segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Plano diretor de SP cria instabilidade jurídica, reclamam empresários

30/09/2013
Autor: Clara Roman e Daniel Vasques 
Fonte: Folha.com


Até a aprovação final, a nova versão do Plano Diretor tem deixado os empresários da construção inseguros. Há reclamações sobre o modo como ele foi concebido e até suspensão de negociações.

O plano traça as diretrizes para a legislação que rege a produção imobiliária na cidade e está sendo revisto depois de dez anos.

Bruno Vivanco, vice-presidente comercial da imobiliária Abyara, diz que o plano só foi mostrado ao Secovi-SP depois de desenhado.

Antes de apresentar a versão final, encaminhada para a Câmara Municipal na última quinta-feira, a Prefeitura fez uma minuta, espécie de rascunho, para ouvir as sugestões dos vários setores e realizar modificações.

Rafael Rossi, da incorporadora Huma, afirma que suspendeu todas as negociações para compra de terreno até que a última versão do plano seja definida e aprovada.

“Decidi não comprar mais terrenos até ter uma clareza maior do que vai acontecer.”

Fabio Villas Bôas, da Tecnisa, acrescenta que o plano cria insegurança jurídica nas empresas. “Você compra um terreno e não sabe o que vai fazer com ele”, diz.

Reivindicações

Na nova versão apresentada à Câmara, a prefeitura incorporou algumas reivindicações do mercado, como redução da outorga onerosa em alguns bairros –outorga é a taxa cobrada para quem constrói além do limite básico estabelecido.

Outra questão foi o fim da retroatividade, já que a versão anterior previa que o plano tivesse validade antes da sua aprovação final.

“Essa etapa buscou não mudar a essência da minuta. O que a gente fez foi acatar sugestões, a maior parte pontuais, e ao mesmo tempo fazer ajustes, calibres, que nos pareceram importantes”, diz Fernando Mello Franco, secretário de Desenvolvimento Urbano de São Paulo.

Sobre as reclamações de que o mercado teria sido pouco escutado, Franco rebate. Segundo ele, desde o início do ano, a prefeitura participou de amplos debates com o setor.
Franco também afirma que a instabilidade jurídica é natural em uma nova lei. “É uma instabilidade momentânea”, diz ele.

 

 

Trump Towers devem mudar a paisagem da região central do Rio

30/09/2013
Autor: Valor 
Fonte: Valor


Considerado o maior empreendimento de uso comercial exclusivamente urbano entre os países que compõem o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) começa em breve, no coração do Porto Maravilha, a primeira fase de construção das Trump Towers, megaprojeto que promete erguer cinco grandes torres de 38 andares e 150 metros de altura cada, que mudará radicalmente a paisagem e o comércio da até então decadente avenida Francisco Bicalho, em frente à estação ferroviária Barão de Mauá.

O empreendimento é a primeira investida de peso das Organizações Trump, lideradas pelo magnata americano Donald Trump, que no caso da Trump Towers entra apenas com a marca e o know-how – o grupo americano assessora o projeto, licencia a marca, que pode ser retirada caso o negócio não atenda às exigências das Organizações Trump. Os parceiros de Trump na empreitada, porém, não temem por isso. A incorporadora imobiliária búlgara MRP International, o espanhol Salamanca Group e a construtora paulista Even já estão a todo vapor e pretendem, até 2016, entregar as duas primeiras de cinco torres – as outras três vão depender da demanda do mercado e não existe o compromisso de entregá-las até os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

“Não temos dúvida do potencial do Porto Maravilha. Aqui foram criadas todas as condições para que um projeto das dimensões das Trump Towers, algo inédito no Brasil, seja um sucesso absoluto”, afirma Stefan Ivanov, presidente da incorporadora MRP no Brasil. “Se essa região do Rio, com todo o processo de revitalização vivido nos últimos anos, não fosse tão atrativa comercialmente, a família Trump não escolheria começar os negócios no Brasil por ali, depois de várias tentativas de entrar no país”, diz Inanov.

De fato, Donald Trump busca, há alguns anos, parceiros para o seu modelo de negócios, que, por entrar apenas com a marca – e não com investimentos – nem sempre consegue adeptos. No caso da Trump Towers, além de investimentos dos parceiros envolvidos no projeto, a obra contará com recursos da Caixa Econômica Federal, gestora do fundo imobiliário da área do Porto Maravilha.

O valor dos investimentos na Trump Towers não é revelado, mas, segundo Ivanov, estima-se que o valor geral de vendas (VGV), caso as cinco torres sejam de fato construídas, fique entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões. Nascido na Bulgária, mas dono de um português impecável, Stefan Ivanov afirma não existir, no mundo, um porto com tantos atrativos quanto o Porto Maravilha, primeiro pela sua privilegiada localização.

“Digite no Google Maps a palavra ‘Rio de Janeiro’: você vai cair exatamente no local onde pretendemos erguer as torres”, afirma. Para o presidente da MPR no Brasil, a carência de bons escritórios comerciais na cidade, sobretudo na região central, vai fazer com que a demanda seja rapidamente atendida. “A maioria dos escritórios do Rio funciona de maneira precária, sem a mínima estrutura, alguns sem ar condicionado e entrada para internet, o que não deixa de ser uma aberração nos tempos de hoje”, diz Ivanov. (TC)

 

 

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

"Chegou a hora de colocar fundos imobiliários na carteira", diz Inva

http://www.infomoney.com.br/onde-investir/fundos-imobiliarios/noticia/2944676/chegou-hora-colocar-fundos-imobiliarios-carteira-diz-inva

SÃO PAULO - A Inva Capital divulgou sua carteira recomendada de fundos imobiliários para o mês de setembro com apenas uma alteração. Ela incluiu o fundo TRX Edifícios Corporativos (XTED11) no lugar do Shopping Mais Largo Treze (MSHP11).

Acompanhe a cotação de todos os fundos imobiliários negociados na BM&FBovespa

A Inva afirmou em relatório que esta é uma ótima oportunidade para elevar exposição nesse segmento, pois quando comparamos a renda mensal dos fundos com imóveis alugados, considerando seus preços de mercado, a diferença é grande. "Se você nunca teve fundos imobiliários em seu portfólio de investimentos, acreditamos que chegou a hora de iniciar", afirmou a Inva em relatório.

Em relatório, gestora recomenda aumentar exposição a FIIs (Getty Images)

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Quer saber mais sobre os termos usados no mercado financeiro? Acesse o glossário InfoMoney

Os fundos que continuaram na carteira foram: Brasil Shopping (HGBS11), RB Capital Renda II (RBRD11), BTG Pactual C. Office (BRCR11) e TRX Logística (TRXL11).

No mês de agosto, a carteira apresentou queda de 2,81%, ante desvalorização de 3,64% do Ifix (Índice de Fundos Imobiliários da BM&FBovespa), sendo que os destaques de alta foram o fundo TRX Logística, que registrou rendimento positivo de 2,28%, e o fundo Largo 13, que subiu 0,61%.

Confira a carteira recomendada abaixo:

Carteira  Inva Capital

Fundo

Código

Peso

Brasil Shopping

HGBS11

32%

TRX Edifícios Corporativos

XTED11

5%

BTG Pactual Corporate Office Fund

BRCR11

30%

RB Capital Renda II

RBRD11

15%

TRX Logística

TRXL11

18%

Inva Capital 

Os fundos:

Brasil Shopping (HGBS11)
Gerido pela Credit Suisse Hedging Griffo, o CSHG Brasil Shopping tem como objetivo rentabilizar os cotistas com a aquisição de participação em shopping centers. Entre os empreendimentos que fazem parte do fundo estão o shopping Via Parque, no Rio de Janeiro, o Shopping Dom Pedro, em Campinas, o Mooca Plaza e o Shopping Penha, ambos na zona leste de São Paulo.

TRX Logística (TRXL11)
Visa a aquisição de direitos reais relativos a imóveis comerciais, construídos e destinados à operação de armazéns logísticos. O Fundo não poderá adquirir imóveis em fase de construção, sendo permitida, no entanto, a celebração de compromissos de compra e venda de Imóveis condicionados à finalização das respectivas obras.

RB Capital Renda II (RBRD11)
O RB investe em imóveis não residenciais e que seja preferencialmente da modalidade "built to suit". Ele é administrado pela Votorantim Asset e tem como estruturador e gestor a RB Capital Realty.

BTG Pactual Corporate Office Fund (BRCR11)
Dono do maior patrimônio dentre todos os fundos negociados na BM&FBovespa, ele é proprietário de importantes edifícios comerciais nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas. O fundo tem gestão ativa e política de distribuição de resultados direcionada a possibilitar reinvestimentos.


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Fundos imobiliários: queda generalizada dificulta vida do investidor

http://economia.ig.com.br/financas/2013-09-23/fundos-imobiliarios-queda-generalizada-dificulta-vida-do-investidor.html

A queda nos fundos de investimento imobiliário (FIIs) tem sido expressiva – os 111 que têm cotas negociadas em bolsa fecharam agosto com um valor de mercado 11% menor do que o patrimônio líquido de suas carteiras. No mesmo mês do ano passado, o valor de mercado era 10% maior.

Mas o que torna o cenário mais adverso para o investidor é que ficou mais difícil saber onde estão os bons e maus negócios nessa indústria. 

De janeiro a agosto, o Ifix, índice da BM&F Bovespa que mede o desempenho dos FIIs negociados em bolsa, teve queda de 12,6%. Um levantamento feito pela gestora de recursos Rio Bravo, entretanto, mostra que o recuo não se limitou a alguns segmentos desse mercado, tendo se espalhado de fundos lastreados em shoppings a escritórios, passando pelos que possuem carteira diversificada.

Leia mais: Estouro de bolha no Brasil teria consequências menores, crê Shiller

Os FIIs de escritórios – que representam 40% do Ifix – acumularam uma queda média de 13% do início do ano até meados de agosto, quando termina o levantamento. O maior tombo, porém, foi entre os de rentabilidade garantida (veja lista abaixo): 18%. Os FIIs de shoppings perderam 8%.

“Não houve diferença muito grande [ entre os diversos tipos ], muito embora os shoppings tendem a sofrer um pouco menos”, afirma João Alberto Domenici, da equipe de gestão de investimentos da Rio Bravo. 

O único segmento com rentabilidade positiva no ano no levantamento da Rio Bravo foi o dos fundos lastreados em agências bancárias, com uma alta de 9% entre janeiro e agosto. Esse segmento tem grande popularidade – o lançamento do BB Progressivo II (BBPO), em outubro de 2012, fez praticamente dobrar o número de  investidores em FIIs. Ainda assim, no fim do período o conjunto estava longe do patamar atingido no começo de fevereiro.

Otimismo exagerado

Para Domenici, o que derrubou o Ifix foi uma combinação de otimismo exagerado com os FIIs, com o fim da alta acelerada dos preços de imóveis e aluguéis e a retomada dos juros futuros  – o que fez as aplicações em renda fixa recuperaram atratividade.

“Primeiro, houve uma euforia muito grande. Até quem não entendia nada entrou e todo mundo que tinha entrado ganhou dinheiro”, diz Domenici. “Houve até um certo exagero tanto em preços de aluguéis quanto no preço de imóveis em algumas regiões.”

Claudia Martinez, diretora do Banco Máxima – que lançou seu primeiro FII na bolsa em março – avalia que a recente queda na rentabilidade dos fundos imobiliários tem mais relação com a cautela do setor privado quanto à economia do que com a oscilação dos preços dos imóveis.

 “As propriedades não perderam valor, mas o cenário retracionista inibe a demanda das empresas por imóveis comerciais, o que pode aumentar o nível de vacância, afetando a rentabilidade”, afirma.

Seletividade 

Getty Images

Generalizada: queda atingiu diversos segmentos do mercado de fundos imobiliários

Olhando para os fundos que tiveram os dez melhores e os dez piores desempenhos nos últimos 12 meses, o professor de finanças do Insper Michael Viriato também não vê padrões que possam ajudar a orientar o investidor em termos de segmento de atuação do fundo.

“Entre os dez melhores há toda a gama [de segmentos ], então não conseguimos dizer especificamente um tipo de fundo. E entre os piores, você consegue colocar todos.”

A outra classificação bastante usada para organizar os FIIs, que os divide entre lastreados em imóveis prontos, em projetos de desenvolvimento e em títulos imobiliários, também não tem servido para nortear o investidor, diz Viriato.

Essa complexificação mostra, na avaliação do professor do Insper, que a indústria dos FIIs entrou em uma nova fase, em que o lucro precisa ser conquistado.

 “Agora está na hora da avaliação mais criteriosa. Se você comprar qualquer um não vai ser tão fácil ter um bom retorno. É preciso entender um pouco melhor", diz Viriato. "Antigamente havia uma visão de que o fundo imobiliário era uma renda fixa um pouco mais agressiva. Hoje as pessaos começam a entender que é uma renda variável um pouco mais conservadora."

Para Domenici, da Rio Bravo, a palavra chave é seletividade – e já é possível encontrar opções que pagam entre 8% e 9% ao ano. 

"O mercado imobiliário tem bastante espaço para crescer. Quando esse mercado voltar a ter um desenvolvimento normal, muita coisa que está engavetada será lançada – muita coisa ruim, boa e média”, diz o analista. “O nosso papel principal é de ir a fundo e separar o joio do trigo e fazer uma carteira diversificada para os nossos clientes.”

Claudia, do Banco Máxima, tem avaliação semelhante. Uma análise mais apurada sobre localização, características individuais do imóvel e potencial para atrair locatários deve compor os critérios para ingressar em novos FIIs, observa.

“O investidor quis ser dono de um pedaço de shopping, mas esqueceu de avaliar que o produto é renda variável e tem risco de ficar vago”, conclui a executiva.

Domenici lembra que, no longo prazo, os FIIs continuam a ser uma ótima aposta – em 24 meses, o Ifix acumula alta de 25%. Por isso, para quem já tem cotas de um FII e não está precisando do dinheiro, a orientação do analista da Rio Bravo é mantê-las – para quem não as têm, aproveitar o momento de queda para comprar. "Mas olhando para diversificação e seleção."

 

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Fundos imobiliários: queda generalizada dificulta vida do investidor

23/09/2013
Autor: Vitor Sorano e Taís Laporta 
Fonte: iG


Quem quiser arriscar deve conhecer bem os ativos da carteira e não apostar em segmentos.

A queda nos fundos de investimento imobiliário (FIIs) tem sido expressiva – os 111 que têm cotas negociadas em bolsa fecharam agosto com um valor de mercado 11% menor do que o patrimônio líquido de suas carteiras. No mesmo mês do ano passado, o valor de mercado era 10% maior.

Mas o que torna o cenário mais adverso para o investidor é que ficou mais difícil saber onde estão os bons e maus negócios nessa indústria.

De janeiro a agosto, o Ifix, índice da BM&F Bovespa que mede o desempenho dos FIIs negociados em bolsa, teve queda de 12,6%. Um levantamento feito pela gestora de recursos Rio Bravo, entretanto, mostra que o recuo não se limitou a alguns segmentos desse mercado, tendo se espalhado de fundos lastreados em shoppings a escritórios, passando pelos que possuem carteira diversificada.

Os FIIs de escritórios – que representam 40% do Ifix – acumularam uma queda média de 13% do início do ano até meados de agosto, quando termina o levantamento. O maior tombo, porém, foi entre os de rentabilidade garantida (veja lista abaixo): 18%. Os FIIs de shoppings perderam 8%.

“Não houve diferença muito grande [entre os diversos tipos], muito embora os shoppings tendem a sofrer um pouco menos”, afirma João Alberto Domenici, da equipe de gestão de investimentos da Rio Bravo.

O único segmento com rentabilidade positiva no ano no levantamento da Rio Bravo foi o dos fundos lastreados em agências bancárias, com uma alta de 9% entre janeiro e agosto. Esse segmento tem grande popularidade – o lançamento do BB Progressivo II (BBPO), em outubro de 2012, fez praticamente dobrar o número de investidores em FIIs. Ainda assim, no fim do período o conjunto estava longe do patamar atingido no começo de fevereiro.
Generalizada

Otimismo exagerado

Para Domenici, o que derrubou o Ifix foi uma combinação de otimismo exagerado com os FIIs, com o fim da alta acelerada dos preços de imóveis e aluguéis e a retomada dos juros futuros – o que fez as aplicações em renda fixa recuperaram atratividade.

“Primeiro, houve uma euforia muito grande. Até quem não entendia nada entrou e todo mundo que tinha entrado ganhou dinheiro”, diz Domenici. “Houve até um certo exagero tanto em preços de aluguéis quanto no preço de imóveis em algumas regiões.”

Claudia Martinez, diretora do Banco Máxima – que lançou seu primeiro FII na bolsa em março – avalia que a recente queda na rentabilidade dos fundos imobiliários tem mais relação com a cautela do setor privado quanto à economia do que com a oscilação dos preços dos imóveis.

“As propriedades não perderam valor, mas o cenário retracionista inibe a demanda das empresas por imóveis comerciais, o que pode aumentar o nível de vacância, afetando a rentabilidade”, afirma.

Seletividade

Olhando para os fundos que tiveram os dez melhores e os dez piores desempenhos nos últimos 12 meses, o professor de finanças do Insper Michael Viriato também não vê padrões que possam ajudar a orientar o investidor em termos de segmento de atuação do fundo.

“Entre os dez melhores há toda a gama [ de segmentos ], então não conseguimos dizer especificamente um tipo de fundo. E entre os piores, você consegue colocar todos.”

A outra classificação bastante usada para organizar os FIIs, que os divide entre lastreados em imóveis prontos, em projetos de desenvolvimento e em títulos imobiliários, também não tem servido para nortear o investidor, diz Viriato.

Essa complexificação mostra, na avaliação do professor do Insper, que a indústria dos FIIs entrou em uma nova fase, em que o lucro precisa ser conquistado.

“Agora está na hora da avaliação mais criteriosa. Se você comprar qualquer um não vai ser tão fácil ter um bom retorno. É preciso entender um pouco melhor”, diz Viriato. “Antigamente havia uma visão de que o fundo imobiliário era uma renda fixa um pouco mais agressiva. Hoje as pessaos começam a entender que é uma renda variável um pouco mais conservadora.”

Para Domenici, da Rio Bravo, a palavra chave é seletividade – e já é possível encontrar opções que pagam entre 8% e 9% ao ano.

“O mercado imobiliário tem bastante espaço para crescer. Quando esse mercado voltar a ter um desenvolvimento normal, muita coisa que está engavetada será lançada – muita coisa ruim, boa e média”, diz o analista. “O nosso papel principal é de ir a fundo e separar o joio do trigo e fazer uma carteira diversificada para os nossos clientes.”

Claudia, do Banco Máxima, tem avaliação semelhante. Uma análise mais apurada sobre localização, características individuais do imóvel e potencial para atrair locatários deve compor os critérios para ingressar em novos FIIs, observa.

“O investidor quis ser dono de um pedaço de shopping, mas esqueceu de avaliar que o produto é renda variável e tem risco de ficar vago”, conclui a executiva.

Domenici lembra que, no longo prazo, os FIIs continuam a ser uma ótima aposta – em 24 meses, o Ifix acumula alta de 25%. Por isso, para quem já tem cotas de um FII e não está precisando do dinheiro, a orientação do analista da Rio Bravo é mantê-las – para quem não as têm, aproveitar o momento de queda para comprar. “Mas olhando para diversificação e seleção.”

 

domingo, 22 de setembro de 2013

Cidade de São Paulo recebeu 139 empreendimentos comerciais

20/09/2013
Autor: Karla Santana Mamona 
Fonte: InfoMoney


O bairro da Barra Funda foi o que mais recebeu novas unidades nos últimos anos.

SÃO PAULO – Nos últimos três anos, a cidade de São Paulo recebeu 139 empreendimentos comerciais, chegando a 21.431 conjuntos comerciais. É o que revela um estudo realizado pela Lopes, empresa de intermediação e consultoria de lançamentos imobiliários, divulgado nesta quinta-feira (19).

O bairro da Barra Funda foi o que mais recebeu novas unidades nos últimos anos. No total, foram 2.175. Em seguida aparecem a Bela Vista (1.400 unidades), Vila Mariana (1.375), Pinheiros (1.313), Chácara Santo Antônio (1.258), Santana (1.096), Vila Leopoldina (1.083), Tatuapé (911), Brooklin (782) e Vila Olímpia (730).

O estudo apontou também a tipologia das unidades, 85% dos conjuntos têm até 49 metros quadrados de área privativa. “Com metragens menores e localizadas em regiões com infraestrutura completa de serviços e transporte, as salas comerciais estão inseridas em um contexto no qual o paulistano deseja cada vez mais aproximar vida e trabalho em única região. E, por apresentarem plantas mais racionais e inteligentes, que agregam valor ao produto, têm chamado cada vez mais a atenção dos investidores” afirma a diretora geral de Atendimento da Lopes, Mirella Parpinelle.

Em relação ao valor, os preços medianos giram em torno de R$ 10.490 por metro quadrado e R$ 9.220 por metro quadrado nas zonas lestes e norte. Nas demais regiões da cidade, os preços são de R$ 11.810, R$ 13.510 e R$ 15.530 nas zonas oeste, sul e centro, respectivamente.

 

 

Acabou a euforia no mercado imobiliário

20/09/2013
Autor: Monitor Mercantil 
Fonte: Monitor Mercantil


Todo mundo sabia que a euforia do mercado imobiliário teria de encontrar um limite, algum dia. E isso já está ocorrendo. Em julho, a venda de imóveis novos em São Paulo caiu 56% em relação ao mês anterior. No Rio, o índice Fipe-Zap, que há três anos mostrava altas consecutivas nos valores de aluguéis, teve queda pequena, de 0,07%, mas que é relevante por interromper o movimento ascendente. O fato ocorre em todo o país. Em Salvador (BA), houve 76 lançamentos imobiliários em 2010 e, no primeiro semestre de 2013, apenas dez empreendimentos. Embora isso tenha sido afetado por pendências relativas ao ambiente, denota a intensidade da crise. Este ano, foram cancelados o 8º Salão Imobiliário da Bahia e a 13ª Feira Construir-Bahia.

Alguns especialistas preferem não falar em crise e citam que, após anos de alta, a volta à normalidade é até positiva para o mercado, para evitar que se crie uma bolha, cuja artificialidade um dia viria à tona, de forma destruidora. Em alguns locais, como a Zona Sul carioca, a recente valorização foi tão intensa que praticamente afastou assalariados e gerou oportunidades apenas para pessoas de poder aquisitivo especialmente alto. Analistas dizem que, com os preços nas alturas, aumentaram as ofertas de locação, pois quem não pode comprar parte para o aluguel. Nos últimos 18 meses, a oferta para locação no Rio subiu 85%.

Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), sobre construção – não apenas civil, mas de todo tipo – mostram queda no entusiasmo. Todos os indicadores de otimismo na construção estão abaixo das médias históricas, revela a CNI. Não se fala em nada parecido com o que ocorreu nos Estados Unidos, mas, no Brasil, a exagerada valorização dos imóveis está dando lugar a níveis mais próximos da realidade. À BBC Brasil, afirmou Robert Shiller, da Universidade de Yale, não ter certeza de bolha ou crise, mas citou que, nas principais cidades brasileiras, os preços dobraram nos últimos cinco anos, o que merece atenção.

 

Preço de locação de imóveis comerciais cai na cidade de São Paulo

 

20/09/2013
Autor: Folha.com 
Fonte: Folha.com


Os preços para locação de imóveis comerciais de alto padrão caíram na cidade de São Paulo, segundo levantamento da administradora de imóveis Herzog.

O estudo aponta que o valor médio do aluguel de escritórios em prédios corporativos de alto padrão passou de R$ 118/m² no segundo semestre de 2012 para R$ 116/m² nos primeiros seis meses deste ano, recuo de 1,7%.

Apesar da ligeira queda de preço, a taxa de escritórios vagos no período teve alta, indo de 15,1% a 16,4%.

A capital paulista conta com um estoque total de 11,8 milhões de metros quadrados em imóveis comerciais, segundo a empresa. Os edifícios de alto padrão representam 30% desse total, e a maior parte deles está concentrada nas regiões da Faria Lima, Itaim, Vila Olímpia e Berrini.

 

 

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Não há evidências de bolha imobiliária no Brasil, diz estudo

19/09/2013
Autor: Gladys Ferraz Magalhães 
Fonte: InfoMoney


Levantamento comparou o Brasil com sete países nos quais houve crise imobiliária.

SÃO PAULO – Um estudo realizado pela Bain & Company, intitulado “Risco de bolha ou motor de crescimento?”, chegou à conclusão de que não há evidências de bolha imobiliária no Brasil. O levantamento comparou o Brasil com sete países nos quais houve crise imobiliária (Alemanha, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Irlanda, Portugal e Reino Unido) e constatou que há pontos de atenção, mas não existe formação de bolha.

“Os principais pontos de atenção são o nível atual de comprometimento de renda, que vem se aproximando de uma zona mais crítica, e a valorização dos imóveis, cujos preços cresceram com o dobro da velocidade do crescimento da renda familiar. Ainda assim, a dimensão de bolha que poderia se formar seria pequena, dado o peso relativamente baixo do preço dos imóveis quando comparado renda anual familiar e a baixa penetração de crédito imobiliário como percentual do PIB”, analisa o sócio da Bain & Company e autor da pesquisa, Rodolfo Spielmann.

Indicadores

Em seu estudo, a consultoria acredita que, além da percepção de aumento de preços, diversos outros indicadores devem ser acompanhados para melhor definir a existência ou ausência de uma bolha imobiliária, bem como as potenciais dimensões de seu desenvolvimento e o que serve de gatilho para que ela estoure.

Dentre todos os países estudados, uma característica comum aos que mais sofreram com a crise imobiliária foi a expectativa irreal de valorização contínua dos imóveis. Crença que leva as pessoas a investirem cegamente no mercado imobiliário, forçando a um aumento ainda mais especulativo dos preços e à criação de bolha, visto que descola os preços dos fundamentos da oferta e demanda.

Outro fator relevante para melhor entender os princípios da formação de uma bolha é o crédito imobiliário. Ou melhor, as condições oferecidas para o mesmo, medidas pelo percentual do valor do imóvel que é financiado, conhecido como “Loan to value ratio” ou LTV.

Segundo o levantamento, nos países mais impactados pela recente crise financeira, financiava-se mais de 75% dos valores dos imóveis e, em casos extremos, era possível financiar até 130% do valor do imóvel, o que permitia além do pagamento da propriedade, mobiliá-la, por exemplo. Nos Estados Unidos, em 2007, quase 1/3 dos imóveis novos financiados tinham LTV maior que 90%. Na Irlanda, no mesmo ano, um a cada seis imóveis novos financiados contavam com LTV maior que 95%.

“A nossa análise indica que, em situações nas quais o LTV médio dos empréstimos imobiliários supera 65%, os riscos aumentam significativamente. A partir de 75%, passam a um nível crítico. Nos financiamentos com LTV muito alto, o valor da dívida que o proprietário tem com a instituição financiadora pode ficar maior que o valor do imóvel no eventual caso de uma queda significativa de preços. Isso pode servir à inadimplência e agravar a crise”, diz Spielmann.

Prazos

Além do crescimento do LTV médio de novos financiamentos, nos países que sofreram com bolha, as políticas de crédito eram pouco criteriosas e os produtos tornaram-se excessivos. Para se ter ideia, nos Estados Unidos e Espanha havia a possibilidade de realizar um empréstimo por meio do “interest-only loans”, ou seja, financiamentos nos quais o cliente tomador pagava somente juros, nos primeiros seis meses a dois anos. Outro exemplo foram os chamados “Ninja Loans” oferecidos nos EUA, concedidos a pessoas sem rendimentos mensais comprovados, sem emprego e sem ativos.

No Brasil, por outro lado, avalia o estudo, não existem atualmente créditos imobiliários com carência para pagamento de principal e os processos de concessão de crédito se mostram bastante rigorosos por parte das instituições. Além disso, o LTV médio se encontra na faixa de 64%, o que, apesar de próximo dos 65%, que indicaria atenção, ainda não é, na opinião da consultoria, uma situação crítica.

Acessibilidade

No que diz respeito ao acesso à aquisição de imóveis, a existência de condições excessivamente atrativas para o financiamento imobiliário leva o setor a um movimento especulativo, caracterizado pela escalada dos preços dos imóveis em descompasso com o crescimento da renda por domicílio.

Neste sentido, a análise demonstrou que, internacionalmente, começam a se tornar preocupantes diferenças acima de 30%. Aqueles que passaram por este gap, com exceção do Canadá, tiveram sua crise imobiliária e financeira.

No caso do Brasil, o valor médio dos imóveis cresceu a um ritmo muito superior ao da renda por domicílio, acima do limite definido (108% contra 30%). Ainda sim, diz o estudo, baseado em dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), apesar da forte valorização dos preços dos imóveis, sobretudo quando comparados com o aumento da renda, a proporção do valor médio dos imóveis por salário médio anual no Brasil, continua abaixo do limite de 8 vezes definido como crítico.

Dessa forma, conclui o estudo, o crescimento dos últimos anos resulta de ajustes de nível da demanda e da oferta provocados pelas restrições ao nível da oferta de imóveis e por um maior acesso da população à compra de habitação e ao financiamento imobiliário.

PIB e Renda Familiar

Por fim, para analisar o risco do Brasil de sofrer uma bolha imobiliária, a Bain & Company analisou a penetração do crédito imobiliário no PIB e o nível de comprometimento da renda familiar.

No primeiro caso, a consultoria constata que a penetração do crédito imobiliário no PIB no Brasil é de apenas 6%, enquanto em outros países este valor é bem superior, alcançando 64% na Espanha e 77% nos EUA. Assim, baseado neste indicador, o Brasil ainda teria fôlego para aumentar a penetração do crédito imobiliário, podendo triplicá-la em cinco anos. Nestas condições, o crédito imobiliário teria um grande potencial de impulsionar o crescimento da construção civil e de vários setores da cadeia de valor ligados a ela, acredita a consultoria.

Já quando o assunto é o comprometimento da renda familiar, o estudo indica que este se encontra alto no Brasil, na casa dos 22%. Mesmo assim, ao considerar todos os indicadores, a pesquisa acredita que o Brasil está mais próximo dos países que resistiram à crise, do que dos que sucumbiram a ela.

“Nossa conclusão é que os números do Brasil estão muito mais próximos dos de países que resistiram melhor à crise, como a Alemanha, do que aqueles altamente impactados pela crise, como Espanha, Irlanda e Estados Unidos. No entanto, no Brasil, o alto comprometimento da renda e a recente elevação acelerada dos valores dos imóveis em relação á receita das famílias sugere atenção à evolução desses indicadores”, finaliza Spielmann.

 

Valor do aluguel de escritório de alto padrão em SP recua no segundo semestre

18/09/2013
Autor: Karla Santana Mamona 
Fonte: InfoMoney


Nos primeiros seis meses, o preço médio do valor do aluguel foi de R$ 116 por metro quadrado.

SÃO PAULO – Os valores do aluguel de imóveis comerciais na cidade de São Paulo registraram queda pelo segundo semestre consecutivo. Segundo a pesquisa realizada pela Herzog Imóveis Industriais e Comerciais, o valor médio do aluguel prédios corporativos de alto padrão fechou o segundo semestre deste ano em R$ 116 por metro quadrado, contra R$ 118 por metro quadrado no mesmo período do ano passado.

De acordo com o estudo, a redução do preço aliado à previsão de entrega de 466.743 m² de edifícios com perfil AA durante este ano, sinaliza uma estabilidade maior no mercado, que pode beneficiar inquilinos à procura de espaços.

“O momento é ideal para quem procura um novo imóvel ou até mesmo, está no período de renovação ou revisional de contrato, que ocorre a cada três anos, já que os locadores estão mais flexíveis para negociação, porém acreditamos que esse é um ciclo de curto prazo, em razão da redução de lançamentos previstos para os próximos anos”, explica a diretora de serviços corporativos da Herzog, Simone Santos.

Taxa de vacância

A taxa de vacância (espaço vagos para locação) chegou a 16,36%, contra 15,14% no semestre passado. Atualmente, a capital paulista tem um estoque total de 11,8 milhões de metros quadrados em imóveis comerciais.

Os edifícios de alto padrão representam 30% desse total, com 3.568.018 m², e a maior parte deles está concentrada nas regiões da Faria Lima, Itaim, Vila Olímpia e Berrini. Somente no ano passado, a cidade de São Paulo recebeu ao todo 596.098 m² de prédios corporativos de perfil AA, aproximadamente 50% do total em cada um dos semestres.

 

 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Programa de Estágio 2013


Estamos no Chambers Latin America 2014

Ocupamos, nos últimos 5 anos, a liderança no setor imobiliário da Chambers !!

 

THE FIRM This boutique firm is a highly specialized and respected player in the local market. The team advises clients on a wide range of real estate transactions involving shopping centers, residential developments, hospitals, sports stadiums and rural properties. The firm is also well versed in assisting clients with complex acquisitions and fund-raising capital market operations. In a recent work highlight, the team assisted Banco do Brasil with the incorporation of the real estate fund BB Progressivo II, which will invest in commercial real estate properties including bank branches and office buildings.

 

PMKA has the bigger legal team focused on the real estate sector of the market. PMKA has been rendering strategic legal advice for real estate market players, including developers, financial institutions, securitization companies, etc. for several years and therefore it has been participating on the main and most innovative real estate projects (including development work, finance work, and corporate/ tax work). PMKA has been acclaimed by the market as a “pro-business firm” and “the right place for complex work”. PMKA is always able to work side by side with the client and design new legal solutions and new legal structures to replace old and usual structures in the market and therefore achieve business efficiency and give its clients a step forward in comparison with their peers in the market. The trust placed on the firm by its clients, resulting from relationships marked by the tailor-made performance of its services, comprises a predominant factor for continued investment in the specialisation of the firm’s professionals and the development of new and depth knowledge in its areas of practices. The firm is the main legal advisor in issuance of Certificados de Recebíveis Imobiliários – CRI (Real Estate Receivables Certificates), occupying, in the last 7 years, the leadership in such area and for 3 years in the issuance of quotas of Real Estate Investment Fund, according to rankings published by Uqbar (www.uqbar.com.br). The firm is also recognized by the publications “Anuário 2010, 2011 and 2012 Análise Advocacia 500”among the most admired firms in capital markets and commercial contracts.

Sources say: "The firm is able to navigate the complex regulatory environment in Brazil and provide useful and practical solutions."

KEY INDIVIDUALS

Fernando Maximiano is highly prized by clients:"He is very dedicated and combines efficiency with creativity."

Alexandre Assolini is singled out by clients for his vast experience in real estate matters.

Sérgio Kawasaki also earns glowing review from clients: "He is a true deal maker and has the ability to propose alternative strategies to mitigate risk."

 

Vejam detalhes no  link abaixo:

http://www.chambersandpartners.com/UK/Firms/177350-254358

 

 

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Normas vão estimular troca de banco no crédito a imóvel

11/09/2013
Autor: Edna Simão 
Fonte: Valor


Desde 2006, os tomadores de crédito imobiliário podem trocar de banco quando encontram condições melhores, principalmente taxas de juros mais baixas. Apesar disso, essas transferências ainda não são uma realidade para ajudar a reduzir os juros. Na Caixa Econômica Federal, por exemplo, apenas 624 contratos migraram para outros bancos nos últimos 12 meses, até agosto. Sem regulamentação clara, essa operação, conhecida como “portabilidade”, é vista com desinteresse pelos bancos. Quem perde é o consumidor, que em algumas situações espera até dez meses para mudar o contrato de uma instituição para outra.

As instituições financeiras resistem a liberar o cliente porque o custo operacional do crédito imobiliário é alto e está diluído ao longo do contrato. Além disso, o cliente é bastante rentável, porque tende a ficar durante 20 anos pagando tarifas por outros serviços.

Para dar atratividade ao negócio, técnicos do governo estudam alterações na regulamentação do crédito imobiliário. Entre as medidas está a criação de uma “taxa” a ser paga à instituição que originou o crédito pelo banco que assumiu o cliente. Deverá ser definido ainda um período de carência para que essa “taxa” seja cobrada, que pode ser de 24 meses a 34 meses. Alguns bancos querem a cobrança a qualquer tempo.

A regulamentação deve prever também que o banco que originou o crédito poderá ter acesso às condições de financiamento oferecidas pelo concorrente para, caso haja interesse, fazer uma contraproposta em até cinco dias úteis.

Está em estudo no Banco Central um modelo padronizado para que as operações de portabilidade de crédito, imobiliário ou não, sejam feitas eletronicamente. Hoje, a portabilidade do crédito imobiliário demora de três a quatro meses. Algumas instituições alegam a falta de regulamentação clara. Os negócios são tão restritos que, em agosto, o Procon registrou apenas uma reclamação sobre o assunto.

 

 

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Bolha imobiliária se aproxima do limite

10/09/2013
Autor: Aline Salgado 
Fonte: Brasil Econômico


Rio de Janeiro registra queda no ritmo de valorização dos imóveis no Brasil. Após pico de crescimento em 2009, preços para venda se estabilizam e caem na locação.

Líder brasileiro no quesito valorização do metro quadrado, entre as nove maiores cidades do país — com preço médio de R$ 9.534 para venda e R$ 42 para locação —, o Rio de Janeiro apresenta os primeiros sinais de mudança do mercado imobiliário. Após boom nos últimos quatro anos, o cenário é de desaceleração dos preços, com tendência ao equilíbrio, e de queda nos valores dos aluguéis. A variação de preços para locação no Rio de Janeiro, teve, em agosto, seu primeiro revés, após três anos de altas contínuas. Índice produzido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP (Fipe)com o site especializado Zap, o FipeZap, aponta queda de 0,1% na inflação do aluguel entre julho e agosto.

“Em termos de magnitude, há uma retração pouco expressiva, mas chama a atenção porque é a primeira vez em mais de três anos que há uma queda nos aluguéis. E isso revela a mudança na situação do país, com uma inflação maior e o poder aquisitivo da população mais comprometido”, avalia o coordenador do FipeZap, Eduardo Zylberstajn.

Mesmo o preço de venda do imóvel pronto, na capital fluminense, apresentou, no mês passado, a primeira desaceleração desde abril. A inflação em 12 meses saiu de 15,4% em julho para 15,3% em agosto. A avaliação de especialistas é que, após anos consecutivos de valorização, a bolha imobiliária no Rio chegou ao limite.

“Parece que estamos entrando em uma fase nova no mercado imobiliário. O aumento nos preços vem perdendo o fôlego, apesar de continuarem altos no Rio.”, ressalta Zylberstajn.

O cenário difere do período de julho de 2009, momento de maior valorização, a julho de 2013, quando a inflação do imóvel para venda no Rio, em 12 meses, chegou a avançar 161,72%. Em 2012, a capital fluminense desbancou Brasília, jogando a capital federal para a segunda posição no ranking de preço para venda, com o valor médio do metro quadrado em R$ 8.486 em julho deste ano.

Em São Paulo, a terceira das capitais a apresentar maior valorização do imóvel, com o metro quadrado médio negociado a R$ 7.451, a inflação, no mesmo período, foi de 110%.

Já o aluguel no Rio avançou 103,9% no acumulado dos quatro anos, frente a 50,3% em São Paulo. Para o presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-Rio), Leonardo Schneider, a atração de eventos internacionais, como a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, fizeram com que o Rio “ficasse na moda”.

“A cidade ganhou mais investimentos públicos e privados em logística e mais visibilidade externa. Além disso, o Brasil fez um dever de casa razoável e não foi tão atingido pela crise de 2008 quantos os países lá fora, o que fez com que atraíssemos mais empresas. Tudo isso aqueceu o mercado imobiliário e o Rio, por tradicionalmente representar o país, foi o carro-chefe”, analisa.

Dados da Junta Comercial do Rio comprovam a maior capacidade de atração de investimento da capital fluminense em comparação com outras cidades brasileiras. De 2009 a 2013, o saldo entre abertura e fechamento de empresas na cidade foi positivo, com a entrada de 73 mil. O resultado foi 30% melhor do que o registrado nos quatro anos anteriores, quando foram abertas ao todo 52 mil empreendimentos .

Para o secretário estadual de Desenvolvimento do Rio de Janeiro, Julio Bueno, o novo ciclo econômico do estado, com a atração de empresas dos ramos de petróleo, cosméticos e automotivo, ajuda a explicar os impactos sobre o mercado imobiliário. “Atraímos mais estrangeiros para morar do que São Paulo, mesmo tendo um terço da economia deles”, afirma.

Mas não foi só a vinda de capital externo que dinamizou o mercado imobiliário carioca. A maior oferta de crédito, com a entrada de mais bancos no financiamento imobiliário, o programa Minha Casa, Minha Vida e o consequente subsídio para a aquisição da casa própria pelas classes C e D — além da política de segurança no Rio de Janeiro, com as Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) — contribuíram para que o metro quadrado na capitalbatesse recordes, de acordo com Schneider.

No entanto, para o Secovi-Rio, a fase de picos de crescimento já passou. A avaliação é que a inflação dos imóveis já está se acomodando em uma variação mensal de 0,75% a 1,5%, embora a tendência é que os preços se mantenham elevados até 2016.

“Há ainda um baixo aproveitamento no Brasil de crédito imobiliário. Além disso, o Rio tem muitos investimentos que vão mexer com o mercado, como o metrô até a Barra e o Porto Maravilha. Com crédito na praça, as construtoras têm muito a pedalar”, aposta Schneider.

Para o professor da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) Samy Dana, o cenário não é de otimismo. Segundo ele, “há uma bolha instalada, que vai estourar, seja de forma bruta ou lenta”.

Em sua avaliação,“os preços estão ridículos de altos e o mercado vem dando sinais de desaquecimento. As construtoras estão aumentando os descontos para fixar os clientes e, com a oferta em alta, o preço do aluguel acaba caindo. O mercado está se ajustando”.

O presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci-Rio), Manoel Maia, afirma, contudo, que não há clima para pânico. “ Podemos ter uma desaceleração, mas não quer dizer que o mercado vá retrair”, aposta.

 

 

Oliveira Trust renuncia à posição de agente fiduciário de CRI

Oliveira Trust renuncia à posição de agente fiduciário de CRI

A Vision Securitizadora divulgou Fato Relevante para informar que, em 3 de setembro de 2013, a Oliveira Trust DTVM renunciou à prestação de serviços de agente fiduciário da sua 1ª emissão de CRI. O documento informa que será realizada Assembleia Geral de titulares dos CRI para deliberação das medidas a serem tomadas em virtude da renúncia da Oliveira Trust. A emissão é lastreada por créditos contra o FCVS oriundos de contratos de financiamento imobiliário inativos e originados pelo Banco do Estado do Rio de Janeiro de 1967 a 1989. A amortização do principal e juros acumulados está programada para ser feita em parcela única na data de vencimento final legal, em 1º de janeiro de 2027, com recursos provenientes da novação dos créditos contra o FCVS. Em março de 2013 a Fitch Ratings afirmou a classificação de risco 'BBBsf(bra)' da primeira série e a manteve sob Perspectiva Negativa, fundamentada no desafiador processo de novação dos créditos junto ao FCVS, que possui prazo de conclusão incerto. O relatório da agência informa que, em 28 de fevereiro de 2013, o saldo devedor da série classificada era de R$ 347,7 milhões.

Fonte: Uqbar

Uma crise no mercado imobiliário pode afetar as LCI?

 

9/09/2013
Autor: Julia Wiltgen 
Fonte: Exame.com

Internauta se preocupa que eventual crise no mercado de imóveis aumente os riscos de seu investimento em Letras de Crédito Imobiliário.

Dúvida do internauta: Comprei um lote de 50 mil ações da LCI em janeiro de 2013. Fiz um plano com resgate de rendimentos. O prazo total de investimento foi de 24 meses pela Caixa. Estou preocupado com uma possível crise no mercado imobiliário, quero saber o quanto devo me preocupar com os riscos, se é que há algum. Enfim, o que de fato quero saber é se fiz um bom investimento. Tenho motivos para me preocupar? Se sim, o que é aconselhável fazer nessas situações?

Resposta de Beto Veiga*:

Começando do princípio, você não comprou “ações” da LCI. A Letra de Crédito Imobiliário, LCI, é um título de crédito, isto é, quem o possui é credor (empresta o seu dinheiro) de quem o emitiu (devedor), no caso em questão a Caixa Econômica Federal. Nesse tipo de negócio, você está emprestando o dinheiro, e a Caixa vai pagar os juros para utilizá-lo. Tanto assim, que você já acertou o resgate dos rendimentos.

A LCI é, simplificando, uma nota promissória que o devedor assina quando toma um empréstimo. Você está na posição contrária e, portanto, a Caixa emitiu o título para lhe dar garantia. No livro “Case com seu banco com separação de bens” eu desço mais em detalhe sobre essa característica da LCI.

Acerca da crise no mercado imobiliário, vamos tratar não dela, mas dos elementos de garantia da LCI. Este título possui, digamos assim, três camadas de garantia: a primeira é o banco (no caso da operação com a Caixa, entendo que é a melhor delas); a segunda é do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que assegura o pagamento (desde que não haja uma crise, ou que um banco desses grandes vá para o buraco e quebre o fundo com ele) até o montante de 250 mil reais. Finalmente, há a garantia dos empréstimos imobiliários realizados pelo banco que lhe deve.

Veja que há uma série de salvaguardas que lhe tiram muitas preocupações, mas a que eu diria ser a mais segura, é a emissora da Letra.

Quanto ao fato de ser ou não um bom investimento, há uma questão complicada para lidar. Pense na seguinte situação: se eu chegasse e lhe pedisse dinheiro emprestado e, sob seu ponto de vista, fosse uma operação com boas garantias (como é a situação da sua LCI). O que faltaria para fechar negócio comigo? Se a sua resposta foi “acertar os juros”, parabéns. O que acontece, na prática, é que você não fez exatamente isso com a Caixa, acredito eu. Não se “lembrou” dessa última parte. Não negociou os juros, simplesmente aceitou aquilo que lhe foi dito.

Mas por que isso seria um problema, então? Bastaria negociar os juros. O problema é que os grandes bancos são tão grandes que eles não estão nem aí para negociar os juros, a menos que você também seja grande. Não é por isso, todavia, que você não deve exigir o máximo pelo seu dinheiro. Caso o banco se negue a oferecer uma remuneração maior, só cabe tentar ver outras possibilidades com a concorrência, observando sempre a qualidade da instituição, ou passando a aceitar como garantia as duas últimas camadas, como mencionei.

*Beto Veiga é doutor em economia pela Universidade de Brasília, ex-funcionário do Banco Central e consultor de valores mobiliários registrado na CVM. É autor dos livros “O Essencial sobre o Tesouro Direto”, “Tudo sobre CDB”, além do Blog “Beto Veiga – finanças desvendadas” e “Case com seu banco com separação de bens”.