segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Estrangeiros voltam cautelosamente ao mercado brasileiro

Estrangeiros voltam cautelosamente ao mercado brasileiro

São Paulo/Rio de Janeiro - Após apostar durante a maior parte do ano que as ações brasileiras continuariam a afundar, alguns investidores agora estão buscando cautelosamente oportunidades de compra em um mercado que pode ter se tornado novamente barato o suficiente.

Contudo, o movimento ainda carece de convicção. Por enquanto, analistas recomendam que investidores cacem barganhas ou escolham criteriosamente ações de companhias que possam se beneficiar de uma esperada recuperação em mercados emergentes.

Participantes do mercado têm motivos para se manter céticos a respeito do Brasil, mercado cuja performance neste ano seguiu a de algumas nações desenvolvidas que ainda lutam contra os efeitos da crise financeira de 2008. A crescente intervenção do Estado na economia, sinais de que o modelo de crescimento do país está esgotado e a incerteza política mantiveram muitos investidores de braços cruzados.

O principal índice da bolsa paulista, o Ibovespa, opera atualmente ao redor de 56 mil pontos, mais de 20 por cento abaixo dos 73 mil pontos atingidos em setembro de 2010. O índice acumula desvalorização de quase 10 por cento no ano, apesar de um rali de 25 por cento desde julho ter conferido à bolsa uma tendência altista.

"Alguns preços são encorajadores, mas você não sente que participantes do mercado estão muito convictos", afirmou Paulo Bylik, que gerencia 9,5 bilhões de reais em ativos para a Rio Bravo Investimentos, em São Paulo. "Estamos longe do consenso de que o Brasil é uma opção de 'compra' no momento".

Desde o início do ano, investidores estrangeiros entraram com 11 bilhões de reais na Bovespa, e a natureza desse fluxo mostra uma melhora experimental no sentimento do mercado em relação ao Brasil.

Durante o primeiro semestre, investidores ficaram fortemente vendidos na bolsa, esperando novas quedas nos preços de ações.

Agora, porém, dados da BM&FBovespa mostram que investidores estão se tornando mais otimistas sobre as perspectivas para o Brasil, com posições compradas em futuros de índice superando as vendidas por uma estreita margem.



Alexandre Assolini
PMKA Advogados

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