domingo, 31 de março de 2013

Fundo imobiliário é intimado a pagar tributo e distribuirá menos rendimento

Fundo imobiliário é intimado a pagar tributo e distribuirá menos rendimento

SÃO PAULO - O BTG Pactual, gestor do fundo imobiliário Torre Almirante (ALMI11B), anunciou ao mercado nesta quinta-feira (28) que recebeu intimação da Secretaria de Fazenda do Rio de Janeiro para realizar, no prazo de 30 dias, o pagamento do credito de ITBI (imposto sobre a transmissão de bens imóveis) de R$ 447.140,87.

O BTG informou que vai contestar o lançamento do crédito tributário na justiça, "tendo em vista a jurisprudência do STJ ser favorável à tese defendida até então". Ao mesmo tempo, o gestor informou que fará o deposito judicial do valor estimado atualizado de R$ 1,3 milhão, de acordo com os cálculos oficiais da SFM-RJ, o que deve impactar negativamente nos resultados do fundo de março e na distribuição de rendimentos efetuada em abril.

Torre Almirante
O fundo tem como lastro 40% do imóvel comercial Edifício Torre Almirante, localizado na Avenida Almirante Barroso, na cidade do Rio de Janeiro. O prédio possui 36 andares e foi planejado e construído com a mais alta tecnologia, sendo todos os andares locados para a Petrobras, além de uma agência bancária da Caixa Econômica Federal.



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Fundos Imobiliários: uma bolha ou um sucesso?

Fundos Imobiliários: uma bolha ou um sucesso?

Hoje em dia é muito difícil encontrar um investidor que não tenha ouvido falar em Fundos Imobiliários (FIIs), sendo que, somente há alguns anos, eram poucos os que sabiam o que é um fundo imobiliário, e menos ainda os que pensavam em comprar cotas de um. Por isso é inevitável pensar se estamos vivendo uma bolha de fundos imobiliários.

Como o tempo passou e, sem perceber, vivemos algo que representou uma enorme mudança no mercado de capitais brasileiro, hoje podemos ver mais claramente o que aconteceu, avaliar os motivos de porquê esta determinada classe de ativos encontra-se sob os holofotes do mercado financeiro, e determinar se isso é uma bolha de fundos imobiliários, ou algo que realmente faz sentido.

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bolha de fundos imobiliários

Novas preocupações para o investidor

Se por um lado a estabilidade macroeconômica possibilitou a manutenção das taxas básicas de juros em níveis de um dígito, por outro lado o investidor tem um novo motivo para se preocupar.

Desta vez, não pelas incertezas de um ambiente econômico outrora volátil, mas pela certeza de que seu dinheiro parado em um fundo de liquidez (em geral atrelado ao CDI), na poupança ou em CDBs, rende pouco mais, se não menos, do que a inflação – que, por sua vez, tem perturbado o sono de muitos ultimamente.

Estranho pensar que uma conjuntura de estabilidade, que trás maior confiança aos agentes econômicos, requer coragem dos investidores, que precisam assumir mais risco para poder rentabilizar seus patrimônios. O que acontece é que, em condições normais de "temperatura e pressão", vulgo: de estabilidade, o mercado tende a estabelecer uma relação direta entre risco e retorno, onde deve-se encarar mais risco para se obter maior retorno.

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A luta pelo seu dinheiro: setor público X setor privado

A estabilidade macroeconômica dos últimos anos possibilitou o que os economistas chamam de "crowding-in" na economia. O que seria de forma simplificada, a poupança privada – o meu e o seu dinheiro – migrando de títulos públicos para o mercado de investimentos privados, em busca de maior rentabilidade.

Para ilustrar a situação contrária, imagine no caso de um aumento de juros pelo governo, a fim de controlar pressões inflacionárias, essa mesma massa de recursos privados migraria de volta ao mercado de títulos públicos, por conta do baixo risco, alta liquidez e, nesta situação hipotética, rendimentos interessantes que esses títulos estariam oferecendo (processo conhecido como "crowding-out").

Funciona assim porque o setor privado acaba competindo com o setor público para captar recursos, tendo que pagar ainda mais caro (juros mais altos) pelo que "pega emprestado".

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Incentivos para tornar o mercado imobiliário mais atrativo

Sabendo disso, e com consciência da necessidade de investimentos privados em diversos setores da economia, como o imobiliário, o Governo tomou iniciativas para fomentar investimentos privados voltados a esse setor. Assim, desde Novembro de 2005, investidores Pessoa Física que adquirem cotas são, por regulação, isentos de tributação de imposto de renda em fundos imobiliários, nos rendimentos distribuídos pelo fundo.

O incentivo de rendimentos isentos de Imposto de Renda, aliado ao:

  • perfil de menor volatilidade do que o do mercado de ações,
  • cenário de queda de taxa de juros e
  • existência de potenciais pressões inflacionárias na economia,

Fez com que os Fundos Imobiliários (ou "FII", como são conhecidos no mercado), atraíssem o interesse de investidores Pessoa Física, que atualmente compõem mais de 75% do perfil de investidores nesse mercado.

Considerando que tais investidores não encontram o mesmo benefício fiscal em investimentos em títulos do tesouro ou em CDBs de Bancos, não é de se estranhar o desenvolvimento, especialmente entre investidores Pessoa Física, desse mercado sob tal cenário.

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O potencial do mercado Vs. uma bolha de fundos imobiliários

Na data em que escrevo este artigo, existem 193 Fundos, dos quais 94 são fundos imobiliários listados na Bovespa, disponíveis para negociação, resultando em um total de R$ 29 bilhões em valor de mercado (base Fev/13).

No entanto, comparado ao mercado de títulos públicos, que acumula um valor de mais de R$ 1,9 trilhão, podemos dizer que o mercado de Fundos Imobiliários ainda encontra-se em estágios iniciais, frente ao seu potencial de crescimento.

Portanto, com base nos pontos levantados acima, é justificável o elevado crescimento dos fundos imobiliários nos últimos anos, além de ressaltar que ainda existe muito espaço para este mercado. E podemos, assim, descartar a especulação sobre um bolha de fundos imobiliários no mercado atual, já que há fundamentos sólidos para o desenvolvimento de tal mercado.


sábado, 16 de março de 2013

Caixa entra com ação de despejo contra locatário inadimplente de fundo imobiliário

Caixa entra com ação de despejo contra locatário inadimplente de fundo imobiliário

SÃO PAULO - A Caixa Economica Federal, gestora do fundo Caixa TRX Logística Renda (CXTL11) informou ao mercado nesta sexta-feira (15) que a empresa L. Ferenczi Indústria e Comércio LTDA,, locatária do "imóvel Ferla", continua "inadimplente com suas obrigações contratuais" e que, diante da situação, entrou com ação de despejo contra a locatária. A ação foi proposta em 18 de fevereiro, com pedido de liminar.

"A Administradora Caixa e a Consultora Imobiliária TRX Investimentos Imobiliários tentaram compor a situação de maneira não-litigiosa; no entanto, diante da manutenção do inadimplemento da Ferla, tiveram que tomar as medidas judiciais para resguardar os interesses do Fundo", diz o comunicado.

De acordo com a Caixa, a ação não foi divulgada antes por "estratégia processual", com o intuito de se evitar que a empresa adotasse alguma medida preventiva para evitar o cumprimento da decisão judicial. Ainda segundo o comunicado, a empresa ajuizou pedido de Recuperação Judicial no dia 19 de fevereiro. O deferimento da recuperação, ocorrido no dia 1º de março, poderá impactar na retomada do imóvel, aponta a Caixa.

"A Administradora CAIXA e a Consultora Imobiliária TRX Investimentos Imobiliários  S.A. prosseguem tomando todas as medidas cabíveis no sentido de preservar os  interesses do Fundo diante desse fato e manterão os cotistas informados sobre o  caso", conclui o comunicado.

O fundo
O Fundo TRX Logística Renda é proprietário de aproximadamente 20.000 m² de área construída em galpões logísticos e quase 85.000 m² de terreno. Dentre os locatários está o Grupo Schahin, atuante nos setores de Engenharia, Desenvolvimento Industrial, Telecomunicações, Petróleo, Gás e Energia e cujo imóvel está localizado no município de Macaé, no norte do estado do Rio de Janeiro. A empresa de gestão e higienização de têxteis Atmosfera é a locatária de um imóvel localizado em Duque de Caxias (RJ). Já a Ferla, maior produtora de aveia no mercado brasileiro, ocupa um imóvel localizado em Itapevi (SP).



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sexta-feira, 15 de março de 2013

Fundos imobiliários já somam R$ 2,2 bi de emissões em 2013

Fundos imobiliários já somam R$ 2,2 bi de emissões em 2013

Notícia | 12/03/2013

Fonte: DCI

Até a data de ontem, os fundos de investimento imobiliário (FII) somaram R$ 2,283 bilhões em sete ofertas registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Há mais R$ 3,359 bilhões de 16 ofertas em análise. O volume corresponde a quase a metade do registrado em 2012, de R$ 11,069 bilhões. O crescimento é justificado pelo aumento da demanda por parte dos investidores em um cenário de menor rentabilidade dos títulos públicos e também pela expansão da oferta pelas empresas do ramo imobiliário, que enxergam uma oportunidade além dos empréstimos bancários.

Nos primeiros meses de 2013, o destaque ficou por conta do mês de fevereiro, que totalizou R$ 1,579 bilhão em emissões. O expressivo volume ocorreu com a oferta do FII Votorantim Securities II, de R$ 1,2 bilhão. Já em março a única oferta registrada se refere à segunda emissão do Santander Agências Fundo de Investimento Imobiliário, com R$ 354,750 milhões.
Já o patrimônio líquido, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), registrou em fevereiro desse ano R$ 27,704 bilhões, alta de 187% na comparação com o mesmo período de 2012, quando foram somados R$ 9,645 bilhões.

Segundo Alexei Bonamin, sócio na área de mercado de capitais e operações financeiras do TozziniFreire Advogados, o escritório tem cinco projetos de fundos imobiliários em estruturação. "Há empresas do setor de construção e grupos econômicos que jogam os imóveis para o fundo para ter uma otimização do ativo. E há a gestora que observa a demanda, monta o fundo e vai vender ao cliente ", diz Bonamin.

Entre os fundos disponíveis, Moisés Jardim, diretor-administrativo da Companhia Hipotecária Brasileira (CHB), detalha que há o fundo com rentabilidade no aluguel de salas em shoppings centers ou torres comerciais; em lançamentos de empreendimentos imobiliários, com lucro na venda das unidades; e o fundo com renda na emissão de papéis de lastro imobiliário, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). "A rentabilidade varia de inflação mais 4% ao ano até inflação mais 13% ao ano."

Para o empreendimento imobiliário, Jardim ressalta que o custo é inferior a um financiamento bancário. "Mais barato e não onera o balanço da empresa." A CHB, segundo o diretor, emitiu em 2013 três operações de CRIs e já somam R$ 50 milhões. Para esse ano a previsão está em R$ 480 milhões.

O PMKA Advogados possui perspectiva positiva para esse ano, com projeção de lançamento de 15 a 18 fundos, contra 10 no ano passado, que somaram R$ 3,5 bilhões. Segundo o advogado Juliano Cornacchia, a queda da taxa básica de juros (Selic) - em 7,25% ao ano - e a isenção do Imposto de Renda atraem o investidor, principalmente pessoa física. "Há os projetos de Copa do Mundo e Olimpíada com fundos para estádios e rede hoteleira."

Cornacchia acrescenta que há três fundos em estruturação; um para estádio e dois para hotel.

Carlos Ferrari, sócio-fundador do N, F&BC Advogados, concorda com a expansão nos próximos anos, mas critica a CVM, que limita o aumento de capital dos fundos. Segundo Ferrari, a autarquia exige a aprovação de boa parte dos investidores, o que é difícil, já que há muitos cotistas. "O desaquecimento da comercialização de imóveis seria positivo para colocar mais ativos para mais cinco anos."

Fonte: www.dci.com.br/financas/fundos-imobiliarios-ja-somam-r$-2,2-bi-de-emissoes--em-2013-id335973.html



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Imposto de Renda: saiba como declarar investimentos de renda fixa

Imposto de Renda: saiba como declarar investimentos de renda fixa

SÃO PAULO - Chegou a hora de fazer a declaração anual de imposto de renda. As aplicações de renda fixa, como títulos do Tesouro Direto e o CDB (Cerfificado de Depósito Bancário) e fundos DI são tributadas direto na fonte, mas mesmo assim os valores precisam ser informados ao fisco na declaração anual.

O diretor jurídico da HPN Invest, Carlos Alexandre Oliveira, ressalta que essas aplicações, quando tributadas, possuem alíquota decrescente de acordo com o prazo da aplicação.

Veja as alíquotas de IR para investimentos de renda fixa:

O diretor jurídico da HPN Invest, Carlos Alexandre Oliveira, ressalta que essas aplicações, quando tributadas, possuem alíquota decrescente  (Marko Djurica/Reuters)
O diretor jurídico da HPN Invest, Carlos Alexandre Oliveira, ressalta que essas aplicações, quando tributadas, possuem alíquota decrescente (Marko Djurica/Reuters)

• 22,5% quando o prazo de investimento for inferior a seis meses;

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• 20% quando o prazo de investimento superar seis meses, mas for inferior a 12 meses;

• 17,5% quando o prazo de investimento superar 12 meses, mas for inferior a 24 meses;

• 15% quando o prazo de investimento superar 24 meses.

Já quem investe em fundos de renda fixa ou DI tem o recolhimento semestral de 15%, descontado da quantidade de cotas que o investidor possui (o chamado come-cotas). A diferença entre o que já foi pago e o valor total do imposto é desembolsado na hora do resgate.

Uma exceção são os fundos de Curto Prazo – que possuem títulos da carteira com prazo menor que um ano, a regra é diferente. Se o prazo médio dos títulos for menor que seis meses, a alíquota é de 22,5% e quando supera seis meses, passa para 20%. Isso quer dizer que, mesmo se o investidor permanecer com os recursos investidos por mais de um ano, nunca vai pagar menos do que 20% de IR nesses fundos.

Declaração anual
Na hora de preencher a declaração anual, o investidor precisa ter em mãos o informe de rendimentos, emitido pela instituição financeira, com o valor investido e o rendimento líquido. O especialista da Alterdata, Edson Lopes, ressalta que o valor dessas aplicações no último dia do ano deve constar no item "Bens e Direitos".

 "Quando houver saque da aplicação durante o ano-base, é preciso declarar o rendimento na área de 'Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva", no campo 06', lembra Lopes.

Aplicações isentas
Algumas aplicações de renda fixa são isentas de IR. É o caso das LCI (Letras de Créditos Imobiliários) , as LCAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócios) e os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários). Neste caso, o investidor tem o benefício da isenção, mas não deixa de ser obrigado a informar todos os valores de aplicação na declaração anual.

O procedimento é o mesmo e o valor desta aplicação deve constar no item "Bens e Direitos" e no caso dos rendimentos é preciso declarar no item "Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva"



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CVM fecha acordos com PWC e XP Investimentos

CVM fecha acordos com PWC e XP Investimento

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) fechou termos de compromisso com a PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes e a XP Investimento. Juntos, os acordos somam R$ 135 mil e vão extinguir processos administrativos sancionadores contra as instituições antes do julgamento pela autarquia. A PwC pagará R$ 55 mil para encerrar um processo que apurava a não participação de três sócios da auditoria no Programa de Educação Profissional Continuada - IFRS/CPC no ano de 2010. A CVM também questionava o não encaminhamento de certidões de participação no programa por dois sócios da empresa no mesmo ano, o que viola a Instrução 570/09. No caso da XP Investimentos, a CVM aceitou a proposta de termo de compromisso de R$ 80,8 mil. O valor equivale a 50% do montante das cotas de fundos subscritas indevidamente por clubes de investimento da corretora. A XP foi investigada, na qualidade de instituição líder de oferta de cotas do Fundo de Investimento Imobiliário Rio Negro e do Fundo de Investimento Imobiliário VBI FL 4440. Segundo a CVM, a corretora permitiu a aquisição dessas cotas por clubes de investimento nas ofertas públicas de distribuição. Além disso, não realizou o controle dos boletins de subscrição de tais operações. A autarquia considerou que a XP faltou com seu dever de diligência, na medida em que os clubes de investimento não foram informados, no período de ofertas, de que não poderiam comprar cotas dos fundos.


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Regulação nos fundos imobiliários em Angola

Editorial de ANTÓNIO NOGUEIRA

A criação de um mercado de capitais, em Angola, resultou na elaboração e discussão pública de um vasto pacote legislativo e regulamentar, entre os quais figuram os anteprojectos de lei sobre o regime jurídico dos fundos de investimento imobiliário e das sociedades gestoras deste mercado.

Em qualquer um dos projectos de diploma legal estão já consignados o papel a que cada um dos órgãos está sujeito a desempenhar no seu restrito raio de acção. Sem descurar a possibilidade de se vir a discutir e, eventualmente, melhorar um ou outro aspecto do conteúdo contido nos aludidos documentos, há um pormenor que parece ser mais relevante entre os agentes imobiliários.

A maior parte dos potenciais investidores nesta área estão interessados em saber quando os anteprojectos de lei, atrás descritos, irão passar por uma sessão do Conselho de Ministro e no parlamento, para apreciação e eventual aprovação. Os fundos imobiliários ainda são pouco conhecidos pela maioria dos investidores, em Angola. Mas o boom por que passa o sector, aliciado pelos níveis estáveis da inflação, os incentivos governamentais para a compra de imóveis e ante o alto défice habitacional, dá azo para que haja uma maior pujança no sector.

Só que para se chegar a esta etapa, o mercado nacional precisa de amadurecer mais em matéria de fundos de investimento imobiliário. Neste momento, este sector é acompanhado por um número restrito de especialistas aptos para dar aconselhamento aos investidores. Espera-se que a CMC - entidade supervisora dos FII - desenvolva oportunamente, através de regulamentação, as matérias técnicas e operacionais que venham a revelar-se convenientes à boa implementação das regras aplicáveis aos FII.



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quarta-feira, 13 de março de 2013

Fundos imobiliários já somam R$ 2,2 bi de emissões em 2013

 

12 March 2013

DCI

 

Até a data de ontem, os fundos de investimento imobiliário (FII) somaram R$ 2,283 bilhões em sete ofertas registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Há mais R$ 3,359 bilhões de 16 ofertas em análise. O volume corresponde a quase a metade do registrado em 2012, de R$ 11,069 bilhões. O crescimento é justificado pelo aumento da demanda por parte dos investidores em um cenário de menor rentabilidade dos títulos públicos e também pela expansão da oferta pelas empresas do ramo imobiliário, que enxergam uma oportunidade além dos empréstimos bancários.

 

Nos primeiros meses de 2013, o destaque ficou por conta do mês de fevereiro, que totalizou R$ 1,579 bilhão em emissões. O expressivo volume ocorreu com a oferta do FII Votorantim Securities II, de R$ 1,2 bilhão. Já em março a única oferta registrada se refere à segunda emissão do Santander Agências Fundo de Investimento Imobiliário, com R$ 354,750 milhões.

Já o patrimônio líquido, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), registrou em fevereiro desse ano R$ 27,704 bilhões, alta de 187% na comparação com o mesmo período de 2012, quando foram somados R$ 9,645 bilhões.

 

Segundo Alexei Bonamin, sócio na área de mercado de capitais e operações financeiras do TozziniFreire Advogados, o escritório tem cinco projetos de fundos imobiliários em estruturação. "Há empresas do setor de construção e grupos econômicos que jogam os imóveis para o fundo para ter uma otimização do ativo. E há a gestora que observa a demanda, monta o fundo e vai vender ao cliente ", diz Bonamin.

 

Entre os fundos disponíveis, Moisés Jardim, diretor-administrativo da Companhia Hipotecária Brasileira (CHB), detalha que há o fundo com rentabilidade no aluguel de salas em shoppings centers ou torres comerciais; em lançamentos de empreendimentos imobiliários, com lucro na venda das unidades; e o fundo com renda na emissão de papéis de lastro imobiliário, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). "A rentabilidade varia de inflação mais 4% ao ano até inflação mais 13% ao ano."

 

Para o empreendimento imobiliário, Jardim ressalta que o custo é inferior a um financiamento bancário. "Mais barato e não onera o balanço da empresa." A CHB, segundo o diretor, emitiu em 2013 três operações de CRIs e já somam R$ 50 milhões. Para esse ano a previsão está em R$ 480 milhões.

 

O PMKA Advogados possui perspectiva positiva para esse ano, com projeção de lançamento de 15 a 18 fundos, contra 10 no ano passado, que somaram R$ 3,5 bilhões. Segundo o advogado Juliano Cornacchia, a queda da taxa básica de juros (Selic) - em 7,25% ao ano - e a isenção do Imposto de Renda atraem o investidor, principalmente pessoa física. "Há os projetos de Copa do Mundo e Olimpíada com fundos para estádios e rede hoteleira."

 

Cornacchia acrescenta que há três fundos em estruturação; um para estádio e dois para hotel.

Carlos Ferrari, sócio-fundador do N, F&BC Advogados, concorda com a expansão nos próximos anos, mas critica a CVM, que limita o aumento de capital dos fundos. Segundo Ferrari, a autarquia exige a aprovação de boa parte dos investidores, o que é difícil, já que há muitos cotistas. "O desaquecimento da comercialização de imóveis seria positivo para colocar mais ativos para mais cinco anos."

  

 

Transações hoteleiras devem atingir US$ 33 bilhões este ano

Transações hoteleiras devem atingir US$ 33 bilhões este ano

Com a continuidade da transformação do cenário de investimentos, diversos grupos de investidores continuarão interessados no setor

Redação, Administradores.com,

Laborant /Shutterstock.com

Especialistas em hotelaria da Jones Lang LaSalle estimam que o volume mundial de transações da área atinja o valor de US$ 33 bilhões em 2013, conforme a maior transparência em todo o mundo for abrindo espaço para um campo de atuação mais globalizado para os investidores. Com a continuidade da transformação do cenário de investimentos, diversos grupos de investidores continuarão interessados em adquirir ativos, revelam os resultados do relatório anual, Hotel Investment Outlook (Perspectivas do setor de investimentos hoteleiros).

O capital transnacional, que correspondeu a 30% do investimento global em hotéis em 2012, também poderá acelerar-se em 2013.

Os ciclos econômicos anteriores fornecem poucas pistas do que este ano reserva para o segmento, com os novos indicadores combinados de uma economia global que exibe disparidades definindo os caminhos do investimento:

  • A disponibilidade global de capital para financiamento deverá ficar em seu nível mais alto desde 2007,
  • Os fundos de private equity e os REITs (fundos de investimento imobiliário - FIIs) dominarão a atividade de compras, respondendo por 60% do mercado global,
  • Os maiores vendedores serão os induzidos pelos bancos, em decorrência de problemas de refinanciamento.

"Proprietários inadvertidos de hotéis, tais como bancos e liquidatários, continuarão levando para o mercado significativa parcela dos produtos hoteleiros. Esperamos também que investidores institucionais liquidem ativosnon-core selecionados, criando oportunidades para investidores interessados em agregar valor aos ativos", disse Mark Wynne-Smith, CEO Global do Grupo de Hotéis & Hospitalidade da Jones Lang LaSalle. "Embora os compradores tenham indicando uma intenção maior de aquisições em 2013, a incerteza econômica global manterá um teto para o volume de transações".

Dos players ativos, os fundos de private equity continuarão na liderança como investidores, estando na posição favorável de obter retornos oportunistas por meio de seu significativo poder de compra e tolerância ao risco. Os fundos de investimento imobiliário (FIIs), compradores líquidos ao longo de todo o ano de 2012, continuarão fazendo as mais importantes aquisições de imóveis principais em grandes mercados. Esse é o caso especialmente na América do Norte e na região da Ásia-Pacífico, onde dois novos fundos de investimento em hotéis, estabelecidos em Cingapura, foram listados em bolsa. Em 2013, fundos do Oriente Médio continuarão esquadrinhando o globo à procura de ativos 'premium', em busca de oportunidades para exportar capital.

Capital financiado: progresso e crescimento, ou estagnação?

 A disponibilidade global de financiamento em 2013 deverá atingir seu nível mais alto desde 2007, não obstante variações regionais. Grandes bancos, tradicionalmente os principais fornecedores de financiamento imobiliário, não possuem balanços com capacidade financeira suficiente para emprestar montantes significativos de dinheiro novo. Os fundos soberanos, fundos mútuos e seguradoras, no entanto, preencherão essa lacuna como financiadores de capital para dívidas de primeiro grau e, em alguns casos, para operações de mezanino.

Resultados operacionais dos hotéis reafirmam as perspectivas

Os resultados operacionais hoteleiros estão, de forma geral, mantendo-se fortes e, em alguns casos, dadas as pressões econômicas, estão superando as expectativas. Na dianteira do crescimento em termos de receita por quarto disponível (índice RevPAR*), neste ano, estão as cidades ricas em recursos e as grandes metrópoles em todo o mundo, destacando a atratividade que hotéis de alta qualidade e geradores de receita têm como classe de ativos. Os viajantes globais puxarão a demanda e as tarifas médias em mercados como Istambul, Munique, São Francisco, Boston, Sydney e Cingapura, os quais já atraíram o interesse dos investidores, e serão os mercados para se acompanhar atentamente em 2013.

Um longo caminho pela frente

Os níveis de transações, os valores do capital, os números dos negócios imobiliários hoteleiros e os aluguéis estão, em geral, melhorando contra um pano de fundo de revisões para baixo nas perspectivas de crescimento econômico. Todavia, dados os montantes de estímulos que continuam sendo injetados na economia mundial, as expectativas são de que as taxas de crescimento melhorem gradualmente nos próximos anos.

"As estratégias de investimento daqui para a frente serão mais estruturais e estratégicas do que cíclicas, impactando aquilo que sempre consideramos o fluxo e refluxo 'típicos' do mercado de transações", concluiu David Green-Morgan, diretor global de pesquisa da área de Mercado de Capitais da Jones Lang LaSalle. "Investidores e operadores flexíveis, que conseguem calcular riscos e se adaptar rapidamente, serão os mais bem sucedidos este ano".


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terça-feira, 12 de março de 2013

Fundos Imobiliários ao invés de títulos públicos

12/03/2013
Autor: Renato Follador 
Fonte: CBN


Taxa de juros baixa, vem a pergunta: e agora, no que invisto minhas economias sem correr muito risco?

Olha, se teu objetivo é no longo prazo, há boas opções, como: fundos de ações dividendos, debêntures e fundos imobiliários.

Este último merece uma reflexão. Imóveis nos dão uma sensação de segurança por serem fisicamente palpáveis e observáveis.

Pois eles são o lastro dos fundos imobiliários, através dos quais pessoas como você e eu compram cotas, aplicando dinheiro para construção ou compra de shoppings, escritórios e outros imóveis comerciais.

O retorno mensal vem da distribuição dos resultados, como o aluguel ou a venda dos empreendimentos. Além disso, há a possibilidade da valorização da cota, como numa ação.

As vantagens dos fundos imobiliários são muitas: a primeira, liquidez. É difícil vendermos um imóvel nosso rapidamente, mas dá para sair fácil de um fundo imobiliário vendendo nossas cotas na Bolsa.

Segundo, não temos o incômodo da gestão do imóvel. Isso fica com os administradores do fundo. Que por sinal entendem bem mais do que nós de investimento imobiliário.

Terceiro, não se aposta grana só num imóvel, mas em vários de diferentes setores.

Por fim, o imposto desse investimento é zero, se você tiver menos de 10% do total das cotas, os cotistas forem mais que 50 e o fundo negociado na Bolsa.

 

 

Fundo imobiliário SP Downtown estreia com forte baixa na BM&FBovespa

Fundo imobiliário SP Downtown estreia com forte baixa na BM&FBovespa

SÃO PAULO – As cotas do SP Downtown Fundo de Investimento Imobiliário (SPTW11) começaram a ser negociadas na BM&FBovespa nesta terça-feira (12) com forte desvalorização. Há pouco, a queda era de 5,4%, com as cotas vendidas a R$ 94,6. De acordo com a bolsa, foram feitos 64 negócios até o momento.

O objetivo do fundo é a compra dos imóveis Belezinho e Badaró, por meio da aquisição de SPEs (Sociedades de Proposósitos Específicos) de mesmo nome e que são donas dos respectivos empreendimentos.

Veja a cotação de todos os fundos imobiliários negociados na BM&FBovespa

O imóvel Badaró está localizado na rua Líbero Badaró, na capital paulista. O Imóvel  possui uma área de terreno de 3.098,87 m² e uma área construída de 19.871,08 m².

O imóvel Belenzinho também está localizado na capital paulista e possui área construída de e 11.911,45 m2. Os dois imóveis estão locados para a empresa Atento, que atua no setor de callcenter.



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segunda-feira, 11 de março de 2013

Investimento em fundo imobiliário deve ganhar mais transparência - BOL Notícias

Investimento em fundo imobiliário deve ganhar mais transparência

MARIANA SALLOWICZ
DO RIO

Diante do forte crescimento dos fundos imobiliários nos últimos anos, o setor prepara novas regras com o objetivo de trazer mais transparência para os investidores.

A diretoria da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) aprovou no final da semana passada código complementar à regulamentação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Fundos imobiliários ganham da Bovespa

A expectativa é que as mudanças passem a valer até o fim do primeiro semestre.

Esses fundos serão classificados por tipos --o número de divisões ainda está sendo definido. Entre as opções existentes hoje, há aqueles que buscam retorno pelo aluguel de imóveis e outros que constroem e vendem imóveis.

"Quando o investidor for buscar um produto, já saberá de que tipo ele é. Assim, terá mais facilidade para fazer comparações e saberá qual tipo de risco está correndo", diz o presidente do comitê de produtos imobiliários da Anbima, Reinaldo Lacerda.

Outros fundos de investimento, como os de renda fixa e de ações, já têm autorregulamentação da associação.

BANCO DE DADOS

O código vai definir também como devem ser apresentados os fundos para os investidores, trazendo, por exemplo, estudos de viabilidade do negócio.

Além disso, os produtos serão registrados na Anbima, que criará um banco de dados. "Isso servirá para dar mais esclarecimentos para o mercado."

Os associados da Anbima --atualmente quase todos os gestores e administradores de fundos de investimento-- são obrigados a seguir a autorregulamentação. São feitas fiscalizações e auditorias periodicamente.

O número de fundos autorizados para negociação quase quadruplicou desde 2008. Passou de 25 para 94 até o fim do mês passado, segundo dados da BM&FBovespa.



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Fundos imobiliários ganham da Bovespa

Fundos imobiliários ganham da Bovespa

11/03/2013 05h43

MARIANA SALLOWICZ
DO RIO

Em um cenário de queda da taxa de juros e menor rendimento das aplicações, os fundos imobiliários se destacaram em 2012. O IFIX, índice composto por cotas dos fundos mais negociados, se valorizou em 35% em 2012.

O resultado foi bem superior ao de outros investimentos. O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa, teve alta de 7,4% no mesmo período, enquanto o CDI, referência para as aplicações em renda fixa, subiu 8,4%.

No ano anterior, quando o Ibovespa teve queda de 18,1% e o CDI subiu 11,6%, o índice dos fundos também teve um desempenho melhor (16,5%).

Nesse tipo de aplicação, os participantes se unem para colocar recursos em negócios imobiliários, como shoppings e escritórios. Cada integrante compra cotas e passa a ter uma parte do fundo.

O retorno mensal vem da distribuição do resultado, como o aluguel ou a venda dos empreendimentos. Além disso, há possibilidade de valorização da cota.

Os especialistas afirmam, porém, que o desempenho dos últimos anos não é garantia de bons resultados no futuro. "A rentabilidade alta não é uma regra", afirma Guilherme Nyssens, sócio da consultoria Quantum.

O número de investidores dos fundos imobiliários negociados em Bolsa aumentou 160% nos últimos 12 meses até fevereiro, já o volume de negócios quase quadruplicou no ano passado ante 2011.

Entre os apelos da modalidade, está a possibilidade de o pequeno investidor entrar no mercado imobiliário sem comprar um imóvel.

"Os fundos permitem investir no setor por meio de um gestor especializado, que tem conhecimento do assunto", diz Reinaldo Lacerda, presidente do Comitê de Produtos Imobiliários da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

Outro atrativo é a isenção de Imposto de Renda nos rendimentos mensais. O benefício vale para pessoa física com menos de 10% da cota total e que aplique em fundo negociado em Bolsa com mais de 50 participantes.

RISCOS

Entre os riscos do investimento, o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) Gyorgy Varga destaca a dificuldade que o investidor pode ter ao se desfazer da sua cota em momentos de crise. "A venda deve ser feita com negociação no mercado."

Também é preciso considerar a possibilidade de inadimplência de compradores ou locatários e queda de preço dos imóveis.

O diretor-executivo de finanças pessoais da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Louis Frankenberg, diz que alguns fundos estão sendo lançados com investimento num único empreendimento.

"Os fundos têm como princípio a pulverização do risco. Por isso, é importante ver antes de comprar onde está sendo investido o recurso", diz.

No site da BM&FBovespa, há uma lista dos fundos com detalhes como prospecto e rentabilidade histórica.



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quinta-feira, 7 de março de 2013

Ofício-Circular CVM/SIN/Nº 05/2013: Esclarecimentos sobre os dispositivos da Instrução CVM nº 472/08

Ofício-Circular CVM/SIN/Nº 05/2013: Esclarecimentos sobre os dispositivos da Instrução CVM nº 472/08

A Superintendência de Relações com Investidores Institucionais (SIN) da CVM divulga hoje, 07/03/2013, o Ofício-Circular CVM/SIN/Nº 05/2013, com orientações sobre dispositivos da Instrução CVM nº 472/08 e na composição do Informe Mensal de Fundos de Investimento Imobiliário (FII), nos termos do art. 39, inciso I, da referida Instrução.

O documento, destinado aos administradores de FII, informa sobre a nova padronização do Informe Mensal destes fundos, que objetiva a divulgação de informações sobre a composição da carteira aos investidores. Esta atualização também permite ao mercado maior possibilidade de comparação entre os diferentes tipos de FII, auxiliando na tomada de decisões em bases mais refletidas.

Outros temas também são abordados no ofício:

  • Termo de adesão ao regulamento do FII
  • Assembleia Geral de Cotistas
    1. Regras de deliberação em assembleia
    2. Das formas de deliberação em assembleia – Consulta Formal
  • Conflito de Interesses
  • Coobrigação em FII
  • Repartição de Responsabilidades entre o Administrador e o Intermediário

A área técnica ainda informa que o documento não trata de todos os pontos da Instrução CVM nº 472/08, sendo importante a leitura e a análise da mesma pelos administradores dos FII.

Clique aqui para ter acesso ao OFÍCIO-CIRCULAR CVM/SIN/Nº 5/2013.

 

 

 

Com alta da inflação, juro real deve cair

Com alta da inflação, juro real deve cair

Com a manutenção da taxa de juro em 7,25% ao ano e a expectativa de preços em alta nos próximos meses, o ganho real - rentabilidade descontada a inflação - para o investidor pode ficar cada vez mais achatado. Neste cenário, especialistas indicam os títulos indexados a índices inflacionários como uma das poucas aplicações que ainda conseguem garantir a manutenção do poder de compra do valor acumulado.

"É um das poucas opções que atingem este objetivo. Além disso, o juro do papel (entre 3% e 4% ao ano) oferece uma boa rentabilidade se imaginarmos que, quando o BC voltar a aumentar o juro, a taxa não voltará aos níveis anteriores mais elevados", comenta o diretor do Easynvest, da Título Corretora, Amerson Magalhães.

"É um juro real interessante, algo que você não consegue no exterior. Nos Estados Unidos, por exemplo, títulos de 10 anos estão com juro nominal de 2% ao ano. Empata com a inflação histórica, que gira nesse patamar", afirma o diretor de Multi-Assets & Portfolios (MAP) da Rio Bravo Investimentos, Beto Domenici.

O cenário de alta da inflação sugere que, em algum momento, o Banco Central vai elevar a taxa Selic. No boletim Focus dessa semana, com a projeção de 100 analistas, a expectativa é de que o ciclo de alta comece em janeiro de 2014. "O mercado futuro, no entanto, já sinaliza altas do juro ainda em 2013. Nós também acreditamos que já no primeiro semestre deste ano a Selic suba, mas não retornará ao patamar anterior", diz Domenici.

Opções

Atualmente, o Tesouro Direto negocia dois títulos públicos de inflação: as Notas do Tesouro Nacional Série B (NTN-B) e as Notas do Tesouro Nacional Série B principal (NTN-B Principal). Ambas remuneram o investidor em um juro fixo mais variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A diferença é que, no caso da NTN-B Principal, todo o valor é pago no vencimento do papel. Nas NTN-Bs, o valor principal, investido inicialmente na compra, é pago no vencimento, e os juros, semestralmente.

Cada título custava entre R$ 934,18 e R$ 3.089,61 na terça-feira, 5, mas o investidor tem a opção de comprar frações de 10% do papel. Ou seja, o investimento mínimo era de R$ 93,42. Os valores são atualizados diariamente. Há ainda a opção de aplicar via fundo de investimento de renda fixa inflação. "Há a vantagem da diversificação em vários prazos, o que mitiga o risco de ter de sacar o dinheiro em um momento que o título esteja desvalorizado, mas também há o custo da taxa de administração", compara Magalhães. Em geral, no atual cenário de juro baixo não é indicado aplicar em fundos que cobrem mais que 1% de taxa de administração.

Além do Tesouro Direto, Domenici lembra que há ainda papéis corrigidos pela inflação que oferecem a vantagem de serem isentos de Imposto de Renda, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). "Há fundos com estes títulos que oferecem um juro real mais IGP-M ou IPCA. A vantagem é a diversificação e a isenção de IR", explica. A opção, no entanto, é algo bem mais cara, exigindo um investimento mínimo entre R$ 300 mil e R$ 500 mil, segundo Domenici.

O investimento em títulos de inflação é indicado com duas ressalvas. A primeira, sobre o prazo. Para especialistas boa parte do ganho real é perdida se o prazo for muito curto, já que o IR é o maior. Para até seis meses, cobra-se 22,5% da rentabilidade e o IR cai para 15% para prazos acima de dois anos. Além disso, recomenda-se que o investidor não saque o título antes do vencimento, pois ele é muito volátil. Há o risco de sair da aplicação com perda antes do vencimento, pois a negociação pode ocorrer em um momento no qual o papel esteja desvalorizado.






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quarta-feira, 6 de março de 2013

Oferta do FII TRX Varejo entra em análise na CVM

Oferta do FII TRX Varejo entra em análise na CVM

 

Entrou em análise ontem (05/03) na CVM oferta pública da primeira emissão do FII TRX Varejo, em montante de R$ 150,0 milhões. A oferta será coordenada pelo Bradesco BBI. De acordo com o prospecto preliminar o fundo será administrado pela Bradesco BEM DTVM e gerido pela TRX Gestora de Recursos. O fundo realizará investimento por meio da aquisição de imóveis de natureza comercial para desenvolvimento de atividades de varejo, todos destinados à locação.

 

Fonte: Tlon.com.br

 

Redes estrangeiras disputam hotéis de luxo no Rio

Valor Econômico, Paola de Moura, 06/mar

Redes internacionais de hotéis que sonham em encontrar um cantinho ideal para colocar seus pés no Rio competem agora por dois empreendimentos que surgirão até 2014 na cidade. A Starwood com a marca W; a Wyndham, com o Wyndham Grand; a Hilton, com o Conrad; e a Trump, participam de uma disputa para colocar sua bandeira num hotel de alto padrão que será construído na Barra de Tijuca, pela Polaris. Já a Four Seasons está finalizando as negociações com a EBX de Eike Batista para operar o Glória Palace Hotel.

A disputa é tanta que as tradicionais exigências feitas pelos grupos estão sendo deixadas de lado em troca de ainda conseguir um bom ponto na cidade, onde a ocupação hoteleira beira os 90% o ano todo e só há 435 quartos de alto padrão: 346 no Copacabana Palace e outros 89 do Fasano. As propostas entregues à Polaris oferecem taxa de administração de até 1,25%, enquanto o mercado opera normalmente entre 3% e 6%. Além disso, as luvas chegam a R$ 10 milhões. Paulo Figueiredo Filho, diretor de Planejamento da Polaris, confirma as informações obtidas pelo Valor de que vem recebendo ofertas atrativas. Mas não revela se as marcas são as informadas por fontes por questão de confidencialidade.

A Polaris investirá R$ 235 milhões no novo hotel localizado na Barra. O empreendimento de 175 quartos será construído na avenida Lúcio Costa, de frente para o mar e na esquina da Praça do Ó, a cerca de 500 metros da praia do Pepê. No local, havia um prédio abandonado há 20 anos. A praça será revitalizada pela empresa, que investirá outros R$ 1,5 milhão. "Eu acredito em recuperação natural da região em função do investimento", afirma.

A Polaris realiza uma concorrência entre as quatro redes. Figueiredo apresentou o empreendimento que terá uma suíte presidencial de 300 metros quadrados e todos os quartos com vista para o mar. Atualmente, a empresa analisa e renegocia condições e exigências, como o padrão dos quartos. "Vamos investir, só em mobiliário, R$ 150 mil em cada quarto e queremos ter o nosso padrão".

A rede Starwood confirmou ter conversado com a Polaris, mas informou que as negociações são preliminares. Já o grupo Hilton diz ter interesse em ampliar sua atuação no Rio, sem dar detalhes das negociações. As redes Wyndham e Trump não responderam aos questionamentos do Valor.

Já o grupo EBX, desde 2008 vem reformando o Hotel Glória, agora batizado de Gloria Palace Hotel. Todo o prédio interno foi destruído, só restaram as fachadas e as colunas. A reforma deve custar R$ 300 milhões e a obra está prevista para ser entregue em 2014. O grupo EBX não comenta a informação, mas a Four Seasons confirmou que vem negociando com a empresa para ser a operadora.

No Rio, nos últimos anos, a demanda hoteleira não para de crescer. No entanto, a maior parte dos empreendimentos tem perfil econômico. Só a Accor vai construir nove hotéis até 2014. "O número de passageiros chegando nos aeroportos do Rio dobrou de 2002 para 2010. Mas o de quartos de hotéis não", diz Figueiredo. A lei que proibiu a instalação de apart hotéis no Rio, decretada pelo prefeito Cesar Maia em 2007, fez o mercado praticamente parar. Só em 2010, com o anúncio da Olimpíada do Rio, o setor voltou a investir mais pesadamente.

"O investimento em um hotel bem feito gera retorno entre 15% a 20% ao ano", analisa Paulo Figueiredo. O empresário conta que o hotel da Barra está projetado para ter receita por quarto (RevPar) de US$ 400 (R$ 800), isto com uma tarifa média de US$ 500 (R$ 1.000).

 

 

CVM multa em R$ 1,75 mi ex-gestores da Brasil Telecom - 06/03/2013

CVM multa em R$ 1,75 mi ex-gestores da Brasil Telecom

06/03/2013 - 05h00

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Após quase oito anos, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) condenou ex-executivos e membros do Conselho de Administração da Brasil Telecom (BrT) por terem atuado em favor do grupo Opportunity, um dos controladores e responsável por sua gestão até 2005.

Entre os condenados estão a ex-presidente da tele Carla Cico, o ex-diretor-financeiro Paulo Pedrão Rio Branco e o ex-presidente do Conselho de Administração Luís Octávio da Motta Veiga.

Ao todo, a autarquia aplicou multas no valor de R$ 1,75 milhão, com a condenação de oito ex-gestores da empresa. Cabe recurso ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional.

Ex-conselheiro e ex-presidente da companhia, Humberto José Rocha Braz recebeu a maior autuação: R$ 500 mil. Os demais foram multados em R$ 250 mil cada um.

Rio Branco também foi condenado em outro processo, acusado de permitir empréstimos da BrT para outra empresa do Opportunity. O dinheiro foi usado na compra das teles regionais Telemig e Teleamazônia Celular, integradas mais tarde à BrT.

Os advogados dos condenados, presentes ao julgamento, não quiseram falar sobre a decisão. Apenas Francisco Mussnich, advogado de Humberto Rocha Braz e de Eduardo Cintra Santos, disse que irá recorrer da sentença.

HISTÓRICO

Adquirida pela Oi em 2008, a Brasil Telecom foi formada a partir de uma fatia da antiga Telebrás, na privatização do setor, em 1998.

Pouco após o leilão as brigas entre os sócios tiveram início. De um lado, estava o Opportunity, que comandava a companhia. De outro, a Telecom Italia e os fundos de pensão Previ e Petros.

Em 2005, a disputa teve fim, quando o Opportunity perdeu o apoio do Citibank, que detinha um fundo estrangeiro administrado pelo banco brasileiro. Esse fundo dava ao banco o controle sobre a empresa.

No entendimento da CVM, os gestores da BrT agiram para manter o controle da companhia em favor do Opportunity, dando início a uma "guerra" judicial, patrocinada pela companhia, que contratou advogados.

Outra irregularidade constatada foi a anulação de uma convocação para Assembleia Geral, cujo tema central seria a troca dos conselheiros da companhia, após a retirada de apoio do Citi ao Opportunity, em setembro de 2005.

Dentre os condenados está Robson Barreto, ex-conselheiro indicado pela Telecom Italia. Ele foi o único que não teve a condenação aprovada por unanimidade.
A diretora da CVM Luciana Dias votou por sua absolvição. Os demais eram ligados ao Opportunity.



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terça-feira, 5 de março de 2013

Fundo imobiliário despenca 46% com anúncio de amortização integral

Fundo imobiliário despenca 46% com anúncio de amortização integral

SÃO PAULO – As cotas do fundo RB Capital Agre (RBAG11) registraram forte queda na bolsa de valores de São Paulo nesta terça-feira (5). Ao final do pregão, as cotas desabaram 45,80%, vendidas a R$ 10,84. No último fechamento, o valor de cada cota era de R$ 20.

Veja a cotação de todos os fundos negociados na BM&FBovespa

 O motivo da forte queda foi que esta terça-feira era o último dia de negociação do fundo na bolsa, já que, no dia 1º de março, o fundo recebeu os recursos provenientes da venda da Agra Maligawa Incorporadora e vai fazer a amortização integral das cotas sêniors, que deixam de ser negociadas na bolsa de valores. No dia 13 de março será pago R$ 10,93491976 por Cota Sênior, sendo R$ 0,02582886 a titulo de rendimentos e R$ 10,9090909 a titulo de amortização (conforme posição de titularidade na data de hoje).

No dia 13 de março será pago R$ 10,93491976 por Cota Sênior (Wiki Commons)
No dia 13 de março será pago R$ 10,93491976 por Cota Sênior (Wiki Commons)

A amortização do capital investido é comum em fundos imobiliários de incorporação. Diferentemente dos fundos de renda (que têm como objetivo principal remunerar o investidor com a renda mensal de aluguel e que costumam ter prazo indeterminado), estes fundos costumam ter data para o encerramento das suas atividades, depois que forem realizados todos os desinvestimentos. Para exemplificar: o fundo pode fazer o investimento na fase inicial incorporação de um condomínio e, depois que todas as unidades são vendidas, este fundo realiza a amortização das cotas e faz o pagamento aos cotistas.

Por isso, antes de aplicar em algum fundo, é importante conhecer a natureza das suas operações. O investidor que pagou R$ 20 em um cota do RB Capital Agre no mercado secundário, por exemplo, receberá próximo de R$ 11 por cota na amortização, um prejuízo de 45%.



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Odebrecht coloca Porto Maravilha em nova fase

 

05/03/2013
Autor: Paola de Moura 
Fonte: Valor


Trump Towers, Solace ou Port Corporate são alguns dos projetos de edifícios corporativos anunciados na região do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, no último semestre do ano passado. Por enquanto, o porto é um emaranhado de obras e mais de uma dezena de projetos de construção, a maioria edifícios comerciais. Mas a Odebrecht Realizações Imobiliárias decidiu testar o mercado na nova região, com o primeiro edifício construído dentro das especificações de toda a operação consorciada urbana. A expectativa do mercado é saber qual o valor do metro quadrado na região.

No dia 23, a OR lança o Porto Atlântico, um empreendimento de sete torres estimado em R$ 1,7 bilhão de Valor Geral de Vendas (VGV). Localizado bem no meio da região, na saída do Santo Cristo, a construção será dividia em duas fases. A primeira com quatro torres, uma será corporativa de 28 mil metros quadrados, um edifício comercial com 330 salas e dois hotéis da rede Accor: um Novotel e um Ibis. A obra deve ficar pronta no primeiro semestre de 2016. A segunda fase abrange três torres corporativas, uma delas com heliporto, num total de 66 mil metros quadrados.

Daniel Vilard, diretor-superintendente da construtora conta que, no Centro do Rio, apenas 30% dos prédios oferecem qualidade considerada boa, com condições de instalações para TI, pé direito alto ou vagas de estacionamento. "Há empresas imobilizadas em três, quatro, às vezes até cinco diferentes endereços." Por isso, explica, o primeiro foco para a região portuária é o corporativo. A vacância neste segmento no Rio é uma das menores do país: 2,8%.

Vilard não informa o preço do metro quadrado, mas já há quem aposte nos preços de partida. "Hoje, no Centro, em um triple A, o aluguel é cotado entre R$ 140 a R$ 180 o metro quadrado. Na Barra da Tijuca custa entre R$ 100 e R$ 130″, diz Alberto Robalinho, diretor da CBRE no Rio. "Como a Barra é mais distante, o preço de mercado, naturalmente é menor", explica.

Daniel Cherman, presidente da Tishman Speyer, lembra do lançamento do Ventura, na avenida República do Chile, instalado na região próxima às sedes da Petrobras e do BNDES mas não tão nobre. A primeira torre do triple A foi entregue m 2008. "Quando o Ventura começou a ser construído, diziam que não havia demanda. Éramos chamados de loucos", diz. "Hoje, depois da segunda torre, é exemplo de sucesso", afirma Cherman. Atualmente, os aluguéis no Ventura variam entre R$ 170 e R$ 180 o metro quadrado. "Imagino que uma empresa que paga caro num escritório antigo no Centro, sem instalações adequadas, possa gastar o mesmo para instalar-se numa área nova, com grandes lajes e espaços mais modernos."

A Tishman, também, possui dois empreendimentos na região. O primeiro deles a cerca de 500 metros da região em reformas. Cherman acredita que o projeto será um sucesso. Localizado no início da Avenida Brasil, o Port Coporate também está prestes a ser lançado. O investimento será R$ 250 milhões numa torre de 22 andares sendo 18 de escritórios, com 32 mil metros quadrados disponíveis para locação e 560 vagas de estacionamento. Cherman prevê um aluguel cerca de 30% menor do que o Ventura. "Não estamos na região diretamente beneficiada, mas muito próximos dela. Acreditamos que será bastante atrativo devido ao custo menor."

A diferença se dá em função da não obrigação em adquirir os Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepac). Como o Port Corporate está fora da região reformada, não é necessário comprar os títulos, nas mãos hoje do Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha, administrado pela Caixa Econômica.

O segundo projeto será construído numa região mais central do Porto da Marítima. Num terreno conhecido como Pátio da Marítima, em frente à Cidade do Samba, será erguido outro triple A com 2 torres de 60 mil metros quadrados cada. Lá foi necessária a aquisição de Cepacs. "Apostamos no Rio, porque vem crescendo mais que a média nacional", diz. "O Porto começa com empreendimentos corporativos. Mas será, no futuro, um bairro completo, com residencial, shopping e serviços."

Para Christian Bettoni, gerente comercial da JTavares, corretora de imóveis para empreendimentos corporativos, até 2017 a demanda no Porto será crescente. "O petróleo é mesmo o carro-chefe dessa aceleração. Há muitas empresas do setor divididas pelo Centro, que precisam de grandes escritórios para se unir".

Bettoni acrescenta que há poucas ofertas de terrenos para as construtoras, o que também valoriza os imóveis construídos. Para se ter ideia dos preços, a JTavares está vendendo um galpão na avenida Pedro Alvares, de 2.400 metros, por R$ 8 milhões. "Quando o Porto começar a precificar, ficará mais fácil para as transações serem fechadas", acredita o gerente.

 

 

Imóvel x fundo imobiliário

Imóvel x fundo imobiliário - Francisco Maia Netto - LUGARCERTO

Existe uma premissa no mercado imobiliário que deve sempre ser lembrada: as motivações que levam uma pessoa a adquirir um imóvel. A mais comum refere-se ao uso próprio, seja para pessoas físicas ou jurídicas, essas últimas cada vez menos comuns, em função da notória tendência de desmobilização. Outra justificativa para a aquisição seria para valorização, também denominada especulação, o que para outros significa investimento, que é quando o comprador adquire o imóvel apostando em um incremento de preço que seja superior às aplicações financeiras.

Há também a aquisição de imóveis para futura realização empresarial, o que, na maioria das vezes, pela grandiosidade do empreendimento, demanda terrenos ou glebas, essas voltadas para futuros loteamentos. Em razão da dificuldade na aquisição de lotes, começa a surgir com mais frequência a compra de edifícios antigos, em que a estrutura é preservada, mas altera-se todo o padrão de acabamento e a tecnologia das instalações. Essa operação é conhecida como retrofit.

Por derradeiro, existem aqueles que miram o imóvel como fonte de renda, oferecendo o produto no mercado de locações, forma que tende a crescer quando as taxas de juros diminuem sensivelmente. Isso porque o aluguel passa a competir com as taxas oferecidas pelo mercado financeiro, especialmente por conceder correção anual por índices inflacionários, além de proporcionar, no médio e longo prazos, a valorização do imóvel.

Além disso, deve ser observada a questão da tributação, especialmente no caso de pessoas físicas, cuja alíquota para faixas de renda comumente atinge 27,5% sobre os rendimentos de aluguel. Já no caso do Fundo de Investimento Imobiliário (FII) – modalidade de aplicação financeira onde o gestor reúne o recurso dos investidores e aplica em imóveis para locação, rateando os resultados entre os cotistas –, é isento caso a pessoa física tenha menos de 10% das cotas e o fundo tenha mais de 50 cotistas, sendo que, na venda, o IR incidente sobre o ganho de capital da cota é de 20% e, no caso do imóvel, 15%.

No caso da compra direta, o investidor tem mais controle sobre os ativos, pois, no fundo, esse é feito por gestores a um custo mais alto, o que leva muitos a preferirem essa alternativa, embora a experiência mostre que, independentemente da modalidade, ao longo dos anos, o investimento imobiliário é sempre vantajoso.

Justamente nesse último segmento é que surgiu uma opção alternativa de investimento, que permite a inversão de quantias menores no segmento imobiliário, por meio de um FII. Em razão disso, constantemente presenciamos dúvidas e discussões sobre qual seria a melhor alternativa, se o investimento direto na compra do imóvel para renda, ou se seria a locação do recurso em um fundo imobiliário, o que deve começar pela quantia a ser aplicada, pois o pequeno investidor terá maiores opções nos fundos.


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segunda-feira, 4 de março de 2013

11 erros que você não pode fazer na Bovespa - Parte 4

11 erros que você não pode fazer na Bovespa

Os papéis suspensos podem voltar ao pregão quando a empresa passa a cumprir as regras: foi o que ocorreu com a companhia agrícola Agrenco. É mais comum que esse tipo de problema ocorra com as small caps, ações que são pouco negociadas mas vêm subindo mais que a média da bolsa e vêm atraindo investidores.  

Como evitar: Pesquisando a situação da empresa no site da Comissão de Valores Mobiliários — a CVM publica uma lista das empresas que não entregam documentos há mais de três meses.

9 - Escolher fundos sem governança

Cada vez mais investidores aplicam parte de seu dinheiro em fundos de recebíveis (os FIDCs), que investem em títulos lastreados em dívidas que um banco ou uma empresa têm a receber. O patrimônio desses fundos cresceu 64% em cinco anos. Mas os riscos são vários. Se os devedores não pagarem, o fundo fica no prejuízo. Outro risco é aplicar num FIDC com governança ruim.

Se o fundo é gerido pelo mesmo banco que também administra a dívida, os riscos ficam concentrados numa só instituição. Os FIDCs do banco BVA, que está sob intervenção desde outubro, não vêm recebendo repasses. Ao menos em tese, escolher gestores independentes torna o investimento mais claro ­— e aumenta a proteção dos investidores caso credores ou devedores tenham problemas. 

Como evitar: Buscar FIDCs em que a gestão é feita por uma instituição independente do banco que origina os empréstimos. 

10 - Desprezar os bancos médios

Os CDBs de bancos médios renderam, em média, 103% do CDI (o equivalente a 8,7%) em 2012, enquanto os de grandes bancos pagaram 95% do CDI (ou 8%). Claro, o retorno é maior porque o risco é maior — só no ano passado, três instituições 

de médio porte quebraram. Mas isso não vale para quem tem até 70 000 reais nessas aplicações. Até esse valor, conta-se com o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) — se o banco quebrar, o FGC cobre o prejuízo. Funciona assim: o Fundo repassa os CDBs para outro banco e paga ao investidor o rendimento combinado. Geralmente, essa transição leva três meses.

Como evitar: Em vez de aplicar automaticamente no banco em que recebe salário, o investidor deve pesquisar as taxas oferecidas por instituições menores. Se ele tem CDBs em dois bancos diferentes, tem 70 000 reais garantidos por instituição. Fundos de investimento estão fora do pacote. Conta-corrente e poupança também são cobertas pelo FGC até o limite de 70 000 reais.

11 - Não comparar as taxas das corretoras

As diferenças são relevantes. O valor da taxa de corretagem (cobrada quando o investidor compra e quando vende ações) vai de 5 a 25 reais. Algumas corretoras cobram até 21,50 reais por mês de quem tem ações (é a taxa de custódia). Outras oferecem esse serviço gratuitamente.

Comprar títulos públicos pode custar até 4,4% do total investido — mas algumas instituições não cobram nada. Geralmente, os preços mais altos são os de corretoras de bancos.

Como evitar: Pesquisando. Em geral, as corretoras não cobram para abrir ou manter contas — assim, vale a pena se cadastrar numa instituição barata. Uma taxa mensal de custódia de 20 reais, por exemplo, representa 2,4% de um investimento em ações de 10 000 reais.



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11 erros que você não pode fazer na Bovespa - Parte 3

11 erros que você não pode fazer na Bovespa

Quem troca de fundo depois de três ou quatro meses ruins pode perder dinheiro devido a uma desvantagem fiscal: recursos aplicados nessas carteiras por menos de seis meses estão sujeitos a um imposto de renda de 22,5% sobre o rendimento — o percentual cai até chegar a 15% para aplicações superiores a dois anos.

Como evitar: O conselho dos especialistas é fazer uma triagem inicial detalhada, que deve incluir uma análise da estratégia do gestor e a classificação em rankings de fundos como o publicado anualmente por EXAME. Feita a escolha, é bom dar um prazo de pelo menos um ano para acompanhar o desempenho do fundo.

7 - Ignorar os riscos da renda fixa

Com a queda dos juros, os fundos de renda fixa passaram a aplicar cada vez mais em títulos da dívida de empresas, que oferecem retornos maiores que os papéis públicos. Só que os títulos de empresas têm um problema: no Brasil, é dificílimo negociá-los antes do vencimento.

Como há poucos negócios, não existe uma cotação oficial para eles. Isso significa que os fundos precisam estimar o valor desses papéis para informar a rentabilidade das carteiras aos investidores. Estimativas malfeitas podem surpreender o investidor: se, no momento em que for negociado de fato, o título valer menos, o retorno do fundo de renda fixa pode cair de forma inesperada. 

Como evitar: É preciso analisar o histórico do administrador do fundo — que é quem estima o preço dos títulos. Se ele teve problemas em outros fundos, o conselho dos especialistas é não investir.

8 - Aplicar em empresas pouco transparentes

O investidor americano Warren Buffett, o terceiro homem mais rico do mundo, costuma dizer que só compra ações que manteria em carteira, feliz da vida, mesmo se o mercado "fechasse no dia seguinte e só reabrisse em dez anos". O cenário é hipotético, mas a chance de um investidor ser impedido de negociar os papéis de uma empresa existe mesmo.

No Brasil, havia, até o fechamento desta edição, seis companhias nessa situação: a refinaria Manguinhos, a tecelagem São José, a fábrica de tecidos Schlösser, a produtora de café Brasília, a metalúrgica Wiest e a Sam Indústrias. Elas foram suspensas porque deixaram de cumprir regras do mercado — por exemplo, atrasaram a publicação dos balanços por mais de 12 meses — ou porque estão numa pindaíba financeira (a Sam decretou falência em 2008).



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11 erros que você não pode fazer na Bovespa - Parte 2

11 erros que você não pode fazer na Bovespa

O problema é que alguns têm feito uma previsão otimista demais, e isso está prejudicando os investidores. Um exemplo: o fundo no shopping West Plaza, na zona oeste de São Paulo, pagou 0,8% por mês durante os quatro primeiros anos, até setembro de 2012. Quando a garantia acabou, o retorno caiu para 0,3%. Como o fundo é obrigado a comunicar a geração de receitas antes de a garantia acabar, muitos investidores saíram da aplicação, o que provocou desvalorização de 6% em 2012. 

Como evitar: Ler atentamente os prospectos de fundos que prometem retornos garantidos para entender os riscos desse tipo de investimento.

4 - Dar muita importância à isenção fiscal

Entusiasmados com o fato de não pagar imposto de renda sobre a rentabilidade, milhares de investidores passaram a colocar dinheiro em fundos imobiliários, títulos lastreados em imóveis (CRIs e LCIs) e papéis de dívidas de empresas agrícolas (CRAs). São alternativas interessantes, mas arriscadas. Alguns fundos investem em imóveis com problemas — sem inquilinos ou penhorados — e os títulos podem render menos se houver inadimplência. Além disso, têm pouca liquidez: quem é obrigado a vender às pressas pode perder parte do rendimento.

Como evitar: Primeiro, analisar os riscos em detalhe. De novo, é preciso ler as 200 páginas dos prospectos dos fundos imobiliários  — e entender quais são as dívidas que servem de lastro para CRIs, LCIs e CRAs. E o conselho dos especialistas é aplicar uma pequena parte do patrimônio nesses investimentos.

5 - Achar que os títulos da dívida pública não oscilam

Quem compra um título público que oferece, por exemplo, um retorno de 3% ao ano mais a variação da inflação vai receber exatamente esse valor se mantiver o investimento até a data de vencimento — há papéis que vencem em alguns meses, outros em dois, sete e até 37 anos. 

Mas quem decidir vendê-los antes pode receber rendimentos bem diferentes. Quando a demanda está em alta, o retorno é maior, porque há investidores dispostos a pagar mais para comprar esses títulos — em 2012, por exemplo, alguns papéis ligados à inflação renderam até 55%. Se a procura diminui, o investidor pode ficar no prejuízo.

Como evitar: De forma geral, os consultores recomendam manter os títulos públicos até o vencimento. Se for necessário vender antes, é melhor esperar uma condição favorável do mercado.

6 - Mudar de fundo a toda hora

Os fundos de ações que entregaram os melhores retornos de 2009 a 2012 tiveram desempenhos irregulares ao longo desses três anos. O primeiro do ranking, gerido pela gestora BNY Mellon Arx, rendeu só 6% em 2011, mas 32% no ano passado (leia mais na pág. 40). Ou seja, o investidor que saiu em dezembro de 2011, decepcionado com os 6%, perdeu a recuperação. Mesmo fundos de renda fixa podem ter desempenhos diferentes de um mês para outro, se aplicarem em títulos da dívida de empresas ou em papéis públicos prefixados, que costumam oscilar no curto prazo.



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