segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Maior fundo imobiliário do país mostra recuperação; corretoras recomendam compra

 

25/10/2013
Autor: Arthur Ordones 
Fonte: InfoMoney


O BC Fund (BRCR11) é o maior fundo imobiliário do país e mostrou ser uma aposta interessante e fora da curva em um mercado que passa por uma fase tão difícil.

SÃO PAULO – O BTG Corporate Office Fund (BRCR11), conhecido como BC Fund, assim como a maioria dos fundos imobiliários, sofreu durante boa parte deste ano. No dia 30 de agosto as cotas do fundo atingiram seu pior nível, negociadas a R$ 122, uma queda de 22,04% no acumulado do ano até então.

No entanto, desde a sua mínima do ano, o maior fundo imobiliário do país acumula alta 11,8%, negociado a R$ 136,39 no fechamento da última quinta-feira (24). No mesmo período, o Ifix (índice de fundos imobiliários da BM&FBovespa) registrou alta bem mais branda, de 2,97%.

De acordo com uma fonte que não quis se identificar, a alta do fundo foi impulsionada pela compra de dois imóveis nos últimos dois meses. “Esta grande melhora se deu pelos anúncios dos novos investimentos do fundo, pois se você comparar esse desempenho recente com o IFIX e outros dois grandes fundos (KNRI11 e HGRE11) verá que o BC Fund foi um caso isolado”, afirmou.

O fundo que possui gestão ativa do BTG Pactual conta com escritórios comerciais localizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Campinas no seu portfólio. Além disso, possui baixa vacância e três quartos de sua receita é proveniente de imóveis com padrão A e A+.

Recomendações

O fundo é uma unanimidade entre os analistas. Todas as 4 corretoras que enviam suas recomendações sobre fundos imobiliários mensalmente para o InfoMoney recomendam o fundo: Omar Camargo, Ativa Corretora, Geração Futuro e Inva Capital.

A Omar Camargo, em uma carteira de cinco ativos, tem o BC Fund com a maior participação, de 30%, enquanto a Geração Futuro recomenda investir 5% do portfólio de FIIs no fundo do BTG Pactual, em uma carteira com 10 papéis. Já a Inva Capital também recomenda 30% de peso no fundo em um portfólio com cinco, sendo a segunda maior participação da carteira. A Ativa não informa o peso, mas também recomenda o ativo.

O mercado de fundos imobiliários

De acordo com o especialista, o mercado como um todo acalmou, mas a fase ruim não passou. “A vacância permanece alta, muitos imóveis serão entregues nos próximos anos e a taxa Selic subiu, ou seja, a fase não é boa. Mas, de maneira geral, parece que a “aversão” ao Brasil diminuiu, haja vista a alta recente do Ibovespa”, explicou.

Ainda segundo ele, o investimento em FII é atrativo para quem tem objetivos de longo prazo e compreende os riscos do mercado de imóveis. “Apesar do momento não ser bom sempre surgem boas oportunidades de investimento e os fundos estão aproveitando para comprar imóveis. Ano passado tínhamos Selic em queda e chegando a 7,25%. Agora temos outra realidade bem distinta. FII continua atrativo? Na minha opinião, sim. Como no ano passado? Não, as circunstâncias mudaram muito”, finalizou.

Já os analistas da Inva Capital apontam que a fase ruim dos fundos imobiliários já pode ter chegado ao fim. Em relatório recente, eles ressaltam a melhora do Ifix no mês de setembro (o índice avançou 1,82%).

“Será que o mercado caiu na real que os Fundos estavam muito baratos? Acreditamos que essa informação está sendo digerida aos poucos pelos investidores e, se a taxa de juros não subir para cima de dois dígitos e o mercado de locação imobiliária não se deteriorar muito, acreditamos que os fundos encerraram sua fase negativa em agosto”, afirmou a Inva em relatório.

 

 

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