sexta-feira, 1 de agosto de 2014

PDG pode dar início à sua desalavancagem nos próximos meses

PDG pode dar início à sua desalavancagem nos próximos meses | Valor Econômico

PDG pode dar início à sua desalavancagem nos próximos meses

A PDG Realty divulgou que pode iniciar o ciclo de desalavancagem, que levará de dois a três anos, assim que equacionar as demandas de refinanciamento para os próximos meses. A companhia vem sinalizando, nas últimas divulgações de balanços, que tem conseguido equacionar suas dívidas de curto prazo.

A incorporadora, que tem R$ 434 milhões de vencimentos no terceiro trimestre, informou, ontem, ter "linhas atualmente em estágio avançado de negociação" que ultrapassam esse valor. As necessidades de refinanciamento do segundo trimestre foram equacionadas, e a PDG captou novas linhas de crédito para financiar a parcela dos certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) não repactuada.

No fim de junho, a dívida líquida da PDG era de R$ 7,18 bilhões. A relação entre dívida líquida e patrimônio líquido ficou em 138% no segundo trimestre. De abril a junho, a empresa consumiu caixa de R$ 92 milhões e, no semestre, queimou R$ 167 milhões.

A PDG lançou R$ 483 milhões no trimestre, 1,2% menos do que no mesmo período de 2013. Na mesma base de comparação, as vendas líquidas encolheram 20,2%, para R$ 383 milhões. Os distratos caíram 26,3%, para R$ 275 milhões. No trimestre, a PDG repassou 3.683 unidades de clientes para os bancos e, no semestre, 7.500 unidades. A companhia informou que, mesmo com atrasos na liberação do habite-se, os repasses estão conforme o planejado. As entregas da PDG em 2014 estarão concentradas no segundo semestre.

A PDG se antecipou à aprovação do novo plano diretor da cidade de São Paulo com a aquisição de terrenos e protocolo de projetos na regulação anterior. A incorporadora tem um conjunto de projetos que somam Valor Geral de Vendas (VGV) potencial de R$ 1,5 bilhão na capital paulista e que podem ser lançados num prazo de 18 a 24 meses.

O custo a incorrer do legado de obras das safras antigas da PDG ficou em R$ 1,9 bilhão no fim do segundo trimestre, abaixo dos R$ 2,5 bilhões do primeiro trimestre deste ano e dos R$ 3 bilhões do quarto trimestre de 2013.

No segundo trimestre, a PDG teve prejuízo líquido de R$ 135,3 milhões, 29% acima do mesmo período do ano passado. Na comparação dos dois intervalos, a receita líquida da companhia teve queda de 19%, para R$ 926 milhões. A margem bruta da companhia passou de 17,9%, de abril a junho de 2013, para 21%. A incorporadora informou também margem bruta ajustada de 29,1%, ante 27% um ano antes.

Os resultados da incorporadora ficaram abaixo da expectativa do mercado. As estimativas de instituições consultadas pelo Valor - Bradesco Corretora, BTG Pactual, Itaú BBA, JP Morgan e Santander - variaram entre perdas de R$ 57 milhões e lucro de R$ 4 milhões. A receita, por sua vez, ficou 7% abaixo da média das projeções, que apontavam para R$ 993 milhões.



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