domingo, 23 de janeiro de 2011

EMISSÕES NO SEGMENTO DE RENDA FIXA NO EXTERIOR

Monitor Mercantil

21/01/2011 - 18:01


Bradesco BBI de olho em US$ 40 bi 

Intensificar o relacionamento com os clientes e antecipar as eventuais necessidades 

Depois de liderar o ranking de emissões no segmento de renda fixa no mercado brasileiro em 2010, o Bradesco BBI pretende reforçar a atuação além das fronteiras do país e aumentar a participação na coordenação de emissões externas, um mercado que movimentou US$ 40 bilhões no ano passado. 

Segundo o diretor do BBI, João Carlos Zani, o banco está reforçando a área e investindo em contratações para atender à crescente demanda das companhias que pretendem captar recursos fora do país. Em 2010, o banco ficou na oitava posição no ranking de emissões externas da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). 


Estratégias 


Entre as estratégias para melhorar essa posição, o BBI pretende intensificar o relacionamento com os clientes e procurar se antecipar as eventuais necessidades, a exemplo do que já acontece na parte de renda fixa local, afirmou Zani à Agência Estado. 

Neste ano, o BBI reabriu o mercado ao realizar a primeira captação no exterior, com a reabertura dos bônus do próprio Bradesco com vencimento em 2021, no valor de US$ 500 milhões, e participa de outras duas operações este mês, segundo o diretor. "Temos o segmento de emissões externas com um dos desafios para este ano", ressaltou. 

No mercado doméstico, o BBI coordenou 90 emissões, com um volume total de R$ 18,3 bilhões, de acordo com os dados da Anbima. O banco também pretende reforçar a área para manter a posição de liderança e projeta um crescimento entre 20% e 25% este ano nas operações. 

Segundo o executivo, ao contrário do setor externo, as emissões no mercado interno praticamente não pararam nem na virada do ano. "Além de operações que tiveram início em 2010, temos cotações para novos negócios todos os dias", destacou. 

Expectativa 

A expectativa é de que o Bradesco BBI feche o primeiro trimestre com mais de R$ 2 bilhões em emissões de debêntures, notas promissórias, fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC) e Certificados de recebíveis imobiliários (CRI). As captações de recursos no mercado brasileiro por instrumentos de renda fixa totalizaram R$ 88 bilhões no ano passado. 

O diretor do BBI credita o crescimento de 38,3% em relação a 2009 ao sucesso da Instrução nº 476 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que permitiu as emissões públicas com esforços restritos, destinadas a um público específico e dispensadas de registro no órgão regulador. "Se não fosse a 476, provavelmente não teríamos um ano tão bom", avalia. 

As emissões devem ser favorecidas ainda pelas medidas anunciadas pelo governo no final do ano passado para estimular o financiamento de longo prazo da economia, na análise de Zani. O executivo espera que as captações comecem a deslanchar após o período de audiência pública estipulado pela CVM para tratar de alguns temas colocados na medida provisória que regulamentou o pacote, previsto para fevereiro. 




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