quarta-feira, 7 de abril de 2010

Meta da Aliansce é crescer mais



Monitor Mercantil
07.04.2010
As vendas em shopping center em janeiro último registraram crescimento de 30% em relação a igual mês de 2009. "Os números de vendas são superiores. Vários shoppings da Aliansce estão apresentando crescimento de dois dígitos, de 19% ou 20%".
Tais números servem de base para o gerente de Relações com Investidores da Aliansce Shopping Centers empresa, Eduardo Prado, para justificar a melhora no desempenho do setor quando compara o primeiro trimestre deste ano em relação a igual período de 2009 e, consequentemente, a meta da empresa em crescer mais.
Recuperação
Depois de divulgar lucro líquido de R$ 52 milhões em 2009, resultado bastante superior ao prejuízo de R$ 18,2 milhões registrado no ano anterior, a Aliansce anunciou que pretende "continuar crescendo em ritmo acelerado ao longo de 2010, seja por meio de novas aquisições ou aumento de participação e expansão dos ativos. A empresa foi formada em 2004 por meio da joint-venture entre Nacional Iguatemi e a norte-americana General Growth Properties (GGP).
Desde a sua criação, a Aliansce vem se caracterizando pelo investimento em novos shopping centers. "Somente nos últimos três anos, nos envolvemos no desenvolvimento de sete shoppings, volume bem maior que o dos nossos pares", comenta o gerente de Relações com Investidores da empresa.
Consolidadoras
Os pares aos quais o executivo se refere são BRMalls, que "é mais uma consolidadora, e apesar de crescer muito em aquisição, não tem uma característica de desenvolvedora", e a Multiplan, "que apesar do histórico de desenvolvimento, não esteve muito ativa nos últimos anos".
Outros diferenciais, comenta Eduardo, "é a exposição geográfica mais abrangente" do que a de suas concorrentes, que estão mais concentradas nas regiões Sudeste e Sul do país e "a exposição às classes B e C, principalmente". Acrescentou que a Multiplan e Iguatemi atuam mais nas classes A e B, "até pela localização de seus ativos, que se concentram em classes com rendas mais altas".
Abertura de capital
O primeiro mês deste ano marca o término do processo de abertura de capital da empresa, concluído com a emissão de ações no dia 27 de janeiro de 2010. Mediante essa oferta pública primária de ações, a empresa captou R$ 450 milhões com a emissão de 50 milhões de novas ações ordinárias.
As vendas nos shoppings da Aliansce cresceram 17,9% no quarto trimestre de 2009 em comparação com o mesmo período de 2008 e subiram 14,1% em relação ao obtido nos doze meses de 2008.
Classes B e C
A empresa observou crescimento de vendas mais significativo nas propriedades que tem como público alvo as classes B e C. Tais propriedades, explica Eduardo "não estão localizadas no centro das cidades, mas ainda assim são as que têm apresentado maior crescimento". Ele exemplificou citando o Shopping Grande Rio, localizado em São João de Meriti, Rio de Janeiro, e o Shopping Taboão, em Taboão da Serra, São Paulo, que ganharam expansão no final de 2008.
"Acabamos de anunciar a administração do Continental Shopping, em São Paulo, empreendimento bastante importante que entra no nosso portfólio. É um shopping grande", afirma (o shopping possui 32 mil metros de área bruta locável e 220 lojas).
Outro projeto para o ano, é a construção de um shopping center na Bahia. "O contrato ainda não foi assinado, mas estamos sendo contratados para fazer um planejamento de um shopping e sua construção". Ele ainda afirma que a Aliansce já estuda uma "série de negócios, mas não há nada definido ou formalizado".
Acionistas
A principal acionista da Aliansce é a GGP, com 31%. Eduardo explica que a empresa é a segunda maior proprietária de shopping centers dos Estados Unidos. "Eles tem expertise, know how operacional", que estão ajudando na implantação de melhorias operacionais dentro da empresa, comenta. No entanto, ele explicou que a controladora norte-americana não participa do dia a dia operacional da Aliansce.
A Pershing Square Capital, é outro grupo norte-americano, que entrou depois da abertura de capital, com 13,9%. Segundo Eduardo Prado, as empresas que participam da Aliansce são investidores. "Só cobram o resultado, mas são bastante ativos em suas empresas". Na sua opinião, isso ajuda, porque são acionistas que têm muito conhecimento, razão pela qual cobram muito na área de divulgação de resultados.
Novos shoppings
Em 2009, a Aliansce inaugurou a primeira fase do Boulevard Shopping Brasília e expansões no Shopping Grande Rio e Bangu Shopping. A primeira fase das reformas do Shopping Santa Úrsula foi concluída e o processo de renovação do mix de lojistas do empreendimento foi iniciado. Ainda no ano passado, a empresa inaugurou o Boulevard Shopping Belém, investimento que custou mais R$ 200 milhões e se tornou o primeiro shopping inaugurado na cidade em 15 anos.
Entre operação e administração de terceiros, a Aliansce soma 23 shoppings em todas as regiões do Brasil (já contando com o Continental Shopping, de São Paulo): sete na administração; dois na participação; e 14 na participação e administração (sendo que três deles ainda estão em desenvolvimento, o Boulevard Belo Horizonte, que deve ser inaugurado em outubro deste ano, e Shopping Maceió, previsto para 2012).

Nenhum comentário:

Postar um comentário