quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

S&P fecha acordo nos EUA e ficará 1 ano sem atribuir certos ratings | Valor Econômico

S&P fecha acordo nos EUA e ficará 1 ano sem atribuir certos ratings | Valor Econômico

S&P fecha acordo nos EUA e ficará 1 ano sem atribuir certos ratings

WASHINGTON  -  A Standard & Poor's Ratings Services concordou em pagar mais de US$ 77 milhões para encerrar processos federais e estaduais que a acusam de relaxar os critérios de rating para ganhar negócios e não divulgar as mudanças aos investidores. O acordo anunciado nesta quarta-feira foi fechado com a Securities and Exchange Commission (SEC), com o procurador-geral de Nova York, Eric Schneiderman, e com a procuradora-geral de Massachusetts, Maura Healey. 

Separadamente, a S&P está negociando o pagamento de mais de US$ 1,37 bilhão ao Departamento de Justiça e a diversos Estados para resolver processos em que é acusada de fraude ao representar de forma inadequada seus ratings como independentes e objetivos antes da crise de 2008.

A ação da SEC contra a S&P, que também inclui a proibição de atribuir nota a certos bônus por um ano, representa a primeira ação disciplinadora pós-crise contra uma das três grandes agências de classificação de risco.

"Os investidores contam com agências de rating como a Standard & Poor's para fazer o correto ao classificar ativos complexos como CMBS [commercial mortgage backed securities]", disse Andrew J. Ceresney, diretor da SEC. "Mas a Standard & Poor's colocou seus próprios interessses financeiros acima daqueles dos investidores ao afrouxar seu critério de rating para obter negócios e, então, encobrir essas mudanças dos investidores."

Em comunicado, a S&P afirmou que está satisfeita de ter encerrado essas questões. 

A SEC informou ainda que vai julgar Barbara Duka, que exerceu papel importante na equipe de ativos comerciais atrelados a hipotecas da S&P em 2011. Ela nega qualquer má conduta.

O acordo da S&P com a SEC marca o fim de uma saga de anos que começou quando a agência de rating tomou a decisão sem precedentes de retirar um rating sobre uma emissão de US$ 1,5 bilhão em bônus, em 2011. Segundo a SEC, a S&P divulgou que usou uma abordagem para classificar seis emissões de bônus imobiliários e ratings preliminares em dois outros naquele ano, quando efetivamente utilizou uma metodologia diferente.  

Após 2011, a S&P atualizou suas metodologias de rating e mudou altos executivos, mas a SEC afirmou hoje que a agência, ao tentar voltar aos ratings de bônus atrelados a ativos imobiliários comerciais em meados de 2012, "publicou um artigo falso" mostrando como seus modelos revisados podiam lidar com níveis de estresse econômico da era da Grande Depressão. A S&P concordou em retificar publicamente o estudo e corrigir quaisquer descrições imprecisas, de acordo com a SEC.

(Dow Jones Newswires)



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