quinta-feira, 10 de março de 2011

Captação de empresas cresce 98% no 1º bimestre, diz Anbima

No caso das notas (papéis que as empresas lançam para captar recursos de curto prazo), o volume teve aumento de 770% em comparação ao primeiro bimestre de 2010.

10 de março de 2011 | 11h 42

Altamiro Silva Junior, da Agência Estado

SÃO PAULO - As empresas brasileiras captaram R$ 14,3 bilhões no primeiro bimestre de 2011, o que representa um aumento de 98% na comparação com o mesmo período de 2010. Ao todo, foram feitas 59 operações, entre emissões de papéis de renda fixa, ações e certificados de recebíveis imobiliários (CRI). Em fevereiro, as emissões somaram R$ 10 bilhões. Os dados foram divulgados hoje pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Nos dois primeiros meses deste ano, as emissões de debêntures e de notas promissórias apresentaram desempenho recorde em comparação aos mesmos períodos dos últimos cinco anos, segundo o boletim da Anbima. Ao todo, os volumes nas duas modalidades somaram R$ 3,3 bilhões. No caso das notas (papéis que as empresas lançam para captar recursos de curto prazo), o volume teve aumento de 770% em comparação ao primeiro bimestre de 2010. Para as debêntures, o crescimento foi de 67,7%. Deste total, 94% das emissões são de esforços restritos (emissão voltada apenas para um pequeno grupo de investidores institucionais).

Já no mercado de ações, as emissões somaram R$ 4,5 bilhões nos meses de janeiro e fevereiro. Desse total, 88,6% corresponderam a emissões primárias (novas ações). As aberturas de capital (IPO, na sigla em inglês) somaram quatro operações, com volume de R$ 3,1 bilhões, 121,1% superior ao mesmo período de 2010. Entre as empresas que captaram recursos estão Direcional Engenharia, Arezzo, Tecnisa e Sonae Sierra.

Com o aquecimento do mercado imobiliário, as emissões de CRIs cresceram 701% em volume em 2011, passando de R$ 337 milhões no primeiro bimestre de 2010 para R$ 2,698 bilhões no mesmo período deste ano. Foram feitas 22 operações deste tipo de instrumento, que permite securitizar ativos imobiliários. Já os fundos de investimento em direito creditório (FIDC) (que permitem a securitização de vários ativos) tiveram queda nas captações. Elas baixaram de R$ 1,219 bilhão no ano passado para R$ 444 milhões este ano, reduzindo de 17 operações para apenas duas.

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