terça-feira, 12 de junho de 2012

Giro dos fundos imobiliários na bolsa triplica em 2012

Giro dos fundos imobiliários na bolsa triplica em 2012 — Portal ClippingMP


Os números da bolsa de valores não deixam dúvidas. Os investidores despertaram de vez para a alternativa de investimento representada pelos fundos imobiliários (FIIs). O volume negociado triplicou entre janeiro e maio na BM&FBovespa, chegando a R$ 927,67 milhões. Nos cinco primeiros meses de 2011, o volume havia sido de R$ 300,5 milhões. O valor negociado até maio já ultrapassa o verifica- do em todo o ano passado (R$ 921,46 milhões).

Entre as características que atraem o investidor estão a isenção do Imposto de Renda (IR) sobre o rendimento e a baixa volatilidade da carteira, na avaliação de Paulo Cirulli, gerente de Produtos Imobiliários da BM&FBovespa. "Essa é uma aplicação para a pessoa física", diz. Ele também argumenta que a dinâmica dos FIIs é facilmente compreendida pelo investidor individual. "O brasileiro entende a dinâmica do mercado imobiliário. Está acostumado a investir na casa própria e em um segundo imóvel para obter renda", afirma Cirulli.

Os pequenos investidores estão, de fato, nas preferências de muitos administradores de FIIs. Um dos últimos com esse perfil de captação foi o Rio Negro, estruturado pela XP Investimentos. As cotas custavam R$ 100. No fim de maio, o fundo foi encerrado com 5.591 pessoas físicas e uma captação de R$ 267,6 milhões. Se pudesse, teria captado mais. A taxa de rateio ficou em 46,149%. Ou seja, os investidores conseguiram comprar somente a metade do que tinham solicitado.

Os resultados dos FIIs na bolsa também decorrem do fato de o número de fundos listados ter crescido nos últimos meses. Há um ano, havia 51. No mês passado, eram 72. Juntos, somavam R$ 15,5 bilhões em valor de mercado e R$ 14 bilhões em patrimônio líquido (PL). Listados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) há 151, com PL total de R$ 23,5 bilhões.

O aumento do mercado secundário de fundos imobiliários colabora para amenizar o principal motivo de crítica ao produto: a dificuldade para o investidor sair da operação no meio do caminho. Para Cirulli, ninguém mais pode dizer que falta liquidez: "É um mercado de quase R$ 1 bilhão. Quem comprar as cotas na oferta primária tem como sair na bolsa".

Preocupada com essa questão, a CVM estuda as regras para contratação de um formador de mercado. No edital da audiência pública em maio sobre o assunto, a CVM explica que "o custo desse serviço gira em torno de 0,03% a 0,10% ao ano sobre o patrimônio líquido do fundo", segundo estudo da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) sobre FIIs que já contrataram esse tipo de serviço. A comissão não estima em quanto o formador de mercado aumentaria as negociações. Mas pondera que é um instrumento importante para fomentar a liquidez.



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