quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Abecip: alta da Selic não deve elevar juros imobiliários

http://www.dgabc.com.br/Noticia/478976/abecip-alta-da-selic-nao-deve-elevar-juros-imobiliarios?referencia=ultimas-editoria

 

A elevação da taxa básica de juros (Selic) anunciada  na quarta-feira, 28, à noite pelo Comitê de Política Monetária (Copom) terá um efeito limitado, com pequena chance de aumentar os juros dos financiamentos imobiliários, avaliou nesta quinta-feira, 29, o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Octávio de Lazari Junior. "A perspectiva de aumento é pequena", disse, estimando uma alta de até 0,5% neste ano, dado o ciclo de elevação da Selic.

Lazari lembrou que, com a elevação da Selic de 8,5% para 9,0% ao ano, a poupança volta a ter uma remuneração mais alta, de 0,5% ao mês mais Taxa Referencial (TR), o equivalente a 6,17% ao ano. Isso poderia encarecer o crédito  imobiliário, cuja principal fonte de recursos são as cadernetas de poupança. "Isso poderia implicar em taxa de juros mais alta para o crédito imobiliário numa visão simplista, mas há muitas nuances", ponderou o executivo.

Segundo o presidente da Abecip, há uma forte concorrência dos bancos pelas carteiras de crédito imobiliário, tendo em vista a baixa inadimplência desse segmento e a fidelização dos clientes por um longo período. Os financiamentos para aquisição de imóveis podem ser amortizados em até 25 anos a 30 anos.

"Por esses fatores, entendemos que seja muito difícil uma alta generalizada (nos juros dos financiamentos imobiliários). Talvez ocorra alguma alta pontual de até 0,5% neste ano. O mercado tem bons indicadores e a competição está acirrada", observou.

 

Fundo imobiliário mais antigo da bolsa anuncia mudança de administrador

Fundo imobiliário mais antigo da bolsa anuncia mudança de administrador

SÃO PAULO – O fundo imobiliário Europar (EURO11), mais antigo fundo a ser negociado na bolsa de valores, anunciou nesta quarta-feira (28) a troca da instituição responsável pela administração do fundo.

O banco Banif, atual administrador, informou que os cotistas decidiram pela indicação da Coinvalores como nova administradora, em assembléia realizada no dia 30 de abril. "A escolha da nova administradora seguiu o procedimento previsto no regulamento do FII Europar, sendo inclusive auditada", diz o comunicado.

O Banif informou ainda que seguirá com as medidas pertinentes "visando apresentar as condições básicas exigidas pela Coinvalores para assunção das funções de administração do Fundo". A gestora não informou a data que a Coin assumirá a administração do Europar.

Imóvel Industrial - Negócios

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O fundo
Em funcionamento desde 2003, o Europar foi o primeiro fundo a ter suas cotas negociadas na BM&FBovespa. Possui imóveis nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Na capital paulista, o fundo é dono do CDA (Centro de Distribuição Anhanguera), localizado no km 17 da rodovia Anhanguera, sentido interior. O centro possui 3 galpões: CDA1, CDA2 e CDA3. O fundo também é dono da torre de testes de elevadores localizada no bairro de Interlagos, em São Paulo, que atualmente está alugada para a Atlas Schindler.

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No Rio de Janeiro, o fundo é proprietário do CD RIO (Centro de Distribuição Rio de Janeiro), localizado próximo do aeroporto do Galeão. É composto por dois galpões: o CDRio1 e CDRio2. O CDRio1 foi construído sob a modalidade de "Built to Suit" (sob medida), atendendo às especificações da Fedex. O contrato atípico de locação terminou em Junho/2010 e foi renovado como contrato de locação não-residencial, com prazo de duração até Junho/2013 junto ao Fundo, tendo a possibilidade de renovação. O CDRio2 encontra-se atualmente alugado para a empresa Quick Operadora Logística Ltda, empresa nacional de logística. 


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Fundos imobiliários enfrentam ressaca

Fundos imobiliários enfrentam ressaca

São Paulo. Os fundos de investimento imobiliário, pelo desempenho negativo que tiveram no primeiro semestre, decepcionaram o investidor que apostava neste ano na repetição de rentabilidade de anos anteriores. Após dois anos de euforia e muita badalação, os fundos de base imobiliária atravessam um período de ressaca. Desde o início do ano até 10 de agosto, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix) acumulou desvalorização de 10,5%.

Formado por principais fundos com cotas negociadas na Bolsa de Valores paulista, o Ifix é o principal índice de referência de desempenho do mercado. Nos dois últimos anos, a rentabilidade média dos fundos imobiliários girou em torno de 28%.A virada de desempenho na direção negativa foi puxada, segundo especialistas, pela temporada de alta da taxa básica de juros e perspectiva de acomodação do mercado imobiliário.

Cenário

A arrancada dos fundos imobiliários há dois anos, em volume de captação e rentabilidade, coincidiu com momento de cenário promissor para o mercado, de ciclo de redução da Selic e expectativa de preços de imóveis e aluguéis em alta.

O período de perda de fôlego de rentabilidade, como o que passa o mercado, não é momento para o investidor sair do fundo imobiliário, dizem especialistas, que apostam em recuperação. A expectativa é que a desvalorização das cotas atraia novos investidores, para a busca de rendimento em horizontes de longo prazo, destacam.

sábado, 24 de agosto de 2013

Fundo imobiliário mais antigo da bolsa anuncia data de saída de locatário

Fundo imobiliário mais antigo da bolsa anuncia data de saída de locatário

SÃO PAULO – O Banco Banif, gestor do fundo imobiliário Europar (EURO11), o mais antigo FII negociado na bolsa de São Paulo, anunciou nesta sexta-feira (23) que o contrato de locação da AGV Logistica termina no dia 30 de setembro.

Acompanhe a cotação de todos os fundos imobiliários negociados na bolsa

A empresa é locatária de um dos galpões do CDA (Centro de Distribuição Anhanguera), localizado no km 17 da rodovia Anhanguera, que pertence ao fundo.

De acordo com o gestor, a partir de 1º de outubro o imóvel estará desocupado  (Colliers International/DIVULGAÇÃO)
De acordo com o gestor, a partir de 1º de outubro o imóvel estará desocupado (Colliers International/DIVULGAÇÃO)

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 De acordo com o gestor, a partir de 1º de outubro o imóvel estará desocupado. "O Banif está diligenciando no sentido de buscar um novo locatário para o Imovel, tendo contratado a empresa Colliers International do Brasil, especializada em consultoria imobiliária, para este fim", diz o comunicado.

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O fundo
Em funcionamento desde 2003, o Europar foi o primeiro fundo a ter suas cotas negociadas na BM&FBovespa. Possui imóveis nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Na capital paulista, o fundo é dono do CDA (Centro de Distribuição Anhanguera), localizado no km 17 da rodovia Anhanguera, sentido interior. O centro possui 3 galpões: CDA1, CDA2 e CDA3. O CDA1 encontra-se atualmente locado para a empresa Única Volo Armazenagem e Logística e para a AGV Logística S.A. Já o CDA2 possui como inquilino a empresa Kelco Sul Artefatos de Couro, enquanto o CDA3 tem como locatário a Intec TI Logística. O fundo também é dono da torre de testes de elevadores localizada no bairro de Interlagos, em São Paulo, que atualmente está alugada para a Atlas Schindler.

No Rio de Janeiro, o fundo é proprietário do CD RIO (Centro de Distribuição Rio de Janeiro), localizado próximo do aeroporto do Galeão. É composto por dois galpões: o CDRio1 e CDRio2. O CDRio1 foi construído sob a modalidade de "Built to Suit" (sob medida), atendendo às especificações da Fedex. O contrato atípico de locação terminou em Junho/2010 e foi renovado como contrato de locação não-residencial, com prazo de duração até Junho/2013 junto ao Fundo, tendo a possibilidade de renovação. O CDRio2 encontra-se atualmente alugado para a empresa Quick Operadora Logística Ltda, empresa nacional de logística. O fundo é administrado pelo banco Banif.


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Cade aprova entrada do BTG Pactual na empresa que explora o Beira Rio

Cade aprova entrada do BTG Pactual na empresa que explora o Beira Rio

Não houve qualquer restrição à operação, segundo despacho da Superintendência-Geral do órgão de defesa da concorrência publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira

O Globo

23/08/2013 - 15h48

RIO - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a entrada do grupo BTG Pactual no capital da empresa contratada para reformar, modernizar e explorar economicamente o Beira Rio, estádio do Sport Clube Internacional, localizado em Porto Alegre (RS), um dos que sediarão a Copa do Mundo de 2014. Não houve qualquer restrição à operação, segundo despacho da Superintendência-Geral do órgão de defesa da concorrência publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira.

O controle acionário da BRio, uma sociedade de propósito específico (SPE), continuará com a AGSA. A holding do grupo Andrade Gutierrez, da construtora de mesmo nome, manterá 50% do capital mais uma ação. O grupo do Banco BTG Pactual vai adquirir os cerca 49% restantes por intermédio do FIP Beira Rio, um fundo de investimento em participações.

A parte da documentação sobre o processo que foi disponibilizada pelo Cade informa que o FIP terá, "inicialmente", uma sociedade do grupo comprador como única cotista. Procurado, o banco BTG Pactual não quis informar qual empresa é essa. Tampouco quis confirmar se a expressão "inicialmente" significa que as cotas do FIP serão vendidas a investidores clientes num segundo momento.

O FIP será administrado pela distribuidora de valores do BTG Pactual e gerido pela BTG Pactual Gestora de Recursos, ainda segundo o Cade. O contrato entre a Andrade Gutierrez e o clube Internacional foi anunciado em março de 2012, já com financiamento de R$ 271,5 milhões aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), 71,8% do total do projeto.

O contrato prevê que a BRio vai compartilhar com o Inter a gestão do estádio por 20 anos.Nesse período, a empresa vai explorar, operar e administrar, além do estádio, outras áreas do Complexo Beira Rio, como um edifício garagem e espaços para bares e lojas (locação) e para publicidade.O Cade entendeu que a entrada do BTG Pactual no negócio "não suscita preocupações de ordem concorrencial".

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Desvalorização de fundos imobiliários os tornou atrativos?

21/08/2013
Autor: Julia Wiltgen 
Fonte: Exame.com


Em cenário econômico incerto, investimento em fundos imobiliários têm risco de vacância e mais desvalorização, mas pode garantir bom retorno com aluguéis.

São Paulo – O IFIX, índice da Bolsa que acompanha o desempenho dos fundos imobiliários mais negociados, caiu 12% neste ano. A alta do dólar e a perspectiva de aumento na taxa básica de juros aumentaram a turbulência do atual momento, deixando o futuro desse investimento ainda mais incerto. Mas essa queda pode justamente ter aberto uma boa oportunidade para os investidores interessados em obter renda com aluguéis.

Essa é a crença da gestora Rio Bravo, que tinha perspectivas otimistas para os fundos imobiliários em julho, mas que agora admite que as incertezas cresceram. Porém, o preço mais baixo das cotas favorece quem busca retorno com aluguéis com vistas a prazos mais longos, uma vez que os valores dos aluguéis permanecem os mesmos, mesmo com as flutuações nos preços das cotas.

A questão agora, diz o diretor de investimentos imobiliários José Diniz, é buscar os fundos que tenham imóveis de boa qualidade e que não estejam ameaçados por altas taxas de vacância. “Os fundos imobiliários podem até comprar e vender imóveis, mas seu negócio principal é a locação. A vacância, principalmente na cidade de São Paulo, tem aumentado substancialmente, principalmente nos galpões logísticos e nas lajes corporativas”, diz.

Diniz explica que esse aumento de vacância se deve à entrega de uma quantidade grande de novos escritórios de alto e médio padrão – 600 mil metros quadrados estimados só para 2013, diz ele – combinada a uma absorção pequena desse estoque pelo mercado – estimativa de apenas 200 mil metros quadrados, afirma. “A maioria dos fundos ainda tem conseguido manter seus imóveis locados. Mas aí vai muito da qualidade do imóvel, o cotista deve ficar de olho nisso”, diz José Diniz.

Julho viu recuperação, mas agosto traz insegurança

Em seu relatório de julho, a Rio Bravo vislumbrou uma possibilidade de recuperação para os fundos imobiliários com base não em fatores macroeconômicos, mas sim na própria qualidade dos fundos. O relatório destaca o fato de que, em julho, houve uma diminuição do número de fundos com taxa interna de retorno negativa, dentre os fundos acompanhados pela Rio Bravo. A taxa interna de retorno é o rendimento total do fundo, unindo-se desempenho das cotas e aluguéis distribuídos.

A Rio Bravo desenvolveu um índice próprio para acompanhar o mercado, parecido com o IFIX, mas que exclui fundos que investem apenas em cotas de outros fundos, fundos de desenvolvimento imobiliário (de construção de imóveis) e fundos de papéis de renda fixa atrelados ao mercado imobiliário, os chamados fundos de recebíveis, ou fundos de papel. Seu desempenho no ano também tem sido similar ao do IFIX.

Dos fundos que compõem esse índice, 67 tiveram retorno negativo de janeiro a junho, enquanto que de janeiro a julho o número foi de 62. Entre os fundos que tiveram retorno superior a 3%, houve um aumento de seis fundos de janeiro a junho para 14 de janeiro a julho.

No mês passado, a Rio Bravo atribuía a desvalorização nas cotas dos principais fundos à migração dos investidores para os títulos do Tesouro NTN-B, que pagam juros acima da inflação. Isso porque, com as recentes elevações na taxa Selic, o juro acima da inflação pago pelas NTN-Bs ofertadas no mercado também se elevou, o que as tornou atrativas para os investidores que as comprassem naquele momento. A NTN-B é o investimento de renda fixa que se compara melhor aos fundos imobiliários, por seu rendimento também ser corrigido pela inflação.

Segundo o relatório, no fim de julho as perspectivas de futuros aumentos na Selic já teriam sido incorporadas às taxas pagas pelas NTN-B, que não deveriam se tornar ainda mais atrativas, portanto. Para a gestora, os fatores econômicos deixariam de ser a principal influência sobre o desempenho dos fundos imobiliários no curto prazo, para passar a ser fatores próprios do mercado imobiliário, como valor da locação, reajustes de aluguel, taxas de vacância e eventuais renegociações de contratos.

A esperança em julho era de uma estabilização do mercado. Mas o cenário mudou. “Nos últimos dias voltou a haver muita volatilidade no mercado, os juros das NTN-Bs voltaram a subir e o dólar chegou a 2,40 reais”, explica José Diniz.

Embora o mercado mantenha, desde junho, a expectativa de que 2013 termine com a taxa básica de juros a 9,25% ao ano, a recente disparada do dólar pode modificar essas previsões, uma vez que a alta da Selic ajuda a conter a desvalorização do real frente à moeda americana. Se for o caso, o juro pago pelas NTN-Bs e o rendimento da renda fixa em geral se tornarão ainda mais atrativos, incentivando uma fuga ainda maior dos investidores dos fundos imobiliários e derrubando os preços das cotas.

Mas para José Diniz, isso pode representar uma boa oportunidade para quem deseja obter renda com aluguéis no longo prazo. Isso porque quanto mais o valor das cotas cai, mais atrativo se torna o rendimento pago pelos fundos, proporcionalmente. “Se você comprar uma cesta dos fundos que compõem o índice da Rio Bravo, por exemplo, você recebe uma rentabilidade aproximada de 8,4% ao ano, isento de imposto de renda. Seria o mesmo que ganhar 10,5% ao ano na renda fixa, ou 125% do CDI”, explica José Diniz.

É claro que há o risco de maior desvalorização nas cotas, o que pode neutralizar ou até anular esse ganho. Portanto, essa estratégia é voltada para quem crê numa recuperação da economia e da atratividade do mercado imobiliário no longo prazo. Além disso, é fundamental que os imóveis da carteira tenham qualidade e que não estejam ameaçados pelo fantasma da vacância. E o mercado desses fundos está bastante concentrado em São Paulo.

 

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Desvalorização de fundos imobiliários os tornou atrativos?

Desvalorização de fundos imobiliários os tornou atrativos?

Edifício em construção

São Paulo – O IFIX, índice da Bolsa que acompanha o desempenho dos fundos imobiliários mais negociados, caiu 12% neste ano. A alta do dólar e a perspectiva de aumento na taxa básica de juros aumentaram a turbulência do atual momento, deixando o futuro desse investimento ainda mais incerto. Mas essa queda pode justamente ter aberto uma boa oportunidade para os investidores interessados em obter renda com aluguéis.

Essa é a crença da gestora Rio Bravo, que tinha perspectivas otimistas para os fundos imobiliários em julho, mas que agora admite que as incertezas cresceram. Porém, o preço mais baixo das cotas favorece quem busca retorno com aluguéis com vistas a prazos mais longos, uma vez que os valores dos aluguéis permanecem os mesmos, mesmo com as flutuações nos preços das cotas.

A questão agora, diz o diretor de investimentos imobiliários José Diniz, é buscar os fundos que tenham imóveis de boa qualidade e que não estejam ameaçados por altas taxas de vacância. "Os fundos imobiliários podem até comprar e vender imóveis, mas seu negócio principal é a locação. A vacância, principalmente na cidade de São Paulo, tem aumentado substancialmente, principalmente nos galpões logísticos e nas lajes corporativas", diz.

Diniz explica que esse aumento de vacância se deve à entrega de uma quantidade grande de novos escritórios de alto e médio padrão – 600 mil metros quadrados estimados só para 2013, diz ele – combinada a uma absorção pequena desse estoque pelo mercado – estimativa de apenas 200 mil metros quadrados, afirma. "A maioria dos fundos ainda tem conseguido manter seus imóveis locados. Mas aí vai muito da qualidade do imóvel, o cotista deve ficar de olho nisso", diz José Diniz.

Julho viu recuperação, mas agosto traz insegurança

Em seu relatório de julho, a Rio Bravo vislumbrou uma possibilidade de recuperação para os fundos imobiliários com base não em fatores macroeconômicos, mas sim na própria qualidade dos fundos. O relatório destaca o fato de que, em julho, houve uma diminuição do número de fundos com taxa interna de retorno negativa, dentre os fundos acompanhados pela Rio Bravo. A taxa interna de retorno é o rendimento total do fundo, unindo-se desempenho das cotas e aluguéis distribuídos.

A Rio Bravo desenvolveu um índice próprio para acompanhar o mercado, parecido com o IFIX, mas que exclui fundos que investem apenas em cotas de outros fundos, fundos de desenvolvimento imobiliário (de construção de imóveis) e fundos de papéis de renda fixa atrelados ao mercado imobiliário, os chamados fundos de recebíveis, ou fundos de papel. Seu desempenho no ano também tem sido similar ao do IFIX.

Dos fundos que compõem esse índice, 67 tiveram retorno negativo de janeiro a junho, enquanto que de janeiro a julho o número foi de 62. Entre os fundos que tiveram retorno superior a 3%, houve um aumento de seis fundos de janeiro a junho para 14 de janeiro a julho.



Alexandre Assolini
PMKA Advogados

sábado, 17 de agosto de 2013

Estoque de renda fixa cresce 5,7% em 1 ano, mostra Cetip

Estoque de renda fixa cresce 5,7% em 1 ano, mostra Cetip

SÃO PAULO – O estoque de renda fixa da Cetip apresentou crescimento de 5,7% no período que compreende julho de 2012 à julho de 2013. De acordo com dados da instituição, em julho de 2012, o estoque acumulava R$ 2,274 trilhões, número que passou para R$ 2,403 trilhões no mesmo mês deste ano.

Acompanhe a cotação de todos os fundos imobiliários negociados na BM&FBovespa

Dentre os ativos incluídos no levantamento, as debêntures apresentaram crescimento de 22,5%, saindo de um estoque de R$ 452 bilhões em julho de 2012 para R$ 563 bilhões em julho de 2013. "Com o cenário macro econômico atual, somado ao incentivo do governo para emissões de debêntures de infraestrutura, configuram um ambiente propício para novas emissões desses títulos", afirma a Cetip.

O estoque das debêntures cresceu 22,5% no últimos doze meses, segundo dados da Cetip (Getty Images)
O estoque das debêntures cresceu 22,5% no últimos doze meses, segundo dados da Cetip (Getty Images)

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No segmento de estoques imobiliários, os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) foram os que apresentaram maior crescimento em doze meses (50%). Já as CCIs (Cédula de Crédito Imobiliário) e as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) apresentaram incrementos de 12% e 38,6%, respectivamente.

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Nos estoques agrícolas que levam em conta LCAs (Letra de Crédito do Agronegócio), CRAs (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) e CDCAs (Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio), o crescimento foi de 28,4%. "Equivalentes dos ativos imobiliários, os títulos do agronegócio ainda não possuem o mesmo sucesso. Ainda assim, observa-se um ligeiro crescimento no estoque, quando comparado ao mesmo período do ano anterior", afirma a instituição.

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Quedas
Em contrapartida às altas demonstradas, uma classe que sofreu queda no estoque foi a de CDBs (Certificado de Depósito Bancário), cujos estoques sofreram queda de 11,24%, enquanto os DPGEs (Depósito a Prazo com Garantia Especial) ficaram estáveis. O estoque de títulos de captação bancária ficou praticamente estável, com alta de 0,01%, puxado pelas LFs (Letras Financeiras), que subiram 37,32% nos últimos doze meses.

"Dentre os produtos de Captação Bancária, nota-se uma correlação negativa na evolução do volume em estoque de CDBs e de LFs. Isto nos leva a observar uma provável migração parcial do volume de CDBs pra LFs, em especial entre os investidores institucionais", explica a Cetip.

Por último, o estoque de DI foi o que registrou a maior queda (4,6%) nos últimos doze meses.


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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Classificação BBB é atribuída a CRI da Brazilian Securities

Fonte: Uqbar

Classificação BBB é atribuída a CRI da Brazilian Securities

A Fitch atribuiu a classificação de risco preliminar 'BBB(exp)sf(bra)' à proposta de emissão de CRI da Brazilian Securities Companhia de Securitização, em montante nominal de R$ 50,0 milhões. Ao mesmo tempo, a classificação foi colocada em Observação Positiva. A operação será lastreada por uma CCB emitida pela Alphaville Urbanismo e originada pela Companhia Hipotecária Brasileira. Portanto, a classificação de risco do CRI se apoia na qualidade de crédito da Alphaville, atualmente controlada pela Gafisa, como devedora da CCB, além da cessão fiduciária de recebíveis de dois projetos de loteamento com obras concluídas e o casamento entre as taxas de juros e correção monetária do ativo e do passivo. O principal é corrigido mensalmente pelo IPCA, e a taxa de juros será determinada em processo de bookbuilding. A Observação Positiva contempla a venda da Alphaville para duas empresas de private equity, que ainda está em curso, e as possíveis implicações positivas para o perfil de crédito da companhia, quando analisada de forma isolada do atual controlador.

Fundo imobiliário XP Macaé assina contrato de locação com Petrobras

Fundo imobiliário XP Macaé assina contrato de locação com Petrobras; cotas sobem

SÃO PAULO – O fundo imobiliário XP Corporate Macaé (XPCM11) assinou, no último dia 8 de agosto, contrato de locação do imóvel 'The Corporate' com a Petrobras. A informação foi divulgada ao mercado nesta sexta-feira (15) em comunicado enviado pela XP Investimentos e pelo Citibank, gestora e administradora do fundo, respectivamente.

O contrato de locação, no valor de R$ 1,9 milhão, tem prazo der 10 anos. O reajuste será calculado pelo IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), com data-base no dia 1º de outubro.

O anúncio de celebração do contrato impactou positivamente as cotas do fundo, que são negociadas em alta na BM&FBovespa. Há pouco, as cotas avançavam 2,39% vendidas a R$ 93,50.

Petrobras assinou contrato de locação do edifício 'The Corporate', localizado em Macaé (Reuters)
Petrobras assinou contrato de locação do edifício 'The Corporate', localizado em Macaé (Reuters)

The Corporate
O edifício 'The Corporate', localizado na cidade de Macaé - RJ, possui 14 pavimentos, sendo 6 de escritórios e uma cobertura de escritórios, além de 721 vagas de estacionamento e sala de convenções. A área total é de 18.640,64 m². O 'Habite-se' do edifício foi emitido pela prefeitura de Macaé no dia 18 de julho.

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De acordo com o último relatório de gestão do XP Corporate Macaé, no mês de julho foram distribuídos R$ 0,708 por cota. Com o preço da cota dia 31 de julho (R$ 92,95), este número significa um retorno de 0,76% a.m., líquido de imposto de renda.

O fundo tem mecanismo de garantia de rentabilidade de 8,50% a.a. sobre o valor da emissão até que seja efetuado o primeiro pagamento integral da locação do edifício.


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CRI da Brazilian Securities tem classificação elevada

Fonte: Uqbar

 

CRI da Brazilian Securities tem classificação elevada

A Fitch elevou de 'A+sf(bra)' para 'AA-sf(bra)' a classificação de risco da 104ª série da primeira emissão de CRI da Brazilian Securities, a Perspectiva foi mantida em Positiva. A emissão é lastreada por CCV por meio do qual a Merak Empreendimentos e Participações se comprometeu a adquirir, a prazo, o Hotel Continental, da LA Hotels Empreendimentos 2. Os fluxos utilizados para os pagamentos do CCV provêm de quatro hotéis: Continental, Copacabana e Regente e Della Volpe, localizados no eixo Rio-São Paulo. Segundo a agência, a elevação da classificação reflete o bom desempenho operacional apresentado pelos hotéis e a baixa alavancagem da operação, resultando em um índice de cobertura do serviço da dívida de 6,3 vezes, superior à expectativa inicial da Fitch. A manutenção da Perspectiva Positiva reflete a expectativa de maior fluxo de turistas para os eventos da Copa do Mundo em 2014 e da Olimpíada em 2016, melhorando ainda mais os resultados dos estabelecimentos. O principal é acrescido de juros acumulados à TR mais 10,52% ao ano, até o vencimento final da emissão, em 13 de agosto de 2018. A série é garantida pela alienação fiduciária dos quatro hotéis e das cotas da Merak e da LA Hotels Empreendimentos 2. Além disso o CRI é garantido pela cessão fiduciária dos recebíveis originados pelos hotéis junto à Cielo, em valor mínimo de 110,0% do montante da próxima parcela do CCV a ser paga pela Merak.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

CVM aceita Termo de Compromisso proposto por diretor da Eco Securitizadora

Fonte Uqbar

 

O Colegiado da CVM apreciou proposta de termo de compromisso apresentada pelo Diretor de Relações com Investidores da Eco Securitizadora de Direitos Creditórios Agronegócios, Cristian de Almeida Fumagalli, após irregularidades detectadas pela autarquia no que diz respeito à não prestação, nos prazos regulamentares, das informações obrigatórias previstas na ICVM 480, relativas aos exercícios de 2010, 2011 e 2012, pela qual é responsável. O proponente alegou que parte das irregularidades foram decorrentes da mudança, a partir de 2010, da empresa de auditoria para outra que não mais conseguiu cumprir os prazos legais estabelecidos para a entrega das informações financeiras. Contudo, informa que os atrasos não geraram qualquer dano aos acionistas da companhia, tampouco a qualquer integrante do mercado, e manifestou intenção de propor Termo de Compromisso. Após conclusão da inexistência de impedimentos para celebração do termo, o comitê de termo de compromisso, ao considerar que a proposta foi formulada antes mesmo de qualquer iniciativa pela área técnica com o intuito punitivo, entendeu que a correção das irregularidades e a quantia de R$ 35 mil representam compromisso suficiente para desestimular a prática de condutas assemelhadas. Tendo a companhia regularizado sua situação perante a CVM, o colegiado pôde deliberar por unanimidade, pela aceitação da proposta de Termo de Compromisso apresentada pelo Diretor de Relações com Investidores da Eco Securitizadora. Clique aqui para acessar o parecer do comitê.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Crédito imobiliário do BB cresce 21% no 2º trimestre

Crédito imobiliário do BB cresce 21% no 2º trimestre

Noticias

14/08/2013
Autor: Aline Bronzati
Fonte: Agencia Estado

SÃO PAULO – O Banco do Brasil seguiu expandindo com mais intensidade a liberação de recursos para a compra de imóveis. No segundo trimestre deste ano, o financiamento imobiliário foi destaque de crescimento da carteira pessoa física, com alta de 21,0% ante março e de 78,8% em um ano, para R$ 13,745 bilhões. Na contramão, o banco reduziu a sua carteira de crédito a veículos, que teve retração de 0,9% em junho em relação a março, para R$ 35,785 bilhões. Na comparação com o mesmo período de 2012, porém, foi visto aumento de 12,4%.

O crédito consignado avançou 2,7% em junho ante março e 13,3% na comparação anual, para R$ 62,197 bilhões. O empréstimo pessoal apresentou altas de 4,3% e 1,9%, respectivamente. Os empréstimos destinados à pessoa física do BB totalizaram R$ 161,550 bilhões no segundo trimestre, aumento de 15,9% em doze meses e de 3,3% sobre março, respondendo por 25,3% da carteira de crédito do banco. Para este ano, o banco revisou para baixo as projeções de crescimento deste público. A instituição espera que o crescimento seja de 16% a 20% ante intervalo anterior de alta de 18% a 22%, por causa da menor demanda por parte dos clientes.

Pessoa jurídica

Nos empréstimos corporativos, o destaque do segundo trimestre foi o crédito para governo que avançou 19,5% em junho em relação a março, totalizando R$ 12,751 bilhões. Em um ano, a alta chegou a 202,1%. A participação desta linha encerrou junho em 2,2% da carteira total de crédito do BB.

O crédito para pequenas e médias empresas, ao contrário dos bancos privados, cresceu 5,3% no BB em junho ante março e 24,8% em 12 meses, para R$ 94,016 bilhões. Já os financiamentos para médias e grandes empresas somaram R$ 133,722 bilhões, com aumento de 4,3% e 22,8, respectivamente.

A carteira de crédito destinada às pessoas jurídicas chegou a R$ 300,142 bilhões em junho, com elevação de 28,8% em 12 meses e 5,4% em relação a março. A expectativa do BB é que os financiamentos para empresas avancem entre 18% e 22% este ano e não mais de 16% a 20%.

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Garimpo imobiliário

Noticias

14/08/2013
Autor: Beatriz Cutait e Alessandra Bellotto
Fonte: Valor

Novos tempos para o mercado de fundos imobiliários. Depois de dois anos de euforia, a indústria tem vivido um período de desaceleração, delineado pelo menor ritmo de registro de ofertas e negociações, fuga de investidores para liquidez e, principalmente, queda nos preços das cotas. No acumulado do ano até segunda-feira, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix), que reúne os principais portfólios listados na bolsa, caía 10,4%. Seu pior momento ocorreu em junho, quando teve baixa de 7,2%. No pano de fundo, estão o início do ciclo de aperto monetário e a expectativa de estabilização do mercado imobiliário.

Esse movimento de depreciação, contudo, despertou oportunidades. Em julho, levantamento da consultoria Fundo Imobiliário mostra que o retorno médio com a distribuição de rendimentos das carteiras com foco em imóveis de renda ficou em 0,72% se levado em conta o preço da cota no último dia do mês, praticamente empatando com o CDI no período, de 0,71%. Vale lembrar que os dividendos dos fundos imobiliários são isentos de imposto de renda, enquanto a aplicação no CDI daria, na melhor das hipóteses (se descontada a menor alíquota, de 15% de IR), 0,60%.

Na visão da Rio Bravo, após a recente desvalorização das cotas, o mercado tem dado sinais de recuperação e de que os preços atuais devem se comportar sem grandes oscilações. A instituição diz acreditar que a grande pressão vendedora que influenciou negativamente a precificação das cotas dos fundos terminou junto com o semestre passado.

Para José Diniz, diretor de fundos imobiliários da Rio Bravo, o movimento dos investidores foi mais emocional que racional e os rendimentos já voltam a ficar atrativos. "Com a queda vista no mercado secundário, uma cesta de fundos estaria pagando hoje cerca de 8,4% [ao ano] e, dependendo da janela do imposto de renda, um fundo de renda fixa teria que apresentar retorno de 11,50% para justificar uma migração de ativos."

Marcelo Mello, vice-presidente da SulAmérica Investimentos, assinala que o investidor, ao ver a queda da rentabilidade dos fundos no curto prazo, muitas vezes deixa o nervosismo prevalecer e imediatamente vende sua cota. Mas essa não é a recomendação. "Há um momento em que o investidor deve manter os fundos, já que são ativos voláteis mesmo, mas com expectativa de retorno maior no médio e longo prazos. E para aqueles que não estão no mercado, essa pode ser uma oportunidade", diz.

Para Arturo Profili, sócio da gestora de fundos Capitânia, esse mercado fechou o primeiro ciclo de maturidade. "A brincadeira antiga de que um fundo imobiliário sempre subia de preço ficou para trás", diz. Hoje, acrescenta, o mercado está mais eficiente, tem mais governança. Além de um ajuste natural próprio desse tipo de fundo, que oscila conforme os juros e o mercado imobiliário, Profili destaca que o investidor começou a diferenciar os fundos, os gestores mais ou menos competentes.

Ele lembra que a grande safra dos fundos foi colocada num cenário de juro menor, menos turbulento, com percepção de preços de imóveis e aluguéis ascendentes. De seis meses para cá, a volatilidade aumentou, o juro subiu, o apetite por risco diminuiu e os preços do setor imobiliário se estabilizaram. "Há muitos fundos sendo negociados próximo ou até abaixo dos preços de lançamento", ressalta. "Mas é cem vezes mais interessante olhar agora para as oportunidade de compra do que em período de 'bull market' [mercado em alta]", diz, acrescentando que o mercado ficou mais realista.

A própria gestora finalmente passou a olhar para esse segmento, conta Profili. Segundo ele, só agora há uma amostra relevante de fundos imobiliários em bolsa, o que permite que esse segmento torne-se, de fato, uma classe de ativos. "Esse mercado começou a ficar interessante sob a ótica do investidor final, porque já é possível encontrar 5, 10, 15 fundos por subcategoria [renda, incorporação, monoativo, multiativos], permitindo a comparação", explica. Além de um número maior de fundos e escala, já há uma liquidez intermediária, diz Profili.

A Capitânia planeja lançar em outubro um fundo imobiliário para a compra de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) como uma solução mais eficiente para os seus clientes. Diferentemente de uma carteira de crédito, os rendimentos distribuídos aos cotistas do fundo imobiliários são isentos de IR para a pessoa física e investidor estrangeiro e as cotas são negociadas em bolsa. Outra vantagem é o baixo tíquete de entrada.

E como escolher entre as opções atuais? Diniz, da Rio Bravo, destaca que o perfil do investidor precisa ser levado em conta. Para aqueles sem disposição a risco, Diniz cita os fundos sem renda garantida, como carteiras com um mix de lajes comerciais e galpões, que contam com taxa de locação alta. Já para os mais arrojados, o gestor chama atenção para os fundos de rentabilidade garantida, os que mais caíram no cenário recente. "Esses pagam agora os maiores retornos, mas é preciso levar em consideração que os fundos podem não atingir a performance", diz.

Para o consultor de investimentos Sérgio Belleza, os fundos que oferecem retorno garantido estão entre os mais arriscados justamente pela incerteza se vão alcançar o desempenho estimado. "O investidor precisa ficar atento se o modelo de garantia foi construído com base em estimativas factíveis, tanto de preço de aluguéis quanto de ocupação", alerta. Ele cita o exemplo do fundo do shopping West Plaza que, durante o período de garantia, distribuiu R$ 0,83 por cota e, há cerca de um ano, vem pagando R$ 0,35. "O preço terá sido superestimado?", pergunta.

Belleza chama atenção ainda para aos efeitos de uma desaceleração maior do mercado imobiliário, que, na sua visão, ainda não atingiram os fundos. Hoje, afirma, a queda das cotas reflete principalmente a alta de juros, e não uma eventual diminuição da renda distribuída por conta de um cenário de desaceleração econômica.

Os fundos imobiliários com menos chance de sofrer uma queda nos rendimentos são os que investem em agências bancárias, acredita o consultor. Além de terem sido vendidos para a clientela dos bancos em questão, os contratos de locação são mais recentes e longos, o que minimiza o risco de mudanças. Ainda no universo das carteiras mais protegidas, Belleza destaca carteiras com grande dispersão de risco, ou seja, diversificadas.

Rossano Nonino, sócio da Gávea Investimentos, diz estar apostando em fundos com volume muito grande de caixa, aplicados em CDI, e que podem investir em imóveis com ganhos superiores ao custo de oportunidade. Nonino destaca que os fundos de logística são os que estão apresentando melhor desempenho no fundo de fundos imobiliários da Gávea, lançado ao fim de maio, e diz que ainda enxerga atratividade em fundos de CRIs.

"O investimento em logística tem sido o melhor do ponto de vista de ganho de capital. Na análise de rendimento, os fundos de CRIs estão melhores", diz o sócio, para quem a tendência deve ser mantida. Para o médio prazo, ele espera que os fundos de escritório tenham rentabilidade melhor.

Na visão de Carlos Ferrari, sócio do escritório N, F&BC Advogados – que participa da estruturação de quatro ofertas de fundos, num total de R$ 2 bilhões -, os fundos imobiliários conseguem ser atrativos mesmo em cenário de alta de juro. Isso se explica, segundo ele, porque as carteiras podem investir tanto em ativos imobiliários, que são corrigidos pela inflação, quanto em valores mobiliários indexados ao CDI, como CRIs e LCIs.

Os fundos imobiliários com foco em CRIs também tendem a ter uma remuneração melhor no ciclo de alta da Selic, destaca Ferrari, mas nesse tipo de aplicação o investidor apenas recebe juros. No caso dos fundos que combinam CRIs com imóveis, além dos juros, há a possibilidade de valorização do ativo em carteira. As cotas nem sempre refletem esse aumento de forma imediata e direta, mas quando da alienação. Por isso, alerta Ferrari, é preciso avaliar a qualidade dos ativos do portfólio.

As ofertas primárias também devem vir a mercado em condições mais atrativas, segundo os especialistas, principalmente em relação aos preços dos imóveis que farão parte das carteiras. Na visão de Nonino, da Gávea, diante da incerteza da extensão do atual ciclo de alta da taxa Selic, gestores estão represando novas ofertas de fundos imobiliários. "Ninguém quer ir ao mercado com uma taxa menor que o CDI. O mercado de IPOs deve ficar num compasso de espera provavelmente até o fim do ano, mas achamos que o ritmo vai voltar em 2014″, avalia. As novas emissões também tendem a oferecer prêmios em relação ao mercado secundário, até para atrair o investidor para um produto que ainda não tem histórico.

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Hospital da criança paga aluguel mais baixo em agosto e cotas do fundo caem quase 4%

Hospital da criança paga aluguel mais baixo em agosto e cotas do fundo caem quase 4%

SÃO PAULO - O BTG Pactual, gestor do fundo imobiliário Hospital da Criança (HCRI11B), informou ao mercado nesta quarta-feira (14) que o hospital pagou aluguel de R$ 313.473,66, em agosto (referente ao mês de julho) - menor do que nos meses anteriores.

O hospital briga na justiça para diminuir o valor do aluguel do prédio e, de acordo com despacho da ação revisional do aluguel do dia 9 de maio, o valor correto seria de R$ 392.948,51. No entanto, o hospital pagou ao fundo R$ 477.725,60 em maio, R$429.951,19 em junho e R$ 429.951,19 no mês de julho. O valor pago em agosto se refere a compensação total de R$ 79.474,85 – diferença dos valores pagos a mais nestes meses.

"A administradora entende que o valor pago nao esta de acordo com o previsto na legislação aplicável e informa que tomará as medidas necessárias para solucionar a questão", diz o comunicado do BTG. Há pouco, as cotas do fundo operavam em queda de 3,87%, vendidas a R$ 236.

Hospital da Criança, em SP (Rodrigo Paiva)
Hospital da Criança, em SP (Rodrigo Paiva)

Sobre o fundo
O fundo foi constituído com o objetivo exclusivo de adquirir o imóvel onde funciona o Hospital da Criança, em São Paulo, com vistas a sua exploração comercial através de locação ou arrendamento. O Hospital da Criança é um hospital pediátrico em funcionamento desde 1998, construído pelo Grupo NSL - Hospital Nossa Senhora de Lourdes. Em fevereiro de 2012, o Grupo D´Or comprou o Grupo NSL, que se encontrava em uma fase ruim, com alto endividamento. A transação cria expectativas quanto à melhora da administração dos empreendimentos que agora pertencem ao Grupo D´Or.



Emissões de CRI tem salto e acumulado no ano se aproxima de 2012

Fonte: Uqbar

 

Ao final do mês de julho de 2013 já são registradas neste ano um total de 57 operações de emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), as quais perfazem um montante consolidado de R$ 3,41 bilhões. Este valor de montante permanece 9,1% abaixo daquele emitido no mesmo período em 2012 (R$ 3,75 bilhões), referente a 61 operações então. Contudo, cabe ressaltar que, depois de se encontrarem bem atrás desde maio último, no final de julho os números acumulados referentes às emissões de CRI em 2013 quase alcançaram aqueles referentes às emissões em 2012 para o mesmo período.


CRI da Brazilian Securities recebe classificação preliminar

Fonte: Uqbar

A Fitch atribuiu a classificação de risco preliminar 'A-(exp)sf(bra)' à proposta de emissão de CRI da Brazilian Securities, no montante nominal de R$ 55,0 milhões. A emissão será lastreada por recebíveis decorrentes da exploração comercial do Buriti Shopping Guará. Um contrato de locação complementar foi firmado entre o Condomínio Buriti Shopping Guará e a SPE Empreendimentos Imobiliários 800. Pelo contrato, a SPE é obrigada a assumir a locação toda vez que algum contrato de locação do empreendimento for rescindido ou não for renovado. Tanto o Condomínio quanto a SPE tem como acionistas a Terral Participação e Empreendimentos, na proporção de 85,0%, e a Nassau Empreendimentos Imobiliários, na proporção de 15,0%. O principal investido será acrescido de taxa de juros equivalente ao DI mais spread de 1,4% ao ano. No momento da emissão, parte do montante captado será destinada diretamente ao pagamento integral da 90ª série da primeira emissão de CRI da RB Capital Securitizadora. Após quitados os CRI e liberadas suas garantias, de forma que possam ser estabelecidas a cessão fiduciária de conta e a alienação fiduciária do imóvel em favor dos investidores da emissão da Brazilian, o montante restante será liberado à Terral e à Nassau, na proporção de suas participações no shopping. Estas utilizarão os recursos para investimento em outros empreendimentos. A agência informa que a classificação de risco atribuída está atrelada principalmente ao desempenho dos aluguéis cedidos fiduciariamente a esta transação.

CVM adverte BNY Mellon por irregularidade em fundo

CVM adverte BNY Mellon por irregularidade em fundo

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) advertiu a BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM S.A. e seu diretor José Carlos Lopes Xavier por irregularidades na administração do fundo Prevtrust. O Prevtrust era um fundo de investimento em cotas de fundos da classe de renda fixa, com aplicação mínima de R$ 1 milhão e, portanto, voltado a investidores qualificados. Segundo a CVM, a Mellon desrespeitou o regulamento do fundo ao investir, de maneira indireta, a maior parte de seus ativos em cotas de fundos de direitos creditórios. O regulamento do fundo limitava a 20% do patrimônio líquido a parcela a ser aplicada em fundos de investimento imobiliário, em direitos creditórios e em cotas de fundos de investimento em cotas de fundos de direitos creditórios (FIDC). No processo, a autarquia aponta que o Prevtrust tinha 95% de sua carteira investida no Fundo Master I que, na época, aplicava aproximadamente 70% de seu patrimônio em cotas do Coral FIDC Multisetorial. Assim, mais de 60% da carteira do Prevtrust estava aplicada, indiretamente, em cotas de um FIDC, ultrapassando a exposição máxima prevista no regulamento. Para a CVM, caberia à Mellon fiscalizar os serviços prestados pelo gestor terceirizado do fundo, a Aggrega Investimentos. Também deveria ter agido para corrigir o desenquadramento do Prevtrust. Já o advogado da Mellon, Luis Hermano Spalding, avalia que não houve falha porque o teto do regulamento se referia a aplicações diretas, o que não era o caso. Além disso, a defesa considera que a fiscalização por parte do administrador é limitada. "O poder de polícia só cabe à CVM. Não pode ser delegado ao administrador", disse Spalding no julgamento. Os acusados ainda podem recorrer da decisão ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN). A Aggrega Investimentos e seu diretor José Antonio Pinto submeteram uma proposta de acordo à CVM e, por isso, não foram julgados.


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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Mercado oferece boas oportunidades para a compra de fundos imobiliários

http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2013/08/mercado-oferece-boas-oportunidades-para-compra-de-fundos-imobiliarios.html

O índice que espelha o comportamento das cotas de fundos imobiliários negociadas na Bovespa acumula uma queda de 21,15% no ano (posição até o último dia 12 de agosto). No mesmo período, o Ibovespa, principal índice no mercado de ações, acumula uma queda de 17,48%.

As cotas dos fundos imobiliários sofreram um ajuste com a alta na taxa básica de juro da economia este ano. O impacto do movimento foi uma queda no preço das cotas dos fundos. Por isso, muitos analistas acreditam que há boas oportunidades hoje no mercado para comprar essas cotas.

Mas atenção aos riscos. Há fundos e fundos. O economista Luis Gustavo Cardoso diz que é importante ficar atento a dois itens na hora de escolher um fundo imobiliário: o custo e o risco da carteira.

Quando você investe num fundo pode estar:
1) emprestando dinheiro para financiar um projeto imobiliário – neste caso o risco é o devedor não honrar o pagamento do título;
2) ou se associando a um imóvel, como um shopping, por exemplo, para receber um aluguel – neste caso o risco é o inquilino ficar inadimplente.

Há uma terceira hipótese, uma carteira que reúna os dois riscos. A entrevista completa com Cardoso está aqui.

Num mundo de taxas de juro em patamares menores, embora o mercado espere novas altas até o fim do ano, nada será igual como antes. Produtos de investimento com isenção fiscal têm um apelo e tanto. E neste cenário, os fundos imobiliários são verdadeiras vedetes.

 

 

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Vale o quanto pesa?

Vale o quanto pesa?

No primeiro post do blog fiz uma breve descrição da indústria dos FII: incorporadoras, securitizadoras, instituições financeiras que administram fundos, gestores, distribuidores, investidores, consultores e analistas. Notem que não há nenhuma ong dentre os participantes da indústria. Todos estamos aqui para ter lucro. Inclusive e principalmente o investidor.

Os administradores de fundo tem lucro recebendo a taxa de administração, que é descontada do caixa do fundo, portanto paga por todos os cotistas. No regulamento dos fundos existe um capítulo só para explicar sobre a remuneração do administrador.

Existem várias maneiras diferentes de cobrança. A grande maioria dos fundos cobra um percentual sobre o patrimônio líquido. Algo como 0,50% ao ano. Uns mais outros menos. O tamanho da cobrança deve ser proporcional ao serviço efetivamente prestado. Fundos de gestão passiva, em que o administrador é menos exigido, cobram taxas mais baixas. Já nos fundos em que o administrador tem o trabalho de escolher ativos e os está sempre comprando e vendendo, os fundos de gestão ativa, as taxas são mais caras.

dados vermelhos - percentagem - taxa de juros - Selic

Há casos diferentes, em que se cobra um percentual sobre o valor de mercado do fundo, que é o número total de cotas multiplicado pelo último preço em bolsa, ou um percentual sobre a receita operacional do fundo, seja ela a bruta, líquida ou disponível.

Seja qual for a forma de cálculo da taxa de administração, quase sempre o regulamento prevê também um valor mínimo fixo, em reais.

A forma que tem por base o valor de mercado do fundo me parece a mais interessante, pois coloca o administrador na posição de "parceiro" dos cotistas. O premia quando o fundo vai bem na bolsa e o pune quando as coisas vão mal. Em fundos de renda é de se esperar que o valor de mercado esteja sempre muito próximo do valor patrimonial, mas se os investidores estão otimistas com um fundo o valor de mercado pode superar o patrimonial. Nesse caso os cotistas lucram mais que o esperado e o administrador também recebe um valor proporcionalmente maior pelos seus serviços. Se no cenário adverso, as cotas caem para valor inferior ao do patrimônio do fundo, ao mesmo tempo em que os cotistas amargam prováveis prejuízos o administrador também tem que se contentar em receber menos taxa de administração.

 

Outras cobranças

Além da taxa de administração alguns fundos cobram taxa de gestão e de performance. A primeira é cobrada quando o serviço de escolha e manutenção dos ativos do patrimônio é feito por um terceiro, que é o gestor imobiliário.

A taxa de performance é cobrada por alguns fundos sempre que o resultado ultrapassa um certo parâmetro, chamado de benchmark. Muito comum nos fundos de recebíveis imobiliários e nos fundos de fundos. Por exemplo, se um fundo de fundos valoriza mais do que o IFIX o administrador faz jus também à taxa de performance, por ter conseguido entregar bons resultados aos cotistas.

Por fim outros custos do fundo são repassados aos cotistas e costumam ser cobrados em separado, mesmo após a taxa de administração e das demais taxas, quando houverem, ainda é debitado do fundo os custos com escrituração de cotas, honorários advocatícios, entre outros.

Leia o regulamento do seu fundo, conheça as taxas e os valores cobrados. Se tiver dúvidas entre em contato com o administrador. Lembre-se que bons serviços merecem ser bem remunerados. Procure entender quais são estes serviços e se valem o quanto pesam.


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terça-feira, 6 de agosto de 2013

Rentabilidade de fundo imobiliário tem queda de 7%

Rentabilidade de fundo imobiliário tem queda de 7%

Depois de retorno de 40% em 2012, mercado sofre com alta da Selic; cenário poder piorar com vacância maior

Brasil Econômico |

Brasil Econômico

Após anos consecutivos de céu de brigadeiro, o tempo fechou para os fundos de investimento imobiliário (FII). Em alguns casos, a chuvinha fina de hoje deve se transformar em tempestade. Até julho, a rentabilidade média dos veículos estava negativa em 6,92% ante o retorno de 40,21%, em 2012, segundo dados compilados pelo site Fundo Imobiliário. A explicação para a queda expressiva foi o aumento da taxa básica de juros, que, neste ano, passou de 7,25% para 8,5%. "Dois fatores impactam o preço das cotas: a Selic e a renda dos fundos, que, na média, se mantém estável", afirma o agente autônomo de investimentos Sérgio Belleza. O problema é que, se houver um acréscimo na vacância (devolução dos espaços), é esperado um novo recuo no valor das cotas.

Foto: Danilo Chamas / Fotomontagem iG sobre SXC

Até julho, a rentabilidade média dos fundos imobiliários estava negativa em 6,92%

Alguns fundos já apresentam sinais bastante acentuados desse revés. É o caso do FII Mais Shopping Largo 13, administrado pelo Bradesco. Quando foi lançado em novembro de 2010, as cotas custavam R$ 1000 e hoje estão quase pela metade do preço, a R$ 520. Outro que também tem tido dificuldade é o FII Shopping West Plaza, administrado pela Brazilian Mortgages (que pertence ao BTG Pactual). O fundo deu garantia de rentabilidade mínima aos cotistas de 0,83% até setembro de 2012. De lá para cá, entretanto, o cenário tem sido bem diferente. Com exceção de março, todos os outros meses ficaram bem abaixo desse valor — em julho, chegou a 0,35%.

"O investidor médio não está muito preocupado com a queda das cotações, porque é um investimento de longo prazo. Agora, se a renda cair, vai alterar o cenário", comenta Belleza, acrescentando que o Índice de fundo de investimento imobiliário (Ifix) ainda não sofreu impacto da vacância. No ano, registra queda de 10%.

De acordo com dados da consultoria Jones Lang La Salle, a taxa de vacância de escritórios de alto padrão em São Paulo, no segundo trimestre deste ano, já é a maior do desde 2006 — de 18%. No Rio de Janeiro, o cenário não é tão diferente: apresenta a maior taxa desde 2005, com 15%. Esses números podem impactar a receita dos imóveis e, consequentemente, o desempenho dos fundos. "O mercado tem que ficar atento com relação aos ativos que vão ter mudanças na receita. Isso não deve acontecer com fundos atrelados a banco, como no caso do FII BB Progressivo II. Os mais impactados devem ser os veículos de logística, laje corporativa e, principalmente, aqueles que foram mal precificados na época do lançamento", afirma.

Veja também: Fundo imobiliário pode complementar aposentadoria

José Alexandre Freitas, sócio-diretor da Oliveira Trust, concorda. "O maior risco são os fundos de crédito a performar pulverizados e de hotéis, que sofreram com as manifestações e trouxeram resultado abaixo do esperado na Copa das Confederações", lembra. "Mas o pior já passou. O que pode acontecer é uma insegurança na política interna ou uma mudança lá fora, como a suspensão do programa de compras de títulos do governo americano, que levariam a uma saída do investidor do mercado de capitais", diz.

Entre os destaques positivos do setor estão o BB Progressivo II com a maior capitalização do mercado, de R$ 1,77 bilhão, seguido pelo Brazilian Capital Real Estate Fund I com R$ 1,46 bilhão, e o Torre Norte com R$ 807 milhões, de acordo com dados compilados pelo site Fundo Imobiliário. Já o valor total de capitalização é de R$ 14,99 bilhões até julho. Também chamam atenção o Hotel Maxinvest pelo maior yield mensal de 1,39%, seguido pelo Floripa Shopping com 1,21% e Rio Negro com 0,98%. A média dos fundos analisados é de 0,72%.

Veja também: Fundo imobiliário é opção para quem vai abrir um negócio

De acordo com dados da BM&FBovespa, em julho, o volume financeiro dos fundos imobiliários foi de R$ 516,33 milhões, em 63.812 negócios. Bem abaixo do giro registrado, em junho, de R$ 826,42 milhões, em 69.168 negócios. O mês de julho encerrou com 108 veículos registrados e autorizados à negociação nos mercados de bolsa e balcão organizado. Lá fora, os fundos estão começando a colocar os US$ 40 bilhões levantados em 2012 para trabalhar. Atividade de compra no primeiro semestre foi 31% maior que no ano passado, segundo Jones Lang La Salle.



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Corinthians e Odebrecht estudam antecipar receitas de camarotes de estádio

São Paulo - Corinthians e Odebrecht estudam antecipar as receitas que serão geradas com o aluguel de camarotes do futuro estádio do clube. A ideia é usar o dinheiro já para cobrir despesas finais da obra.
Pela fórmula analisada, os responsáveis pela arena calcularão quando irão receber com a negociação dos camarotes. Um novo fundo junta investidores que dariam essa quantia agora para a administração do estádio. Quando os camarotes forem negociados, os cotistas do novo fundo receberão o dinheiro arrecadado, com taxas que garantiriam o lucro.
A justificativa para a operação é de que com a demora da liberação do empréstimo de R$ 400 milhões do BNDES foram feitos empréstimos-ponte. Os juros dessas operações aumentaram o custo da obra. A antecipação das receitas dos camarotes garantiria juros menores do que novas operações bancárias.
Em assembleia, os controladores do estádio já aprovaram a estruturação de um Fundo de Investimento Imobiliário que terá como objetivo adquirir "determinados direitos de exploração comercial de ativos da Arena Corinthians", como diz ata de reunião publicada no Diário Oficial de São Paulo.
A expectativa da direção do Corinthians é de que até o final de agosto sejam liberados R$ 400 milhões do BNDES para a Caixa, que fará o repasse para o clube e a Odebrecht.
 


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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Fundos imobiliários recuam em julho e exigem atenção de investidores

http://economia.ig.com.br/financas/investimentos/2013-08-02/fundos-imobiliarios-recuam-em-julho-e-exigem-atencao-de-investidores.html

Agência Brasil

Desaquecimento do mercado afeta fundos de investimento imobiliário

Sucesso de público e de valorização em 2012, os fundos de investimento imobiliário (FIIs) continuaram a encolher em julho, segundo dados divulgados pela BM&F Bovespa nesta quinta-feira (1º), e requerem atenção do investidor. Principalmente, daquele que comprou os ativos neste ano. A dica é consultar o desempenho deles para ver se estão conseguindo se manter interessantes num cenário um tanto mais adverso.

O valor de mercado dos 109 FIIs negociados em Bolsa caiu pelo segundo mês consecutivo, para R$ 28,7 bilhões, 2% a menos que em junho. O volume negociado recuou 30% para R$ 516,3 milhões, o menor nível desde novembro de 2012, o que indica que os ativos estão sendo menos comprados e vendidos (perderam liquidez). Mesmo o número de cotistas ficou ligeiramente menor: caiu de 104.079 para 103.467.

Os fundos de investimento imobiliário costumam ser apresentados como uma alternativa menos volátil e mais palpável do que ações, por serem lastreados direta (imóveis) ou indiretamente (títulos) no mercado imobiliário. O governo estimula investimentos nesse tipo de ativo, tendo isentado os rendimentos de Imposto de Renda.

Criado há 20 anos, esse mercado só se popularizou a partir de 2011. No fim do ano passado, com o lançamento do BB Progressivo II (BBPO), pelo Banco do Brasil, o número de investitdores praticamente dobrou de tamanho com a atração de cerca de 50 mil cotistas.

'Quem entrou em 2013 perdeu dinheiro' 

Neste ano, porém, o desempenho tem sido pouco animador. Em 31 de julho, o Ifix, índice que mede o desempenho desses ativos na Bolsa, era 10% menor do que  no início do ano. 

"Esses fundos já tiveram valorização razoável nos últimos anos. Mas quem comprou no começo de 2013 provavelmente perdeu dinheiro", diz Michael Viriato, professor de finanças do Insper. [ O desempenho dos últimos dois meses ] serviu para alertar que é um investimento de renda variável e não de renda fixa, embora pague investimentos mensais. Não existe garantia sobre esses rendimentos e não existe garantia sobre o valor da cota."

O cenário foi ruim mesmo entre os fundos mais negociados até junho de 2013, segundo Viriato. Do top 5, composto pelos fundos BB Progressivo II, BTG Pactual Corporate Office Fund, Santander Agências, Kinea Renda Imobiliária e CSHG Real Estate,  apenas o Kinea teve um retorno positivo em 2013, afirma o professor, com base em dados da Economatica. O BB Progressivo II (BBPO)  "praticamente empatou."

Não saia, não entre

Os FIIs, lembra Viriato, são influenciados negativamente quando os juros sobem. E, de outubro de 2012 a julho deste ano, a Selic (a taxa básica de juros) ficou 1,25 ponto maior, chegando a 8,5%. Segundo a estimativa do mercado medida pelo Boletim Focus, um levantamento feito semanalmente pelo Banco Central junto a analistas, em 2014 a Selic chegará a 9,25%.

Para o administrador de investimentos Fabio Colombo, a desaceleração da alta do preço dos imóveis – após a euforia iniciada em 2010 – também está relacionada a essa queda dos FIIs. 

"O mercado imobiliário como um todo esteve muito superaquecido e estamos numa fase de estabilidade ou queda", afirma Colombo, que não recomenda aproveitar a baixa no preço das cotas para entrar nesse mercado agora.

"Não acho interessante porque os preços ainda estão altos, é um momento adverso e as perspectivas não são boas."

Para quem já está dentro, a orientação é conferir como está o desempenho do produto. Em diversos FIIs, por exemplo, o patrimônio é composto de um conjunto pequeno de imóveis e a variação depende mais de fatores conjunturais – como a valorização ou desvalorização do bairro em que eles estão – do que estruturais – como o desempenho global do mercado imobiliário.

"Se olharmos num prazo um pouco maior [ do que os próximos seis meses ], os investidores não deveriam se desfazer [ das cotas ] porque o rendimento que os FIIs estão oferecendo é bom e, aliado à isenção de IR, fica bastante atrativo", diz Viriato, do Insper. "No BB Fundo Progressivo II, a rentabilidade que ele está pagando está em torno de 0,63% ao mês, o que é excelente."