quarta-feira, 30 de outubro de 2013

FGV indica recuperação no setor imobiliário

29/10/2013
Autor: Francine De Lorenzo 
Fonte: Valor


O setor imobiliário dá indícios de que voltará a crescer nos próximos meses, segundo a Sondagem da Construção da Fundação Getulio Vargas (FGV), que mostra que a confiança dos empresários do segmento de preparação de terrenos, primeiro a ser envolvido nas obras, está se recuperando.

Nos três meses encerrados em outubro, o indicador registrou queda de apenas 1,7% contra igual período de 2012, confirmando o movimento ascendente verificado em setembro, quando a retração foi de 4,9%, muito inferior ao recuo de 7,1% contabilizado em agosto, na mesma base de comparação.

Em outubro, a melhora na percepção dos empresários do segmento de preparação de terrenos foi motivada tanto pela situação atual quanto pelas expectativas para os próximos seis meses. O Índice da Situação Atual mostrou que a queda de 9,8% vista no trimestre findo em setembro diminuiu para 4,5% nos três meses até outubro, enquanto o Índice de Expectativas passou do campo negativo (-0,6%) para o positivo (1%).

“Não esperamos que o setor imobiliário repita o forte desempenho de 2010, mas há perspectiva de crescimento a taxas mais comedidas”, diz a coordenadora de estudos de construção civil da FGV, Ana Castelo. O grande déficit habitacional no Brasil garante espaço para o avanço do mercado imobiliário, mas o rápido e acentuado aumento nos preços, diz Ana, deve limitar a expansão do setor.

 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Maior fundo imobiliário do país mostra recuperação; corretoras recomendam compra

 

25/10/2013
Autor: Arthur Ordones 
Fonte: InfoMoney


O BC Fund (BRCR11) é o maior fundo imobiliário do país e mostrou ser uma aposta interessante e fora da curva em um mercado que passa por uma fase tão difícil.

SÃO PAULO – O BTG Corporate Office Fund (BRCR11), conhecido como BC Fund, assim como a maioria dos fundos imobiliários, sofreu durante boa parte deste ano. No dia 30 de agosto as cotas do fundo atingiram seu pior nível, negociadas a R$ 122, uma queda de 22,04% no acumulado do ano até então.

No entanto, desde a sua mínima do ano, o maior fundo imobiliário do país acumula alta 11,8%, negociado a R$ 136,39 no fechamento da última quinta-feira (24). No mesmo período, o Ifix (índice de fundos imobiliários da BM&FBovespa) registrou alta bem mais branda, de 2,97%.

De acordo com uma fonte que não quis se identificar, a alta do fundo foi impulsionada pela compra de dois imóveis nos últimos dois meses. “Esta grande melhora se deu pelos anúncios dos novos investimentos do fundo, pois se você comparar esse desempenho recente com o IFIX e outros dois grandes fundos (KNRI11 e HGRE11) verá que o BC Fund foi um caso isolado”, afirmou.

O fundo que possui gestão ativa do BTG Pactual conta com escritórios comerciais localizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Campinas no seu portfólio. Além disso, possui baixa vacância e três quartos de sua receita é proveniente de imóveis com padrão A e A+.

Recomendações

O fundo é uma unanimidade entre os analistas. Todas as 4 corretoras que enviam suas recomendações sobre fundos imobiliários mensalmente para o InfoMoney recomendam o fundo: Omar Camargo, Ativa Corretora, Geração Futuro e Inva Capital.

A Omar Camargo, em uma carteira de cinco ativos, tem o BC Fund com a maior participação, de 30%, enquanto a Geração Futuro recomenda investir 5% do portfólio de FIIs no fundo do BTG Pactual, em uma carteira com 10 papéis. Já a Inva Capital também recomenda 30% de peso no fundo em um portfólio com cinco, sendo a segunda maior participação da carteira. A Ativa não informa o peso, mas também recomenda o ativo.

O mercado de fundos imobiliários

De acordo com o especialista, o mercado como um todo acalmou, mas a fase ruim não passou. “A vacância permanece alta, muitos imóveis serão entregues nos próximos anos e a taxa Selic subiu, ou seja, a fase não é boa. Mas, de maneira geral, parece que a “aversão” ao Brasil diminuiu, haja vista a alta recente do Ibovespa”, explicou.

Ainda segundo ele, o investimento em FII é atrativo para quem tem objetivos de longo prazo e compreende os riscos do mercado de imóveis. “Apesar do momento não ser bom sempre surgem boas oportunidades de investimento e os fundos estão aproveitando para comprar imóveis. Ano passado tínhamos Selic em queda e chegando a 7,25%. Agora temos outra realidade bem distinta. FII continua atrativo? Na minha opinião, sim. Como no ano passado? Não, as circunstâncias mudaram muito”, finalizou.

Já os analistas da Inva Capital apontam que a fase ruim dos fundos imobiliários já pode ter chegado ao fim. Em relatório recente, eles ressaltam a melhora do Ifix no mês de setembro (o índice avançou 1,82%).

“Será que o mercado caiu na real que os Fundos estavam muito baratos? Acreditamos que essa informação está sendo digerida aos poucos pelos investidores e, se a taxa de juros não subir para cima de dois dígitos e o mercado de locação imobiliária não se deteriorar muito, acreditamos que os fundos encerraram sua fase negativa em agosto”, afirmou a Inva em relatório.

 

 

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Estoque de renda fixa apresenta alta em setembro - InfoMoney

Estoque de renda fixa apresenta alta em setembro

SÃO PAULO - O estoque de renda fixa da Cetip registrou aumento de 5,3% em setembro de 2013 na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Segundo a instituição, o estoque total registrado no nono mês de 2013 foi de R$ 2,364 trilhões. No mesmo mês de 2012 a cifra registrada foi de R$ 2,244 trilhões.

O maior crescimento entre os ativos que fazem parte do levantamento da Cetip ficou por conta da categoria de Estoque Imobiliário, composta por LCI (Letra de Crédito Imobiliário), CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e CCI (Cédula de Crédito Imobiliário). Juntos, os três ativos apresentaram crescimento de 29,8% em relação a setembro de 2012 e um total de R$ 181 bilhões.

Na sequência, aparece o segmento de Estoque Agrícola, que inclui LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) e CDCA (Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio). O crescimento registrado em setembro de 2013 ao mesmo mês de 2012 é de 21,5%, segundo dados da Cetip. Essa categoria acumula um estoque de R$ 29 bilhões.

O estoque total de renda fixa foi para R$ 2,364 trilhões em setembro, segundo a Cetip (Getty Images)
O estoque total de renda fixa foi para R$ 2,364 trilhões em setembro, segundo a Cetip (Getty Images)

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Quase 40% dos compradores de imóveis em SP são investidores

21/10/2013
Autor: Daniel Vasques 
Fonte: Folha de São Paulo


Quatro em cada dez pessoas que compram imóveis na cidade de São Paulo têm como foco investimento, segundo pesquisa da Lopes Inteligência de Mercado.

Para 55%, moradia própria foi a principal finalidade. Já em 4% dos casos foi para uso de outra pessoa e em 3% o objetivo era que o imóvel servisse unicamente como local de trabalho.

Uma explicação para o grande número de investidores é que a taxa básica de juros, a Selic, caiu de 10,5% ao ano no início de 2012 para 7,25% no fim desse mesmo ano, atingindo seu mais baixo nível na história. Hoje, após cinco elevações, está em 9,5%, o que pode diminuir o apetite dos investidores.

Como a taxa serve de referência de juros para o mercado, uma baixa afeta o desempenho das aplicações financeiras, como em renda fixa, fazendo com o que os imóveis ganhem atratividade como forma de investimento. A alta tem o efeito contrário.

Outro motivo é que as incorporadoras lançam cada vez mais imóveis compactos.

Com área menor, costumam ter preço final inferior, mesmo com um valor elevado do metro quadrado, e são mais facilmente locáveis que os imóveis com muitos quartos, o que atrai investidores.

Em alguns casos, como a Folha informou na semana passada, 80% dos imóveis de um dormitório são vendidos a investidores. A pesquisa foi realizada com 3.338 compradores em 2012.

 

Estrangeiros voltam cautelosamente ao mercado brasileiro

Estrangeiros voltam cautelosamente ao mercado brasileiro

São Paulo/Rio de Janeiro - Após apostar durante a maior parte do ano que as ações brasileiras continuariam a afundar, alguns investidores agora estão buscando cautelosamente oportunidades de compra em um mercado que pode ter se tornado novamente barato o suficiente.

Contudo, o movimento ainda carece de convicção. Por enquanto, analistas recomendam que investidores cacem barganhas ou escolham criteriosamente ações de companhias que possam se beneficiar de uma esperada recuperação em mercados emergentes.

Participantes do mercado têm motivos para se manter céticos a respeito do Brasil, mercado cuja performance neste ano seguiu a de algumas nações desenvolvidas que ainda lutam contra os efeitos da crise financeira de 2008. A crescente intervenção do Estado na economia, sinais de que o modelo de crescimento do país está esgotado e a incerteza política mantiveram muitos investidores de braços cruzados.

O principal índice da bolsa paulista, o Ibovespa, opera atualmente ao redor de 56 mil pontos, mais de 20 por cento abaixo dos 73 mil pontos atingidos em setembro de 2010. O índice acumula desvalorização de quase 10 por cento no ano, apesar de um rali de 25 por cento desde julho ter conferido à bolsa uma tendência altista.

"Alguns preços são encorajadores, mas você não sente que participantes do mercado estão muito convictos", afirmou Paulo Bylik, que gerencia 9,5 bilhões de reais em ativos para a Rio Bravo Investimentos, em São Paulo. "Estamos longe do consenso de que o Brasil é uma opção de 'compra' no momento".

Desde o início do ano, investidores estrangeiros entraram com 11 bilhões de reais na Bovespa, e a natureza desse fluxo mostra uma melhora experimental no sentimento do mercado em relação ao Brasil.

Durante o primeiro semestre, investidores ficaram fortemente vendidos na bolsa, esperando novas quedas nos preços de ações.

Agora, porém, dados da BM&FBovespa mostram que investidores estão se tornando mais otimistas sobre as perspectivas para o Brasil, com posições compradas em futuros de índice superando as vendidas por uma estreita margem.



Alexandre Assolini
PMKA Advogados

Maior fundo imobiliário do país compra parte de edifício por R$ 250 milhões

Maior fundo imobiliário do país compra parte de edifício por R$ 250 milhões

SÃO PAULO – O fundo imobiliário BTG Pactual Corporate Office Fund (BRCR11), conhecido no mercado como BC Fund, anunciou ao mercado nesta sexta-feira (18) que o FII Prime, do qual o BC Fund detém 100% das cotas, fechou compromisso para a compra de 40% do edifício de escritórios Brazilian Financial Center, pelo valor de R$ 250 milhões. O BC Fund é o maior fundo imobiliário do país.

A 'fatia' comprada pelo BTG representa 16.107 m² de ABL (Área Bruta Locável) do edifício. Segundo o comunicado, a participação adquirida gera uma renda de locação mensal de R$ 1,90 milhão, além de receitas extraordinárias de aproximadamente R$ 50 mil por mês.

O pagamento da aquisição será divido em R$ 5 milhões em uma parcela à vista e R$ 245 milhões em parcelas mensais consecutivas, com prazo de 12 anos e taxa de correção de TR + 9,3%, podendo variar para baixo conforme remuneração da poupança.

Também será realizado o pré-pagamento de obrigações ligadas ao mesmo ativo no montante de R$150 milhões, que possuem vencimentos mais curtos (63% até 2015) e taxa 0,8% a.a. mais onerosa. Com isso, a conclusão desta operação representará um desembolso à vista de R$155 milhões.

O BTG destacou como 'estratégias de aquisição' o fato da equipe de gestão conhecer bem o imóvel e 'entender' o seu potencial. Além disso, eles apontam que o edifício está totalmente locado com contratos de longo prazo e inquilinos de primeira linha, em um dos principais endereços comerciais de São Paulo.



Alexandre Assolini
PMKA Advogados

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Novo Plano Diretor de São Paulo já afeta mercado de terrenos

 

Fonte: Valor Econômico

Caderno: Empresas/ pg. B1

17/10/2013

 

Por Chiara Quintão | De São Paulo

 

O novo Plano Diretor de São Paulo, entregue pelo prefeito Fernando Haddad (PT) à Câmara Municipal de São Paulo no fim de setembro, já afeta o mercado de compra e venda de terrenos na capital. Incorporadoras estão mais cautelosas para bater o martelo nas aquisições de novas áreas, e a vinculação da compra efetiva ao texto final das novas regras a serem publicadas tem sido prática comum das empresas para reduzir riscos. Trata-se de uma cláusula resolutiva a mais em relação às comumente adotadas.

 

"A demanda das incorporadoras por terrenos, em São Paulo, caiu 50% desde agosto. A outra metade está vinculando a compra ao que será aprovado no projeto do novo plano", diz Ronny Lopes, sócio da Arquimóvel, empresa que representa incorporadoras na aquisição de áreas. Nas opções de compra de terrenos, as incorporadoras têm atrelado ao novo Plano Diretor a aquisição efetiva ou o preço a ser pago.

 

A PDG Realty, por exemplo, passou a incluir, em agosto, nas opções de compra de terrenos, cláusula resolutiva pela qual poderá optar por não adquirir uma área da qual tem a opção de compra, dependendo do coeficiente de aproveitamento na região a ser definido pelas novas regras.

 

Segundo o vice-presidente de incorporação da PDG, Antonio Guedes, com esse condicionamento, a negociação com os proprietários de áreas está mais difícil e demorada. Apesar das incertezas em relação ao novo Plano Diretor, porém, a PDG continua buscando terrenos na capital. "Privilegiamos regiões que tendem a ser beneficiadas pelo Plano Diretor", conta Guedes.

 

Como não se sabe, ao certo, quando o texto final do novo Plano Diretor de São Paulo será sancionado, alguns compromissos de compra e venda de áreas preveem um prazo para que a opção seja ou não exercida. Há quem espere a sanção do projeto para o fim de 2013 e quem acredite que isso só ocorrerá em meados do próximo ano.

 

Nas suas análises de terrenos em São Paulo, a Tecnisa faz cálculos de viabilidade conforme o cenário que considera mais provável para o potencial construtivo da área a partir do texto atual do Plano Diretor. "Num cenário de mais estresse, a empresa vai pagar até determinado valor ou distratar a área", conta o diretor técnico da Tecnisa, Fabio Villas Bôas. A situação da companhia em relação aos terrenos que possui está "bastante confortável" para o curto e médio prazo, segundo Villas Bôas. "Estamos mais restritivos na compra de áreas", diz.

 

O condicionamento às novas regras que vem sendo utilizado por muitas incorporadoras nas opções de compra de terrenos está vinculado também ao custo da outorga onerosa do direito de construir na região. A outorga é um instrumento que possibilita construção de área acima da permitido pelo coeficiente básico até o limite do coeficiente máximo de cada zona. Existe expectativa de alta do custo da outorga.

 

"A reflexão sobre a compra de terrenos está muito maior que antes, porque o novo plano é mais restritivo e o valor da outorga pode subir", afirma o diretor financeiro e de relações com investidores da EZTec, Emilio Fugazza. Ele acrescenta que, em alguns bairros da capital paulista, como Vila Leopoldina, Lapa e Vila Guilherme, o estoque de outorga já está esgotado. "O novo estoque só entrará em vigor quando houver a revisão da Lei de Zoneamento, o que só irá ocorrer após o novo Plano Diretor", diz Fugazza.

 

A EZTec não incluiu cláusula referente ao Plano Diretor nas suas compras de terrenos. Não há necessidade, de acordo com o diretor de relações com investidores, porque a empresa tem buscado áreas em regiões onde já não há mais estoque de outorga ou naquelas abrangidas pelas operações urbanas consorciadas. As regras das operações urbanas se sobrepõem ao Plano Diretor. "Procuramos fazer escolhas de terrenos em que a possibilidade de alteração das regras seja mínima ou inexistente. Não quero correr risco futuro", diz Fugazza.

 

O terreno em que está sendo desenvolvido o Jardim das Perdizes (projeto da Tecnisa, PDG e BV Empreendimentos), faz parte da Operação Urbana Água Branca. Na primeira quinzena de outubro, foi aprovado o projeto de lei que altera a Operação Urbana Água Branca, possibilitando a construção de imóveis em mais 1,8 milhão de m2 em parte dos bairros da Água Branca, Perdizes e Barra Funda. "Isso nos libera para desenvolver o Jardim das Perdizes todo. O potencial construtivo esgotado volta a existir", diz Villas Bôas.

 

Todos os projetos protocolados na Prefeitura de São Paulo até 31 de julho serão submetidos às regras do antigo Plano Diretor da cidade. Não está claro, porém, qual será o tratamento para os projetos com data de protocolo entre 1º de agosto e a sanção do novo Plano Diretor. "A tendência é que o mercado de compra de terrenos seja paralisado, a não ser que haja um indicativo de que a lei vigente será respeitada", diz o presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Claudio Bernardes.

 

O diretor-presidente da Brasil Brokers, Sergio Freire, diz não esperar que as regras do novo Plano Diretor sejam retroativas até 1º de agosto. Na avaliação de Freire, o primeiro movimento já decorrente da expectativa de mudança das regras é que as incorporadoras estão acelerando o processo de pedido de aprovação de projetos. "Os grandes escritórios de arquitetura estão abarrotados de projetos no momento", diz Lopes, da Arquimóvel.

 

 

Puxadas por SP e RJ, vendas de imóveis residenciais novos crescem 13% no País

16/10/2013
Autor: Luiza Belloni Veronesi 
Fonte: InfoMoney


Apenas São Paulo e Rio de Janeiro apresentaram variações positivas entre nove estados brasileiros.

SÃO PAULO – As vendas de imóveis residenciais novos registraram alta de 13% em dois de nove estados brasileiros no primeiro semestre deste ano, ante igual período de 2012. Segundo estudo do Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), São Paulo e Rio de Janeiro cresceram as vendas em 39% e 8%, cada.

Em São Paulo, o número de imóveis novos comercializados passaram de 20,6 milhões para 28,7 milhões. Já no Rio, 5,8 milhões de unidades foram vendidas no período, um acréscimo de 400 mil em relação a 2012.

As maiores quedas nas vendas de imóveis residenciais no período foram registradas no Ceará, com -32%, Minas Gerais, -16%, e Pernambuco e Goiás, ambos com retração de 9% nas vendas de unidades.

O levantamento se baseou em pesquisas de mercado de entidades na Bahia, Goiás, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e João Pessoa.

Lançamentos

No comparativo de janeiro a junho entre os anos 2012 e 2013, o destaque ficou por conta de Goiás, com uma alta de 50% no número de imóveis residenciais lançados. A região metropolitana de João Pessoa também apresentou variação significativa, com uma alta de 48%. Ele é seguido por São Paulo, 41%, e Rio de Janeiro, com alta de 9% nos lançamentos residenciais.

Já os estados que apresentaram queda nos lançamentos foram: Paraná (-51%), Rio Grande do Sul (-48%) e Ceará (-37%).

 

Iguatemi vai administrar shopping Pátio Higienópolis em São Paulo

16/10/2013
Autor: Renato Rostás 
Fonte: Valor


SÃO PAULO – A Iguatemi venceu concorrência para administrar o Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo. Comunicado enviado nesta quarta-feira à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informa que a empresa encontra-se em estágio de discussão do contrato que assinará para operar o empreendimento.

O shopping center tem como sócia a Brookfield e possui área bruta locável (ABL) de 34,9 mil metros quadrados. São 260 lojas distribuídas por seis pisos da construção que foi concluída em 1999. A expansão do local foi realizada em 2010.

Na segunda-feira, a JHSF Participações adquiriu 17% da primeira parte do shopping e outros 21,37% de fatia na expansão, por R$ 350 milhões. A participação era detida pela Fundação Conrado Wessel.

 

 

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Investidor ainda foge de fundo imobiliário

Investidor ainda foge de fundo imobiliário

Foto: Agência Brasil

Lastro em tijolo sugeria a investidores que perda em FIIs era muito pouco provável

Os fundos imobiliários (FIIs) continuam a perder clientes, apesar de o setor dar sinais de recuperação. Em setembro, o número de investidores nesse tipo de aplicação, que crescera quase ininterruptamente até junho, recuou novamente, pra 101.710 mil, o menor número desde fevereiro deste ano. 

A fuga decorre do desempenho cambaleante que os FIIs têm tido ao longo de 2013. De janeiro a setembro, o Ifix – indicador que reflete o desempenho dos fundos imobiliários negociados em bolsa – caiu 11%, de acordo com dados da BM&FBovespa. Desde junho, o valor de mercado dos FIIs negociados em bolsa tem sido reiteradamente menor do que o patrimônio que eles têm nas carteiras – em agosto, ficou 11% menor.

E, como apontam analistas, as perdas têm sido generalizadas, o que dificulta a vida do investidor. De acordo com dados da Economática, entre os cinco FIIs com as piores quedas nos retornos neste ano estão um fundos que investem em outros fundos e títulos imobiliários (BTG Fundo de Fundos, -29,95% e Maxi Renda, -26,7%), em escritórios (BB Votorantim JHSF Cidade Jardim Continental Tower, -27,16%; Memorial Office, -26,33%) e shoppings (Floripa Shopping, -26,33%). 

Os produtos também têm se tornado menos líquidos. O volume negociado recuou 8% em setembro em relação a agosto, para R$ 471,2 milhões, o menor valor desde novembro de 2012.

Susto

O desempenho ruim dos FIIs ainda é melhor do que o das ações: neste ano, o Ibovespa já recuou 14% e o Imob, que reflete os títulos de empresas do setor imobiliário, 17%. Mas o tombo foi suficiente para assustar investidores que não contavam que os FIIs, por serem lastreados em tijolo (ainda que indiretamente, via fundos de títulos imobiliários), também poderiam cair.

"As pessoas pensavam 'em imóvel você não perde dinheiro'. E começaram a perder", diz Michael Viriato, professor de finanças do Insper, instituto de ensino e pesquisa. "Com imóvel você também perde dinheiro, mas no físico você não vê o valor flutuando [ como nos fundos imobiliários ]

."

Para Viriato, o que jogou contra os fundos foi a elevação das taxas de juros de mercado em antecipação das altas da Selic realizadas pelo Banco Central. Na última quarta-feira, data da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa básica da economia chegou a 9,5%, na 5ª elevação consecutiva.

O professor do Insper acredita, entretanto, que o pior já passou. Apesar da queda no conjunto do ano, em setembro o Ifix registrou a primeira alta após três meses consecutivos de recuo, segundo os dados da BM&FBovespa. Por isso, quem permaneceu com os títulos não deve se desfazer deles, aconselha Viriato.

"A visão do mercado hoje é de que pode haver mais um aumento [ da taxa Selic ]

e acabou. Dado isso e, se a economia brasileira não se deteriorar, pode haver uma elevação tanto do Idiv [ índice das ações que pagam bons dividendos, como os fundos imobiliários ]

como dos fundos imobiliários", diz o professor.

A saída de investidores também deve ser estancada. 

"Grande parte dos investidores que não entendiam o produto fundo imobiliário já saíram. Cada vez mais você verá menos pessoas saindo."




Alexandre Assolini
PMKA Advogados

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Marriott e Mega terão hotel no Rio

Valor Econômico, Ana Paula Ragazzi, 11/out

A Mega Realizações Imobiliárias fechou uma parceria com o grupo americano Marriott International para o lançamento de um hotel na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. Pelo acordo, a bandeira do hotel será AC by Marriott - em 2011, o grupo americano comprou 50% da espanhola AC Hotels. A associação com a Mega representa a estreia no Brasil dessa marca - um hotel "design", de quatro estrelas.

 

O Marriot será o administrador do hotel, que deverá estar pronto no primeiro trimestre de 2016 - a tempo da Olimpíada. O contrato assinado tem validade de 20 anos. Após os primeiros dez, o Marriot, unilateramente, decide se quer prorrogá-lo por mais 5 anos. Passado esse prazo, novamente a rede americana terá a prerrogativa de decidir se quer continuar no comando por outros 5 anos.

 

Procurado pelo Valor, o Marriot, que tem capital aberto nos Estados Unidos, não se pronunciou por estar em período de silêncio, em função da divulgação de resultados. Walter Oaquim, presidente da Mega, disse que o hotel será vendido a investidores com um formato diferenciado. Em vez de colocá-lo dentro de um fundo imobiliário ou buscar compradores para os apartamentos, serão vendidas "partes ideais" do empreendimento.

 

Nesse modelo, o investidor não será dono de uma cota, mas sim de uma fração da área total construída - ao fechar o negócio, o investidor recebe uma escritura, atestada no Registro Geral de Imóveis (RGI), como acontece quando se compra um imóvel. Não haverá a venda, portanto, de valores mobiliários.

 

Como administrador do hotel, o Marriott deverá levantar receitas com a hospedagem, eventos, produtos e serviços comercializados no hotel. Depois de pagar todas as contas e retirar as taxas que cobra para operar e emprestar sua marca ao empreendimento, vai distribuir a soma restante como uma espécie de dividendo aos compradores das partes ideais.

 

"Inicialmente, a ideia era vender como um fundo imobiliário. No entanto, uma das exigências para empacotar o produto dessa forma seria uma garantia de rendimento mínimo por um período de cinco anos, com os quais os empreendedores não concordaram", diz Oaquim. Além disso, pesou para a decisão o fato de pesquisas mostrarem que o investidor prefere ter em mãos uma escritura em vez de uma cota.

 

O hotel será dividido em 1.000 partes ideais. Desse total, 10% serão adquiridos por sócios e fornecedores do projeto, como a própria Mega, a Dominus, incorporado e construtora que erguerá o hotel, além de engenheiros e arquitetos envolvidos. As 900 partes restantes serão vendidas pelos corretores da imobiliária Patrimóvel. Cada uma será vendida a um preço médio de R$ 240 mil - a partir de três partes haverá descontos. O valor poderá ser financiado em até 37 vezes. O Valor Geral de Vendas (VGV) é estimado em R$ 230 milhões. A compra das partes não dá direito de utilizar os quartos.

 

Ao comprar as frações, além de receber a escritura referente a seu pedaço no hotel, o investidor se associará a uma Sociedade em Conta de Participação (SCP). Essa sociedade terá um "sócio ostensivo", como se diz no jargão do setor, que será a Rio Barra, Sociedade de Propósitos Específico (SPE) criada pela Mega e que figura como a dona do terreno em que o hotel será construído. É a Rio Barra que está vendendo as partes do empreendimento ao investidor e que também será a responsável por receber os recursos pagos pelo Marriott, recolher o Imposto de Renda (IR) e distribuir os dividendos aos investidores.

 

Como a Rio Barra não tem a expertise nesses procedimentos, contratou a Prodomus, especializada em serviços de gestão de quartos de hotéis, para cuidar dos pagamentos. A Prodomus é ligada à construtora Dominus e também será a responsável por fiscalizar e auditar os trabalhos do Marriott. Esse trabalho da Prodomus custará aos compradores das partes ideais uma taxa de 2% sobre os dividendos que irão receber.

 

"Esse modelo, conhecido como 'pool hoteleiro' evita a bitributação. Dessa forma, o imposto será pago apenas pela pessoa jurídica. A SCP foi criada apenas para que o comprador possa receber o dividendo já líquido do pagamento de IR", explica Oaquim.

 

Os responsáveis pelo lançamento vão dispor de recursos para o capital de giro no primeiro ano de funcionamento do hotel. A Mega vai colocar R$ 3 milhões e o Marriot, R$ 2,5 milhões - se for necessário. Além disso, 1% do faturamento do hotel será destinado a uma reserva para dar conta de eventuais despesas extraordinárias. O Marriott cobra taxas pelo uso da bandeira, para marketing e um percentual do lucro obtido - os valores não foram revelados.

 

Quem comprar as partes ideais não será sócio do Marriott, que responde apenas pela gestão do hotel por um prazo de dez anos, prorrogáveis por mais dez.

 

Pelo projeto, o hotel terá 14 andares e 378 quartos, cada um com 25 metros quadrados e terá um total de 22 mil metros quadrados de área construída. O terreno está localizado no início da Barra, a 600 metros da praia e de grandes centros comerciais.

 

Segundo Oaquim, o empreendimento poderá atender tanto a um perfil de viajantes de lazer quanto de negócios. Estimativas internas indicam que o retorno para o investidor pode ser de 1% ao mês, líquido de imposto, se houver uma taxa de ocupação de 72%. Qualquer venda da parte ideal adquirida poderá ser feita através da transferência de escritura, como acontece com um imóvel. E ele acredita que, nesse momento, o investidor vai se beneficiar da valorização do empreendimento.

 

O terreno onde o hotel será construído é da família proprietária do Grupo Mega, que presta serviços de locação de equipamentos pesados, como guindastes, gruas e geradores. Ao decidir realizar o empreendimento no terreno, a empresa criou um novo braço, de realizações imobiliárias.

 

Comprar imóveis no exterior é boa opção de investimento

 

10/10/2013
Autor: Terra 
Fonte: Terra


A procura de brasileiros por imóveis no exterior é crescente. Segundo o Banco Central, entre 2007 e 2011 o investimento direto em atividades imobiliárias em países como Estados Unidos, Portugal e Espanha cresceu 360%. Somando-se os gastos com a compra a serviços como corretagem, o valor chega a US$ 1,1 bilhão – equivalente à R$ 2,42 bilhões. A crise financeira dos Estados Unidos em 2008 e os recentes problemas econômicos europeus impulsionaram esse mercado. Mais do que uma opção de lazer, comprar imóveis fora do Brasil é uma alternativa de investimento.

Segundo Renato Teixeira, presidente da rede imobiliária RE/MAX Brasil, a crise norte-americana tornou os preços do país mais baratos que o de imóveis no território brasileiro, como no Rio de Janeiro. Quem deseja passar as férias no exterior busca áreas turísticas com clima semelhante ao do Brasil, o que coloca a Flórida como a região mais procurada. Rodrigo Gomes Bellini, sócio-diretor da rede Century 21 Max – Rio de Janeiro, diz que Orlando é o local mais procurado, por ter um preço mais acessível, enquanto Miami vem se valorizando.

Nos Estados Unidos, o perfil médio do imóvel procurado pelos brasileiros custa de US$ 250 mil a US$ 400 mil, de acordo com Teixeira. Influencia nesse valor principalmente a localização. Embora haja quem procure uma segunda moradia, na maioria dos casos, os brasileiros compram buscando um investimento, que pode render pela valorização e pela locação para turistas.

O processo de aquisição do imóvel é pouco burocrático, em especial nos Estados Unidos. Uma vez confirmada a disponibilidade do valor necessário na conta do comprador, uma minuta contratual é elaborada, o contrato é feito e a remessa enviada aos Estados Unidos. Não é preciso abrir conta em um banco americano. O brasileiro tem acesso fácil a crédito no país, afirma Teixeira. É possível financiar até 70% do imóvel, sendo necessário comprovar a renda. Ainda assim, a maior parte das compras é à vista. Se financiado, a entrada pode ser a partir de 30% do valor, estando sujeito a aprovação de crédito e com juros entre 4% e 5% ao ano, afirma Bellini.

Ainda que normalmente se busque imóveis mais caros, apartamentos de um dormitório em Orlando, próximos aos parques da Disney, custam a partir de US$ 60 mil (R$ 132 mil). O valor pode dobrar para um bom imóvel em Aventura, Miami.

Investimento na Europa

O terceiro local mais procurado pelos brasileiros, segundo Bellini, é Portugal, que vem tentando atrair investidores daqui. “Em Portugal, as instituições bancárias não possuem uma linha de financiamento específica para estrangeiros, mas os brasileiros podem se valer de uma linha normal, oferecida aos portugueses. Neste caso, ter dupla nacionalidade ou um fiador português são os requisitos”, ressalta Teixeira. O financiamento pode chegar até a 80% do imóvel. Além dos custos de aquisição, a escritura e os registros – que somam no máximo mil euros – e o imposto de selo – porcentagem do empréstimo bancário – também devem ser pagos. Um apartamento com dois dormitórios em Lisboa pode ser encontrado por 70 mil euros (R$ 209 mil).

Punta del Este, no Uruguai, e Espanha completam a lista dos locais mais procurados. Imóveis na praia uruguaia só podem ser adquiridos se o comprador tiver rendimento no país, afirma Bellini. Um flat na praia espanhola de Torremolinos, ao sul do país, pode custar 50 mil euros (R$ 149,5 mil).

Espanha, Portugal e Grécia oferecem os melhores preços da Europa. Mas Teixeira alerta que os investidores precisam analisar caso a caso, já que não é possível saber quanto tempo essa desvalorização irá durar.

 

 

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Cai valor de aluguel de escritórios 'A' no Rio

O Globo, Negócios & Cia, 09/out

Pesquisas de consultorias imobiliárias indicam estabilização e até redução no valor do aluguel de escritórios de alto padrão no Rio, no trimestre deste ano. É efeito da entrega de novos espaços corporativos na cidade. De acordo com a Cushman & Wakefield, o preço médio de locação mensal de espaços classe A caiu 16% sobre o período janeiro-março, para R$ 123/m². Das regiões avaliadas, a Zona Sul tem o valor mais alto: R$ 237,90, contra R$ 265,10 no 1º tri. 

 

"É ajuste por conta do estoque de novos edifícios e da desaceleração da economia. Ainda haverá queda até o fim do ano" prevê Marcelo da Costa Santos, vice-presidente C&W. Outro indicativo da mudança no mercado é a taxa de vacância, de 10,8% de abril a junho, informa a Colliers. "É patamar de equilíbrio. Até dois anos atrás, estava em menos de 2%, daí os altos preços" explica Mareio Votorino, gerente da consultoria no Rio. O relatório da Colliers mostra alta de 9,3% no preço médio, para R$ 137,19/m². Em escritórios A+, contudo, já se vê reduções de 5% a 10%, em áreas como Centro e Barra. Neste bairro, a vacância saltou de 13,8% para 21,6%. "Com maior oferta, o locatário consegue descontos ou melhores contratos", diz Votorino.

 

R$ 1,2 milhões

 

É o preço mínimo da concessão, por 25 anos, do terreno da Prefeitura do Rio, na Avenida das Américas (Barra). A área, de 9.858 m², fica ao lado da Ribalta, casa de shows. O leilão é no próximo dia 5.

 

'Nunca vi um projeto dessa escala sendo feito tão rapidamente'

O Globo, Fabíola Gerbase, 09/out

Depois de visitar o Rio em busca de oportunidades de negócios para escritórios de arquitetura americanos, o presidente do Instituto Americano de Arquitetos, Mickey Jacob, deixou a cidade nesta terça-feira com algo que não esperava: um exemplo bem-sucedido de projeto urbano de grande porte para apresentar nos Estados Unidos. Jacob visitou as obras do Porto, conheceu a proposta de revitalização e afirmou nunca ter visto intervenção de tamanha complexidade sendo desenvolvida em tão pouco tempo. Envolvido num trabalho junto à Casa Branca que pretende tornar mais ágil a execução de grandes projetos urbanos no país, Jacob acredita que o Porto carioca se trata de "um modelo a estudar", tanto do ponto de vista arquitetônico, de modelo de gestão e financiamento. O arquiteto, que tem um escritório na Florida e 32 anos de experiência, conversou com o GLOBO no Museu de Arte do Rio, na Praça Mauá.

 

Qual foi sua impressão sobre o projeto para o Porto?

 

O que mais me impressionou foi sentir como a atenção dada ao design urbano realmente mudou o conceito de toda essa área, que será entregue aos pedestres, ciclistas. Serão criadas várias áreas verdes. E é uma intervenção que gera muitos empregos. Não vi até hoje um projeto dessa escala sendo feito tão rapidamente e tão bem. Vocês têm muita pressão para terminar tudo. Os olhos do mundo estão aqui. O maior desafio é a gestão desse projeto, que tem tantos pedaços a conectar. É alta a complexidade da operação. Quando vi o tamanho do buraco feito para a a escavação do túnel pensei em quanto planejamento está envolvido ali. Estivemos há pouco tempo em Toronto, no Canadá, que está passando por uma grande transformação também, e não vimos nada parecido com o conceito de desenvolvimento urbano apresentado aqui.

 

A derrubada da Perimetral causou muita discussão e polêmica na cidade. Como você avalia essa intervenção no contexto do projeto?

 

Essa derrubada é o ponto mais importante de todos. Sem esse elevado, você traz o projeto para o nível térreo, onde as pessoas podem estar. Em São Francisco, houve uma situação muito parecida nos anos 90. Um elevado que cortava a região conhecida como Embarcadero, no porto da cidade, foi derrubado, e criaram ali uma das mais interessantes áreas urbanas do mundo.

 

Em que áreas, além do Porto, estão as melhores oportunidades de negócios no Rio para os escritórios americanos?

 

Acredito que seja nas áreas de transportes, especialmente aeroportos, habitação e de construção de prédios escolares. Quanto melhor forem os projetos para espaços de educação, maior o incentivo ao estudo. Além de criar uma relação com os arquitetos e executivos daqui, queremos fazer melhores conexões com as universidades para intercâmbio de alunos.

 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Comportamento promissor do mercado imobiliário

 

07/10/2013
Autor: O Estado de São Paulo 
Fonte: O Estado de São Paulo


As vendas de imóveis novos na cidade de São Paulo mais que dobraram entre julho e agosto e cresceram 45,8% entre os primeiros oito meses do ano passado e deste ano, segundo o sindicato da habitação (Secovi). Mesmo levando em conta que 2012 foi um ano desfavorável (as vendas caíram 27% em relação a 2011), a recuperação deste ano ganha ímpeto, provocando avaliações favoráveis sobre o investimento imobiliário.

Estudo sobre o investimento no Brasil distribuído ontem pela consultoria LCA mostra que a produção de bens de capital para a construção cresceu 29,6%, no primeiro trimestre, e 58,5%, no segundo trimestre, com previsão de avanço de 8,4% no trimestre junho/agosto. Ou seja, o ritmo já foi mais forte, mas ainda é alto. Segundo o estudo, a construção civil continuará aquecida não só neste trimestre, como também em 2014, em razão da “defasagem de cerca de seis meses a um ano entre o lançamento e o início efetivo das obras”.

A construção civil contribuirá, assim, para uma elevação da ordem de 7% na Formação Bruta de Capital Fixo de 2013, superando as projeções médias de mercado.

Conforme os indicadores do Secovi, a demanda mais expressiva foi para os imóveis de dois dormitórios, que participaram com 44,4% do total de unidades comercializadas entre janeiro e agosto. O ritmo das vendas, tanto nessa faixa como nos imóveis de até três dormitórios, tende a ser favorecido com o maior acesso a recursos do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), inclusive do FGTS. Desde 1.º de outubro, o valor máximo dos imóveis que podem ser financiados pelo SFH, com recursos dos depósitos de poupança, aumentou de R$ 500 mil para R$ 750 mil nas cidades de São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Brasília.

O mercado imobiliário apresenta um comportamento bastante favorável, em contraste com a média da economia, que cresce abaixo das expectativas, com fortes oscilações. Para isso contribuiu a evolução mais lenta dos preços pedidos pelos vendedores, que subiram 1,2%, entre agosto e setembro, tanto em São Paulo como na média de 16 cidades, conforme o índice Fipe/Zap Ampliado, da Fipe. Neste ano, os preços médios pedidos subiram 9,8%.

Mais preocupante é a aplicação de ônus adicionais sobre imóveis localizados na capital, onde o tributo municipal (IPTU) de 2014 poderá subir até 30% – para custear a proposta de Fernando Haddad de transferência direta de renda para os usuários de ônibus.

 

 

Mercado vê Selic a 9,5% e aguarda sinal

 

07/10/2013
Autor: Antonio Perez 
Fonte: Valor


Os investidores no mercado de juros futuros da BM&F iniciam a semana do encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) sem ânimo para apostas ousadas. É o que mostra a evolução das posições em aberto com contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI). Uma posição em aberto significa que o investidor comprou ou vendeu um contrato e o mantém na carteira, ficando exposto às variações de taxa de um dia para o outro.

Na quinta-feira, 3 de outubro (último dado disponível), as posições em aberto somavam 13,279 milhões de contratos – o menor nível desde que o Copom iniciou, em abril, o ciclo de alta da taxa básica. Na reunião de 17 de abril, as posições somavam 16,772 milhões. O ápice se deu no encontro do Copom em maio, quando as posições atingiram 21,16 milhões. O BC elevou a Selic em 0,50 ponto, o que provocou pesadas perdas a tesourarias relevantes, que apostavam em alta de 0,25 ponto.

Em agosto, as posições em aberto eram de 14,992 milhões. E as posições somadas dos contratos mais ligados à decisão do Copom – com vencimento em outubro deste ano e janeiro de 2014 – atingiam 5,9 milhões. No último dia 2, o DI para janeiro de 2014, veículo para as apostas para as reuniões do Copom esta semana e em novembro, abrigava 4,370 milhões.

Em agosto, as posições em aberto eram de 14,992 milhões. E as posições somadas dos contratos mais ligados à decisão do Copom – com vencimento em outubro deste ano e janeiro de 2014 – atingiam 5,9 milhões. No último dia 2, o DI para janeiro de 2014, veículo para as apostas para as reuniões do Copom esta semana e em novembro, abrigava 4,370 milhões.

Economistas e tesourarias aferraram-se à aposta de alta de 0,50 ponto esta semana, para 9,50%. Mas divergem quanto ao nível da Selic no fim do ano. Enquanto os economistas se dividem entre 9,75% e 10%, o mercado futuro revela aposta majoritária em Selic de um dígito. “Não haverá grandes perdedores ou ganhadores, porque está quase todo mundo no mesmo barco”, diz o sócio de uma gestora de recursos.

Pode ser que as tesourarias estejam convictas de que a Selic vá para 10%. Há quem diga que falta fôlego financeiro e ninguém quer se arriscar. “Basta ver o balanço dos bancos no segundo trimestre para entender por que não tem tanto apetite para o Copom”, diz um estrategista de uma corretora local. Opinião compartilhada por operadores, tesoureiros e estrategistas ouvidos pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor.

De fato, a safra de balanços do segundo trimestre mostrou que os três maiores bancos privados – Bradesco, Itaú e Santander – tiveram perda contábil de R$ 11,7 bilhões com a queda abrupta do preço dos títulos públicos de maio para junho. Para Flavio Serrano, economista-sênior do Espírito Santo Investment Bank, é até certo ponto natural que os investidores se retraiam. “O fim do ano já está próximo e todo mundo começa a pensar em fechar as contas. Quem acertou quer preservar o ganho. E quem perdeu não quer se arriscar a perder mais ainda”, afirma.

A reunião do Copom nesta semana mudará o jogo no mercado de juros futuros. Se o colegiado do BC repetir o comunicado, o mercado, diz Serrano, pode ver mais chances de o aperto monetário prosseguir no início do próximo ano. Isso levaria a um esvaziamento do DI para janeiro de 2014, com parte dos negócios se deslocando para o contrato com vencimento em abril e também no derivativo para janeiro de 2015. Se o Copom mudar seu comunicado, sinalizando que pode desacelerar o passo, o DI para janeiro de 2014 ganhará ainda mais relevância.

Caso o Copom condicione a continuidade do ciclo monetário em novembro aos indicadores econômicos, vai se abrir um espaço para que haja dissenso entre as grandes tesourarias, traduzindo-se em salto das posições em aberto.

 

 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Rodobens deixará de atuar no Minha Casa, Minha Vida

 

Marcelo Borges, diretor-presidente da Rodobens Negócios Imobiliários, diz que empresa não vai mais lançar no Sul

 

A Rodobens Negócios Imobiliários vai reposicionar sua atuação e se concentrar em segmentos e mercados com potencial de crescimento de longo prazo. A principal mudança é que a incorporadora decidiu deixar de lançar empreendimentos nos moldes do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. A empresa optou também por não incorporar mais empreendimentos na região Sul do país.

Foi no fim de 2011, depois de um período focada em projetos enquadrados no programa habitacional, que a Rodobens voltou a atuar também em lançamentos de valores mais elevados (entre R$ 200 mil e R$ 400 mil naquele momento), para melhorar sua rentabilidade e reduzir riscos. Desde então, a parcela de empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida no total foi diminuindo.

Em agosto, a empresa bateu o martelo de que suas atividades de incorporação terão perfil de médio e médio-alto padrão. Com isso, praticamente não vai produzir mais unidades horizontais.

Até a metade de 2014, a Rodobens ainda vai lançar três empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida, já que as aprovações estão em fase avançada e serão desenvolvidos com parceiros. Mas o pé no freio dos projetos relacionados ao programa já levou a companhia a reduzir o que espera lançar em 2013. Ainda que não tivesse uma meta formal de lançamentos para o ano, a Rodobens tinha, internamente, a perspectiva de lançamentos de R$ 1 bilhão. A projeção, agora, é que o Valor Geral de Vendas (VGV) alcance R$ 800 milhões

Atualmente, os projetos enquadrados no programa correspondem a 30% do banco de terrenos da companhia. Parte dessas áreas será devolvida aos permutantes, um terreno irá para loteamento, e outro será vendido, segundo o diretor-presidente da Rodobens, Marcelo Borges.

O foco em imóveis para as classes média e média-alta possibilitará que a companhia tenha margens mais elevadas. Na margem bruta, o ganho será de cerca de dois pontos percentuais, conforme o diretor financeiro e de relações com investidores, Flávio Vidigal de Capua.

A saída da empresa do Minha Casa, Minha Vida resultará em redução de despesas, à medida que não será mais necessária estrutura direcionada para o segmento. O avanço esperado para a margem líquida é superior e portanto maior que o estimado para o indicador de margem bruta.

Em decorrência do novo foco, a Rodobens espera também reduzir seu patamar de distratos (cancelamentos de vendas). No programa habitacional, a empresa atua no segmento voltado para famílias com renda de três a seis salários mínimos. "Está cada vez mais difícil enquadrar a renda do comprador", diz Borges.

Recentemente, a Rodobens ganhou a concorrência para desenvolver as torres residenciais de alto padrão que vão integrar o empreendimento Iguatemi São José do Rio Preto, da Iguatemi Empresa de Shopping Centers.

O reposicionamento da Rodobens prevê também o aumento da participação do Centro-Oeste em seus negócios de incorporação. O interior de São Paulo, a Região Metropolitana de Belo Horizonte e o Triângulo Mineiro seguem como prioridades. No Nordeste, a Rodobens está apenas em Fortaleza, mas a atuação em Recife também é considerada.

No Paraná e em Santa Catarina, a empresa não terá novas incorporações imobiliárias. Nos dois Estados, a Rodobens Urbanismo fará lançamentos dos projetos de loteamento já em curso, mas não vai buscar novos negócios. No terceiro trimestre, a empresa de urbanismo fez seu primeiro lançamento, em Londrina (PR), com VGV de R$ 23 milhões.

A Rodobens concluiu a captação de R$ 100 milhões na semana passada. "A empresa segue reduzindo seu endividamento e gerando caixa todos os meses", diz o diretor-presidente.

Por Chiara Quintão | De São Paulo

 

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Essex e HSI focam em condomínios logísticos no Sul

Com empresas cada vez mais terceirizando processos de transporte, armazenagem e distribuição, a procura pelos chamados condomínios logísticos cresceu significativamente nos últimos cinco anos. Neste mês, será inaugurada em Curitiba a primeira fase do maior empreendimento do tipo na região Sul. Com 144 mil m2 de área de armazenamento, construída em um terreno com 370 mil m2, o Ecopark Curitiba recebeu investimento de R$ 230 milhões.

O projeto foi desenvolvido pela incorporadora Essex e a gestora de private equity HSI (Hemisfério Sul Investimentos). Outro terreno de 140 mil m2 foi comprado pelos mesmos investidores na região de Araucária (PR), onde será construído outro condomínio, ainda sem previsão de entrega.

"O uso de condomínios logísticos é uma tendência forte dos últimos anos, principalmente por reduzir custos. Um condomínio sai mais barato do que ter um galpão isolado para armazenagem principalmente por reduzir custos com segurança, energia e pessoal", explica Jaime Emílio Galperin, diretor da Top Imóveis, responsável pela comercialização do projeto.

A primeira fase terá 54 mil m2 que serão ocupados por uma só empresa. Galperin não revelou o nome porque as negociações ainda estão sendo finalizadas.

A vantagem do empreendimento é a localização: no chamado contorno Sul, que dá acesso às principais rodovias que ligam a capital paranaense ao Sudeste, Centro-Oeste e outros Estados do Sul.

O Ecopark segue a tendência dos prédios verdes e está em processo de certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), que atesta a responsabilidade ambiental da construção. As medidas ecológicas adotadas - como aproveitamento da luminosidade natural com telhas prismáticas que absorvem a claridade e sistemas de conforto climático que renovam o ar seis vezes por hora - prometem reduzir despesas com água e energia. A modernidade, porém, terá custo: o aluguel no Ecopark é de R$ 20 o metro quadrado, 11% mais caro do que a média no mercado local.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Logística (Abralog), Pedro Moreira, a construção de condomínios logísticos deverá crescer mais nos próximos anos, já que existe um déficit em espaço de armazenagem em todo o país. Segundo Moreira, em um raio de 100 km na região de São Paulo existem hoje 10 milhões de m2 de armazenagem, mas seriam necessários mais 1,5 milhão de m2 para atender a demanda atual.

"As empresas estão cada vez mais focando em seus projetos produtivos e terceirizando a logística. Os condomínios dão mais flexibilidade para a indústria diminuir ou aumentar sua produção sem ter de construir estrutura de armazenagem e distribuição", diz.

Em todo o Brasil, o déficit chega a 25%. Novos empreendimentos estão sendo construídos próximo a Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE) e Recife (PE). O maior condomínio do país fica em São Paulo e tem 250 mil m2 de espaço de armazenagem.

Por Lorenna Rodrigues | Para o Valor, de Curitiba

 

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Crédito imobiliário cresce 27,7% em agosto, diz Abecip

http://atarde.uol.com.br/economia/materias/1537702-credito-imobiliario-cresce-277-em-agosto-diz-abecip

Os empréstimos para construção e aquisição de imóveis atingiram R$ 10,51 bilhões em agosto, volume 5,5% acima de julho e 27,7% superior a agosto de 2012, de acordo com pesquisa divulgada nesta terça-feira, 01, pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

No acumulado dos oito meses de 2013, os financiamentos totalizaram R$ 70,12 bilhões, 35,6% mais que igual período do ano passado. Já em 12 meses encerrados em agosto, os financiamentos chegaram a R$ 101,15 bilhões, crescimento de 26,2%.

Em agosto, 50,2 mil imóveis foram financiados. No ano, foram 342,9 mil. O levantamento considera apenas os empréstimos com recursos provenientes da poupança. Pelas regras do Banco Central, 65% do saldo da caderneta deve ser direcionado pelos bancos para o crédito imobiliário.

A Abecip estima que a contratação de financiamentos ultrapasse os R$ 100 bilhões em 2013, o equivalente a um crescimento na faixa dos 20% em relação a 2012, quanto totalizou R$ 82,76 bilhões.

A elevação de R$ 500 mil para até R$ 750 mil no valor de imóveis que podem ser financiados no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) - que oferece taxas mais atrativas e a opção de uso do FGTS - deve ter um impacto moderado no volume das contratações, de acordo com avaliação de Octávio de Lazari Junior, presidente da Abecip.

"Em tese, a perspectiva de um aumento no valor médio do financiamento acaba tendo efeito nulo. De um lado, o comprador pode financiar valores maiores, mas por outro, tem a oportunidade de usar o FGTS para amortizar essa dívida", explicou Lazari, estimando manutenção dos patamares médios das contratações. Com isso, ele também reiterou a projeção de que o funding do crédito imobiliário será suficiente até meados de 2015.

O valor médio dos financiamentos para aquisição de imóveis chegou a R$ 207 mil em agosto, ante R$ 192 mil no ano passado. No mês, os empréstimos representaram 65,1% do valor do imóvel, em média, ante 63,8% em 2012.

Lazari elogiou a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) em limitar os empréstimos a 80% do valor dos imóveis, com exceção dos financiamentos pela tabela SAC, que poderão chegar a 90%. "Essa limitação é importante, porque obriga o comprador a dar uma entrada, mostrar compromisso. Isso contribui para se manter a saúde do mercado", opinou.