domingo, 28 de novembro de 2010

BM&F Bovespa reduz tarifa para título imobiliário

Mariana Segala   (msegala@brasileconomico.com.br)
26/11/10 08:13

Investidores e securitizadoras são o alvo da nova

Investidores e securitizadoras são o alvo da nova "política agressiva" de taxas da bolsa

Para tentar abocanhar uma fatia maior do crescente mercado de bens imobiliários, a BM&F Bovespa decidiu promover um corte nas tarifas dos negócios com Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).

Investidores e securitizadoras são o alvo da nova "política agressiva" de taxas, segundo o diretor de renda fixa da bolsa, Sérgio Goldenstein. As mudanças entram em vigor dia 3 de janeiro.

Do ponto de vista do investidor, a taxa de negociação — de 0,1% sobre o valor de cada compra ou venda de CRIs, limitada a R$ 40 — cairá para 0,001%, com um mínimo de R$ 10 por negócio.

A tarifa de custódia passará a seguir a tabela aplicada ao segmento de renda variável. Quem tem até R$ 300 mil em certificados será isento. A partir desse valor, as taxas mensais irão de 0,013% até 0,0005%. Atualmente, a taxa é de 0,1%, limitada a R$ 1,5 mil por ano.

Os investidores também passarão a estara sujeitos a uma taxa de manutenção de conta de custódia de CRI de R$ 20 por ano.

Para as securitizadoras, a bolsa vai extinguir a anuidade de R$ 9,9 mil. Esse valor era pago todo ano pelo registro da instituição, junto à bolsa, como emissora de CRI.

Também foi reduzido o valor da taxa de distribuição devida pelas instituições nas ofertas dos certificados. Será de 0,002% (caso a distribuição não utilize um grupo de corretoras) ou de 0,001% (caso utilize as corretoras) sobre o valor dos CRIs registrados na custódia da bolsa. Ela era de 0,035%.

"Temos a percepção de que o mercado de ativos imobiliários crescerá pelo esgotamento da poupança como fonte de recursos para financiamento", justifica Goldenstein.

Apenas uma pequena parcela das compras e vendas de CRIs ocorrem na bolsa, no chamado Bovespa Fix. Neste ano, dos R$ 381 milhões transacionados no ambiente de negociação de renda fixa privada da BM&FBovespa, R$ 174 milhões foram em CRIs.

"Praticamente todos os negócios do mercado secundário ocorrem na Cetip", afirma o diretor da Brazilian Securities, Fernando Cruz. Lá, os negócios com CRIs já somam R$ 3,2 bilhões neste ano. "A entrada da bolsa é importante para dar força ao mercado secundário", diz Cruz.

 

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