segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Itaú propõe incentivo fiscal à abertura de capital na Bolsa - Panorama Brasil

Itaú propõe incentivo fiscal à abertura de capital na Bolsa

O Banco Itaú BBA propôs ontem que o governo federal  ofereça incentivos fiscais para que as empresas possam abrir capital na Bolsa de Valores de São Paulo. A instituição atende 2.500 empresas com porte para captar recursos no mercado de capitais, e outras 5 mil empresas atendidas pelo segmento Itaú Empresas que poderiam ter acesso ao Bovespa Mais, o mercado dedicado às pequenas e médias empresas.

"O incentivo para a abertura de capital na Bolsa pode ser vantajoso ao governo para o País ter recursos para crescer, a isenção fiscal facilitaria o mercado de acesso. E os custos ao governo seriam pequenos ante os benefícios. Numa captação de R$ 2 bilhões para investimentos, a renúncia fiscal seria irrisória, R$ 150 milhões", exemplificou o vice-presidente executivo do Itaú BBA, Jean-Marc Etlin, no Congresso Nacional de Executivos de Finanças.

Ele argumenta que se o mercado de capitais não continuar se desenvolvendo, vamos ter dificuldade no futuro para captação e o número de aberturas de capital (IPOs) continuará pequeno. "Ainda vai demorar uns 10 anos para repetir o ano de 2007 em número de IPOs [64 operações], quando houve entusiasmo com o mercado brasileiro antes da crise de 2008", lembrou. 

O vice-presidente citou que após os benefícios para a emissão de certificados de recebíveis imobiliários (CRI), o mercado de construção civil se desenvolveu. "A cada mês, ou mês e meio, temos uma operação de CRI saindo no mercado".

Ao DCI, Jean-Marc afirmou que o calendário apertado de 2012 já não permitirá que o número de 11 aberturas de capital na Bolsa no ano passado seja superado. "Esperamos a recuperação das operações no próximo ano", observou.

Enquanto isso, o executivo diz os fundos de investimentos em participações (private equity) podem ajudar na preparação das empresas em governança corporativa. "Tenho uma visão otimista, mas ainda estamos na infância do mercado de capitais no Brasil".

O sócio da Advent no Brasil, Patrice Etlin, calcula que os fundos de private equity possuem US$ 11 bilhões para investir no Brasil em 2012. "Os setores mais promissores são varejo, consumo, educação, serviços financeiros, infraestrutura e óleo e gás, além de portos e aeroportos, mas evita-se commodities e real estate [setor imobiliário]", notou Patrice.

Mas ele alerta que as recentes intervenções do governo federal nas concessões do setor elétrico afetou a imagem do País no exterior. "O investidor precisa de confiança para aportar capital."

Indiretamente, o vice-presidente do Itaú BBA criticou a atuação do governo federal no fomento às empresas. "O BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] é muito focado em renda fixa. O dia que não falarmos mais de CDI [certificado de depósito interbancário] teremos um mercado maduro no Brasil. O México consegue emitir títulos de 30 a 40 anos com taxa fixa", comparou o executivo.

Jean-Marc acredita que a BM&FBovespa poderá atrair empresas da América Latina para abrirem capital no Brasil. "Há vários esforços para trazer empresas da Colômbia e da Argentina, e de outros países para listarem BDRs [recibos de ações de empresas estrangeiras no Brasil] aqui", disse o vice-presidente aos jornalistas, sem citar as companhias latino americanas interessadas no mercado nacional.

Presente ao evento, o economista-chefe da consultoria internacional PwC em Londres, John Hawksworth, projetou que o Brasil poderá ser a quarta maior economia do mundo em 2050. "No futuro, o Brasil poderá ser um mercado maduro, muito semelhante ao da Alemanha hoje."

Mas algumas variáveis podem afetar essa projeção, a volatilidade dos preços das commodities, o balanço fiscal da dívida pública e a capacidade de investimentos e de produção em custos competitivos. "Vai depender da capacidade de aumentar a poupança interna no Brasil", condicionou.

Na lista do economista-chefe, em 2050 a China será a maior economia do mundo, seguido por Estados Unidos, Índia, Brasil, Japão, Rússia, México, Alemanha, Reino Unido e Indonésia.

Bancos médios

Em entrevista exclusiva ao DCI, o presidente do Banco Indusval, Manoel Félix de Cintra Neto, considerou que a liquidação do Banco Cruzeiro do Sul na semana passada não deve afetar as demais instituições financeiras de pequeno e médio porte. 

"A redução do compulsório vai liberar recursos para que os bancos adquiram títulos das instituições menores, e os grandes sabem em quais instituições podem confiar. Casos como o do Cruzeiro do Sul e do PanAmericano são exceções", afirmou.

Segundo o presidente do Indusval, o governo federal criou 'artérias" para irrigar com liquidez as instituições. "O DPGE 2 [depósito a prazo com garantia especial] vai solucionar os problemas com o crédito consignado e o CDC [crédito direto ao consumidor] para veículos, e talvez possa resolver a captação de recursos para fornecer crédito para as pequenas e médias empresas", aponta Félix de Cintra Neto.



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Um comentário:

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