quarta-feira, 24 de abril de 2013

Fundos imobiliários devem evoluir com Ifix e novas categorias da Anbima

Fundos imobiliários devem evoluir com Ifix e novas categorias da Anbima, diz Concórdia

22
abril

18:06

Fundos imobiliários devem evoluir com Ifix e novas categorias da Anbima, diz Concórdia

Banco do Brasil - Lançamento do Fundo Imobiliário - Foto: BM&FBovespa

Hoje, os fundos imobiliários negociados na BM&FBovespa, reunidos no Índice de Fundos de Investimento Imobiliário (Ifix),  possuem um patrimônio total de R$ 40 bilhões distribuídos em mais de 160 fundos, estima a Concórdia Corretora. "Esse índice vai ter mudanças quando o fundo de agências do Banco do Brasil, o BB Progressivo II, entrar na carteira, após completar seis meses de negociação, o que vai dar uma distribuição melhor no índice", diz Luiz Gotardo Furlan, sócio da Concórdia. O BB Progressivo estreou na bolsa em dezembro do ano passado (foto) e marcou a oferta mais popular de um fundo imobiliário no mercado, com quase 50 mil investidores.

O volume negociado de cotas de fundos imobiliários na BM&FBovespa dobrou este ano em relação à media do ano passado, diz Mauro Mattes, responsável por fundos estruturados da Concórdia, passando de R$ 14 milhões por dia para R$ 37 milhões. "E vamos ter um índice Ifix menos concentrado este ano com os novos lançamentos", diz.

Fundos de fundos

Outro fator que deve ajudar o mercado secundário de cotas na BM&FBovespa é o lançamento de fundos imobiliários, acredita Mattes. Ao comprar cotas de outros fundos, eles aumentam a liquidez do mercado. O segundo fundo desse tipo foi lançado em março, o Fundo de Fundos Absoluto, da Brasil Plural, de R$ 200 milhões. Antes, havia apenas o Brazilian Capital Fundos de Fundos. "Esses fundos vão ajudar a ampliar os negócios com cotas e também ajustar melhor os preços", diz.

Novas categorias da Anbima

Mattes observa que a Associação Nacional das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) estuda a criação de categorias para os fundos imobiliários para facilitar o entendimento dos investidores. A categoria deverá constar no nome do fundo e deverá indicar a estratégia de investimento, se ele investe em prédios comerciais, shoppings ou em incorporação e desenvolvimento de projetos. "Isso vai ajudar a entender que tipo de imóvel ou empreendimento o fundo representa", diz Mattes. Este ano, a Anbima já criou um item em seu código de autorregulação de fundos para tratar dos fundos imobiliários.

Além disso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deve continuar aperfeiçoando a legislação, dando mais transparência e mais abertura de informações sobre os fundos. "Isso vai beneficiar os bons estruturadores de fundos imobiliários", afirma Furlan.

A Concórdia está investindo pesado no mercado de fundos imobiliários. Conhecida por sua atuação no segmento de fundos de recebíveis de crédito, os Fidcs, a corretora montou uma área para participar das ofertas de fundos imobiliários. "É um mercado novo, com grande crescimento, e é preciso investir muito em treinamento, inclusive para educar o cliente", diz Furlan.

Opção para aposentadoria

O fundo imobiliário é uma boa opção para quem quer se preparar para a aposentadoria, diz Furlan, ao aliar poupança de longo prazo com um ativo real. "Isso dá mais segurança para o futuro", diz. A cultura do brasileiro, de investir em imóveis, ajuda também no desenvolvimento desse tipo de instrumento financeiro. "E, ao ver que o fundo imobiliário tem constância, solidez, passa a recomendar para os conhecidos e dissemina a nova cultura no boca a boca", diz.

É preciso, porém, que o investidor se eduque e conheça bem o funcionamento dos fundos imobiliários, para evitar surpresas, e para saber exatamente o que está comprando. "Temos organizado cursos e visto grande interesse dos investidores em conhecer a aplicação, e isso é muito positivo", afirma Furlan.  "Mesmo assim notamos que, para o investidor entender as operações, ainda leva mais tempo que outros investimentos", diz.

 




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