quinta-feira, 29 de junho de 2017

Com US$ 20 bi, Fundo Brasil-China já recebe projetos

Com US$ 20 bi, Fundo Brasil-China já recebe projetos

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O Fundo de Cooperação Brasil-China para a Expansão da Capacidade Produtiva começou a receber projetos para seleção de propostas prioritárias para investimentos nas áreas de infraestrutura, manufatura, tecnologia e agronegócios (incluindo armazenagem).

O fundo tem disponibilidade para investimento de US$ 20 bilhões, sendo US$ 5 bilhões do governo brasileiro e US$ 15 bilhões, do chinês. O valor pode ser elevado no decorrer do tempo conforme a demanda pelos recursos do fundo.

O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Jorge Arbache, explicou que os investimentos deverão ser feitos apenas no Brasil. Não foram estabelecidas condicionalidades e as decisões serão tomadas de forma compartilhada e igualitária.

Segundo o secretário, há muitos interessados em apresentar os projetos, mas ainda não dá para fazer estimativas de quantos serão efetivamente encaminhados. "Sabemos que há muitos interessados, investidores nacionais e internacionais", contou. "Não é necessário que os interessados sejam brasileiros ou chineses. O que se busca é um bom projeto. " Arbache explicou que a Caixa e o BNDES são os potenciais financiadores dos projetos, mas a participação de outros bancos não está descartada.

Ele destacou que os recursos que serão destinados pelo governo ao fundo [US$ 5 bilhões] não são orçamentários e sim da Caixa e do BNDES, mas explicou que a medida não implicará necessidade de aportes de recursos pelo Tesouro Nacional nos bancos e que as taxas de juros não serão subsidiadas.

As taxas de juros e os prazos dos contratos feitos via Fundo Brasil-China, segundo o secretário, dependerão de cada projeto - o projeto poderá receber financiamento de 100% do fundo. "Não há ne subsídio nesses financiamentos. Taxa de juros serão decorrentes de características econômico e financeiro do projeto", contou Arbache.

Recentemente, o Planejamento informou que um dos projetos que terá prioridade nos investimentos do fundo será a ferrovia Norte-Sul, cujo leilão está marcado para fevereiro de 2018. O trecho que será leiloado tem 1.537 quilômetros e vai de Porto Nacional, no Tocantins, a Estrela d'Oeste, em São Paulo.

 

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Governo Planeja Criar uma Agência Reguladora para Segmento de Jogos

Governo Planeja Criar uma Agência Reguladora para Segmento de Jogos.


http://www.valor.com.br//brasil/4998744/governo-planeja-criar-uma-agencia-reguladora-para-segmento-de-jogos



Enquanto finaliza os termos para a venda da Lotex, a conhecida raspadinha, e o projeto para regulamentação das loterias eletrônicas (sport betting), a equipe econômica já começa a considerar a possibilidade de ser necessário criar uma agência reguladora independente para o segmento de jogos. Os estudos ainda vão começar na área técnica, mas a ideia, segundo o Valor apurou, é seguir uma tendência mundial e ter capacidade de regular um setor cujo tamanho, o governo acredita, dobrar em dez anos com as medidas que estão sendo preparadas e que poderá ir ainda mais longe caso o processo de liberalização se amplie no futuro.


Os técnicos devem finalizar ainda neste mês as regras para o leilão da Lotex, previsto oficialmente para novembro, mas que a área econômica já tenta antecipar para o mês de outubro. Embora a receita originalmente esperada com esse leilão fosse de R$ 4 bilhões, as contas reduziram a menos da metade a estimativa de receita, embora o preço mínimo ainda esteja sendo finalizado. O valor já foi contingenciado e só se houver algum ágio no leilão poderá haver desbloqueio de recursos.

Segundo uma fonte do governo, há três alternativas para a definição do formato de venda da Lotex. A primeira, que era a original, seria vender a subsidiária da Caixa que hoje opera o serviço. Essa opção, contudo, surgiu em um contexto no qual se acreditava que a Caixa era a dona do serviço, o que na realidade não é. Essa alternativa, embora esteja ainda na mesa, é a menos rentável para os cofres do governo, pois a receita viria apenas do ganho de capital decorrente da privatização da estatal.


A outra opção, que é mais rentável, é a concessão do serviço mediante pagamento de outorga. Nesse caso, há duas alternativas na mesa: a participação da Caixa no consórcio vencedor ou a ausência do banco no certame, deixando a disputa apenas entre as empresas do setor privado. A primeira tem a vantagem de trazer para a Caixa a expertise das grandes operadoras internacionais e, em contrapartida, facilitar a inserção da vencedora no mercado brasileiro, dado que o banco estatal já conhece bem o segmento no país.


Além da Lotex, o governo já tem pronto um projeto de lei para regulamentar os jogos de apostas eletrônicas, dependendo apenas de envio pela Casa Civil. A equipe econômica acredita que este projeto deve ser aprovado ainda este ano para viabilizar o mercado já a partir do ano que vem. Nesse segmento, o que haverá não é desestatização e sim autorização para que as empresas possam operar no Brasil. Hoje já há oferta de produtos desse tipo, mas por meio de sites estrangeiros, que operam de forma irregular e sem gerar receita ao governo.

Com essas duas iniciativas, o governo acredita que pode deslanchar o mercado de jogos no Brasil, que há mais de dez anos está estabilizado em cerca de 0,2% do PIB. Na Itália, segundo uma fonte, esse mercado tem faturamento de 2% do PIB.


Além do ganho econômico e de geração de empregos, o setor de jogos é forte gerador de arrecadação. Hoje, metade das receitas das loterias vai para os cofres do governo e financia uma série de programas sociais. Esses recursos também seriam duplicados ao longo de dez anos, caso o prognóstico de expansão do mercado nesse período se confirme. De acordo com avaliações da área técnica do governo, o crescimento mais intenso do mercado se dá entre o quinto e o décimo ano, mas o pico é atingido em 20 anos, com a liberação do jogo.




Rafael Gomes Gobbi
PMKA Advogados

Fundo Volta a Captar para Investimentos em Imóveis

Fundo volta a Captar para investimento em

Imóveis

http://www.valor.com.br//empresas/4996998/fundo-volta-captar-para-investimento-em-imoveis


A aquisição de ativos imobiliários voltou a chamar a atenção de gestoras de recursos focadas no setor, apesar do acirramento da crise política do país. As gestoras miram o longo prazo e se preparam para quando a economia voltar a crescer e a ter reflexos no aumento da demanda, principalmente, por áreas de galpões e escritórios. Há quem se interesse também pelo segmento residencial. Já se fala na intenção de novas captações, e quem tem o comprometimento de recursos assegurados busca ativos para desembolsar parte deles.


Mesmo com a piora da crise política, a Hemisfério Sul Investimentos (HSI), maior plataforma do país de fundos de private equity imobiliário, mantém a intenção, divulgada em janeiro, de desembolsar entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão na compra de ativos, neste ano. "Não é um soluço temporário que vai mudar nossa estratégia, com a qual continuamos otimistas", diz o sócio da HSI responsável por aquisições, Thiago Costa. Os recursos para financiar as aquisições fazem parte de um fundo de US$ 750 milhões cuja captação terminou há um ano.


A gestora - que tem R$ 10 bilhões de ativos sob gestão - está interessada em galpões, no segmento residencial, em escritórios e shopping centers. No primeiro semestre, a HSI comprou um galpão pronto e dois em desenvolvimento. No segmento residencial, a gestora tem adquirido terrenos e anunciou, em abril, joint venture com a Nortis, do empresário Carlos Terepins, para incorporação de projetos residenciais dos padrões médio e alto na cidade de São Paulo, que serão lançados a partir do início de 2018.


"A volatilidade de curto prazo não pode mascarar oportunidades de longo prazo", afirma o sócio da RB Capital, Marcelo Michaluá. A gestora vai focar seus próximos investimentos imobiliários em centros de distribuição bem localizados. A RB Capital possui R$ 2 bilhões em ativos sob gestão por meio de fundos especializados nos setores imobiliário e de infraestrutura.


A Hedge Investments pretende captar recursos, no segundo semestre, por meio de fundos - no total de R$ 1 bilhão a R$ 1,2 bilhão - para investimentos imobiliários em galpões, escritórios e shopping centers. A captação será realizada durante 18 meses.


André Freitas, sócio da Hedge, espera que a retomada do setor ocorra, primeiramente, em galpões, com possibilidade de começar no fim do ano. Potenciais ocupantes já começam a procurar, conforme Freitas, projetos de construção sob medida ("build to suit"). A gestora espera melhora do mercado de escritórios em dois anos, mas avalia que a retomada para lajes de padrão triple A pode começar em 2018. Para shopping centers, a expectativa é que a recuperação ocorra em três anos.


A Credit Suisse Hedging-Griffo (CSHG) - que tem R$ 5 bilhões de ativos imobiliários sob gestão e responde pela administração de 45 empreendimentos - já divulgou que pretende fazer, neste ano, nova capitação de recursos por meio de fundo de investimento imobiliário (FII). Há intenção de dobrar o total de ativos sob gestão no prazo de dois a três anos.

Na avaliação do diretor responsável pela área de ativos imobiliários da CSHG, Bruno Laskowsky, os mercados de escritórios comerciais, shopping centers e galpões tendem a retomar o crescimento no fim do próximo ano ou em 2019. Neste ano, a gestora vai focar a atuação na busca de mais lucratividade em escritórios, shoppings e galpões pela redução da vacância e pela melhora de qualidade dos ativos.


A Brio vai captar, nos próximos meses, mais de R$ 100 milhões para investir no segmento residencial.


A Brio, que possui controle compartilhado entre a Jereissati Participações e a Sollers Investimentos e Participações, vai captar, nos próximos meses, mais de R$ 100 milhões para investir no segmento residencial de média-alta e alta renda. A gestora focada no mercado imobiliário passou três anos praticamente em compasso de espera nas aquisições.


Os recursos captados pela Brio irão para compra de fatias em projetos residenciais de padrões médio-alto e alto, menos dependentes de financiamento bancário, todos na cidade de São Paulo. A gestora considera como base para sua expectativa de inflexão da economia as reformas terem sido colocadas em pauta.

A RBR Asset Management, que tem R$ 700 milhões sob gestão, distribuídos em seis veículos de investimento, comprou, recentemente, seu primeiro edifício corporativo na capital paulista, por R$ 41,3 milhões. A gestora pretende fazer novas aquisições de imóveis corporativos para locação bem localizados na cidade.


No segmento residencial, a RBR comprou quatro terrenos - três deles com perfil adequado ao Minha Casa, Minha Vida - e vai adquirir de quatro a seis outras áreas neste ano. O pagamento dos terrenos será feito somente após o registro de incorporação dos empreendimentos. "O Brasil ainda traz muitas incertezas, diz um dos sócios da RBR, Ricardo Almendra. Projetos enquadrados no programa habitacional serão lançados neste ano e empreendimentos para as classes média e média-alta, a partir de 2019.


Segundo Almendra, os investimentos previstos para incorporação estão mantidos, mesmo com a piora da crise política, mas os "filtros para as operações de dívida ficaram mais restritivos". A RBR compra certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e participa da emissão desses títulos.


A gestora de patrimônio ("familly office") Provence Capital está buscando parcerias com fundos de investimento em incorporação e com pequenas e médias incorporadoras para projetos residenciais desenvolvidos na cidade de São Paulo.


O responsável pela área de investimentos imobiliários da Provence, Vitor Morosine, conta que a percepção da gestora é que há mais oportunidades nas faixas 2 e 3 do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, financiadas com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), e no alto padrão, que depende menos de crédito. "Mas o mais importante é que sejam parceiros muito bons no que fazem e com experiência comprovada", afirma.


A Provence tem recursos aplicados em fundos imobiliários listados em bolsa, lastreados, principalmente, no aluguel de escritórios triple A localizados na capital paulista


segunda-feira, 5 de junho de 2017

BR Properties Prepara Oferta de Ações de R$ 1 bi

BR Properties prepara oferta de ações de R$ 1 bi

fusoesaquisicoes.blogspot.com.br |

ABR Properties prepara uma oferta de ações subsequente (follow on) de cerca de R$ 1 bilhão. Os acionistas Abu Dhabi Investment Authority (Adia) e a GP Investments, que adquiriram o controle da companhia do BTG Pactual no ano passado, devem subscrever 70% da operação que será anunciada nos próximos dias.

Os bancos contratados para estruturar a oferta são basicamente os credores da empresa: Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e ainda o Bank of America Merryl Linch (BofA).


O aumento de capital ajudará a reduzir a dívida líquida da BR Properties, que chegou a R$ 2,1 bilhões no fim de março. Também abrirá espaço para a potencial compra de ativos, em meio à depreciação de edifícios corporativos e galpões logísticos. Bancos e BR Properties não comentaram.0 - O Estado de S.Paulo Leia mais em portal.newsnet 02/06/2017