sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Imóveis: investir via fundo é mais inteligente e moderno, diz especialista

Autor: Diego Lazzaris Borges
Fonte: InfoMoney

Para Rodrigo Machado, que já estruturou a oferta de diversos fundos no país, este tipo de aplicação têm diversas vantagens em relação à compra direta do bem.

SÃO PAULO – O mercado de fundos imobiliários têm crescido no Brasil. De janeiro de 2011 até o final de julho deste ano, o número de fundos negociados na BM&FBovespa cresceu 59%, de 49 para 78, enquanto o volume de negócios passou de R$ 912 milhões no ano passado para R$ 1,347 bilhão apenas nos primeiros sete meses deste ano.

Para o Presidente da Câmara do Mercado Imobiliário da BM&FBovespa e diretor da XP Investimentos, Rodrigo Machado, investir por meio de fundos é a melhor maneira de se expor a este mercado. “O brasileiro, de um modo geral, já entendeu que o investimento em imóveis através de um fundo imobiliário é o jeito mais moderno e inteligente de realizar este tipo de investimento”, afirmou, durante evento na bolsa em comemoração ao lançamento do fundo VBI Faria Lima 4440.

Segundo Machado, que já estruturou a oferta de diversos fundos no país, este tipo de aplicação têm diversas vantagens em relação à compra direta do bem. Em primeiro lugar, ele cita a gestão profissional, por especialistas que entendem do setor. “Você tem um gestor, cuidando profissionalmente daquele ativo. O brasileiro, quando vai investir em imóveis tem uma forma de agir muito particular, e isso acaba concentrando muito o risco”, afirma.

O especialista lembra que ao investir por meio dos fundos, fica mais fácil diversificar por um valor muito mais acessível. “O mesmo investimento que ele faria em um único imóvel, ele pode fazer em um fundo que investe em vários imóveis. Mesmo que seja um fundo de único ativo ou único inquilino, ele ainda pode colocar em vários fundos de gestoras diferentes”, ressalta.

Outro ponto interessante é relação à liquidez deste tipo de aplicação. Se você comprar um imóvel de R$ 300 mil e depois de 6 meses precisar de uma parte deste dinheiro, precisará vender o imóvel. Já com o fundo, é possível vender apenas uma parte das cotas e manter o restante do dinheiro aplicado. “Se fosse um apartamento, seria como se você conseguisse sair com o equivalente ao banheiro se precisasse de liquidez”, compara.

Riscos

Recentemente, problemas com o alvará de funcionamento do Shopping Higienópolis, que possui cotas negociadas em bolsa por meio de um fundo imobiliário de mesmo nome (sob o código SHPH11), preocuparam os investidores dos fundos que investem em um único imóvel.

De acordo com a prefeitura, que chegou a pedir o fechamento do shopping, o empreendimento que deveria ter 1.994 vagas, sendo 1.524 no local e 470 em duas garagens externas, apresentava apenas 1.175 vagas internas e nenhum convênio externo. A administração do shopping, por sua vez, entrou com liminar contra o fechamento argumentando que as 1.994 vagas de estacionamento só devem ser exigidas depois da reforma do empreendimento. A liminar foi aceita.

Há alguns meses, atrasos no pagamento de aluguel do Hospital Nossa Senhora De Lourdes e do Hospital da Criança, cujos imóveis também pertencem a fundos imobiliários, também trouxeram à tona o mesmo problema. Para Machado, o risco realmente existe, mas é preciso fazer uma análise do inquilino. “É evidente que um ativo único, ou inquilino único daquele ativo concentra mais o risco, mas dependendo do risco de crédito do inquilino ele pode ser muito melhor do que um fundo de vários ativos com inquilinos de maior risco de crédito”, disse.

 

 

Sérgio Kawasaki

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