domingo, 10 de junho de 2012

Prefira investimentos que gerem renda, diz Rio Bravo - Seu Dinheiro - EXAME.com - Parte 2

Prefira investimentos que gerem renda, diz Rio Bravo

 

Segundo Paulo Bilyk, até empresas que vêm apanhando, como as siderúrgicas, a Vale e bancos como Itaú e Bradesco, são papéis de qualidade nesse quesito, pagadores regulares de dividendos e atualmente a um bom preço. "Há muito tempo o Brasil vivia um Bull Market, interrompido pelo 'chacoalhão' de 2008. As pessoas têm dificuldade de aceitar que os preços não sobem sempre. Mas são estes os bons momentos de se montar uma carteira de renda variável. É num momento como esse que você compra a um preço mais atrativo. A Bolsa brasileira não performa bem há anos, mas as compras devem ser feitas de forma gradual, consistente e duradoura, com vistas a pelo menos os próximos cinco anos", diz.

Leia mais: Como montar uma boa carteira de dividendos.

Fundos imobiliários

Melhor que comprar imóveis residenciais, cuja perspectiva de valorização está agora bem reduzida, Bilyk aconselha a investir em fundos imobiliários que já estejam gerando renda com aluguéis – ou que passem a gerar renda em um futuro próximo. Os fundos imobiliários investem primordialmente em grandes imóveis comerciais e corporativos, gerando renda para o investidor pessoa física em forma de aluguéis isentos de IR. Apenas a valorização da cota é tributada, como em qualquer outro fundo de investimento.

Os fundos são temáticos. Alguns investem em apenas um imóvel; outros, numa carteira diversificada. Há fundos de shopping centers, hospitais, lajes corporativas, de galpões e indústrias e até de recebíveis imobiliários, como Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). "É bom diversificar entre pelo menos três fundos, para não ficar exageradamente colado ao ciclo de uma única indústria. As lajes corporativas estão mais voltadas para as empresas, os shoppings estão mais expostos a consumo, fábricas e galpões podem ter apenas um inquilino", explica Bilyk.

Leia mais: 9 passos para escolher um fundo imobiliário.

Crédito privado

Na renda fixa, é possível buscar mais rentabilidade nos fundos de crédito privado, mas para aplicar nesse tipo de fundo é preciso conhecer bem os ativos que compõem a carteira. Dependendo dos papéis, o risco desse investimento pode ser maior do que o risco da renda variável, pois em caso de calote do mutuário, o investidor fica a ver navios. "O investidor deve saber se o fundo investe em ativos mais seguros – de classificação de risco AAA, AA ou A – ou de mais alto risco. Quanto maior o risco, maior o prazo da carteira e menor a liquidez", diz Paulo Bilyk.

Fundos de crédito privado costumam ter liquidez mais baixa, e Paulo Bilyk afirma que o sucesso do investimento é maior quando o cotista tem condição de aguardar para colher seus frutos. O sócio da Rio Bravo recomenda ainda evitar fundos caros e preferir aqueles em que gestão, administração e custódia não estejam concentradas na mesma instituição. "Quando há mais de uma instituição envolvida, elas debatem permanentemente entre si sobre o valor de mercado dos ativos", explica.

Quem quiser correr menos risco, deve preferir os fundos que invistam em papéis de rating mais alto. A diversificação da carteira do fundo, porém, é um item fundamental para garantir o mínimo de segurança. Fundos que investem primordialmente em papéis emitidos pelo próprio gestor devem ser evitados. "O investidor deve se certificar que não haja conflitos de interesses. Além disso, os fundos não devem ser complicados, envolvendo outras transações que não simplesmente comprar e segurar o crédito, como operações com derivativos em volume importante", completa Bilyk.



Enviado via iPad

Nenhum comentário:

Postar um comentário