sexta-feira, 15 de março de 2013

Fundos imobiliários já somam R$ 2,2 bi de emissões em 2013

Fundos imobiliários já somam R$ 2,2 bi de emissões em 2013

Notícia | 12/03/2013

Fonte: DCI

Até a data de ontem, os fundos de investimento imobiliário (FII) somaram R$ 2,283 bilhões em sete ofertas registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Há mais R$ 3,359 bilhões de 16 ofertas em análise. O volume corresponde a quase a metade do registrado em 2012, de R$ 11,069 bilhões. O crescimento é justificado pelo aumento da demanda por parte dos investidores em um cenário de menor rentabilidade dos títulos públicos e também pela expansão da oferta pelas empresas do ramo imobiliário, que enxergam uma oportunidade além dos empréstimos bancários.

Nos primeiros meses de 2013, o destaque ficou por conta do mês de fevereiro, que totalizou R$ 1,579 bilhão em emissões. O expressivo volume ocorreu com a oferta do FII Votorantim Securities II, de R$ 1,2 bilhão. Já em março a única oferta registrada se refere à segunda emissão do Santander Agências Fundo de Investimento Imobiliário, com R$ 354,750 milhões.
Já o patrimônio líquido, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), registrou em fevereiro desse ano R$ 27,704 bilhões, alta de 187% na comparação com o mesmo período de 2012, quando foram somados R$ 9,645 bilhões.

Segundo Alexei Bonamin, sócio na área de mercado de capitais e operações financeiras do TozziniFreire Advogados, o escritório tem cinco projetos de fundos imobiliários em estruturação. "Há empresas do setor de construção e grupos econômicos que jogam os imóveis para o fundo para ter uma otimização do ativo. E há a gestora que observa a demanda, monta o fundo e vai vender ao cliente ", diz Bonamin.

Entre os fundos disponíveis, Moisés Jardim, diretor-administrativo da Companhia Hipotecária Brasileira (CHB), detalha que há o fundo com rentabilidade no aluguel de salas em shoppings centers ou torres comerciais; em lançamentos de empreendimentos imobiliários, com lucro na venda das unidades; e o fundo com renda na emissão de papéis de lastro imobiliário, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). "A rentabilidade varia de inflação mais 4% ao ano até inflação mais 13% ao ano."

Para o empreendimento imobiliário, Jardim ressalta que o custo é inferior a um financiamento bancário. "Mais barato e não onera o balanço da empresa." A CHB, segundo o diretor, emitiu em 2013 três operações de CRIs e já somam R$ 50 milhões. Para esse ano a previsão está em R$ 480 milhões.

O PMKA Advogados possui perspectiva positiva para esse ano, com projeção de lançamento de 15 a 18 fundos, contra 10 no ano passado, que somaram R$ 3,5 bilhões. Segundo o advogado Juliano Cornacchia, a queda da taxa básica de juros (Selic) - em 7,25% ao ano - e a isenção do Imposto de Renda atraem o investidor, principalmente pessoa física. "Há os projetos de Copa do Mundo e Olimpíada com fundos para estádios e rede hoteleira."

Cornacchia acrescenta que há três fundos em estruturação; um para estádio e dois para hotel.

Carlos Ferrari, sócio-fundador do N, F&BC Advogados, concorda com a expansão nos próximos anos, mas critica a CVM, que limita o aumento de capital dos fundos. Segundo Ferrari, a autarquia exige a aprovação de boa parte dos investidores, o que é difícil, já que há muitos cotistas. "O desaquecimento da comercialização de imóveis seria positivo para colocar mais ativos para mais cinco anos."

Fonte: www.dci.com.br/financas/fundos-imobiliarios-ja-somam-r$-2,2-bi-de-emissoes--em-2013-id335973.html



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