quinta-feira, 30 de agosto de 2012

4 investimentos que devem se destacar nos próximos meses - Página 2 - EXAME.com

4 investimentos que devem se destacar nos próximos meses

2) Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs)

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) são uma outra forma de investimento indireto em imóveis. O investidor, ao comprar o CRI, está comprando de uma empresa securatizadora um título de crédito baseado em contratos de financiamento, locação, arrendamento e quaisquer outros que tenham como objeto um imóvel para garantir o pagamento desse título.

No caso de um imóvel em construção, por exemplo, a construtora pode vender os recebíveis a terceiros, que são os créditos decorrentes das vendas e operações a prazo dos imóveis. Assim, ela consegue receber à vista o que ela receberia apenas depois que o imóvel estivesse pronto. E a empresa securatizadora é quem faz a transformação dos recebíveis em títulos e os comercializa.

Julio Ortiz afirma que os CRIs podem ser bastante rentáveis e por isso são boas alternativas para quem quer fugir dos investimentos que estão com o rendimento prejudicado pelas quedas de juros. "O CRI tem dois ótimos apelos: o fato de ser um investimento isento de imposto de renda; e o fato de ser um investimento que aplica em créditos privados, o que abre ao investidor a possibilidade de ganhar mais dinheiro do que nos investimentos em títulos públicos e no mercado mais tradicional dos fundos, como nos fundos DI", diz.

Apesar da alta lucratividade possibilitada pela isenção de imposto de renda, os CRIs têm baixa liquidez (o investidor não pode resgatar o valor investido a qualquer momento) e envolvem riscos de crédito, que podem ser gerados, por exemplo, pela dificuldade dos compradores em pagar suas dívidas.

Alguns bancos, como a Caixa oferecem este tipo de aplicação a pequenos investidores, com aplicação inicial mínima de 10.000 reais. Porém, o mais comum é que os CRIs sejam voltados a investidores qualificados, com capacidade de aportes superiores a 300.000 reais. 

3) Ações

O investimento em ações, para quem sempre investiu em produtos de renda fixa, como em títulos do Tesouro Nacional ou na poupança, pode soar arriscado. Mas, segundo Ortiz, esta impressão pode mudar se o investidor entender que a bolsa é um investimento que deve ser realizado no longo prazo e com orientação de profissionais com experiência no mercado de ações.

"Muitas pessoas físicas perderam dinheiro na bolsa por causa da crise e se assustaram. Ações são sempre ativos importantes, mas o investimento deve ser bem orientado, com a ajuda de um profissional. E o investidor deve ter a consciência de que é um investimento de longo prazo, para que ele consiga obter bons retornos", explica o diretor da Rio Bravo.

Ortiz ainda justifica que o momento de baixa da bolsa pode ser propício para o investidor comprar ações desvalorizadas e ganhar com uma futura valorização. "Se o investidor seguir uma boa análise, ele pode aproveitar boas oportunidades neste momento. Uma empresa que está mal precificada agora, com certeza em algum momento voltará a ser bem precificada", avalia.



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