segunda-feira, 27 de julho de 2015

É preciso ter novas fontes de financiamento imobiliário, diz Levy

É preciso ter novas fontes de financiamento imobiliário, diz Levy | Valor Econômico

É preciso ter novas fontes de financiamento imobiliário, diz Levy

BRASÍLIA  -  O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, apontou uma série de agendas que serão atacadas pelo governo no futuro em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira, em Brasília, para divulgar a redução da meta de superávit primário deste ano.

Uma delas é o financiamento do setor habitacional. "A caderneta de poupança chegou ao seu limite. Vamos precisar de novos sistemas de financiamento", analisou ele, citando como uma alternativa a "facilitação da securitização" de imóveis.

Além disso, Levy citou a agenda de comércio exterior. "A presidente tem puxado bastante essa agenda de livre comércio, tudo isso para abrir novos campos, novas oportunidades para empresas crescerem", disse ele.

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segunda-feira, 6 de julho de 2015

CVM vai regular financiamento coletivo

CVM vai regular financiamento coletivo | Valor Econômico

CVM vai regular financiamento coletivo

Claudio Belli/ValorPor meio do financiamento coletivo, o empresário Fernando Canuto já captou R$ 2,4 milhões para investir no site de reformas residenciais Bougue

O mercado de financiamento coletivo, ou "equity crowdfunding", ainda é incipiente no Brasil, mas em um país com histórico de juros bancários proibitivos e pouco incentivo à inovação, o modelo começa a se estabelecer. Com o interesse crescente de empreendedores e empresas de intermediação, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estuda fazer uma audiência pública para desenhar uma instrução normativa para o segmento neste semestre.

O equity crowdfunding é uma modalidade de investimento coletivo em novos projetos. Na prática, o empreendedor de uma empresa iniciante (startup) expõe um projeto em uma plataforma na internet, na qual estão cadastradas pessoas interessadas em avaliar potenciais negócios.

"A CVM vem acompanhando o tema e se preparando para submeter, oportunamente, o assunto a audiência pública", disse a autarquia ao Valor. Segundo representantes do setor envolvidos na discussão, a CVM já sinalizou que a audiência deve ocorrer ainda neste ano e a expectativa é que o segmento esteja regulado em 2016.

A falta de regulação atravanca o desenvolvimento do mercado. A lacuna não apenas reduz a participação de investidores e empreendedores, como exige mais cuidado por parte das plataformas de equity crowdfunding que querem entrar no mercado.

Foi o caso do Broota, a primeira plataforma de equity a surgir no mercado brasileiro e ainda a única em operação. Para não correr o risco de esbarrar em questões legais, foi preciso desenhar uma estrutura amparada na conjunção das regras da CVM de mercados de capitais com a legislação de pequenas e médias empresas.

Eduardo Avila de Castro, sócio do escritório de advocacia Machado Meyer, foi um dos profissionais que ampararam a companhia nesse processo. "A CVM, de fato, vem dando bastante suporte para o conceito de crowdfunding e vê como uma indústria importante para ajudar a desenvolver o empreendedorismo", afirma.

Em pouco mais de oito meses no ar, o Broota intermediou a captação de sete projetos, num total de R$ 2,5 milhões, segundo o sócio fundador do site, Frederico Rizzo. A plataforma cobra uma taxa de transação que varia entre 2,5% a 7,5% do valor captado pelo tomador, além de um percentual sobre o retorno do investidor, caso haja.

O próprio Broota se valeu da plataforma para captar para si em duas ocasiões. "Na primeira vez levantei R$ 200 mil com 30 investidores, e da segunda vez R$ 500 mil com mais 25 investidores", diz Rizzo. Mas para que a plataforma possa evoluir, Rizzo, defende que o mercado seja melhor estruturado.

Em busca de aperfeiçoamentos ao setor, um grupo de interessados no tema lançou a Equity, associação brasileira de financiamento coletivo. São 12 associados, incluindo plataformas que já operam e empresas que ainda querem ingressar no mercado.

A associação tem discutido uma espécie de autorregulação e levado as ideias também à CVM. "A CVM já deu andamento à normatização e está em análise interna como ela será, considerando alguns dos nossos pontos", diz o presidente da associação, Adolfo Amelito.

Na discussão da associação com a CVM está o aumento do limite de captação via crowdfunding de R$ 2,4 milhões para cerca de R$ 5 milhões. Esse limite é hoje estabelecido pela instrução nº 400 da CVM, que dispensa o registro de oferta pública de emissão de microempresas e empresas de pequeno e médio porte.

As empresas precisam respeitar esse limite anual e comunicar a CVM a intenção da oferta, além de apresentar o material de divulgação para, em seguida, receber uma dispensa formalizada da autarquia. Até o momento, 21 empresas entraram com pedidos na autarquia para realizar captações.

Também está em debate a ampliação do universo de empresas que podem fazer a captação por crowdfunding. Hoje apenas companhias que sejam consideradas de micro ou de pequeno porte - com sociedade limitada - podem utilizar o modelo.

Foi o caso da Bougue, empresa que conecta clientes e fornecedores de serviços de reformas residenciais pela internet. A empresa está prestes a concluir uma captação de até R$ 2,4 milhões via financiamento coletivo por meio do Broota.

Com novos "sócios", que investiram entre R$ 5 mil e R$ 25 mil em um título conversível em participação acionária, a Bougue espera acelerar os planos de expansão e atingir faturamento de R$ 5 milhões neste ano, segundo Fernando Canuto, sócio fundador do site. "Como ainda não tínhamos tamanho para receber o aporte completo de um fundo, o crowdfunding se revelou a melhor alternativa", diz.

Os investimentos geralmente são feitos com a compra de títulos de dívida, que podem ser conversíveis em participação na empresa. Como o rendimento dos títulos é baixo, em torno de 3% ao ano, a grande aposta de quem aplica nos papéis é no potencial de valorização da empresa. O risco é altíssimo, assim como a perspectiva de ganho, que pode vir no caso de uma eventual venda da companhia ou com uma nova rodada de investimentos em valor mais alto que a anterior.

As companhias podem chegar às plataformas com ou sem a presença do chamado "investidor-âncora", que se compromete a investir uma parcela dos recursos na operação. A Bougue, por exemplo, já contava com aportes do fundo Redpoint eventures e do investidor Fábio Póvoa - que, depois de fundar e vender sua parte em uma startup, decidiu utilizar seu patrimônio para investir em participação em empresas.

O investidor líder ou âncora avalia a empresa e pode ser comparado à uma espécie de selo de qualidade de que o projeto foi observado de perto. "Fazemos a análise do empreendedor, da empresa com seus produtos e serviços, do mercado em que ela está e do capital", explica Póvoa.

A Mondial Brands, distribuidora de produtos alimentícios "premium" para restaurantes e hotéis, também se cadastrou no Broota para uma captação de R$ 250 mil e está em fase de negociações com aplicadores, incluindo a busca por um investidor líder. "Tudo o que eu preciso é de capital para crescer ainda mais rápido", afirma Alberto Gonçalves, sócio fundador da companhia, que pretende sair de um faturamento de pouco mais de R$ 700 mil para R$ 2,2 milhões em 2017.

Para a CVM, há a clara percepção de uma maior procura por parte dos empreendedores por esses instrumentos. "Acreditamos que tal movimento se deve à necessidade - sempre presente, e mais ainda em momentos de retração econômica - de redução dos custos envolvidos nas operações de oferta pública de investimentos em geral", disse a autarquia.



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sexta-feira, 3 de julho de 2015

Autarquia federal alerta para irregularidade em empresa do irmão de Ronaldinho Gaúcho

Autarquia federal alerta para irregularidade em empresa do irmão de Ronaldinho Gaúcho - Superesportes

Autarquia federal alerta para irregularidade em empresa do irmão de Ronaldinho Gaúcho

R10 é garoto-propaganda no site da empresa de Assis, a Panela Futebol Clube Intermediações de Negócios


A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou nesta quarta-feira a imediata suspensão das ofertas de contratos de investimento coletivo pela empresa Panela Futebol Clube Intermediações de Negócios Ltda, que tem como um dos sócios Roberto de Assis Moreira, irmão e representante do craque Ronaldinho Gaúcho.

A autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda informou que a empresa de Roberto Assis Moreira tem promovido ofertas de oportunidades de investimento coletivo em cotas de direitos econômicos de atletas profissionais de futebol, realizadas através do site www.panelafc.com.br, sem a devida autorização.

Dessa forma, as deliberações anunciadas nesta quarta-feira têm o objetivo de suspender essas atuações ilícitas e alertar ao mercado quanto à irregularidade das ofertas.

"Títulos ou contratos de investimento coletivo, que gerem direito de participação, de parceria ou de remuneração, inclusive resultante de prestação de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros, somente podem ser ofertados publicamente mediante registro ou dispensa de registro da oferta na Autarquia. Por isso, a CVM está suspendendo essas atuações e alertando ao mercado sobre as irregularidades", explicou Paulo Ferreira Dias da Silva, analista da Superintendência de Registro de Valores Mobiliários da CVM.

O site da Panela FC tem Ronaldinho Gaúcho como garoto-propaganda. No item "Como funciona", que consta no menu superior, a empresa informa que qualquer pessoa "pode adquirir cotas dos direitos econômicos de atletas de futebol profissional". "Adquirindo esses direitos, você ajuda os clubes brasileiros a manter os seus talentos por mais tempo e além disso, você poderá ganhar dinheiro numa possível futura venda desse atleta!", diz a página na internet.

Além de Roberto Assis, a empresa tem como sócios Alex Fabiano Santos de Paulo, Diego Fernandes, Evandro Nunes Junior, Gean Carlos Moreira Moraes, Menfis Augusto Nogueira e Silva.

O descumprimento das determinações resultará em multa diária no valor de R$ 5.000,00, sem prejuízo da responsabilidade pelas infrações já cometidas. A CVM esclarece ainda que não tem o poder de determinar o ressarcimento de eventuais prejuízos de pessoas que aderiram à oferta irregular em questão. No entanto, a autarquia pode aplicar as penalidades previstas no art. 11 da Lei 6.385/76 e comunicar os fatos ao Ministério Público diante da existência de indícios da ocorrência de ilícito penal.

O site da Panela Futebol Clube Intermediações de Negócios Ltda não apresenta telefone de contato e nenhum dos sócios foi encontrado para comentar a suspensão das atividades irregulares denunciadas pela CVM.

VEJA SIMULAÇÃO DO MODELO DE NEGÓCIO DO SITE PANELA FC:

Valor de mercado do Jogador 1: R$1.000.000,00
Valor da cota do Jogador 1: 100 paneletas (R$100,00 sendo que cada paneleta vale R$1,00)
Você compra essa cota e no futuro esse jogador é vendido.
Ex: Jogador 1 vendido por: R$3.000.000,00
Você recebe pela sua cota do jogador 300 paneletas (nesse caso R$300,00)


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