quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Ações do documento Pessoa física detém 77% de emissão CRI

Valor Econômico - 24/08/2010


Além de fundos, o segmento de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) também está em ebulição neste ano, principalmente entre os investidores pessoas físicas de alta renda. A Brookfield Incorporações, por exemplo, acabou de realizar uma oferta de R$ 120 milhões de CRIs, com prazo de seis anos. Do total de 389 CRIs que foram efetivamente a mercado, 77%, ou seja, 300 deles, ficaram nas mãos de pessoas físicas. A rentabilidade do papel ficou em 7,7% ao ano, além da variação do Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M).

Os CRIs funcionam da seguinte maneira: um incorporador tem uma carteira de recebíveis imobiliários. Esse incorporador vende essa carteira para uma empresa securitizadora, que a usa como garantia para a emissão de certificados, que daí são então distribuídos ao mercado.

Como são isentos de IR, esses investimentos se tornaram especialmente interessantes para os investidores de alta renda, já que somente investidores qualificados podem comprar esse papel. O detentor de um CRI pode negociar o papel antes do vencimento, mas, nesse caso, será tributado pela tabela regressiva de imposto de renda, que varia de 22,5% a 15% de acordo com o prazo.

Os CRIs da Brookfield dizem respeito a dois empreendimentos comerciais em construção, situados no Rio de Janeiro, ambos 90% já vendidos, explica Cristiano Machado, diretor executivo Financeiro da Brookfield Incorporações. Os empreendimentos em questão são dois complexos corporativos e de escritórios, o Barra Business e o Barra Prime, ambos na Barra da Tijuca, que devem ser entregues em 2011. O CRI é um papel que tem chamado bastante a atenção da pessoa física, que permite retornos maiores e ainda líquidos de imposto de renda, diz Machado.

Diante da forte demanda por papéis desse tipo, a Brookfield já planeja outras três emissões de CRI. Uma delas segue o molde dessa operação realizada, de empreendimentos comerciais, e outras duas de imóveis comerciais. Os CRIs foram estruturados pela companhia em conjunto com o Banco BTG Pactual e Gaia Securitizadora. Também participaram do processo o PMKA como assessor legal e a Pentágono como agente fiduciário e custodiante.

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