quarta-feira, 3 de abril de 2013

Rio cresce em direção ao Porto

O Globo, Rio Imóveis

Zona Portuária ganha empreendimentos de alto padrão e já se caracteriza como um espaço nobre do centro da cidade

Aos poucos, a Zona Portuária define seus contornos de um bairro nobre em pleno Centro da cidade. Com a inauguração do Museu de Arte do Rio (MAR), os cariocas começam a frequentar novamente a Praça Mauá ou até mesmo o Morro da Conceição, antes dois lugares pouco conhecidos pelos mais jovens. A Prefeitura, que iniciou a derrubada do viaduto da Perimetral, garante que até junho inaugura algumas avenidas do Binário e o Túnel da Saúde, o que certamente contribuirá para acabar com a imagem sombria e desabitada do Porto.

O presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), Alberto Silva, assegura, ainda, a conclusão das obras do Reservatório do Morro do Pinto, que terá capacidade de 15 milhões de litros de água e abastecerá toda a região. Com isso, a Zona Portuária se apronta para o uso intensivo do seu espaço. "No segundo semestre, começamos as obras de restauração dos morros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo, da Igreja Nossa Senhora da Conceição da Prainha e iniciaremos as de construção das alças de acesso ao Binário, no entorno da rodoviária," informa.

Nesta semana, com o lançamento do Porto Atlântico, o primeiro complexo multiuso na região portuária do Rio de Janeiro, a Odebrecht Realizações deu o pontapé inicial para consolidar a área como novo polo de crescimento da cidade. O empreendimento reunirá, em um único espaço, prédios corporativos, comerciais, hoteleiros e lojas, ocupando dois terrenos de aproximadamente 16 mil e 12 mil m², onde serão construídos o Porto Atlântico Leste e o Porto Atlântico Oeste.

"O projeto é um marco da Odebrecht Realizações na trajetória de revitalização da região portuária. Apostamos em solu¬ções modernas que contribuem para a transformação da região no futuro centro comercial do Rio de Janeiro", diz Rogério Oliveira, diretor de incorporação da Odebrecht Realizações no Rio de Janeiro.

Outro lançamento, em abril deste ano, é o da Torre Carioca, da Concal Construtora. Terá duas torres de 120 metros de altura e 40 andares cada, para abrigar salas comerciais e lajes corporativas. "Está havendo um lançamento atrás do outro na Zona Portuária, o que comprova a expansão do mercado imobiliário da cidade naquela direção", destaca José Conde Caldas, presidente da Concal Construtora e da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi). Para Rubem Vasconcelos, da Patrimóvel, se todas as estimativas se concretizarem, os empreendimentos no Porto Maravilha deverão ser comercializados com valores semelhantes ao da Barra da Tijuca, onde o metro quadrado comercial varia de R$ 9.500 a R$ 12 mil.

A João Fortes Engenharia também se prepara para as vendas do Porto 1 Rio Corporate, empreendimento que visa a atender as empresas de médio e grande porte na região. O novo empreendimento comercial da empresa terá oito pavimentos com espaços corporativos de 525 m² a 643m². Serão quatro unidades por pavimento, com possibilidade de interligação dos 32 espaços corporativos. Haverá ainda duas lojas, uma de 99 m² e outra de 481 m², no pavimento de acesso. "Para os executivos atletas haverá um bicicletário e um vestiário com chuveiro," adianta Luiz Henrique Rimes, da João Fortes.

A Even, por sua vez, vai erguer cinco torres de 150 metros de altura e 38 andares cada uma, em uma área total construída de cerca de 322 mil m²: o Trump Towers Rio. As obras das duas primeiras têm previsão de início no segundo semestre deste ano. "A Zona Portuária é hoje uma alternativa viável, sustentável e planejada de crescimento e expansão do Centro da cidade, já saturado e com poucos espaços disponíveis para grandes empreendimentos. Neste processo de revitalização, teremos a integração de moradia, lazer e trabalho", assinala Fabio Terepins, diretor da Even no Rio de Janeiro.

O primeiro prédio a ser ocupado será o Port Corporate Tower, da Tishman Speyer, que está em fase final de construção e deverá receber o habite-se em dezembro. Ele fica na Avenida Rio de Janeiro, em terreno de 13 mil m² de frente para o mar, que pertenceu ao antigo moinho Marilú. Serão 22 andares, dos quais 18 destinados a escritórios. "A região Portuária é a nova fronteira de desenvolvimento do mercado imobiliário da cidade, em razão das limitações geográficas do Centro", diz Daniel Cherman, presidente da Tishman Speyer.

 

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