de recebíveis representam alternativas de diversificação de portfólio, com baixa volatilidade e prazo longo, variando de 2 a 5 anos. No primeiro trimestre, a presença dos FIDCs, em volume, no segmento de private banking cresceu 9,9%. Em 12 meses, até março, o incremento foi de 118,9%, informa a Anbima.

 

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