quarta-feira, 24 de abril de 2013

Fundo imobiliário pode complementar aposentadoria

Fundo imobiliário pode complementar aposentadoria

Em fase de amadurecimento, produto de renda variável tem alto risco e é recomendado para o longo prazo

Taís Laporta |

Foto: Thinkstock/Getty Images

Cotas de imóveis podem apostar em diferentes categorias, como shoppings, hospitais e faculdades

Investir em fundos imobiliários pode ser uma nova opção para complementar a aposentadoria, segundo afirmou o diretor de produtos do banco Itaú, Cláudio Sanches, durante evento sobre o tema realizado nesta terça-feira (23), em São Paulo.

"É um investimento em renda variável, com alto risco, mas possibilidade de bom retorno, recomendado para o longo prazo", explica o executivo. Para ele, o investidor pode até apostar em ganhos no curto prazo, a depender de seu perfil e objetivo financeiro, mas o produto é cada vez mais voltado para o mercado de renda.

Instituídos no Brasil em 1993,os fundos imobiliários são formados por investidores que compram cotas de imóveis com diferentes perfis (como escritórios, shoppings, lojas, hotéis, hospitais e faculdades), e recebem uma renda de aluguel em retorno.

Para reduzir o risco, a recomendação é diversificar a carteira, em vez de apostar em um único imóvel. Estes riscos implicam, principalmente, em inadimplência dos inquilinos e na possibilidade de vacância – quando o imóvel não consegue ocupar todas as suas unidades. Nestes casos, o rendimento do investidor fica comprometido.

Leia mais: Prós e contras dos fundos imobiliários

Para entender a lógica deste investimento como alternativa de previdência, basta lembrar das gerações passadas, que garantiam seu sustento com a renda de aluguel. "É o mesmo conceito", explica Sanches.

Em março deste ano, a indústria de fundos imobiliários atingiu valor de mercado de R$ 29,3 bilhões no Brasil, segundo dados da BMFBovespa e da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Entre 2009 e 2012, esta modalidade de investimento decolou 549% em números de fundos.

CUSTOS

Antes de ser criado, o fundo paga uma taxa de distribuição que varia entre 1,5% e 5%, por um custo semelhante ao que remunera um corretor de imóveis. Há ainda custos de montagem do fundo – como os registros na CVM e BMFBovespa, advogados para fazer a documentação, além de taxas de administração e custódia.

Anualmente, é preciso gerar um laudo de avaliação para corrigir o valor do imóvel, o que também gera custos. Segundo Carlos Martins, gestor de fundos imobiliários da gestora Kinea Investimentos, quanto mais participantes no fundo, mais diluídos ficam os custos.

Os rendimentos são isentos do Imposto de Renda. Só há tributação se o investidor vender sua cota no mercado secundário com ganho de capital. Neste caso, o imposto incide sobre 20% do lucro.



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