segunda-feira, 30 de julho de 2012

Abecip reduz projeção de crescimento do crédito imobiliário para 20% | Valor Econômico

Abecip reduz projeção de crescimento do crédito imobiliário para 20%

A desaceleração do crescimento do país e a redução dos lançamentos imobiliários levaram a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) a reduzir sua projeção para a expansão do crédito imobiliário. A expectativa agora é de expansão de 20% neste ano, uma revisão em relação à última estimativa feita pela entidade, que era de 30%.

O presidente da associação, Octavio de Lazari, observou também que a redução da taxa básica de juros (Selic) ainda não levou os bancos privados a baixar as taxas de financiamento imobiliário na mesma medida, mas que a queda será "inexorável se a taxa de juros se mantiver assim".

"Nao falta mais nada para que os bancos privados diminuam as taxas de juros do financiamento imobiliário. O próprio consumidor está fazendo a comparação com as taxas do Banco do Brasil e da Caixa. A taxa já está caindo, mas ainda não no mesmo nível que nos bancos públicos", diz o executivo, que é diretor do Bradesco.

A Abecip ainda espera uma leve retomada na emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), cujo volume de emissão encolheu 49,15% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2011.

"A tendência para o segundo semestre é um pouco melhor para os CRIs. Teremos um crescimento de, no máximo, 10% em relação ao mesmo período do ano passado. O volume de lançamentos no setor imobiliário vai aumentar, mas não o suficiente para trazer um grande volume de CRI, já que as construtoras têm funding de poupança", estima Lazari.

Crédito estável

Os financiamentos imobiliários ficaram praticamente estáveis na comparação entre o primeiro semestre deste ano com o mesmo período do ano passado.

Entre janeiro e junho, o volume emprestado ficou em R$ 37,04 bilhões, um leve crescimento de 0,1% em relação aos mesmos meses de 2011. No entanto, o número de unidades financiadas caiu 9%, para 214,3 mil imóveis.

O volume de financiamento no acumulado dos últimos 12 meses é de R$ 80 bilhões.

(Carolina Oms | Valor)



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