terça-feira, 26 de outubro de 2010

Ipsis Litteris

Valor Econômico - São Paulo/SP - FINANÇAS - 26/10/2010

Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS) foi criado pelo governo federal em 1967 com o objetivo de cobrir os saldos residuais de quem fez financiamento imobiliário

Lançado para subsidiar a aquisição da casa própria, na década de 80, o fundo passou a absorver o impacto da inflação elevada daquele período.

Enquanto o saldo devedor dos mutuários crescia a um ritmo galopante, as prestações subiam a passos mais lentos. Para que as instituições financeiras não arcassem com o prejuízo, essa diferença foi sendo absorvida ao longo do tempo pelo governo, por meio do FCVS, que acumulou um total de R$ 170,2 bilhões em dívidas.

Desde 2000, para os agentes financeiros receberem esse valor que ficou em aberto, eles precisam apresentar a documentação para o FCVS, que é administrado pela Caixa Econômica Federal. Se a papelada estiver em ordem, a dívida é convertida em um título chamado CVS, de emissão do Tesouro Nacional, com vencimento em 2027. Os papéis são corrigidos pela Taxa Referencial mais um juro de 6,17% ou 3,12% ao ano, dependendo da origem do crédito.

Depois de um período de carência, desde 2006, o Tesouro já paga aos detentores de CVS os juros. No ano passado, também passou a reembolsar o principal. A meta é acabar com a dívida até 2027.

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