segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Notícia - 'Nós vamos entrar em 2010 cantando pneu'

O Globo


21.12.2009

O empresário Rogério Chor, presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi/RJ), está otimista. Afinal, passada a crise, o setor não apenas demonstrou sinais claros de recuperação, como ganhou novo fôlego com incentivos vindos das esferas públicas municipais e federais. Para 2010, ele prevê um crescimento entre 20% e 30%.

Como o setor se comportou a partir da crise?

ROGÉRIO CHOR: A perspectiva para 2009 era a pior possível. De fato, o primeiro trimestre registrou uma queda de 40% em relação ao mesmo período do ano passado. Mas eis que o governo federal lança o programa Minha Casa, Minha Vida, que passou a atender as classes mais baixas, cuja demanda estava reprimida. Os bancos voltaram a financiar, o mercado de ações se abriu de novo e a taxa de juros atingiu o menor patamar de todos os tempos. Houve um ressurgimento de todas as condições que, juntas, contribuíam para o crescimento do setor. Dessa forma, o segundo semestre registrou uma pequena recuperação mas, apesar desse panorama, devemos terminar o ano com uma queda de 15% no volume geral de vendas no estado.

De que forma a administração municipal contribuiu?

CHOR: A prefeitura está pró ativa. O decreto municipal 31.165, assinado em 25 de setembro, deu um importante passo na desburocratização da concessão de licenças. Ele promete impor um grau de rapidez inédito ao processo de legalização de empreendimentos imobiliários na cidade. Até então, levava-se um ano do pedido de aprovação até o lançamento, sendo nove meses para legalizar e três meses para lançar. Agora, compro um terreno e consigo lançar em 90 dias.

Quais áreas da cidade serão destaque em 2010?

CHOR: O Rio é uma cidade bem equacionada, todas as áreas têm potencial. Seja na Tijuca, Barra, Méier ou Campo Grande, se você lançar um empreendimento sério, você vende. A prefeitura, por sua vez, tem planos bem estruturados para a região portuária, que provavelmente será a bola da vez.

O mercado assiste hoje a uma concorrência cada vez mais acirrada entre as empresas do setor. Quais os benefícios para o consumidor?

CHOR: A concorrência gera novas formas de atrair o consumidor, como projetos mais bem estruturados, áreas de lazer mais elaboradas, novas formas de pagamento. A concorrência é sempre positiva.

Quais são suas perspectivas para 2010?

CHOR: Nós vamos entrar em 2010 cantando pneu. As empresas estão capitalizadas, com terrenos estocados e, inclusive, voltaram a contratar. Hoje, o número de pessoal é maior do que antes da crise. Prevejo crescimento de 20% a 30%.

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