terça-feira, 9 de março de 2010

Lucro da Brazilian Finance & Real Estate mais que dobra em 2009

A Brazilian Finance & Real Estate (BFRE), instituição financeira especializada no setor imobiliário, registrou lucro líquido de R$ 61 milhões em 2009, crescimento de 127% em relação aos R$ 26 milhões de 2008. A companhia, controladora da Brazilian Mortgages, da BM Sua Casa, da Brazilian Securities e da Brazilian Capital, atribui o resultado positivo à melhora do mercado imobiliário no ano passado.


"Em um ano que começou com bastante incertezas em todo a economia, tivemos boas surpresas no mercado imobiliário. A BFRE, inserida neste setor, obteve um resultado surpreendente”, disse André Bergstein, diretor de Relações com o Investidor da BFRE.

Em dezembro de 2009, a BFRE tinha um patrimônio consolidado de R$ 613,4 milhões, com ativos totais de R$ 1,5 bilhão, um aumento de 15% em relação a 2008, e uma carteira de financiamentos de R$ 469 milhões.

Entre os destaques do ano, Bergstein citou a venda, em dezembro do ano passado, de 20% do capital da companhia para a Equity Internacional (EI), fundo de investimento que tem entre seus controladores o investidor do mercado imobiliário Sam Zell. “A entrada da Equity Internacional consolidou mais um investimento à BFRE”, afirmou.

Brazilian Mortgage

A Brazilian Mortgage, braço de empréstimos da BFRE, fechou o ano com lucro líquido de R$ 19,4 milhões, 30,5% acima dos R$ 14,86 milhões em 2008.

O volume total de crédito da empresa cresceu 45%, para R$ 468,6 milhões em 2009, “puxado tanto pelo financiamento a corporativo (para incorporadores e construtores), que cresceu em torno de 35%, como pelo financiamento a pessoas físicsa, que avançou 120%”, segundo Bergstein. Quando somadas as operações ainda não liberadas, o saldo cresce para R$ 557,4 milhões.

Bergstein destacou o aumento da estruturação de fundos de investimento imobiliário, cujo volume total estruturado atingiu R$ 4,8 bilhões ao final de 2009, contra R$ 3,2 milhões no ano anterior. “Trata-se de um mercado que vem crescendo e tem se mostrado atrativo. Ele tem a segurança do fundo de investimento, com a solidez do segmento mobiliário e ainda há a isenção de imposto de renda (IR) para pessoa física”, afirmou.

A venda de letras hipotecárias e de crédito imobiliário também contribuiu para os resultados da Brazilian Mortgage. A carteira cresceu 40%, passando de R$ 271,2 em ao final de 2008 para 381,5 milhões em dezembro de 2009.

Brazilian Securities

Na atividade de securitização, a Brazilian Securities registrou prejuízo de R$ 1,9 milhão no ano passado, contra um lucro de R$ 21,6 milhões em 2008. “O mercado de securitização começou a deslanchar apenas a partir do segundo semestre e já ficamos bastante animados com relação a 2010”, disse Bergstein. Em 2008, o lucro foi puxado pelo aumento de 51% na emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). Em 2009, o montante somou R$ 732,5 milhões, contra R$ 858 no ano anterior. No final do ano passado, as emissões somavam R$ 3,6 bilhões, contra o resultado acumulado de R$ 2,9 bilhões em dezembro de 2008.

Brazilian Capital

A Brazilian Capital, gestora de recursos da BFRE, obteve lucro de R$ 6,9 milhões em 2009, contra R$ 6,2 milhões no ano anterior. Os fundos sob gestão da empresa atingiram R$ 2,3 bilhões, um avanço de 6% sobre 2008. Nos ativos sob administração, o aumento foi de 35%, para R$ 2,5 bilhões ao final de 2009.

“O destaque foram os investimentos feitos por estes fundos, como aquisição de 56% do Edifício Eldorado, 60% do Torre Almirante e do Edifício Castelo, ambos no Rio de Janeiro. A Brazilian Capital conseguiu aproveitar um momento em que a crise ainda estava presente, ao longo do primeiro semestre de 2009, para fazer boas aquisições”, afirmou.

Ainda sob gestão da Brazilian Capital, o diretor de RI da companhia destaca o investimento de R$ 130 milhões da holding BFRE no projeto de torres comerciais em Brasília, que teve inicio no inicio de 2008. “As duas torres foram vendidas ainda em 2009, uma pronta e a outra a ser entregue este ano”, disse.

Perspectivas

Para este ano, a companhia aposta na melhora do mercado imobiliário e espera crescimento do crédito e dos fundos, além de maior demanda em todos os segmentos. “A gente está animado uma vez que o mercado imobiliário está aquecido e o credito imobiliário está crescendo bastante, e temos boas perspectivas em relação ao ano”, afirmou Bergstein.

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