segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Kassab quer mais prédios na Faria Lima

Kassab quer mais prédios na Faria Lima

Títulos no valor de R$ 2 bilhões permitiriam novos condomínios em troca de melhorias urbanas

O prefeito Gilberto Kassab pretende colocar no mercado R$ 2 bilhões em títulos para permitir a construção de prédios acima da lei de zoneamento na região da av. Brigadeiro Faria Lima, uma das mais cobiçadas pelo mercado imobiliário. Segundo o projeto enviado à Câmara Municipal, serão 452 mil m² que poderão ser adquiridos por incorporadoras que planejarem construir novos empreendimentos no local, segundo O Estado de S. Paulo.

Se aprovada, a proposta de Kassab irá alterar a Operação Urbana Faria Lima, de 1995, e descongelar as áreas disponíveis ("estoques) para novos prédios comerciais e residenciais em bairros já saturados, como Pinheiros e Itaim-Bibi - em especial, nas áreas da av. Hélio Pellegrino e no entorno do largo da Batata.

No total, seriam vendidos mais 500 mil Certificados de Potencial Construtivo (Cepacs), quase o equivalente ao negociado durante a última década na região.

No último leilão da operação, em maio de 2010, cada Cepac foi comercializado por R$ 4 mil - um preço considerado até baixo atualmente, segundo a demanda do mercado. Assim, a prefeitura lucraria ao menos R$ 2 bilhões com a venda, e as construtoras poderiam usá-los para construir empreendimentos mais altos em terrenos menores.

"É que sobraram metros quadrados na região, mas não temos mais Cepacs para vender. O que for arrecadado agora será investido em melhorias dentro do próprio perímetro da operação", justificou o secretário municipal de Planejamento, Rubens Cham-mas. A expectativa é de que o leilão dos novos Cepacs ocorra até o final do ano.

Discordâncias

Recebido na semana passada em gabinetes, o projeto já recebeu críticas até de quem é do mercado. Para o vereador Domingos Dissei (DEM), dono de uma construtora, a região da Faria Lima já está com "trânsito impraticável" para ter mais empreendimentos. "A região se adensou demais. Talvez o governo devesse abrir mão desses últimos 452 mil m² para evitar colapso no trânsito", afirma.

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