sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Helbor Estima Lançar de R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão em 2016

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Helbor estima lançar de R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão em 2016

A incorporadora Helbor estima lançamentos totais entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão em 2016, ante os quase R$ 500 milhões que terá no consolidado deste ano. Os números incluem a fatia dos sócios nos empreendimentos. Não se trata de projeção oficial, segundo o diretor comercial, Marcelo Bonanata, e o volume lançado, efetivamente, dependerá do mercado.

A Helbor tem buscado aprovação de projetos na capital paulista, na Região Metropolitana de São Paulo, em Curitiba e no Rio de Janeiro. "Só vamos lançar produtos onde sentirmos que há mercado", disse Bonanata. No ano passado, os lançamentos da empresa somaram R$ 1,3 bilhão.

Em 2015, a Helbor focou as atenções na venda de estoques, engrossados pelos distratos. Foram, justamente, os cancelamentos de vendas, além da dificuldade de repasses em alguns mercados, principalmente no Nordeste, as razões para a companhia ter consumido caixa em 2015.

"Além de os distratos consumirem receita que eu previa que ia receber, ainda tenho de devolver o dinheiro para o cliente", disse o diretor financeiro e de relações com investidores da Helbor, Roberval Toffoli. A geração ou não de caixa no próximo ano dependerá do volume de distratos. Na avaliação de Toffoli, o cenário econômico de 2016 será igual ou pior ao deste ano.

A Helbor passou a chamar os distratos de "renegociação", por considerar que precisam ser tratados como uma nova venda. "Como o volume de distratos cresceu, tivemos de dar um viés mais comercial nesta área", disse o diretor de relações com investidores. A tentativa de nova venda é feita por oferta de condições mais flexíveis de crédito ou da migração para unidade de menor valor.

Do volume atual de distratos, 71% se refere a produtos entregues ou em via de conclusão. Segundo Toffoli, a companhia terá o mesmo volume de entregas em 2016 do que os registrados neste ano, mas a maioria será de projetos residenciais, em que ocorrem menos cancelamentos de vendas do que nos comerciais. A Helbor terá redução de mais de 40% do desembolso de obras no próximo ano ante 2015.

Nos produtos comerciais, a companhia oferece financiamento direto, mas não tem sido possível atender a toda a demanda, diante das restrições de crédito bancário. Segundo Toffoli, a Helbor tem encontrado dificuldade em securitizar os recebíveis dos imóveis para os quais oferece financiamento direto e avalia ter um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) para essa finalidade.

A Helbor reduziu sua folha de pagamentos em 30% em 2015. A diminuição da estrutura administrativa resultou da queda do número de lançamentos e obras. A empresa informou também que, atualmente, com o mercado menos aquecido, existe possibilidade de troca de terrenos por unidades prontas nas aquisições de áreas.

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