sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Aliansce emitirá R$ 100 milhões em debêntures

Recursos serão usados, entre outras coisas, para construção, aquisição e desenvolvimento de shopping centers

Alexandre Battibugli/EXAME.com

São Paulo – O Conselho de Administração da Aliansce (ALSC3) aprovou ontem a segunda emissão de debêntures da companhia. Segundo comunicado nesta quinta-feira à Comissão de Valores Mobiliários, serão emitidas 100 debêntures com valor unitário de 1 milhão de reais, totalizando 100 milhões.

A dada de emissão ainda não foi definida pela empresa, no entanto, tem como limite o dia 25 de outubro deste ano. O prazo da operação será de cinco anos a partir dela.

Com os recursos, a companhia pretende construir, adquirir ou desenvolver shopping centers, aumentar a participação em empreendimentos que já fazem parte da companhia, expandi-los e reforçar seu capital de giro.

 

 

Novos edifícios migram de São Paulo para cidades vizinhas

31/08/2012
Autor: Carolina Matos
Fonte: Folha.com

A cidade de São Paulo deve lançar cerca de 30% menos imóveis residenciais neste ano do que em 2011, enquanto os demais municípios da região metropolitana, quase 40% mais. A estimativa é do Secovi-SP, sindicato que representa as construtoras.

No ano passado, São Paulo lançou pouco mais de 38 mil unidades. As 38 cidades do entorno, 29 mil.

O encarecimento dos terrenos na capital paulista e as restrições impostas ao tamanho dos edifícios dificultam os lançamentos, afirmam empresas e consultores.

“Nos vizinhos, há mais terrenos e menos entraves das leis de zoneamento”, diz Flávio Prando, vice-presidente de habitação econômica do Secovi-SP.

Em vários bairros da capital, como Vila Leopoldina (zona oeste), Morumbi (zona oeste, divisa com a sul) e Mooca (zona leste), acabaram as outorgas onerosas, licenças adquiridas pelas incorporadoras para a construção de edifícios maiores.

“Sem outorgas, é preciso comprar um terreno muito grande para fazer um empreendimento, o que inviabiliza o processo, pois as áreas são cada vez mais escassas e caras”, diz Celso Amaral, diretor corporativo do Geoimovel e da Amaral D’Avila Engenharia de Avaliações.

As cidades vizinhas a São Paulo ganham progressivamente participação no total de lançamentos residenciais na Região Metropolitana. Em 2004, a fatia era de 20%. Neste ano, chegou a 45%.

Barueri foi a cidade, excetuadando-se a capital, que mais lançou em 2012 até julho, impulsionada pelos empreendimentos de Alphaville. Em seguida, aparecem Santo André, São Bernardo do Campo, Guarulhos e Osasco.

No ranking do mesmo período do ano passado, Barueri (Alphaville) estava em quinto lugar.
“Com a grande quantidade de prédios comerciais em Alphaville, mais paulistanos passaram a trabalhar ali, mesmo morando na capital. Com a piora do trânsito, muitas dessas pessoas têm preferido se mudar para lá”, diz Amaral, do Geoimovel.

Consultores ouvidos pela Folha destacam ainda o crescimento econômico de outros municípios, como Guarulhos, Osasco e São Bernardo do Campo, como fator de atração de residentes.
As três cidades ocupam, respectivamente, a 9ª, a 12ª e 13ª posições no ranking das maiores do país em PIB (Produto Interno Bruto –leia mais na pág. 4) do IBGE.

Na avaliação de Amaral, para que a capital volte a ganhar impulso nos lançamentos, a próxima administração terá de rever as regras para ocupação do solo.

“Demanda por residências ainda existe, mas as incorporadoras têm optado por lançar mais no entorno da cidade. A oferta menor de novos pode elevar o preço do imóvel usado,” afirma.

Para Kleber Luiz Zanchim, professor de direito dos contratos do Insper, o entrave à construção de prédios não é o único ponto sensível na discussão sobre o zoneamento.

“São Paulo está à beira de um colapso. Precisamos de planejamento urbano para decidir que tipo de cidade seremos daqui a alguns anos, em moradia, mobilidade e segurança, por exemplo.”

Estudos

Procurada, a prefeitura informou, por e-mail, que estudos têm sido feitos para subsidiar a possível revisão dos estoques de potencial construtivo [outorgas onerosas].

 

 

8 sinais de que o fundo imobiliário é o investimento da vez

31/08/2012
Autor: Priscila Yazbek
Fonte: Exame.com

Entenda por que essa alternativa tem ganhado mais adeptos e as suas vantagens

São Paulo – Os Fundos de Investimento Imobiliários (FII) estão em alta. Por um lado, o baixo rendimento da poupança e de outros investimentos indexados à Selic (a taxa básica de juro do mercado) desagradam o investidor conservador, e por outro a baixa da bolsa – que deveria subir com os juros menores – desanima quem tem um perfil mais agressivo. E assim, os FIIs deixam de ser uma alternativa de investimento para passar a ser um dos principais focos de gestores e investidores.

EXAME.com conversou com especialistas do assunto em um evento sobre o mercado imobiliário conduzido esta semana pelo escritório de advocacia N, F & BC Advogados. Eles explicaram por que o mercado tem visto os FIIs como uma saída para as decepções com os outros investimentos mais tradicionais. Veja a seguir os 8 principais para entender o segmento:

1- O seu investimento pode ser literalmente visitado

Para quem acaba de sair de um investimento em renda fixa, como a poupança, fundos DI, CDBs ou Tesouro Direto, sentir solidez nos investimentos pode ser essencial. Apesar de os Fundos Imobiliários não serem isentos de riscos – como qualquer outro investimento de renda variável-, eles podem ser um bom começo para o investidor que não quer sentir que está se arriscando demais.

“Quem investe em um fundo imobiliário tem lastro, tem tijolos e bens de raiz por trás do investimento. E no modelo de fundo imobiliário brasileiro, não se permite a alavancagem, ou seja, não são tomados mais recursos emprestados para investir”, explica Sérgio Belleza, consultor de investimentos e uma das maiores referências em FIIs no Brasil. Ele acrescenta que muitos investidores mais conservadores, sabendo que os imóveis do fundo podem ser visitados, sentem-se mais seguros com o investimento.

Os fundos imobiliários permitem que o investidor invista em imóveis, sem comprá-los diretamente. Por meio de uma corretora, o investidor compra cotas do fundo, que investe em um ou mais imóveis comerciais, corporativos, residenciais e outros para ganhar com sua valorização ou com a renda dos aluguéis. Eles também podem investir ainda em recebíveis imobiliários, que são papéis com lastro em imóveis, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs).

2- Possibilidade de maior rentabilidade em períodos de juros baixos e oscilações da bolsa

Investidores mais conservadores, acostumados a produtos atrelados à taxa Selic, como a poupança e investimentos referenciadas ao CDI (como CDB, LCI e Letras Financeiras do Tesouro – LFTs), sofreram com as quedas da taxa básica, que passou de 12,5% a 7,5%. E os mais agressivos, por sua vez, também enfrentaram dissabores com as oscilações da bolsa. Com isso, os fundos imobiliários ganharam evidência no último semestre.

Entre janeiro e julho, os FIIs tiveram um crescimento de 57% em relação a igual período do ano passado, segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ao todo, foram vendidos 5,36 bilhões de reais em novas cotas.

Carlos Ferrari, sócio do N, F & BC e especialista em direito imobiliário, destaca que os FII têm devolvido aos investidores resultados superiores ao de outros investimentos. “Os fundos imobiliários têm permitido juros de 12% ou 14% ao ano ou até mais e hoje são bastante superiores aos prêmios pagos pelos títulos públicos”. Os fundos com melhores resultados no primeiro semestre deste ano chegaram a apresentar rentabilidade de 40% ou até 50% em apenas seis meses.

O momento é bom para os investidores porque com o pior rendimento de aplicações mais seguras, o custo de oportunidade dos fundos imobiliários aumenta e os investidores aceitam pagar valores mais altos pelas cotas, levando a uma alta do mercado.

Contudo, é importante lembrar que na renda variável os riscos são maiores. A tendência de alta pode não se concretizar e a rentabilidade do investimento está sujeita a riscos relacionados a fatores macroeconômicos – que podem levar à retração da demanda do mercado imobiliário-, a problemas estruturais do imóvel ou a uma supervalorização do preço de venda ou do aluguel do empreendimento. Veja como escolher um bom fundo imobiliário.

3- Retorno mensal

Segundo a lei que regula a tributação do segmento, 95% dos rendimentos e ganhos líquidos do investimento devem ser distribuídos no dia 30 de junho e 31 de dezembro de cada ano. Porém, apesar da obrigação, segundo explica Sergio Belleza, a prática mais comum é que eles sejam distribuídos mensalmente. “Os fundos imobiliários são mais rigorosos que a lei e distribuem mensalmente os lucros. Eles são os melhores pagadores de dividendos do mercado de renda variável, sem dúvida”, afirma.

No ano passado, os aluguéis distribuídos por essas aplicações corresponderam em média a 9,16% do valor das cotas, segundo estudo da consultoria Uqbar.

4- Maior comodidade para o investidor

Os fundos de investimento, no geral, podem ser uma boa opção para investidores iniciantes porque a responsabilidade pela escolha dos ativos fica por conta de profissionais especializados. E no caso dos fundos imobiliários, a administração é ainda mais especializada, uma vez que não inclui apenas o gestor do fundo, mas também agentes envolvidos na administração dos bens e na avaliação dos riscos do investimento.

Carlos Ferrari explica que, atualmente, os fundos imobiliários têm se sofisticado com a participação de mais profissionais. Exemplo disso é o processo de “due diligence imobiliário”, cada vez mais comum entre os fundos, no qual advogados são contratados para avaliar os riscos jurídicos dos empreendimentos. Assim, não só os riscos estruturais dos imóveis são vislumbrados. “Nós fazemos uma auditoria no imóvel, avaliamos aspectos como a inexistência de documentos, questões urbanísticas, a existência de passivos fiscais e outras questões”. Com mais rigor na fase de prospecção do negócio, os fundos selecionam com mais critério os ativos que compõem a carteira, mitigando os riscos.

Há que se ressaltar, no entanto, que por mais que os imóveis sejam bem selecionados, alguns dos maiores riscos dos Fundos Imobiliários consistem na inadimplência e outros problemas com inquilinos, que podem independer de uma boa administração.

5- Investimento mínimo cada vez menor

Em 2002, Sérgio Belleza estruturou o primeiro Fundo Imobiliário para pessoas físicas com cotas negociadas na Bovespa e acompanhou toda a evolução destes Fundos até hoje. Segundo ele, antes os FII com imóveis e inquilinos de grande qualidade eram acessíveis somente a investidores de grande porte e agora o são também para o investidor privado. Ele afirma que é possível investir em bons fundos com cerca de 1.000 reais, sendo que há alguns anos o tíquete mínimo do investimento era de 10.000 reais.

“Está crescendo cada vez mais o número de fundos com valor mínimo investimento. Há muito tempo eu trabalho com investimento imobiliário, mas eu nunca tive tantos amigos me perguntando sobre o investimento. O investidor pessoa física está cada vez mais interessado”, diz.

Ele acrescenta que a tendência é que, com os outros investimentos desvalorizados, e a maior busca pelos fundos imobiliários outras instituições procurem viabilizar ainda mais o investimento para a pessoa física. “Alguns bancos de varejo pareciam ter medo dos fundos imobiliários e agora estão começando a oferecer o investimento aos clientes porque viram que a demanda é alta”, afirma.

6- Isenção de IR nos rendimentos

Se o fundo possui pelo menos 50 cotistas e o cotista não detém mais de 10% da totalidade de cotas emitidas pelo fundo, os rendimentos (proventos) são isentos de Imposto de Renda (para os demais investidores, incide Imposto de Renda à alíquota de 20%). Os fundos também são isentos de PIS e Cofins. Apenas quando há ganho de capital na venda da cota é que ocorre a tributação, que corresponde a 20% do lucro da operação.

7- Riscos são compartilhados

Por constituir-se um condomínio fechado, os investidores compartilham os riscos envolvidos nos Fundos. Dessa forma, os riscos já citados, como de fatores macroeconômicos, problemas estruturais do imóvel e com os inquilinos, se não podem ser evitados por completo, em último caso são repartidos entre os cotistas.

Além disso, no caso dos fundos que investem em mais de um empreendimento, o risco também é racionado entre os bens. Assim, se um ativo tem uma má performance o prejuízo é menor.

Belleza explica que apesar de muitos fundos serem criados para investir em um único empreendimento, como em um shopping, hotel, ou prédio comercial, a tendência é que cada vez mais os ativos sejam diversificados. “Na maioria dos fundos, o gestor escolhe um segmento e investe nele. Nos fundos imobiliários nem sempre é assim e a tendência é que o investimento se foque cada vez menos apenas em um conjuntos”.

Um risco, porém, que não é compartilhado é o de liquidez. O investidor deve cuidar para não comprar as cotas com ágio e vendê-las com deságio, reduzindo o lucro final do negócio. Por mais que o volume de negociações das cotas dos fundos tenha crescido bastante, é importante avaliar qual é o número de negócios de um fundo imobiliário nos últimos 12 meses e no último mês para que o investimento não seja feito em um fundo com liquidez abaixo do mercado.

Segundo a BM&F Bovespa, em julho foram negociadas 28.603 cotas na bolsa. Um aumento de 74% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram negociadas 7.548 cotas.

8- Investimento tende a se sofisticar para atender apetite de investidores qualificados

Carlos Ferrari explica que existe uma tendência de que a securitização dos empreendimentos aconteça cada vez mais cedo e que estrutura imobiliária seja preparada para o mercado de capitais desde sua formação. O investidor, portanto, entraria no investimento já na etapa de incorporação do negócio. “Normalmente, o fundo imobiliário é voltado ao investidor não qualificado (com capacidade de aporte inferior a 300.000 reais). Com a união das estruturas desde o início do processo, o investidor poderá comprar ativos alavancados na estruturação do empreendimento”.

Dessa forma, o fundo de investimento seria utilizado como um veículo para trazer recursos para novos empreendimentos, o que antes era feito apenas por grandes empresários. Segundo Ferrari, a aplicação inicial nos Fundos qualificados seria de 300.000 reais. “Já existem Fundos assim em fase de elaboração, como um da Credit Suisse e outro da GP Investimentos. Até o fim do ano eles devem ser lançados no mercado”.

Os fundos imobiliários, como explicado, além de investir em bens móveis, podem investir em recebíveis, que são os créditos decorrentes das vendas e operações a prazo dos imóveis. No caso de um imóvel em construção, por exemplo, a construtora pode vender os recebíveis para receber à vista o que ela receberia apenas depois que o imóvel estivesse pronto. Quem faz a transformação dos recebíveis em títulos e os disponibiliza para investidores são as empresas securitizadoras. A tendência apresentada, portanto, é de que as securitizadoras já entrem no processo na própria elaboração do empreendimento.

Assim, a alavancagem seria maior, uma vez que o investimento em recebíveis seria feito em uma fase ainda mais prematura do investimento do que na construção e todos os agentes envolvidos participariam da incubação do bem investido.

 

 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

4 investimentos que devem se destacar nos próximos meses - Página 2 - EXAME.com

4 investimentos que devem se destacar nos próximos meses

2) Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs)

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) são uma outra forma de investimento indireto em imóveis. O investidor, ao comprar o CRI, está comprando de uma empresa securatizadora um título de crédito baseado em contratos de financiamento, locação, arrendamento e quaisquer outros que tenham como objeto um imóvel para garantir o pagamento desse título.

No caso de um imóvel em construção, por exemplo, a construtora pode vender os recebíveis a terceiros, que são os créditos decorrentes das vendas e operações a prazo dos imóveis. Assim, ela consegue receber à vista o que ela receberia apenas depois que o imóvel estivesse pronto. E a empresa securatizadora é quem faz a transformação dos recebíveis em títulos e os comercializa.

Julio Ortiz afirma que os CRIs podem ser bastante rentáveis e por isso são boas alternativas para quem quer fugir dos investimentos que estão com o rendimento prejudicado pelas quedas de juros. "O CRI tem dois ótimos apelos: o fato de ser um investimento isento de imposto de renda; e o fato de ser um investimento que aplica em créditos privados, o que abre ao investidor a possibilidade de ganhar mais dinheiro do que nos investimentos em títulos públicos e no mercado mais tradicional dos fundos, como nos fundos DI", diz.

Apesar da alta lucratividade possibilitada pela isenção de imposto de renda, os CRIs têm baixa liquidez (o investidor não pode resgatar o valor investido a qualquer momento) e envolvem riscos de crédito, que podem ser gerados, por exemplo, pela dificuldade dos compradores em pagar suas dívidas.

Alguns bancos, como a Caixa oferecem este tipo de aplicação a pequenos investidores, com aplicação inicial mínima de 10.000 reais. Porém, o mais comum é que os CRIs sejam voltados a investidores qualificados, com capacidade de aportes superiores a 300.000 reais. 

3) Ações

O investimento em ações, para quem sempre investiu em produtos de renda fixa, como em títulos do Tesouro Nacional ou na poupança, pode soar arriscado. Mas, segundo Ortiz, esta impressão pode mudar se o investidor entender que a bolsa é um investimento que deve ser realizado no longo prazo e com orientação de profissionais com experiência no mercado de ações.

"Muitas pessoas físicas perderam dinheiro na bolsa por causa da crise e se assustaram. Ações são sempre ativos importantes, mas o investimento deve ser bem orientado, com a ajuda de um profissional. E o investidor deve ter a consciência de que é um investimento de longo prazo, para que ele consiga obter bons retornos", explica o diretor da Rio Bravo.

Ortiz ainda justifica que o momento de baixa da bolsa pode ser propício para o investidor comprar ações desvalorizadas e ganhar com uma futura valorização. "Se o investidor seguir uma boa análise, ele pode aproveitar boas oportunidades neste momento. Uma empresa que está mal precificada agora, com certeza em algum momento voltará a ser bem precificada", avalia.



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Folha de S.Paulo - Cotidiano - Alvo imobiliário, porto tem solo contaminado - 27/08/2012

Folha de S.Paulo - Cotidiano - Alvo imobiliário, porto tem solo contaminado - 27/08/2012

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Alvo imobiliário, porto tem solo contaminado

Região portuária do Rio tem ao menos 13 áreas com resíduos, inclusive onde serão erguidas instalações olímpicas

Nível de contaminação é baixo na maioria das áreas, mas trabalho de limpeza vai atrasar e elevar custo das obras

ITALO NOGUEIRA
DO RIO

Uma das principais áreas de interesse imobiliário no Rio, a região portuária apresenta contaminação do solo. Os resíduos atingiram inclusive áreas nas quais serão erguidas instalações olímpicas.

A contaminação foi constatada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e pelo Instituto Estadual do Ambiente em ao menos 13 terrenos na região, que passa por revitalização, com R$ 8 bilhões de investimentos.

Suspeita-se que toda a área tenha resíduo de atividades portuárias ou industriais.

Segundo a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto, o nível de contaminação na maioria dos pontos é baixo e pode ser remediado. O custo, afirma, fica a cargo do empreendedor.

A Caixa Econômica Federal tem, por meio de fundo imobiliário, direito sobre quase todos os terrenos da região. O banco afirma que a contaminação pode ser remediada e foi analisada quando adquiriu os títulos imobiliários.

PORTO OLÍMPICO

O uso de terrenos contaminados pode atrasar a conclusão e aumentar o custo das obras. Dois terrenos afetados serão usados para erguer o Porto Olímpico, onde ficarão vilas de mídia e árbitros.

As unidades serão vendidas posteriormente para servidores municipais.

A Solace, responsável pela obra, afirmou que ainda realiza estudos e irá "adotar medidas mitigadoras para resolver o passivo ambiental".

Em um dos casos mais graves, porém, a remediação não foi possível. A construção de uma creche teve de ser suspensa em razão do alto grau de contaminação do terreno.

De acordo com o estudo de impacto de vizinhança da região, feito em 2010, os resíduos foram gerados ao longo dos anos pela presença de indústrias com beneficiamento de produtos químicos, armazéns com estocagem pouco cuidadosa e de vazamento de óleo de embarcações.

Hoje, grande parte dos galpões e indústrias está inativa. Mas resíduos permaneceram e, afirma o estudo, podem prejudicar a região.

Segundo o documento, em locais onde o solo e águas subterrâneas estejam contaminados, a implantação de empreendimentos e a movimentação do solo podem futuramente afetar a saúde de trabalhadores nas obras e, posteriormente, dos futuros ocupantes dos imóveis.

"Com a existência desses riscos, as licenças ambientais poderão não ser emitidas."

O mesmo estudo, porém, aponta que há viabilidade econômica e ambiental para os futuros empreendimentos.

"A valorização econômica da região tornará os processos de investigação confirmatória, remediação e monitoramento, quando cabíveis, viáveis para os empreendimentos, considerando o potencial econômico futuro do empreendimento a ser construído."

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BB prepara megafundo imobiliário com agências e imóveis

BB prepara megafundo imobiliário com agências e imóveis

28
agosto

16:32

Agência do Banco do Brasil - Wikimedia Commons

O Banco do Brasil (BB) anunciou hoje que criou um fundo imobiliário com suas agências e prédios, e que deverá ser oferecido para investidores no mercado. O valor do fundo não foi informado, mas o ganho do banco com a operação, representado pela diferença entre o preço de registro dos imóveis no balanço e o provável preço de venda, é de R$ 710 milhões,  líquido de impostos. A partir desse valor, pode-se estimar que vai ser um dos maiores fundos imobiliários já lançados para o investidor pessoa física.

O banco é o atual dono das cotas do fundo, mas deverá revendê-las ao mercado, na forma de ofertas secundárias. O ganho será incorporado ao balanço do banco à medida que as cotas forem sendo vendidas, operação que dependerá ainda de autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A estruturação do fundo será feita pelo Banco Votorantim, de quem o BB é sócio.

A notícia deverá interessar aos investidores que procuram opções em fundos imobiliários pela isenção de imposto de renda para pessoas físicas dos ganhos distribuídos por essas carteiras. Os imóveis também devem ser bem diversificados e utilizados pelo próprio banco, o que dá maior segurança do que o investimento em um fundo que possui um prédio usado por uma multinacional, por exemplo. A oferta deverá mirar especialmente os clientes de alta renda do banco, o chamado private bank, mas poderá incluir alguma parcela para o varejo. A atratividade da operação vai depender, porém, também da remuneração oferecida pelo banco.

A operação foi vista como positiva pelo mercado, que está puxando para cima as ações do banco. Para a corretora Concórdia, por se tratar de um fundo imobiliário que tem ativos detidos pelo BB e ser um tipo de investimento que não tem imposto de renda sobre os ganhos, é possível que a demanda seja elevada. "Reforçamos aqui  nossa recomendação de compra, lembrando que as ações do BB (BBAS3) são uma boa alternativa para carteiras voltadas para a distribuição de proventos (dividendos)", diz a corretora em relatório. A ação ordinária (ON, com voto) do banco era negociada às 16h30 a R$ 24,01, com 2% de alta.




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CIRCULAR Nº 590, DE 28 DE AGOSTO DE 2012 - Lex Ministério da Fazenda Caixa Econômica Federal Vice-Presidência de Fundos de Governo e Loterias

CIRCULAR Nº 590, DE 28 DE AGOSTO DE 2012

MINISTÉRIO DA FAZENDA

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

VICE-PRESIDÊNCIA DE FUNDOS DE GOVERNO E LOTERIAS

DOU de 29/08/2012 (nº 168, Seção 1, pág. 19)

Dispõe sobre o Orçamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, para o exercício de 2012, e dá outras providências.

A Caixa Econômica Federal - CAIXA, no uso das atribuições que lhe conferem o artigo 7º, inciso II, da Lei nº 8.036, de 11/05/90, e o artigo 67, inciso II, do Anexo ao Decreto nº 99.684, de 08/11/90, com a redação dada pelo Decreto nº 1.522, de 13/06/95, em cumprimento às disposições estabelecidas na Resolução Nº 693, de 24 de julho de 2012, do Conselho Curador do FGTS, e nas Instruções Normativas do Ministério das Cidades nº 46, nº 47 e nº 48, todas de 22 de dezembro de 2011, nº 18, de 19 de julho de 2012, e nº 20, de 20 de agosto de 2012, e

considerando a suplementação de R$ 12.700.000.000,00 (doze bilhões e setecentos milhões de reais) a favor da área de Habitação Popular, para aplicação no exercício de 2010; e

considerando os remanejamentos de recursos entre Programas e Unidades da Federação, no âmbito das Áreas de Habitação Popular e Saneamento Básico, resolve:

1 - Divulgar nova distribuição dos recursos do Orçamento Operacional do FGTS para 2012, por Programa e Unidade da Federação, com vistas ao cumprimento das determinações emanadas do Conselho Curador do FGTS e do Gestor das Aplicações, no que se refere à distribuição, aplicação e ao controle dos recursos do FGTS, no exercício de 2012.

2 - Os empregos e as metas físicas, expressos em número de unidades habitacionais nos programas das áreas de Habitação Popular, e em número de habitantes beneficiados nos programas das áreas de Saneamento Básico e Infra-estrutura Urbana, constituem o Anexo I desta Circular.

2.1 - A distribuição dos recursos, segregados por Área de Aplicação, Programa e Unidade da Federação, no montante de R$ 46.700.000.000,00 (quarenta e seis bilhões e setecentos milhões de reais), constitui os Anexos II e III desta Circular.

2.2 - A alocação dos recursos aos Agentes Financeiros dar-seá mediante comprovação de que seus respectivos planos de contratações estejam em consonância com o comprimento das metas físicas, para o período 2011/2014, do Programa Nacional de Habitação Urbana - PNHU, integrante do Programa Minha Casa, Minha Vida - PMCMV, de que tratam o art. 6º da Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009, com a redação dada pela Lei nº 12.424, de 16 de junho de 2011, o art. 7º do Decreto nº 7.499, de 16 de junho de 2011, a Portaria nº. 363, de 11 de agosto de 2011, do Ministério das Cidades, e a Portaria Interministerial nº 409, de 31 de agosto de 2011, dos Ministérios das Cidades, Fazenda e Planejamento, Orçamento e Gestão, objetivando atendimento às seguintes faixas de renda:

a) 600.000 (seiscentas mil) unidades habitacionais, para famílias com renda mensal bruta limitada a R$ 3.100,00 (três mil e cem reais); e

b) 200.000 (duzentas mil) unidades habitacionais, para famílias com renda mensal bruta limitada a R$ 5.000,00 (cinco mil reais).

2.2.1 - Serão considerados, para efeito de cumprimento das metas físicas estipuladas no subitem anterior, os financiamentos contratados a partir de 26 de março de 2009, e que se enquadrem nas definições legais estabelecidas para as operações do PNHU/PMCMV, conjugadas com recursos do FGTS.

2.2.2 - Na alocação de recursos aos agentes financeiros, para aplicação nos programas da área de Habitação Popular, para fins de produção de unidades habitacionais, que venham a beneficiar famílias com renda mensal bruta limitada a R$ 3.100,00 (três mil e cem reais), o Agente Operador observará a existência prévia de orçamento de descontos, considerando a estimativa de comercialização de unidades, por meio de financiamentos concedidos com recursos do FGTS, e os valores médios de descontos praticados.

3 - A aplicação dos recursos destinados à concessão de descontos nos financiamentos a pessoas físicas observará a distribuição por Unidade da Federação fixada no Anexo IV desta Circular e ainda os dispositivos a seguir relacionados:

a) serão destinados R$ 5.345.000.000,00 (cinco bilhões, trezentos e quarenta e cinco milhões de reais) para produção ou aquisição de imóveis novos, passíveis de enquadramento nas definições legais estabelecidas para as operações do PNHU/PMCMV, conjugadas com recursos do FGTS, e ainda os seguintes dispositivos:

a.1) no mínimo, 80% (oitenta por cento) dos recursos serão destinados a municípios integrantes de regiões metropolitanas ou regiões integradas de desenvolvimento, municípios-sede de capitais estaduais, e municípios com população igual ou superior a cem mil habitantes, observado o último Censo Demográfico ou, se mais recente, a última estimativa populacional, ambos divulgados pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE; e

a.2) é vedada a aplicação em financiamentos contratados no âmbito do Programa Carta de Crédito Individual, enquadrados em qualquer modalidade operacional, executados sob a forma coletiva ou por intermédio de parcerias.

b) serão destinados R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais) para aplicação em financiamentos em áreas rurais, observadas as diretrizes do Programa Nacional de Habitação Rural - PNHR, integrante do Programa Minha Casa, Minha Vida - PMCMV, definidas pela Portaria Interministerial nº 395, de 26 de agosto de 2011, dos Ministérios das Cidades, da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão, e pela Portaria nº 406, de 2 de setembro de 2011, do Ministério das Cidades, vedado o atendimento a agricultores ou trabalhadores rurais que:

b.1) tenham recebido, a qualquer época, subvenções ou subsídios de finalidade habitacional, bem como tenham figurado como beneficiários de programas habitacionais lastreados nos recursos orçamentários da União ou do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;

b.2) sejam detentores de financiamento imobiliário ativo, no âmbito do Sistema Financeiro Habitacional - SFH, em qualquer localidade do território nacional;

b.3) sejam proprietários, cessionários ou promitentes compradores de imóvel residencial urbano ou rural, situado no atual local de domicílio ou onde pretenda fixá-lo, ressalvados os casos de reforma de moradia;

b.4) sejam detentores de área superior a quatro módulos fiscais, na forma definida pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF, gerido pelo MDA;

b.5) sejam assentados pelo Programa Nacional de Reforma Agrária - PNRA, gerido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, do Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA;

b.6) constem do Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal - CADIN, de que trata a Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002;

b.7) possuam débitos não regularizados junto à Receita Federal; ou

b.8) apresentem renda familiar bruta anual igual ou inferior a R$ 15.000,00 (quinze mil reais).

c) serão destinados R$ 1.100.000.000,00 (um bilhão e cem milhões de reais) para aplicação em financiamentos em áreas urbanas, não enquadráveis no PNHU/PMCMV, incluídos os financiamentos contratados no âmbito do Programa Carta de Crédito Individual, enquadrados em qualquer modalidade operacional, executados sob a forma coletiva ou por intermédio de parcerias.

4 - Para fins de acompanhamento das contratações efetuadas no âmbito do Programa de Atendimento Habitacional através do Poder Público - PRÓ-MORADIA, os Agentes Financeiros devem providenciar o preenchimento de quadro demonstrativo, segundo modelo definido no Anexo V desta Circular, encaminhando-o ao Agente Operador, até o final do mês subseqüente ao de referência, via meio eletrônico para o endereço geavo@caixa.gov.br;

5 - Na aplicação dos recursos alocados à área orçamentária de Saneamento Básico, serão observados os seguintes dispositivos, sem prejuízo da distribuição entre Unidades da Federação constante do Anexo III desta Circular CAIXA:

a) destinar até R$ 2.693.022.000,00 (dois bilhões, seiscentos e noventa e três milhões e vinte e dois mil reais) para operações de crédito com mutuários do setor público;

b) destinar até R$ 2.306.978.000,00 (dois bilhões, trezentos e seis milhões e novecentos e setenta e oito mil reais) para operações de crédito com mutuários do setor privado.

6 - As operações de crédito vinculadas aos recursos da área orçamentária de Infraestrutura Urbana ficam distribuídos na forma a seguir especificada:

a) até R$ 1.000.000.000,00 (um bilhão de reais), alocados em nível nacional;

b) até R$ 4.000.000.000,00 (quatro bilhões de reais), para propostas de operação de crédito referentes aos empreendimentos de mobilidade urbana, diretamente associados à realização da Copa do Mundo FIFA 2014, definidos na Matriz de Responsabilidades e suas alterações, e/ou à execução de ações vinculadas à segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento, eixos Mobilidade Grandes Cidades e Pavimentação e Qualificação de Vias Urbanas.

7 - No exercício de 2012 as aplicações realizadas à conta das disponibilidades financeiras do FGTS, sem prejuízo dos valores alocados às áreas de Habitação Popular, Saneamento Básico e Infraestrutura Urbana, obedecerão aos seguintes limites:

a) contratação, até o limite de R$1.000.000.000,00 (um bilhão de reais), no âmbito do Programa Especial de Crédito Habitacional ao Cotista do FGTS - PRÓ-COTISTA, na forma e condições definidas pela Resolução nº 542, de 30 de outubro de 2007, do Conselho Curador do FGTS, e regulamentação do Gestor da Aplicação e do Agente Operador, obedecida a distribuição apresentada no Anexo VI;

b) aquisição, até o limite de R$ 2.500.000.000,00 (dois bilhões e quinhentos milhões de reais), de Certificados de Recebíveis Imobiliários - CRI, observadas as condições estabelecidas pelo Conselho Curador do FGTS, e regulamentação do Agente Operador;

c) R$ 6.374.062.723,38 (seis bilhões, trezentos e setenta e quatro milhões, sessenta e dois mil, setecentos e vinte e três reais e trinta e oito centavos) para aplicação no Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FI-FGTS, na forma e condições estabelecidas pela Lei nº 11.491, de 20 de junho de 2007, e pela Resolução Nº 586, de 19 de dezembro de 2008, do Conselho Curador do FGTS;

c.1) esse valor adicionado ao montante aplicado em 2008, 2009, 2010 e 2011 - R$ 17.875.937.267,62, totaliza R$ 24.300.000.000,00, autorizados pelo Conselho Curador do FGTS;

d) R$ 2.000.000.000,00 (dois bilhões de reais) em aquisição de cotas de Fundos de Investimento Imobiliário - FII, de cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios - FIDC, de Debêntures e de Certificados de Recebíveis Imobiliários - CRI, que possuam lastro em operações de habitação lançadas por incorporadoras, empresas da construção civil, Sociedades de Propósito Específico - SPE, cooperativas habitacionais ou entidades afins, nas condições estabelecidas na Circular CAIXA nº 524, de 12 de agosto de 2010;

e) R$ 1.437.164.000,00 (um bilhão, quatrocentos e trinta e sete milhões, cento e sessenta e quatro mil reais) em aquisição de cotas de Fundos de Investimento Imobiliário - FII, de cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios - FICD, de Debêntures e de Certificados de Recebíveis Imobiliários - CRI, que possuam lastro em operações do setor de saneamento, lançados por empresas públicas ou privadas, Sociedades de Propósito Específico - SPE ou entidades afins, nas condições previstas na Circular CAIXA nº 498, de 27 de novembro de 2009; e

f) R$ 3.000.000.000,00 (três bilhões de reais) em aquisição de cotas de Fundos de Investimento Imobiliário - FII, de cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios - FICD, de Debêntures e de Certificados de Recebíveis Imobiliários - CRI, que possuam lastro em operações do setor de transporte para renovação de frota de veículos do sistema de transporte coletivo de passageiros urbano e de característica urbana sobre pneus e para investimentos em infraestrutura de transporte coletivo urbano e de característica urbana, nas condições previstas na Circular CAIXA nº. 499, de 27 de novembro de 2009.

8 - O volume total de recursos para aplicação pelo FGTS em 2012 está demonstrado no Anexo VII.

9 - Esta Circular e os respectivos anexos estão disponíveis ao público interessado, por intermédio do site da CAIXA, no endereço http://www.caixa.gov.br, escolher a opção download, item Circulares CAIXA e FGTS.

10 - Os casos omissos serão dirimidos pelo Agente Operador, no que lhe couber.

11 - Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se a Circular CAIXA nº 567, de 26 de dezembro de 2011.

FABIO FERREIRA CLETO - Vice-Presidente



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8 sinais de que o fundo imobiliário é o investimento da vez - EXAME.com

8 sinais de que o fundo imobiliário é o investimento da vez - EXAME.com

São Paulo – Os Fundos de Investimento Imobiliários (FII) estão em alta. Por um lado, o baixo rendimento da poupança e de outros investimentos indexados à Selic (a taxa básica de juro do mercado) desagradam o investidor conservador, e por outro a baixa da bolsa – que deveria subir com os juros menores - desanima quem tem um perfil mais agressivo. E assim, os FIIs deixam de ser uma alternativa de investimento para passar a ser um dos principais focos de gestores e investidores.

EXAME.com conversou com especialistas do assunto em um evento sobre o mercado imobiliário conduzido esta semana pelo escritório de advocacia N, F & BC Advogados. Eles explicaram por que o mercado tem visto os FIIs como uma saída para as decepções com os outros investimentos mais tradicionais. Veja a seguir os 8 principais para entender o segmento:

1) O seu investimento pode ser literalmente visitado

Para quem acaba de sair de um investimento em renda fixa, como a poupança, fundos DI, CDBs ou Tesouro Direto, sentir solidez nos investimentos pode ser essencial. Apesar de os Fundos Imobiliários não serem isentos de riscos - como qualquer outro investimento de renda variável-, eles podem ser um bom começo para o investidor que não quer sentir que está se arriscando demais.

"Quem investe em um fundo imobiliário tem lastro, tem tijolos e bens de raiz por trás do investimento. E no modelo de fundo imobiliário brasileiro, não se permite a alavancagem, ou seja, não são tomados mais recursos emprestados para investir", explica Sérgio Belleza, consultor de investimentos e uma das maiores referências em FIIs no Brasil. Ele acrescenta que muitos investidores mais conservadores, sabendo que os imóveis do fundo podem ser visitados, sentem-se mais seguros com o investimento.

Os fundos imobiliários permitem que o investidor invista em imóveis, sem comprá-los diretamente. Por meio de uma corretora, o investidor compra cotas do fundo, que investe em um ou mais imóveis comerciais, corporativos, residenciais e outros para ganhar com sua valorização ou com a renda dos aluguéis. Eles também podem investir ainda em recebíveis imobiliários, que são papéis com lastro em imóveis, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs).

2) Possibilidade de maior rentabilidade em períodos de juros baixos e oscilações da bolsa

Investidores mais conservadores, acostumados a produtos atrelados à taxa Selic, como a poupança e investimentos referenciadas ao CDI (como CDB, LCI e Letras Financeiras do Tesouro – LFTs), sofreram com as quedas da taxa básica, que passou de 12,5% a 7,5%. E os mais agressivos, por sua vez, também enfrentaram dissabores com as oscilações da bolsa. Com isso, os fundos imobiliários ganharam evidência no último semestre.

Entre janeiro e julho, os FIIs tiveram um crescimento de 57% em relação a igual período do ano passado, segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ao todo, foram vendidos 5,36 bilhões de reais em novas cotas.

Carlos Ferrari, sócio do N, F & BC e especialista em direito imobiliário, destaca que os FII têm devolvido aos investidores resultados superiores ao de outros investimentos. "Os fundos imobiliários têm permitido juros de 12% ou 14% ao ano ou até mais e hoje são bastante superiores aos prêmios pagos pelos títulos públicos". Os fundos com melhores resultados no primeiro semestre deste ano chegaram a apresentar rentabilidade de 40% ou até 50% em apenas seis meses. 



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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Com ambição, Plural vira banco | O POVO

Com ambição, Plural vira banco

Um modernoso painel de LED de proporções cinematográficas exibe imagens de várias partes do mundo e dá as boas-vindas aos visitantes, que, na sequência, podem apreciar obras contemporâneas de artistas plásticos como Waltércio Caldas e José Bechara, posicionadas aqui e ali. A cor branca em paredes e pisos ajuda a dar um quê de galeria de arte à nada convencional sede do novíssimo Brasil Plural Banco Múltiplo. Fora do circuito Faria Lima que abriga quase todos os bancos de investimento, o escritório impressiona e rapidamente transmite a mensagem de que os planos ali são ambiciosos.

Após três anos de suspense, o mais novo banco de investimentos brasileiro nasce com estrutura respeitável. Os grandes exemplares dessa espécie, Garantia e Pactual, tiveram começos bem mais modestos. Mesmo o Itaú BBA, que hoje domina esse mercado ao lado do BTG Pactual no país, também teve origem mais humilde.

Mas os tempos são outros, o mercado é mais complexo e os fundadores do Plural não começaram do zero. Já haviam feito seus milhões no mercado financeiro quando decidiram criar seu próprio banco.

"Queremos brigar no mesmo grupo de Itaú BBA e BTG Pactual", diz Rodolfo Riechert, sócio do novo banco e também presidente da instituição. Ao lado de André Schwartz, Carlos Eduardo Rocha e Eduardo Moreira, todos ex-sócios do antigo Pactual, Riechert fundou a Plural Capital em 2009. Juntos, aplicaram os R$ 400 milhões iniciais nos fundos da gestora.

Até junho do ano passado, estavam impedidos de criar um banco por conta de uma cláusula de seu contrato de saída do Pactual. Bem antes disso, porém, os planos já estavam traçados.

O primeiro passo foi a incorporação da Flow, corretora de Jorge Felipe Lemann, filho do empresário Jorge Paulo Lemann. Anunciado em 2011, o negócio envolveu uma troca de ações que fez de Pipo - como é conhecido Jorge Felipe no mercado - um dos sócios principais do Plural.

Desde então, o Plural começou a se preparar e montou uma estrutura que soma hoje 300 pessoas e vai chegar a 500 com a incorporação de novos negócios.

Na quarta-feira, finalmente veio a autorização do Banco Central (BC) para que a Plural Capital virasse banco. A autoridade monetária aprovou a aquisição do Banco Equity - que pertencia ao Prosper e estava inoperante - abrindo caminho para isso. Poucos dias antes, o BC havia concedido à Plural a autorização para sua associação com a Flow.

Quase simultaneamente, a Securities and Exchange Commission (SEC, regulador do mercado de capitais nos EUA) deu a licença para o Plural atuar como corretora em Nova York, onde já montou uma equipe de 15 pessoas.

As aprovações eram necessárias para colocar em ação o projeto de fazer a Plural Capital ir além da assessoria financeira e da gestão de recursos. Agora, ganha a capacidade de financiar operações de clientes - ainda que de forma limitada - e poderá lançar uma plataforma completa de serviços e produtos financeiros no Brasil e no exterior.

Falta ainda o sinal verde do BC para a compra da corretora Geração Futuro, que deixará o Plural com um pé no segmento de varejo, mas esse é um negócio que ficará segregado do banco. Completam a estrutura uma securitizadora, uma resseguradora - a Terra Brasis, que aguarda aprovação regulatória para começar a operar - e a ABL, que vai desenvolver shopping centers.

A nova fase inclui a mudança de nome. Fundada como Plural Capital, a instituição passa a se chamar Brasil Plural Banco Múltiplo - o "Brasil" foi incluído para evitar problemas com a gestora americana Plural Investments, mas o sócios sabem que o banco ficará conhecido apenas como Plural.

"Passamos a ser uma instituição financeira completa. A gente vem desse DNA", afirma Riechert ao Valor. "Vamos atuar no levantamento de recursos e não só na assessoria financeira aos nossos clientes."

A ideia é que o banco tenha patrimônio líquido de até R$ 300 milhões, sete vezes os R$ 40 milhões atuais. Os sócios vão integralizar os recursos próprios que, hoje, estão alocados nos fundos de investimentos da casa.

Além dos quatro sócios iniciais, o time de acionistas com direito a voto é formado por Jorge Felipe Lemann, Evandro Pereira, Pedro Guimarães e Claudio Pracownik. Esse mesmo grupo e outros 17 sócios detêm as ações preferenciais. Outros três nomes devem entrar no capital em nova rodada de escolha de novos sócios entre os executivos, prevista para o fim deste ano. As informações são do site Valor Econômico.


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Largman deixa PDG Securitizadora

(Valor Econômico - São Paulo/SP - EMPRESAS - 24/08/2012 - Pág. B12)

Cerca de um ano depois de assumir a presidência da PDG Securitizadora, Luis Largman está de saída da companhia. Conforme o Valor apurou, o anúncio oficial ocorrerá logo após a conclusão da capitalização da PDG Realty, proposta pela Vinci Partners. A operação será concluída em 30 de agosto.

 

A saída de Largman teria sido de comum acordo e marca a decisão da PDG de focar as atividades da securitizadora apenas nos recebíveis da própria companhia, segundo fontes. Procurados, a PDG e o executivo não comentaram o assunto.

 

Largman, que ficou nove anos na Cyrela Brazil Realty - a maior parte do tempo como diretor financeiro e de Relações com Investidores - havia assumido o cargo na subsidiária da PDG em agosto do ano passado justamente com a missão de torná-la uma unidade independente. A securitizadora é a empresa responsável por adquirir recebíveis imobiliários e "empacotá-los" para venda a investidores, com a emissão de títulos no mercado de capitais, os chamados certificados de recebíveis imobiliários (CRI).

 

O projeto era fazer com que a PDG Securitizadora fizesse emissões para outras empresas, inclusive a Cyrela - que tradicionalmente costuma manter seus recebíveis no balanço. A execução da ideia, no entanto, nunca engrenou, pois estava condicionada à entrada de um sócio na securitizadora, o que possibilitaria elevar seu patrimônio. A PDG chegou a ter conversas avançadas com o Santander e com o BTG, mas o conselho de administração da companhia não aprovou nenhuma das duas propostas, assim como não considerou as demais ofertas satisfatórias.

 

Neste ano, as atenções da PDG se voltaram para arrumar a casa, ou seja, para a reestruturação interna, com foco em vendas e redução de lançamentos, estoques e custos. A partir daí, a companhia teria decidido que a PDG Securitizadora manteria o foco somente nas operações da própria companhia. Todas as operações feitas nos últimos 12 meses, que somaram R$ 1,2 bilhão, foram para a PDG, sendo R$ 200 milhões do total referentes à securitização para a Agre Urbanismo, controlada da PDG.

 

Em julho, a PDG Securitizadora possuía quase R$ 2 bilhões em CRIs emitidos no mercado, mas a maior parte com lastro em cédulas de crédito bancário (CCB) ou recebíveis da própria PDG. Esse tipo de estrutura não agrada a parte dos investidores, em razão de potenciais riscos de conflito de interesses. Por isso, a estrutura independente só funcionaria com a entrada de um novo sócio.

 

Depois de um período de forte atividade em 2011, a securitizadora da PDG reduziu o ritmo e realizou apenas três operações no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados do último balanço disponível na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A empresa chegou a entrar com pedido para fazer uma emissão de R$ 180 milhões, que seria coordenada pelo Itaú BBA, mas a operação foi cancelada. Conforme fontes, houve um problema operacional nessa emissão, e a PDG teria optado por captar recursos de outra forma.

 

Após deixar a empresa, Largman montará uma gestora de recursos focada no setor imobiliário. Ele permanecerá na PDG Securitizadora apenas até a conclusão da operação de capitalização da controladora, a fim de evitar ruídos nesse processo. Como a securitizadora possui capital aberto, a saída precisaria ser comunicada ao mercado.


A equipe que já está à frente da securitizadora continuará responsável pelas operações após a saída do executivo. Conforme fontes, a PDG não descarta a possibilidade de buscar, novamente, a expansão da empresa de securitização em 2013.



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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Aluguéis distribuídos pelo fundo imobiliário do West Plaza vão despencar

SÃO PAULO – A ameaça de fechamento do shopping West Plaza, que no dia 7 de agosto teve seu alvará de funcionamento cassado pela prefeitura de São Paulo, é apenas mais um dos problemas para o investidor que possui cotas do fundo Shopping West Plaza (WPLZ11B) - que detém 30% de participação no empreendimento.

O outro se refere à rentabilidade das cotas. A partir de outubro, mesmo que o shopping consiga reverter a cassação imposta pela prefeitura, a rentabilidade do fundo deve cair de forma expressiva devido ao término da garantia de distribuição mínima de aluguel, que vigorou durante três anos. Até setembro, os investidores do fundo receberão, no mínimo, R$ 0,83 de rentabilidade mensal por cota - equivalente a 0,83% do valor da cota inicial do fundo, de R$ 100 - independente das receitas do fundo. A partir de outubro, esta garantia deixa de existir.

Para se ter uma ideia, em julho, não fosse a garantia de rendimento mínimo, o investidor teria um rendimento de  0,51% (0,58% de receita bruta, menos 0,07% de despesas do fundo). Em junho, o retorno seria ainda menor, de 0,31% - bem mais baixo do que a caderneta de poupança, que com a Selic nos seus atuais 8% ao ano paga 0,46% ao mês mais TR (Taxa Referencial). "O que aconteceu é que as expectativas em relação ao shopping não se confirmaram até agora. Passaram três anos do lançamento do fundo e o shopping não conseguiu se estabelecer para garantir um rendimento de acordo com o esperado. É um risco do investimento", aponta o advogado e especialista em fundos imobiliários, Arthur Vieira de Moraes.

O consultor de investimentos e fundador do site "Fundo Imobiliário", Sérgio Belleza, aponta que a partir do mês de outubro, quando deixa de ser repassada a rentabilidade garantida de 0,83%, muitos investidores podem ter uma surpresa. "Grande parte das pessoas não acompanham e não sabem que o retorno vai cair tanto", afirma.

Para ele, a administradora do fundo deveria informar isso aos cotistas. "Era o caso de convocar uma assembleia e explicar o que está acontecendo", diz o consultor. No relatório de junho, a Brazilian Mortgages, gestora do fundo, aponta que a garantia de rentabilidade está próxima do fim, mas não dá nenhum destaque à informação. "Esse rendimento [distribuído em julho, referente às receitas de maio] ]foi complementado pela garantia de renda mínima que irá vigorar até o exercício de julho de 2012, com distribuição aos cotistas em setembro de 2012", diz o relatório.

Procurado, o BTG Pactual, responsável pelo fundo, não se manifestou.

Como funciona a rentabilidade garantidaA garantia de rentabilidade é utilizada por muitos fundos imobiliários, que estipulam um período para o investimento "maturar" até que consiga retornos maiores apenas com as receitas dos aluguéis. Entretanto, Moraes ressalta que esta rentabilidade é, na verdade, dinheiro do próprio investidor voltando para o seu bolso. Funciona de seguinte maneira:

Se um fundo precisasse construir um imóvel e, para isso, o valor de cada cota devesse custar R$ 88, o gestor pode emitir as cotas a um preço mais caro - R$ 100, por exemplo. Desta forma, com estes R$ 12 de diferença, ele pode distribuir R$ 1 por mês, durante um ano, como rentabilidade garantida ao cotista. "O gestor pega seu dinheiro a vista e te devolve a prazo", aponta o advogado.

Ele lembra que esta prática é permitida, mas não deve ser utilizada pelos gestores como uma forma de atrair cotistas. "Entendo que o gestor faça isso. Como o investidor pessoa física não tem cultura de longo prazo, é uma maneira de viabilizar um projeto de dois ou três anos, pois ajuda o cotista a manter sua posição. Mas o investidor deve saber como funciona", afirma o especialista.

O advogado também ressalta que nenhum fundo pode, por lei, garantir rentabilidade aos cotistas. Por isso, essa garantia vem de terceiros. "No caso dos fundos imobiliários, a garantia é da construtora ou da administradora do empreendimento", conclui Moraes.



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Cota de fundo do Shopping West Plaza despenca após multa

São Paulo – As cotas do Fundo Imobiliário West Plaza (WPLZ11B) despencaram 8% nesta terça-feira na BM&FBovespa após a Brazilian Mortgages, que detém 30% do shopping West Plaza, anunciar ao mercado que o empreendimento foi multado em 630 mil reais pela Prefeitura de São Paulo por conta de irregularidades em seu alvará de funcionamento, cassado no dia 7 de agosto.

Entre as irregularidades apontadas pela Prefeitura, o shopping teria construído uma área adicional de lojas sem informar o governo e por isso deveria mais de 3 milhões de reais em IPTU (Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana). O shopping é administrado pela Aliansce Shooping Centers (ALSC3).

Segundo o comunicado da Brazilian Mortgages, "o Condomínio West Plaza Shopping Center I está adotando todas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis para evitar que se materializem efeitos negativos decorrentes da referida cassação em relação ao Empreendimento". A empresa tem 30 dias para corrigir as irregularidades apontadas pela Subprefeitura da Lapa.

Na mínima do dia, as cotas do fundo atingiram a queda de 9,7%.



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West Plaza tem prazo para se regularizar

21/08/2012 20:32

West Plaza tem prazo para se regularizar

Shopping tem até o dia 14 de setembro para corrigir irregularidades e recuperar alvará de funcionamento Silvério Morais
silverio.morais@diariosp.com.br

O Shopping West Plaza, localizado na região da Barra Funda, na Zona Oeste, foi multado em R$ 629.862,24 pela Subprefeitura da Lapa e tem até o dia 14 de setembro para corrigir irregularidades com documentação para continuar com as portas abertas. 

Segundo a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, a multa foi aplicada porque o shopping teve a licença de funcionamento cassada e não deu entrada no processo de regularização. Uma área de cerca de 20 mil m² estaria irregular por não constar na planta original aprovada – não foi informado qual seria esse espaço.

A Brazilian Mortgages, administradora do fundo de investimento imobiliário  do West Plaza e detentora de 30% do empreendimento, divulgou comunicado aos cotistas e ao mercado informando sobre a multa, aplicada no dia 14. 

A assessoria de imprensa do West Plaza informou que a administração do shopping não vai se manisfestar sobre o assunto no momento. O Shopping West Plaza tem mais de 20 anos de fundação e conta com 226 lojas.

Fiscalização
Desde o mês de junho, a Prefeitura  de São Paulo intensificou as ações de fiscalização nos shoppings da cidade. As subprefeituras com   shoppings  em suas regiões realizaram levantamentos sobre a documentação obrigatória e vistorias nos estabelecimentos. No mês passado, quatro centros comerciais foram ameaçados de fechamento pela administração municipal. São eles: Pátio Paulista, Higienópolis, Frei Caneca e Pirituba, mas todos continuaram com suas portas abertas após liminares dadas pela Justiça.



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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Preços de aluguéis disparam no Rio

21/08/2012
Autor: Max Leone
Fonte: O Dia

Mercado aquecido e alta de indicador fazem valores subirem.

Rio – Com o mercado de locação de imóveis aquecido no Rio e o IGPM-M, principal índice de correção de contrato de aluguel em alta, está cada vez mais difícil negociar descontos na hora de renovar o acordo com os donos dos imóveis. Ontem, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que a segunda prévia de agosto do IGP-M registrou alta de 1,38%, bem acima do 1,11% da prévia de julho. Com isso, em 12 meses, o indexador dos aluguéis já acumula 6,67%, índice que é o parâmetro para o reajuste dos contratos.

“Em bairros da Zona Sul, como Leblon e Copacabana, não se encontra mais imóveis para alugar. Por isso, os preços estão tão altos. Já nas zonas Norte e Oeste, ainda há unidades disponíveis, mas com valores em alta”, explica Antônio Paulo Monnerat, vice-presidente de locação do Secovi-Rio.

Segundo o dirigente, eventos como a Copa de 2014, as Olimpíadas de 2016 e a expectativa de produção do pré-sal são fatores que fizeram os aluguéis subirem tanto. É que mais gente quer morar no Rio.

Levantamento de preços do Secovi-Rio, de agosto, mostra que o aluguel de um imóvel de dois quartos no Leblon, por exemplo, custa, em média, R$ 5.275. Já na Tijuca, um dois quartos vale R$ 1.824. Em Copacabana sai por R$3.207 e no Centro, a R$1.508 (confira a tabela completa).

Desta forma, ressalta Monnerat, inquilinos têm tantas dificuldades para “arrancar” desconto de proprietários na hora de renovar o contrato. “Um imóvel leva de 15 a 30 dias para ser alugado. Se o proprietário não aluga para você, arruma outro interessado logo”, avisa.

Desconto de IR para inquilinos

O vice-presidente de locação do Secovi, Antônio Paulo Monnerat, defende que o governo também deveria dar inventivo fiscal a quem aluga imóveis. “O aluguel poderia ser abatido do Imposto de Renda para quem aluga. Iria estimular a oferta no setor”, avalia.

A assistente social Bianca Lessa, 34 anos, optou em morar no Centro do Rio pela comodidade. Mas está pagando caro: R$ 2 mil com condomínio. “Os preços estão abusivos. São os mesmos da Zona Sul. Vale a pena pelo conforto, mas se continuar nesse ritmo não vai mais valer”, avalia Bianca.

 

Pedido de análise de fundo da JHSF é protocolado na CVM

Fundo de investimento imobiliário tem o objetivo de investir em ativos da empresa e de suas controladas

São Paulo – Foi protocolado nesta segunda-feira o pedido de análise do fundo de investimento imobiliário JHSF Catarina Corporate Center junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Segundo comunicado, o objetivo é “investir em ativos imobiliários da JHSF e de empresas controladas.”

Em nota, a JHSF (JHSF3) afirmou que a conclusão da transação está sujeita à “análise, registro e funcionamento do Fundo, nos termos do regulamento e de outros documentos”.

A empresa é uma holding focada no setor imobiliário. Ela está envolvida na aquisição, venda, compra, desenvolvimento e gerenciamento de propriedades comerciais e residenciais. Recentemente, a companhia inaugurou um shopping em Salvador.

 

Aluguéis distribuídos pelo fundo imobiliário do West Plaza vão despencar

Por Diego Lazzaris Borges 

|9h43 | 21-08-2012

 

SÃO PAULO – A ameaça de fechamento do shopping West Plaza, que no dia 7 de agosto teve seu alvará de funcionamento cassado pela prefeitura de São Paulo, é apenas mais um dos problemas para o investidor que possui cotas do fundo Shopping West Plaza (WPLZ11B) - que detém 30% de participação no empreendimento.

O outro se refere à rentabilidade das cotas. A partir de outubro, mesmo que o shopping consiga reverter a cassação imposta pela prefeitura, a rentabilidade do fundo deve cair de forma expressiva devido ao término da garantia de distribuição mínima de aluguel, que vigorou durante três anos. Até setembro, os investidores do fundo receberão, no mínimo, R$ 0,83 de rentabilidade mensal por cota - equivalente a 0,83% do valor da cota inicial do fundo, de R$ 100 - independente das receitas do fundo. A partir de outubro, esta garantia deixa de existir.

Para se ter uma ideia, em julho, não fosse a garantia de rendimento mínimo, o investidor teria um rendimento de  0,51% (0,58% de receita bruta, menos 0,07% de despesas do fundo). Em junho, o retorno seria ainda menor, de 0,31% - bem mais baixo do que a caderneta de poupança, que com a Selic nos seus atuais 8% ao ano paga 0,46% ao mês mais TR (Taxa Referencial). “O que aconteceu é que as expectativas em relação ao shopping não se confirmaram até agora. Passaram três anos do lançamento do fundo e o shopping não conseguiu se estabelecer para garantir um rendimento de acordo com o esperado. É um risco do investimento”, aponta o advogado e especialista em fundos imobiliários, Arthur Vieira de Moraes.

O consultor de investimentos e fundador do site “Fundo Imobiliário”, Sérgio Belleza, aponta que a partir do mês de outubro, quando deixa de ser repassada a rentabilidade garantida de R$ 0,83, muitos investidores podem ter uma surpresa. “Grande parte das pessoas não acompanham e não sabem que o retorno vai cair tanto”, afirma.

Para ele, a administradora do fundo deveria informar isso aos cotistas. “Era o caso de convocar uma assembleia e explicar o que está acontecendo”, diz o consultor. No relatório de junho, a Brazilian Mortgages, gestora do fundo, aponta que a garantia de rentabilidade está próxima do fim, mas não dá nenhum destaque à informação. “Esse rendimento [distribuído em julho, referente às receitas de maio] ]foi complementado pela garantia de renda mínima que irá vigorar até o exercício de julho de 2012, com distribuição aos cotistas em setembro de 2012”, diz o relatório.

Procurado, o BTG Pactual, responsável pelo fundo, não se manifestou.

Como funciona a rentabilidade garantida
A garantia de rentabilidade é utilizada por muitos fundos imobiliários, que estipulam um período para o investimento “maturar” até que consiga retornos maiores apenas com as receitas dos aluguéis. Entretanto, Moraes ressalta que esta rentabilidade é, na verdade, dinheiro do próprio investidor voltando para o seu bolso. Funciona de seguinte maneira:

Se um fundo precisasse construir um imóvel e, para isso, o valor de cada cota devesse custar R$ 88, o gestor pode emitir as cotas a um preço mais caro - R$ 100, por exemplo. Desta forma, com estes R$ 12 de diferença, ele pode distribuir R$ 1 por mês, durante um ano, como rentabilidade garantida ao cotista. “O gestor pega seu dinheiro a vista e te devolve a prazo”, aponta o advogado.

Ele lembra que esta prática é permitida, mas não deve ser utilizada pelos gestores como uma forma de atrair cotistas. “Entendo que o gestor faça isso. Como o investidor pessoa física não tem cultura de longo prazo, é uma maneira de viabilizar um projeto de dois ou três anos, pois ajuda o cotista a manter sua posição. Mas o investidor deve saber como funciona”, afirma o especialista.

O advogado também ressalta que nenhum fundo pode, por lei, garantir rentabilidade aos cotistas. Por isso, essa garantia vem de terceiros. “No caso dos fundos imobiliários, a garantia é da construtora ou da administradora do empreendimento”, conclui Moraes.

Multa
Nesta terça-feira (21), a Brazilian Mortgages divulgou comunicado ao mercado informando que o shopping foi multado em R$ 629.862,24 e recebeu prazo de 30 dias para correção das irregularidades apontadas pela Subprefeitura da Lapa. 

A gestora diz que foi informada de que o West Plaza está adotando todas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis para evitar que se materializem efeitos negativos decorrentes da  cassação do empreendimento.

 

 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Peres, o bom vendedor que estuda a cabala

Valor Econômico, Heloisa Magalhães e Paola Moura, 15/ago

Místico, judeu não praticante, mas grande admirador do judaísmo. Estudioso da cabala e de seus ensinamentos sobre a alma humana. Bom vendedor, inquieto, criativo, notívago, ousado, apaixonado pelo mar. É assim que José Isaac Peres, fundador da Multiplan, uma das maiores empresas de shopping centers do país, se vê.

 

Uma conversa com ele é recheada de histórias curiosas sobre as empresas que criou, entremeadas de questionamentos existenciais e interpretações espirituais.

 

"Você sabe por que está aqui nesta vida? Diga: qual o sentido da vida? A cabala responde muito bem. Mostra que você está aqui para satisfazer seus desejos. Umas pessoas têm desejo material, outras intelectual e (estas últimas) não se contentam em satisfazer apenas os desejos materiais", diz.

 

E continua: "Existe um terceiro nível que está ligado à honra, à religião, ao poder. Aliás, poder é uma droga, as pessoas se acostumam e não têm mais limite. Veja um político, se não é reeleito, entra em depressão. Já o empresário, quando quebra, quebra internamente, emocionalmente", afirma.

 

E Peres, aos 72 anos, já fez algum negócio que não deu certo? "Passei momentos difíceis na vida, mas nunca fiz um negócio que não desse certo. Em [cerca de] 400 projetos, houve aqueles em que não ganhei ou empatei ou tive pequeno prejuízo. A gente nunca ganha muito, fica com o residual. Um negócio só é bom para o empresário se for bom para quem compra", resume.

 

E o comprador nem sempre acha que fez um bom negócio. Neste ano, a Multiplan foi acionada na Justiça por moradores do condomínio Royal Green, na Barra da Tijuca, que reclamavam da área comum do empreendimento. A Multiplan já fechou acordo com os moradores, e agora vai acionar a construtora, por quebra de contrato. Há quatro anos, a companhia adotou a mesma postura com alguns moradores do condomínio Golden Green, também na Barra: indenizou aqueles que, na Justiça, diziam que a empresa havia lhes tirado a prometida vista para o mar, quando decidiu construir mais três prédios no luxuoso condomínio, onde morou o ex-jogador de futebol Ronaldo e onde vive Peres.

 

Na lista das mil pessoas mais ricas do mundo, da revista "Forbes", o fundador da Multiplan aparece na posição número 854. Entre os brasileiros, está no grupo dos 35 mais abonados. Sua fortuna é estimada em US$ 1,5 bilhão.

 

Como é a sua relação com poder, dinheiro, satisfação de desejos? "No plano material sou uma pessoa mais do que realizada, mas não no intelectual. Sou criativo, minha cabeça não para. Eu digo sempre que Deus nunca dá tudo para uma pessoa. Ele pode dar talento, mas tira a tranquilidade."

 

O empresário diz que não consegue dormir cedo, só a partir das duas ou duas e meia da madrugada. "Até minha poeira baixar, leva tempo. Quando não estou criando tenho sensação de vazio", diz Peres. "É preciso entender que na vida existem três situações: ser, ter e fazer. Para algumas pessoas o ser se identifica com o ter. Para outras, o ser se identifica com o fazer. Eu sou deste grupo. Eu não me sinto realizado se não estou fazendo". Até o fim do ano, a Multiplan, fundada por ele há 37 anos, inaugura três empreendimentos, com quase R$ 1 bilhão de investimentos. O grupo controla 14 shoppings no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Tem como logomarca um trevo de quatro folhas vermelho, símbolo de boa sorte e que combina com o lado místico de Peres.

 

A empresa tem crescido, com lucro. De 2010 para 2011, o resultado operacional líquido (NOI) - indicador de eficiência das administradoras de shoppings, que considera as receitas menos as despesas geradas pela operação dos empreendimentos - cresceu 20,2%. Saltou de R$ 424,8 milhões para R$ 510,8 milhões. E o lucro líquido subiu 36,5%, de R$ 218,4 milhões para R$ 298,2 milhões.

 

Praticamente toda a semana, o empresário voa no seu jatinho e visita shoppings da Multiplan país afora. Seus filhos são parceiros na empresa, mas diz que ele mesmo tem que ir ver, avaliar, sentir e pensar novidades. E, independentemente de onde o empreendimento esteja, sempre tem luxo: "Sou adepto da teoria do Joãosinho Trinta: quem gosta de pobreza é intelectual. O [shopping] de Campo Grande [zona oeste do Rio, com inauguração prevista para novembro] vai ser tão bonito como qualquer outro. Não faço shopping diferente porque a região é de menor renda", afirma.

 

Peres conta que a Multiplan lançou os cinemas multiplex no país. "Em Brasília havia um shopping em que o cinema estava fechando. Mesmo assim, eu resolvi instalar oito salas multiplex no Park Shopping [da Multiplan]. O dono do outro shopping apostou uma caixa de Dom Pérignon que em um ano eu fecharia os cinemas. Aceitei o desafio. Venci. Em um ano, 1,3 milhão de pessoas foram aos cinemas. Quando se oferece um produto de boa qualidade as pessoas compram."

 

Sergio Carvalho, criador da Ancar Ivanhoe Shoppings Centers, com 40 anos de trajetória e 22 empreendimentos no país, considera Peres um "visionário". Ele diz que acompanha a carreira do "concorrente" desde 1979, na inauguração do BH Shopping, o primeiro da Multiplan. "Ele construiu sozinho, em terreno grandioso, distante do centro. Visionário, mudou o eixo de crescimento da cidade para aquela região de Belo Horizonte", afirma. Vale lembrar que lá as pistas e viadutos de acesso formam um trevo de quatro folhas e dali nasceu a inspiração para a logomarca da companhia.

 

Carvalho destaca que, quando Peres decidiu construir um shopping no Rio, também optou por um bairro pouco adensado. A Barra da Tijuca, na época (1981), era pouco desenvolvida e com um fluxo de pessoas relativamente baixo. "Quando ele inaugurou uma das expansões do Barra Shopping, com um centro médico, ele disse: a pessoa nasce e vive no Barra Shopping. Só faltava construir um cemitério para ficar completo", diz Carvalho, com bom humor.

 

Peres é pragmático e lembra-se quando decidiu buscar áreas mais afastadas para investir. "Quando começamos, não tínhamos capital para comprar os terrenos mais caros e optamos por adquirir os mais distantes, onde seria o futuro das cidades", lembra.

 

Para Carvalho, da Ancar, Peres é "alguém que enxerga à frente e tem coragem de ousar. Sou de uma geração mais nova e José é uma inspiração. Somos concorrentes fraternais", afirma.

 

Há cinquenta anos, Peres tem na carteira uma mesma nota do tempo do cruzeiro. Bem conservada, é uma do montante que permitiu, em 1962, comprar um terreno no centro do Rio por 2 milhões de cruzeiros, onde ele realizou seu primeiro empreendimento e começou sua primeira empresa, a Veplan.

 

Lançou um edifício residencial com apartamentos de sala e quarto conjugados. Foram todos vendidos em 18 dias, conta ele. E, desde então, a nota ficou na carteira para "não esquecer como começamos e onde chegamos, sempre com um certo grau de ousadia." Diz que quando uma empresa torna-se grande, a tendência natural é correr menos.

 

O empresário não tinha um centavo sequer para colocar no negócio. Na época, era estudante de economia pela manhã e à tarde corretor de imóveis. Queria ganhar dinheiro para ajudar o pai a pagar as contas da família.

 

Quem comprou o terreno para construção do edifício foi um amigo, o cantor italiano Lídio Romano, companheiro da noite carioca e de pescarias. Peres cresceu entre Ipanema e Leblon e desde os tempos de garoto adora o mar, barcos e lanchas.

 

Romano pediu a Peres para vender o apartamento da mulher, na Avenida Delfim Moreira, no Leblon. Nos anos 60, a região já era valorizada, mas nem de longe como é hoje. Peres conseguiu um preço bem maior do que o amigo pedia. Vendeu para um então acionista da Brahma.

 

Com a venda, o amigo italiano comprou um novo apartamento, uma lancha e metade do controle da Litlle Club, uma das boates no Beco das Garrafas, em Copacabana, um dos berços da Bossa Nova. E sobrou dinheiro.

 

"Lídio veio me procurar perguntando o que poderia fazer com o que sobrou. Eu disse que eu tinha a ideia de comprar um terreno e fazer uma incorporação. Eu nunca tinha feito isso, mas achei que podia", afirma.

 

Peres preocupava-se com o pai. Achava que a mãe gastava além do que podia e o pai lutava para fazê-la feliz. Dona Sol era irmã de Abrahão Medina, fundador das lojas o Rei da Voz, do programa "Noite de Gala", com Flavio Cavalcante. Peres é primo do publicitário Roberto Medina, criador do Rock in Rio.

 

Ele conta que o pai ficou assustado quando ele mostrou a escritura do terreno e falou do projeto do edifício. "Ele me perguntou como eu iria pagar. Eu respondi: vou ficar com a dívida. Vou fazer o projeto, vender e pago. E ele me perguntou: 'E se não vender?' Eu respondi: vai vender. E vendemos tudo muito rápido."

 

Um ano depois, Peres fundou a incorporadora e promotora de vendas de imóveis Veplan Imobiliária. Três anos mais tarde, lançou o edifício Cidade do Rio de Janeiro, no centro do Rio, vendido em dois dias: "O primeiro da cidade com garagem mecânica", diz, orgulhoso.

 

Edson Bueno, controlador do grupo Amil, garante que é difícil encontrar um vendedor como "Zé Peres". "A sede da Amil ficava no centro do Rio. A equipe dele procurava a minha tentando nos convencer a comprar um prédio na Barra [da Tijuca], em um empreendimento dele. Não queríamos. Um dia ele foi tomar um café comigo e me convenceu em dez minutos. Fiz um ótimo negócio. Paguei R$ 15 milhões por um prédio avaliado hoje em R$ 100 milhões, tudo isso em menos de dez anos."

 

Bueno diz que se tornaram grandes amigos e a aproximação foi facilitada porque as mulheres de ambos já eram próximas. A de Edson Bueno, Solange, foi casada com Rubem Medina, primo de Peres. Por um bom tempo, um participou do conselho de administração das empresas do outro. A abertura de capital da Amil, em 2006, partiu da inspiração de Peres, que lançou um IPO da Veplan nos anos 70.

 

O apartamento onde Bueno mora é no condomínio construído pela subsidiária de empreendimentos imobiliários de Peres. Trata-se do luxuoso Golden Green, na praia da Barra da Tijuca.

 

Peres vendeu um apartamento no condomínio para Bueno, mas ele próprio não queria deixar a avenida Delfim Moreira, no Leblon, bairro onde morava desde jovem. Foi aí que Bueno convenceu o amigo a transferir-se para o prédio, na avenida Sernambetiba.

 

Peres afirma que é "o melhor condomínio residencial do país", com o mar diante de seus olhos, área verde, campo de golfe e privacidade. Seu grande prazer, além de criar shoppings, é passear de barco.