terça-feira, 30 de outubro de 2012

Fundo imobiliário, mocinho ou vilão das aplicações?

29/10/2012
Autor: Carolina Vicentin
Fonte: Metro São Paulo

Os chamados FIIs renderam oito vezes mais que a Bolsa de Valores este ano
Entenda como eles funcionam e se vale a pena investir nesse nicho

O aquecimento do mercado imobiliário nos últimos anos impulsionou um tipo de aplicação que beneficia o pequeno investidor. Trata-se do fundo imobiliário, uma espécie de clube onde é possível comprar cotas
de baixos valores e ganhar em cima de aluguéis ou da valorização na revenda do imóvel. Para se ter uma ideia, os FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) renderam oito vezes mais que a Bolsa este ano.

Muitos investidores já se deram conta desse potencial. O número de pessoas que aplicam nesse nicho cresceu 35% desde janeiro. A procura levou a BM&F Bovespa a criar, em setembro, o índice que mede os ganhos dos FIIs, o Ifix. “O índice ajuda o investidor a observar o comportamento desses fundos e a decidir o que fazer”, destaca Paulo Cirulli, da BM&F Bovespa.

Antes de sair colocando dinheiro nesse negócio, porém, educadores financeiros aconselham avaliar os riscos. “Esse é um investimento de longo prazo, que precisa ser feito com cautela. Não adianta olhar para o passado e achar que o futuro do mercado imobiliário está garantido”, pondera Luiz Calado, autor de um guia sobre compra e venda de imóveis.

Os fundos imobiliários se tornaram atrativos após a queda da taxa Selic, que deixou aplicações de renda
fixa (como a poupança) menos rentáveis. Para o economista Samy Dana, da FGV, entretanto, são
essas que continuam as melhores para o pequeno poupador.

“Nós tivemos um boom imobiliário, e os preços passaram do limite do razoável. Eu acho que esse mercado está muito comprometido.” Samy Dana, Economista da FGV.

“O setor cresceu bastante. Ao longo de dois anos, apresentou resultados muito positivos. E agora oferecemos um parâmetro ao investidor.” Paulo Cirulli, Gerente de Produtos da BM&F Bovespa.

 

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