terça-feira, 10 de julho de 2012

PDG faz novo corte na meta de lançamentos para 2012

 

Por Chiara Quintão | Valor

SÃO PAULO - A PDG Realty, maior incorporadora do país, anunciou novo corte na meta de lançamentos imobiliários da empresa para 2012. A companhia revisou a projeção para R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões, ante a estimativa anterior que ia de R$ 8 bilhões a R$ 9 bilhões. O ponto médio do Valor Geral de Vendas (VGV) a ser lançado foi reduzido em 47%.

No segundo trimestre, a PDG lançou R$ 404 milhões, 80,3% a menos do que no mesmo período do ano passado. Na comparação com o primeiro trimestre, os lançamentos encolheram 63,8%. No acumulado do semestre, a redução foi de 60,1%, para R$ 1,52 bilhão, em relação aos primeiros seis meses de 2011.

Segundo a PDG, a redução dos lançamentos e da projeção de VGV para o ano resultam da decisão da companhia de focar as atenções em vendas, na entrega de unidades e na reestruturação interna, que abrange a unificação de operações das empresas adquiridas nos últimos anos. Trimestre a trimestre, tem sido possível reduzir a média de atrasos das obras, de acordo com a PDG.

Mais que lançar produtos, a companhia optou por vender estoques (a maior parte referente a imóveis não concluídos). Do R$ 1,24 bilhão comercializado no segundo trimestre, R$ 1,14 bilhão se refere a venda de imóveis lançados nos trimestres anteriores e R$ 99 milhões, a lançamentos realizados no período.

As vendas do trimestre encolheram 32% ante o intervalo equivalente de 2011 e 30,8% em comparação aos três primeiros meses de 2012. Conforme a companhia, a redução resulta da queda da venda de lançamentos. No semestre, a comercialização diminuiu 14%, para R$ 3,03 bilhões. A PDG ressalta que, no semestre, a redução de vendas ficou muito abaixo da diminuição de 60% em lançamentos do período.

A velocidade de vendas do segundo trimestre medida pelo indicador vendas sobre oferta (VSO) foi de 23%, ante 29% no mesmo período do ano passado e de 27% no primeiro trimestre de 2012. Indicadores de VSO a partir de 20% são considerados positivos pela companhia.

A PDG está mais conservadora também em relação à expectativa de demanda no segundo semestre, em função do menor crescimento da economia. Há perspectiva também que as proximidades das eleições possa contribuir para que as aprovações de projetos fiquem mais lentas na segunda metade do ano.

(Chiara Quintão | Valor)

 

 

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