quinta-feira, 24 de maio de 2012

Aquisição de terras do Brasil por estrangeiros será discutida na Agricultura

Agronotícias

Aquisição de terras do Brasil por estrangeiros será discutida na Agricultura
24 de maio de 2012 - 08:53h
Autor: Assessoria

A subcomissão, que avalia aquisição de terras rurais por estrangeiro, após nove meses de muita discussão, concluiu o relatório e encaminhou para análise da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Capadr). O texto aprovado limita a quatro e a dez módulos fiscais, respectivamente, aquisição e arrendamento de imóveis por empresas internacionais.

A proposta proíbe venda de áreas para Organização não-governamental, fundos soberano, ainda que sob a forma indireta, mediante controle societário, constituição de fundo de investimento imobiliário ou contratação de consórcio.

Segundo o presidente da subcomissão, deputado federal Homero Pereira (PSD-MT), o país necessita de novo marco legal para a matéria, para dar segurança jurídica a quem possui investimentos no país. Destaca ainda que o a lei não é o único instrumento de controle do poder público para resguardar a soberania nacional.

"Muitas questões ainda serão apresentadas. Encerramos uma etapa importante, apontamos uma direção, indicando que o parlamento brasileiro está disposto a respeitar os contratos já estabelecidos", comentou Homero.

A nova redação ressalta ainda que os imóveis adquiridos por sociedade estrangeira no país deverão respeitar os princípios da função social e da propriedade e quando assim autorizar o Poder Executivo.

Outra restrição contida no conjunto de regras diz respeito às áreas indispensáveis à segurança nacional. Neste caso, serão necessárias consulta prévia e a autorização do Conselho de Defesa Nacional.

A aprovação do projeto não foi tranquila. Foram necessários duas prorrogações de prazo, e, no dia da votação, a sessão foi suspensa na tentativa de um acordo. Sem consenso, o relatório de autoria do deputado Beto Faro (PT-PA) foi rejeitado, sendo aprovado pela subcomissão o Voto em Separado apresentado pelo deputado Marcos Montes (PSD-MG).

Dos cinco pontos divergentes entre as proposições, a limitação de áreas em até cinco mil hectares válida mesmo para empresas brasileiras controladas por capital estrangeiros travou a negociação e não houve possibilidade de acordo entre os membros da subestra.

As várias alterações pela Advocacia Geral da União (AGU) na legislação vigente provocou uma instabilidade no setor, sendo o Florestal um dos mais prejudicados com a última interpretação do órgão, em 2008, e aprovado pelo governo federal em 2010. A estimativa do segmento é perda na ordem de R$ 37 bilhões resultado de suspensão ou não concretização de novos empreendimentos planejados. Não há no país cadastro seguro do tamanho da área em poder do investidor internacional. Mas, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), registra 34.371 imóveis em 4.348.822 hectares, o equivalente a 0,51% do território nacional. Para efeito de comparação as terras indígenas ocupam 12,6% das terras brasileiras.







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