sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Maior volume de investimentos da Oi fica para o quarto trimestre

Globo - Publicada 28/10/2010

RIO - A maior parte dos investimentos planejados pela Oi para este ano será feita nos últimos três meses. Dos R$ 3,5 bilhões previstos para 2010, até o terceiro trimestre foi investida uma soma de apenas R$ 1,4 bilhão.


De acordo com o diretor de Finanças e Relações com Investidores, Alex Zornig, com a redução do nível de endividamento e com a entrada da Portugal Telecom, a empresa investirá, em 2011, volume superior ao previsto para este ano.

Durante teleconferência com jornalistas para comentar os resultados, Zornig disse que a aprovação da entrada da Portugal Telecom pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no capital da Oi permitirá que a portuguesa faça um aporte de capital, impulsionando os investimentos.

"Com a redução do nível de endividamento e com a entrada de fato da Portugal Telecom, a empresa vai ter capacidade muito maior de investimento", disse.

Do montante de R$ 1,41 bilhão investido nos primeiros nove meses do ano, 77,7% foram destinados à expansão da cobertura de telefonia móvel em todas as regiões do país, além da ampliação de velocidade e da oferta dos serviços de banda larga e de transmissão de dados.

O diretor da Oi rebateu as críticas de alguns analistas de que, em algum momento, a empresa precisará investir mais em aumento de participação de mercado, ao invés de apenas tentar rentabilizar melhor seus clientes. "Não estamos trazendo qualquer tipo de cliente para a nossa base, porque custa muito trazer cliente ruim", disse Zornig.

Além disso, ele acredita que a desalavancagem realizada este ano, somada à entrada da Portugal Telecom, fará com que haja novos investimentos para ampliação de market share. A dívida bruta totalizou R$ 31,281 bilhões. Houve redução de 3,3% em relação ao trimestre anterior, mas continua 9,5% superior do que no mesmo período do ano passado.

No entanto, o perfil da dívida da Oi apresentou melhora. A dívida de longo prazo, que no primeiro semestre representava 62,46% do total, passou para 72,9%, com redução de participação da dívida de curto prazo.

Houve também grande volume de amortizações. As principais foram a de notas promissórias da Tele Norte Leste, no valor de R$ 1,5 bilhão, além de certificados de recebíveis imobiliários (CRI), no valor de R$ 4 bilhões.

(Juliana Ennes Valor)

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