quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Entenda os motivos para o fundo imobiliário ser o investimento da vez

Os Fundos de Investimento Imobiliários (FII) estão em alta. Por um lado, o baixo rendimento da poupança e de outros investimentos indexados à Selic (a taxa básica de juro do mercado) desagradam o investidor conservador, e por outro a baixa da bolsa – que deveria subir com os juros menores – desanima quem tem um perfil mais agressivo. E assim, os FIIs deixam de ser uma alternativa de investimento para passar a ser um dos principais focos de gestores e investidores.

Veja por que o mercado tem visto os FIIs como uma saída para as decepções com os outros investimentos mais tradicionais:

 O seu investimento pode ser literalmente visitado

Para quem acaba de sair de um investimento em renda fixa, como a poupança, fundos DI, CDBs ou Tesouro Direto, sentir solidez nos investimentos pode ser essencial. Apesar de os Fundos Imobiliários não serem isentos de riscos, eles podem ser um bom começo para o investidor que não quer sentir que está se arriscando demais. Os fundos imobiliários permitem que o investidor invista em imóveis, sem comprá-los diretamente. Por meio de uma corretora, o investidor compra cotas do fundo, que investe em um ou mais imóveis comerciais, corporativos, residenciais e outros para ganhar com sua valorização ou com a renda dos aluguéis. Eles também podem investir ainda em recebíveis imobiliários, que são papéis com lastro em imóveis, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs).

 Possibilidade de maior rentabilidade em períodos de juros baixos e oscilações da bolsa

Investidores mais conservadores sofreram com as quedas da taxa básica, que passou de 12,5% a 7,5%. E os mais agressivos, por sua vez, também enfrentaram dissabores com as oscilações da bolsa. Com isso, os fundos imobiliários ganharam evidência no último semestre. O momento é bom para os investidores porque com o pior rendimento de aplicações mais seguras, o custo de oportunidade dos fundos imobiliários aumenta e os investidores aceitam pagar valores mais altos pelas cotas, levando a uma alta do mercado. Contudo, é importante lembrar que na renda variável os riscos são maiores.

 Retorno mensal

Segundo a lei que regula a tributação do segmento, 95% dos rendimentos e ganhos líquidos do investimento devem ser distribuídos no dia 30 de junho e 31 de dezembro de cada ano. Porém, apesar da obrigação, a prática mais comum é que eles sejam distribuídos mensalmente. No ano passado, os aluguéis distribuídos por essas aplicações corresponderam em média a 9,16% do valor das cotas, segundo estudo da consultoria Uqbar.

 Maior comodidade para o investidor

Os fundos de investimento, no geral, podem ser uma boa opção para investidores iniciantes porque a responsabilidade pela escolha dos ativos fica por conta de profissionais especializados. E no caso dos fundos imobiliários, a administração é ainda mais especializada, uma vez que não inclui apenas o gestor do fundo, mas também agentes envolvidos na administração dos bens e na avaliação dos riscos do investimento. Os fundos imobiliários têm se sofisticado com a participação de mais profissionais. Exemplo disso é o processo de "due diligence imobiliário", cada vez mais comum entre os fundos, no qual advogados são contratados para avaliar os riscos jurídicos dos empreendimentos. Com mais rigor na fase de prospecção do negócio, os fundos selecionam com mais critério os ativos que compõem a carteira, mitigando os riscos.

 Isenção de IR nos rendimentos

Se o fundo possui pelo menos 50 cotistas e o cotista tiver menos de 10% da totalidade de cotas emitidas pelo fundo, os rendimentos (proventos) são isentos de Imposto de Renda (para os demais investidores, incide Imposto de Renda à alíquota de 20%). Os fundos também são isentos de PIS e Cofins. Apenas quando há ganho de capital na venda da cota é que ocorre a tributação, que corresponde a 20% do lucro da operação.

 Riscos são compartilhados

Por constituir-se um condomínio fechado, os investidores compartilham os riscos envolvidos nos Fundos. Dessa forma, os riscos já citados, como de fatores macroeconômicos, problemas estruturais do imóvel e com os inquilinos, se não podem ser evitados por completo, em último caso são repartidos entre os cotistas. Além disso, no caso dos fundos que investem em mais de um empreendimento, o risco também é racionado entre os bens. Assim, se um ativo tem uma má performance o prejuízo é menor. Um risco, porém, que não é compartilhado é o de liquidez. O investidor deve cuidar para não comprar as cotas com ágio e vendê-las com deságio, reduzindo o lucro final do negócio.

 Fonte: http://exame.abril.com.br

 

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